Magic: the Gathering

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Metagame da Semana: nova semana, novos decks

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No primeiro Metagame da Semana do mês, faço uma análise dos novos decks que surgiram nos Challenges deste fim de semana!

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revised by Tabata Marques

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Jogadores e jogadoras, estamos de volta com mais uma análise dos Challenges desta semana, com novidades aparecendo em quase todos os formatos!

Standard

O Standard Challenge de sábado, dia 27 de Fevereiro, foi composto pelo seguinte TOP 8:

2 Jund Sacrifice

1 Naya Adventures

1 Temur Ramp

1 Sultai Control

1 Mono-Red Aggro

1 Dimir Rogues

1 Gruul Adventures

O Standard parece manter ainda o seu estado diversificado onde não há um claro melhor deck do formato para os jogadores pilotarem, com o deck que está no topo sempre mudando de semana a semana.

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Um deck que ainda se apresenta entre os principais decks do formato, mesmo tendo ganhado tão pouco com Kaldheim, é o Dimir Rogues.

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A base de Tempo deck do Dimir Rogues é uma das mais eficientes dos Tempo decks nos últimos anos, pois conta com uma enorme sinergia entre seus cards que permite com que o deck funcione de maneira excepcional tanto no plano de beatdown quanto no plano de Mill.

Kaldheim adicionou pouco ao arquétipo fora a importantíssima inclusão de Disdainful Stroke e o ocasional sideboard Crippling Fear, mas esta lista optou por ir um pouco além e adicionar um Valki, God of Lies na sua lista, além de duas fontes vermelhas com Blighstep Pathway e Riverglide Pathway para castar Tibalt, Cosmic Impostor no late-game.

Como um one-of, não acredito que Valki tenha feito muita diferença, mas é importante ressaltar e relembrar que o card está junto de Lurrus of the Dream-Den no formato e pode ter boas interações com outros cards do Standard, onde ainda não teve sua oportunidade de brilhar.

Já no Domingo, o Standard Challenge terminou com o seguinte TOP 8:

2 Naya Adventures

2 Mono-Red Aggro

1 Jeskai Cycling

1 Temur Ramp

1 Sultai Yorion

O Cycling continua se provando um deck eficiente para este metagame e adotando novos elementos em suas listas atuais com cards como Irencrag Pyromancer e Rielle, the Everwise para aumentar a quantidade de Payoffs que o deck possui no formato e torná-lo muito mais do que apenas um deck que os jogadores costumam pilotar por ser barato de se construir.

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Lembrando que o Cycling ainda é um deck altamente acessível no Standard e um deck de fácil acesso no Magic Arena, mesmo com a inclusão de mais raras nas últimas versões.

Pioneer

O Pioneer Challenge de Sábado foi composto pelo seguinte Top 8:

2 Four-Color Fires

2 Rakdos Midrange

1 Rakdos Pyromancer

1 Jund Sacrifice

1 Naya Winota

1 Vampires

Com um metagame renovado após os banimentos, há muitos decks que poderíamos analisar e enfatizar neste Challenge, mas vou dar o devido reconhecimento à lista campeã do torneio: O Four-Color Fires do jogador Usama96.

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Muitos jogadores consideraram que o Jeskai Fires sofreria significativamente com a perda de Teferi, Time Raveler já que este card impedia a interação por parte do oponente, mas o deck conseguiu se sair bem e ganhou dois cards de grande importância em Kaldheim:

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The Raven’s Warning faz com que o combo de Lukka, Coppercoat Outcast para castar Agent of Treachery de graça se torne essencialmente um "one card combo", já que a Saga permite criar o token necessário para utilizar Transmogrify ou a habilidade de Lukka, ganhar a informação necessária para saber se é seguro fazer este efeito e buscar o Lukka do sideboard, onde não é possível interagir com ele até puxá-lo para o combo, para castá-lo imediatamente no mesmo turno.

Esika’s Chariot, ou melhor, o motivo para o splash verde, está no deck pela quantidade absurda de valor que consegue gerar por conta própria, já que cria duas fichas 2/2 ao entrar em jogo e, para cada ataque, copia uma ficha, fazendo com que você sempre tenha um alvo válido para o Transmogrify.

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Esika’s Chariot permite também uma entrada mais agressiva do deck no mid-game, criando fichas com corpo mais significativo e o veículo sendo essencialmente um 4/4 faz com que o deck possa recorrer plenamente a um plano beatdown que, inclusive, torna de Deafening Clarion um card duplamente eficiente já que agora é capaz de virar jogos quando necessário.

E vale lembrar que ambos os novos cards interagem muito bem com o Companion do deck, Yorion, Sky Nomad, que gera uma quantidade significativa de valor neste arquétipo.

