Magic: the Gathering

Review

Commander otimizado com gasto reduzido: Narset, Mestre Iluminada

, updated , Comment regular icon0 comments

A ideia de nossos textos será trabalhar algo entre dois extremos, tendo em vista que muitos jogadores não podem comprar cartas que chegam ao valor de um salário (quem dirá montar um baralho inteiro baseado nelas), assim, permitindo uma construção eficiente com cartas de valores acessíveis.

Edit Article

Olá, meus queridos! Tudo bem com vocês? Meu nome é Fogaça e estou aqui pela primeira vez para conversar um pouco sobre um formato tão amado: o Commander.

Navegando pela web, encontramos várias visões sobre o formato dos generais, porém, elas acabam por se polarizar em dois lados – um totalmente casual, praticado nas mesas de cozinha, e outro, o cEDH, otimizado e competitivo, com todas as cartas que temos direito; pensando nisso, a ideia de nossos textos será trabalhar algo entre esses dois extremos, tendo em vista que muitos jogadores não podem comprar cartas que chegam ao valor de um salário (quem dirá montar um baralho inteiro baseado nelas), assim, permitindo uma construção eficiente com cartas de valores acessíveis.

Ad

Todas as cartas que usaremos terão um valor máximo de R$ 500,00, sendo que, todas as que tiverem um valor superior à R$ 150,00 poderão ser substituídas, a partir do momento que não influenciam diretamente na estratégia do jogo.

Para iniciar nossa série, comentaremos sobre uma comandante old school do formato, que, por muito tempo, foi o terror dos mesões – Narset, Mestra Iluminada.

Loading icon

CONCEPÇÕES INICIAIS

Iniciando com as habilidades de Narset, seu efeito desencadeado durante o ataque permite que joguemos as quatro cartas do topo de nosso deck (caso não sejam criaturas ou terrenos), podendo, assim, usar mágicas de alto custo sem que mana seja gasta no processo; as habilidades estáticas de resistência à magia e iniciativa tornam a Mestra Ilumida uma permanente difícil de ser tirada da mesa, de modo a reduzir as opções de nossos oponentes.

Para começar nossa construção, devemos desmistificar alguns conceitos sobre o arquétipo do nosso jogo. Muitos vêem uma grande oportunidade para um Voltron, uma vez que Narset, ao atacar, permitirá que sejam conjuradas diversas Auras e Equipamentos, sendo este fator somado à possibilidade que algumas cartas dão para a utilização destes em instant speed; é comum, também, pensar na possibilidade de criar exércitos de fichas, assim, usufruindo de cartas inviáveis em decks comuns, graças ao seu custo de mana. Considerando esses fatores, peço que busquem ver algo além, algo mais consistente e efetivo; não estou dizendo que não é divertido jogar com um general reforçado ou com um exército gigante, mas, há modos mais eficientes de jogo, que não necessariamente exigem um gasto absurdamente maior no que diz respeito à dinheiro.

CONSTRUÇÃO DO DECK

Image content of the Website

Com nossas dúvidas esclarecidas, vamos aos conceitos. A condição central de vitória será Aproximação do Segundo Sol – recentemente lançada em Amonkhet –, e, para isso, Adentrar o Infinito terá uma função primordial. Nossa ideia é usar a habilidade de Narset para conjurar a mágica de doze manas, permitindo que todas as cartas de nosso grimório sejam colocadas em nossa mão; a partir daí, Onisciência será colocada no topo de nosso baralho, para, com o auxílio de Fúria da Horda, atacarmos novamente e conjurarmos o encantamento. Sem custo de mana, todos os recursos de nossa mão poderão ser usados, dando brecha para jogarmos Segundo Sol, além de usarmos um efeito qualquer de compra para resgatá-lo do topo do deck (o qual, lembremos, não terá cartas), para, então, efetuar o segundo cast e vencermos o jogo. Prestem atenção na condição de que, na segunda vez que jogarmos Approach, isto deverá ser feito de nossa mão. Turnos extras e efeitos de fases de combate adicionais entram aqui, de modo a nos auxiliar na tarefa de cavar o topo e encontrar Adentrar o Infinito, assim como Tutor Místico, Planos à Longo Prazo e outros que, tradicionalmente, seriam considerados de menos-valia por apenas garantir recursos para um próximo turno.

