Magic: the Gathering

Deck Guide

Emrakul turno um, pode?! Deve! Descrevendo o deck Show and Tell do Legacy

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"They are all my pieces, Jace Beleren. They always were. I just no longer want to play."*

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revised by Tabata Marques

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Emrakul é o Titã da Corrupção, o maior e mais temível dos Eldrazi. Ela não afeta a matéria inorgânica (rochas, mineirais, água e etc...), porém é capaz de distorcer todas as coisas vivas, sejam elas plantas, animais ou outros seres sencientes. Ela causa terror silencioso por onde quer que voe, incorporando desolação, distância emocional e física, o frio do vazio e o terror de estar sozinha.

E é mais ou menos essa sensação que ela causa quando entra em campo.

Ainda mais se for no turno um.

Bem, se na própria lore Emrakul é descrita desta forma, a sua representação no jogo não poderia ser diferente.

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A carta em questão, Emrakul, the Aeons Torn, foi impressa pela primeira vez em Ascensão dos Eldrazi, terceiro bloco de Zendikar em 2010 e junto com Griselbrand é a condição principal de vitória do deck que descreverei neste artigo: Show and Tell ou Sneak and Show do formato Legacy.

Adotaremos, inicialmente, como base do Show and Tell a seguinte configuração:

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A estratégia é simples. Sendo um deck de combo, é necessário colocarmos o mais rápido possível criaturas poderosas em jogo, como Emrakul, the Aeons Torn e Griselbrand.

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Colocar uma dessas criaturas em jogo significará, possivelmente, o fim da partida para o oponente. Pra início de conversa, a Emrakul, the Aeons Torn não pode ser anulada, tem turno extra se for conjurada, proteção contra mágicas coloridas, voa, tem Aniquilador 6 e quando bate no cemitério o jogador ainda embaralha o deck com o próprio cemitério. E como se fosse pouco, ainda é um corpo 15/15. Uma lindeza! Claro, não para os oponentes.

Quanto ao Griselbrand, ele impacta o jogo de várias formas. Primeiro, porque permite a compra de 7 ou até 14 cards, possibilitando que você encontre aquela Force of Will que precisa para proteger o seu campo ou também acelerar os meios de colocar a Emrakul em jogo. Sem contar que Griselbrand é um 7/7 voador com vínculo com a vida: um corpo defensivo incrível.

Então, colocá-lo em campo poderá impedir qualquer ataque que seu oponente tenha. Embora Emrakul não gere o mesmo tipo de vantagem de cartas que Griselbrand gera, é ainda bastante difícil de ser respondida e tende a matar o oponente de uma só vez. (O pesadelo dos dois é Karakas, ou como dizem por aí, uma certa quantidade de esquilos voadores.)

Já falamos dos bichões... Mas, como colocá-los em campo no turno um?

Primeiro, faleremos das cartas que nomeiam o deck.

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Estas são as duas cartas que colocarão as criaturas em jogo. Cada uma delas desempenha um papel importante. Show and Tell tem um custo de mana menor, o que significa que requer menos recursos para resolver. Permite uma certa simetria, ou seja, seu oponente pode colocar algo em jogo também. A vantagem é que não são muitos decks que jogam com cartas mais impressionantes do que as que o Sneak and Show traz. Você vai precisar de mais um turno para ganhar depois de baixar a carta Show and Tell, mas as criaturas que você coloca são extremamente difíceis de responder, então você terá sempre essa vantagem.

Sneak Attack custa um mana a mais para ser castada e ainda precisa de mais um mana extra para que a habilidade seja ativada e para que uma criatura seja posta em campo. No entanto, se você tiver tempo e recursos para ativar a habilidade da carta, o Sneak Attack encerrará o jogo rapidamente. Se baixar a Emrakul irá efetivamente limpar a mesa.

Um outra forma de combar ainda mais rápido é usar Show and Tell combinada com Omniscience.

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Muitas listas de Sneak and Show jogam com Omniscience no deck principal porque a possibilidade de vencer rapidamente é extremamente potente. Porém, uma boa quantidade de decks do meta atual lidam bem com Griselbrand e Emrakul. Assim, simplificar o plano e relegar Omniscience para o sideboard pode ser uma boa escolha no momento. Ainda mais se for uma versão que utiliza Cunning Wish.

Omniscience é bastante forte contra bad matchs, além de ser uma excelente resposta para decks que utilizam Containment Priest e nas mirrors.

Mas, Rafaguinha, e a base de mana?

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Como vimos, tanto o Show e Tell quanto Sneak Attack precisam de múltiplos manas genéricos para serem castadas. Esses terrenos permitem que o deck acelere seu objetivo em um turno. Além disso, eles ajudam ainda mais o baralho a jogar cartas como Daze.