No Domingo, o Pioneer Challenge foi composto pelos seguintes decks:

1 Rakdos Midrange

1 Niv-to-Light

1 Orzhov Auras

1 Mono-Black Aggro

1 Boros Burn

1 Dimir Control

1 Jund Sacrifice

1 Vampires

Com o Rakdos Midrange fazendo resultados em ambos os Challenges, é importante conversarmos um pouco sobre ele:

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Essa é, literalmente, uma lista que eu facilmente consigo imaginar o Edel construindo pois possui todos os cards com qual o famoso jogador costuma utilizar nos últimos meses, sendo uma adaptação do Rakdos Pyromancer que existe atualmente no Modern.

O Rakdos Midrange do Pioneer se encontra literalmente no meio termo entre as duas versões do arquétipo no Standard, tendo opções mais abrangentes e de maior impacto do que o Standard como Thoughtseize, Collective Brutality e Kalitas, Traitor of Geth, mas carecendo de alguns cards pontuais da versão Modern como Seasoned Pyromancer.

O deck funciona classicamente como um Jund do Modern funcionaria, trocando favoravelmente com o oponente em efeitos de 1-por-1 e em seguida acumulando valor e card advantage com as suas ameaças que, na sua grande maioria, possuem um efeito de 2-por-1 ou um impacto extremamente valoroso na mesa.

É válido mencionar que o objetivo do deck está longe de ser utilizar Kroxa, Titan of Death’s Hunger o quão cedo for possível, o deck prefere então utilizar o Titã como uma de suas ameaças de late-game, já que nos primeiros turnos costuma estar trocando recursos com seu oponente.

Ao todo, o Rakdos Midrange do Pioneer parece um ótimo exemplo de como você deve montar um Midrange na maioria dos formatos: boas interações, bons efeitos de 2-por-1, ameaças impactantes que são difíceis de remover e/ou geram muito valor e meios de manter o card advantage.

Modern

O Modern Challenge de Sábado foi composto pelo seguinte Top 8:

2 Jund

1 Amulet Titan

1 Boros Burn

1 Azorius Spirits

1 Jeskai Polymorph

1 Izzet Blitz

1 Hammer Time

Eu sei que todo mundo ama o Jund e tal, mas realmente precisamos falar desse Jeskai Polymorph:

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Qual foi a última vez que vimos um deck de Polymorph no Modern?

Mas o deck está aí e ficou em sétimo lugar. A temática do deck é basicamente funcionar como um Jeskai Control, respondendo, anulando e removendo as ameaças do oponente até obter o setup para o Polymorph, que inclui criar um token com Dwarven Mine ou castar um Cloudform para fazer Polymorph ou Transmogrify e jogar um Emrakul, The Aeons Torn na mesa e, a partir desse momento, (provavelmente) ganhar o jogo.

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Não há muito o que ver nessa lista, pra ser sincero, mas é extremamente fascinante ver um dos combos mais clássicos da história de Magic: The Gathering fazendo resultados no Top 8 do Modern Challenge.

No Domingo, o Modern Challenge nos agraciou com o seguinte Top 8:

2 Azorius Control

1 Hammer Time

1 Dimir Mill

1 Izzet Blitz

1 Amulet Titan

1 Esper Urza

1 Death & Taxes

Eu admiro muito a jornada do Dimir Mill na história do Modern.

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O Dimir Mill é um deck que fez uma completa volta em termos de construção de deck até chegar no estado em que se encontra hoje como um competidor no Modern.

Por muito tempo, o arquétipo não tinha as cartas necessárias para interagir no formato e acabava sendo apenas um deck que jogadores casuais tentavam construir no formato e eventualmente desistiam dele. Em seguida, com a ascensão de decks como o Grixis Shadow e TitanShift, e com o formato sendo mais focado em winconditions lineares, os jogadores de Mill passaram a adotar uma postura de “Prison deck” utilizando cards como Ensnaring Bridge enquanto conseguia remover as principais winconditions com Surgical Extraction e efeito similiares.

E hoje, o deck volta a ser um deck dedicado ao Mill, mas que ganhou grande redundância com a inclusão de Ruin Crab, além de ganhar ótimas formas de interação como Fatal Push e Drown in the Loch e incluindo, por nenhum custo relevante, um Companion que pode retornar seus meios constantes de Mill de seu cemitério.

Pauper

O Pauper Challenge de Sábado teve o seguinte Top 8:

4 Tron

1 Izzet Faeries

1 Cascade Walls

1 Temur Cascade

1 Jund Cascade

Antes de criar alarmismos, vamos considerar a situação do último Pauper Challenge antes de começarmos a discussão sobre o banimento de Tron.