Ad

Sabendo como iremos ganhar, temos a noção de que precisamos de velocidade, tanto para conjurar nossa comandante, quanto para atacar com ela. A partir do momento que os oponentes tiverem ciência sobre seu potencial, ela será perseguida na mesa, muitas vezes, não sobrevivendo até a volta para seu turno ou mesmo sendo anulada. A solução aqui será usarmos pedras de mana de geração positiva (que geram mais mana do que seu custo) para acelerar a entrada de Elightened Master na mesa, não dando tempo para respostas, assim como equipamentos como Grevas Faiscantes e terrenos como Salão do Senhor Bandido, ambos com função de garantir ímpeto para nossa menina. Peças diversas de stax também nos auxiliam, mas com o cuidado de não travarmos nosso próprio jogo – Perímetro Defensivo e Teferi, Manipulador do Tempo, cumprem bem esta função.

Loading icon

Com nosso “Plano A” estabelecido, também devemos ter uma estratégia secundária, afinal, no Commander, muita coisa pode acontecer. Com essa idéia, usaremos Jace, Manipulador de Mistérios como uma forma de substituir Segundo Sol, além de aproveitarmos Guia dos Amanhãs e Nexus do Destino, os quais poderão gerar um loop de turnos infinitos; para substituir Onisciência, podemos usar a dupla Motor do Paradoxo e Ressonador Estriônico – ambos são excelentes individualmente, mas, combinados, proporcionam um combo de mana infinita que nos dará a possibilidade de conjurar qualquer uma de nossas mágicas. Lembrem-se de jogar o máximo possível de pedras de mana para, então, jogar o Motor, sendo este seguido por uma Mox ou artefato de custo nulo, desencadeando a habilidade de Paradoxo e iniciando a cascata que permitirá jogarmos o Ressonador.

Para finalizar, anulações de custo baixo garantem segurança contra possíveis frustrações propiciadas pelos oponentes, também podendo servir como remoções, que, por sua vez, também serão usadas para eliminar ameaças que possivelmente surgirão na mesa. Nossa base de mana é construída para dar a mesma velocidade requisitada pelos artefatos, além de permitir acesso à manas das três cores da identidade de nossa monge.

Loading icon

Com a lista em mãos, notamos a presença de cartas como Totem Amaldiçoado e Narset, Rasgadora de Véus, as quais impedem estratégias frequentes no formato de desenvolverem seu plano de jogo.

SUBSTITUIÇÃO DE CARTAS DE ALTO VALOR

Se fizermos uma pequena observação, vemos cartas de valores altos, entretanto, temos uma lista de substituições que incluem opções mais viáveis monetariamente, estando de acordo com o princípio estabelecido no início deste texto. Iniciando com os terrenos, qualquer outro que entre em pé e gere mana das cores necessárias poderá ser usado, mesmo que não agregue o mesmo valor. Para os tutores, Personal Tutor poderá ser substituído por Transação Aleatória, passando, assim, a ter a mesma função de Pergaminho dos Mercadores (obter os outros tutores). Os turnos extras usados podem tanto ser substituídos pelas fases de combate extra, quanto por cartas como Augúrio de Aminatou. Falando sobre as pedras de mana, Monolito Sinistro, Mana Crypt e as Mox podem ser trocadas por pedras como Mox de Âmbar, Pétala de Lótus, Basalt Monolith, Talismã do Progresso, Thought Vessel, Dínamo Thran, Lótus Engalanada, Esfera do Comandante, Lanterna Cromática ou até os ciclos de Sinetes e Medalhões. No quesito draw, Prateleira de Pergaminhos e Tampo de Adivinhação do Sensei manipulam o topo do deck e podem alterar quais cartas Narset exilará, porém, podem ser substituídas por outras cartas de compra – como Rêmora Mística, por exemplo –, assim como Dack Fayden. Para fechar nossas substituições, Força de Vontade, Flusterstorm e Mana Drain dão a possibilidade para cartas como Perfurar Mágica ou Delir, dando, deste modo, prioridade para counters de CMC baixo. Fiquem atentos para o fato ocasionado pela habilidade de nossa Mestra, onde criaturas perdem eficiência em nossa construção.

Ad

CONCLUSÃO

Tendo posse de todas essas informações, concluímos que Narset, Mestra Iluminada tem alto potencial, mesmo não estando nos tier 1 do formato.

Para concluir, reafirmamos o quesito de buscar a eficiência, mesmo que não haja nenhum gasto fora do imaginável. O cEDH é um formato onde as Old Dual e staples de alto padrão são presentes, mas isso não quer dizer que um deck será fraco caso não as use, apenas temos de pensar como contornar essas ausências.

Por hoje ficamos por aqui. Espero o feedback de vocês sobre essa idéia de um Commander otimizado com um gasto menos exorbitante, além de saber o que acharam de nossa lista e conceitos. Até a próxima, meus queridos!