Cada um desses terrenos possui uma adversidade, por isso, não utilizamos seus sets completos. O fato de Ancient Tomb causar 2 pontos de dano toda vez que você o utiliza pode dar uma certa desvantagem contra decks agressivos. City of Traitors não custa nenhuma vida, mas não dura o jogo todo, o que o torna um terreno um tanto dispendioso para ser jogado nos turnos iniciais.

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Este artefato permite acelerar ainda mais a base de mana, fazendo com que você resolva suas mágicas antes do previsto. Quando combinado com Ancient Tomb ou City of Traitors, Lotus Petal faz com que este deck conjure Show and Tell no turno 1. A mão perfeita viria com Show and Tell, Emrakul, the Aeons Torn, Lotus Petal e um desses terrenos que geram duas manas.

Além desses terremos temos também o Boseiju:

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Gosto bastante de usar essa carta de main deck, pois mesmo causando dois de dano quando utilizada, ela é capaz de proteger o combo com bastante eficiência na falta de uma mágica.

E então temos as fetchlands:

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Para que possamos ter uma precisão maior no deck usamos as fetchlands. A custo de um ponto de vida temos uma base de mana arrumada, principalmente num deck de duas/três cores. Afinal, 5% da sua vida inicial é uma barganha para ter acesso a todas as cores do deck.

Uma dica que eu dou, não apenas para este deck: aprenda a esperar o momento certo para estourar a sua fetchland. Enquanto ela fica na mesa, uma vantagem estratégica é gerada, mesmo que às vezes não seja tão óbvio. Com a fetch na mesa, seu oponente não sabe qual terreno você irá buscar, portanto, fica em dúvida sobre o que você tem ou não na mão. Além do mais, o ideal é que estouremos a fetch quando formos utiliza-la, pra não tomar uma Wasteland à toa.

Quanto à old dual:

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Não preciso falar muito né? Dual lands tomam conta do cenário Legacy em decks com duas ou mais cores. Só não escapa das Wasteland.

Combar é lindo (mesmo que existam controvérsias), mas quais seriam os recursos para que encontremos rapidamente o combo, já que nem sempre a mão vem perfeita?

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Como este é um deck combo (A + B), executar a quantidade máxima de cantrips reforça e aumenta muito a consistência do deck. Não tem muito mistério: se precisamos achar o combo, precisamos de cantrips.

E podemos nos perguntar: o combo por si só parece frágil... Como protegê-lo?

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Como o Sneak and Show tenta resolver algumas mágicas que podem finalizar a partida em poucas jogadas, as counterspells são a garantia de que seu combo será resolvido.

Force of Will sempre foi staple do Legacy e neste deck não poderia ser diferente.

Enquanto que Daze nem sempre foi incluída. No passado, cartas como Spell Pierce e Flusterstorm ocupavam esse espaço, dependendo do meta da época.

E mesmo que atualmente o formato esteja um pouco hostil para decks de combo, ter a defesa consistente é uma ótima maneira de terminar o jogo antes que seus oponentes possam ferir sua estratégia.

Portanto, já ficou clara a forma de vencermos com o Sneak and Show.

Mas, o que esperar contra determinados decks?

Contra combos (Storm, Elfos, Belcher, Oops all spells): vence a partida quem combar primeiro! O Show and Tell conta com cartas como Force of Will, Daze, Spell Pierce e consegue dar conta de combos mais frágeis. (Famosos canhões de vidro, como o Belcher e o Oops all spells). No pós-side precisamos subir Flusterstorm.

Nas partidas contra Reanimator, redobramos a atenção... O ideal é tentar combar com a Emrakul. Afinal, se nós temos um Griselbrand, o Reanimator tem outro. No pós-side subimos Grafdigger’s Cage e Surgical Extraction.

Contra Aggros (Goblins, Tritões, Burn, UR delver, e etc...) é tentar combar o mais rápido possível, pois dificilmente o oponente terá como lidar com as criaturas poderosas do Sneak and Show. Podemos subir Kozilek's Return.

Blood moon funciona bem contra decks com três cores.

Contra decks Tempo ou Control (Temur, Death and Taxes) o ideal é sempre termos um counter à disposição, pois certamente os decks com azul tentarão anular sua jogada e nesse casos subimos a Red Elemental Blast.

Já contra o Death and Taxes podemos utilizar Pyroclasm.

Nas mirror matchs, subimos Arcane Artisan.

Lembrando que o sideboard vai depender sempre do meta, então podemos ter muitas variáveis. As opções que eu descrevi aqui servem apenas para se ter uma ideia de como manipular o deck.

É bom lembrar também que com o banimento do Oko, Thief of Crowns, a Emrakul, the Aeons Torn volta a ser uma grande ameaça aos decks do formato. Não é a toa que o Show and Tell está presente em massa no meta atual, conforme observamos aquilink outside website.

Por hora, é isso! Se vocês curtiram essa breve análise, tentarei na próxima trazer informações mais complexas, como as variações do deck e outras possibilidades de side.

Obrigada e boa jogatina!

*Citação retirada da Lore: aquilink outside website

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