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Os dois Pauper Challenges do último fim de semana tiveram como principal ganhador o Boros Bully, um deck Midrange que consegue manter um clock agressivo. Dessa maneira, sendo possivelmente um deck melhor contra Tron do que os demais midranges do formato.

Eu suponho que o aumento de Tron neste último Challenge tem a ver justamente com a maior quantidade de pessoas jogando de Boros ou de pessoas esperando que Boros se destacasse novamente, optando portanto por pilotar Tron.

Não há muito o que se dizer nem muito o que se analisar sobre as atuais listas do Tron, já que ela essencialmente continua sendo o mesmo toolbox-control que sempre foi com sucesso nos últimos anos, mas é bom sempre lembrarmos de não apertar o botão de incêndio toda vez que o Tron aparecer em massa em um Top 8.

Afinal, neste Challenge em específico, Tron ocupou 6 slots do Top 32 do evento, sendo seguido por variantes de Faeries (Izzet e Dimir) com 5 cópias e Temur Cascade com 4.

No Domingo, o Pauper Challenge possuiu o seguinte Top 8:

2 Dimir Faeries

2 Elves

1 Boros Bully

1 Burn

1 Cascade Walls

1 Cascade Tron

Ok, nós sabíamos que isso ia acontecer alguma hora:

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Senhoras e senhores, Cascade Tron.

De muitas maneiras, esta versão de Tron parece uma evolução natural das antigas versões de Marauder Tron que costumavam existir antes do Tron se tornar o principal deck Control do formato.

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O conceito do deck é basicamente o mesmo que o Cascade Walls possui: Fazer um Ramp e mana fixing rapidamente nos primeiros turnos e então começar a jogar constantes bombas no oponente, na forma das criaturas de Cascade que, normalmente, estarão puxando efeitos relevantes como Mulldrifter ou Pulse of Murasa. O que, normalmente, é o suficiente para ganhar o jogo.

Eu não tenho certeza se considero essa versão mais eficiente do que os demais decks de Cascade já que muitos dos seus alvos de Cascade parecem um tanto irrelevantes quando você já tem a mana e o Tron estabelecidos, mas serve como um bom exemplo de como ainda é possível inovar e elaborar novos planos de jogo dentro de arquétipos consagrados do Pauper.

Legacy

O Top 8 do Legacy Challenge de Sábado foi composto por:

2 Temur Delver

1 Selesnya Depths

1 Mono-Red Stompy

1 Izzet Delver

1 Golgari Depths

1 Maverick

1 Rector Fit

Apesar de ser interessante ver os Delver decks se adaptando de novo, o grande destaque deste evento fica para o Selesnya Depths

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É meio peculiar perceber que, entre essa lista e o Maverick que também fez Top 8, após os banimentos, o grande drop 3 do formato parece ter voltado a ser Knight of the Reliquary, um card que estava meio esquecido nos últimos anos, mas que já foi uma das maiores Staples do formato.

O Selesnya Depths é um deck que tenta misturar um pano de Knight of the Reliquary-beatdown com o famoso combo de Dark Depths + Thesphian’s Stage, onde um plano interage muito bem com o outro já que o cavaleiro pode buscar as peças do combo tanto quanto servir como wincondition.

Já no Domingo, o Legacy Challenge teve o seguinte Top 8:

1 Bant Snow

1 Hogaak

1 Grixis Control

1 Sneak & Show

1 Sultai Delver

1 Elves

1 Four-Color Control

1 Dimir Shadow

Os jogadores que ficaram órfãos dos decks de Snow parecem estar tentando encontrar uma nova identidade para seus decks, como exemplificado na lista abaixo de Bant Snow, utilizando Ice-Fang Coatl e mantendo a clássica base de Control que o antigo arquétipo continha, mas apostando em outros Planeswalkers e meios que de manter á frente na mana como Teferi, Time Raveler e Jace, the Mind Sculptor.

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Outra opção que também surgiu foi esta variante utilizando Field of the Dead com uma manabase extremamente gananciosa que tenta jogar o jogo longo e inclui até mesmo Teferi, Hero of Dominaria na sua curva mais alta. Life from the Loan ajuda a compensar essa manabase gananciosa, procurando fazer com que o deck não sofra tanto com Wasteland como naturalmente sofreria.

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Conclusão

Esta foi a análise do Top 8 dos Challenges dos dias 27 e 28 de Fevereiro, com novos decks surgindo de alguma maneira em praticamente todos os formatos, demonstrando uma onda de inovação no Metagame.

E lembrando que estamos sempre ao vivo nas segundas-feiras às 18:00 na Twitch.tv/cardsrealm para falarmos sobre algum formato ou tópico em específico com base nos Challenges, e esta semana estaremos fazendo um Free Talk sobre Pauper!

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