Magic: the Gathering

Deck Guide

Modern: BG Yawgmoth e a força da complexidade

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Hoje nós vamos ver um dos poucos combos que resistem no formato, BG Yawgmoth ou BG Sacrifice é um dos baralhos com mais sinergias do Modern e aqui vamos ver o que faz ele alcançar seus resultados.

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Na semana passada nós demos uma olhada no Temur Footfallslink outside website, um dos baralhos mais populares do formato, que tem sua popularidade graças a sua força e simplicidade.

Já essa semana, pensei em fazer o oposto e falar de um dos decks mais complexos da atualidade! O BG Yawgmoth é um baralho que vive aparecendo no meta de maneira mais contida, mas que sempre mostra muita eficiência, e é sobre ele que vamos falar hoje, mais especificamente sobre a lista de jogador DemonicTutors que ficou em primeiro lugar do Challenge do dia 10/10link outside website.

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Conhecendo o BG Yawgmoth - Lista

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Sim! Estamos falando de um combo! Um dos poucos combos atualmente, inclusive.

Aqui, a interação é entre Yawgmoth, Thran Physician e criaturas com a habilidade de Undying. Segundo as regras, caso uma permanente com marcador +1/+1 ganhe um marcador -1/-1, eles se anularão, o que faz com que a criatura com Undying perca seu marcador e possa voltar novamente a mesa após ser sacrificada. É com esse loop alternando entre suas criaturas com tal habilidade que faz com que o Yawgmoth possa comprar muitas cartas e inclusive finalizar o jogo, tanto com o Blood Artist em campo ou com a habilidade do Geralf's Messenger, que drenará a vida inteira do oponente após entrar no campo inúmeras vezes.

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Como nossa carta principal é uma criatura de 4 manas, dorks são muito bem-vindos, no caso contamos com Birds of Paradise, que é uma das cartas mais clássicas de todo o Magic; em contraste, o deck também usa Ignoble Hierarch, que é um dos mais novos geradores de mana do formato.

Também temos Wall of Roots que mesmo custando duas manas tem muito valor no baralho, podendo gerar duas "manas" para cartas como Chord of Calling, além de poder usar sua habilidade no seu turno e no turno do oponente.

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"Mas como eu faço isso com consistência?" foi a primeira coisa que eu me perguntei quando vi a interação, e novamente fui surpreendido com a construção do baralho que é muito bem feita.

Como esse é um deck combocêntrico, tutores são essenciais. Por sorte, "criatura" é um tipo de carta extremamente buscável no Modern. Nesse caso, temos a confiável Chord of Calling, que é ótima em um baralho cujo o início do jogo é pautado em criaturas de custo baixo, além de também usarmos Eldritch Evolution, que tem muito valor em um deck com várias cartas que possuem undying, sendo quase sempre um tutor de três manas que coloca uma criatura de custo 4 direto em campo.

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Mesmo sendo bem combocêntrico, algumas interações são bem-vindas, o que não é tão difícil quando o preto está nas cores do baralho. Aqui, DemonicTutors optou por uma interação mínima usando apenas uma cópia de Thoughtseize, o tipo de carta que quando você usa o oponente joga pensando nela o resto da partida.

Também temos Grist, the Hunger Tide, que faz um pouco de tudo e é buscado por todos os tutores do deck, por ser uma criatura enquanto estiver fora de campo. Cria corpos, destrói criaturas ou planeswalkers (a custo de um sacrifício, o que nesse baralho é quase que de graça) e pode até ser uma wincondition alternativa.

Todas essas peças unidas criam um baralho extremamente sólido e resiliente, já que suas peças são meio problemáticas de serem removidas e ele tem muitas maneiras de colocar o combo na mesa. Assim, o BG Yawgmoth se mostra como um dos combos mais consistentes atualmente.

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A Complexidade do BG Yawgmoth

Acontece que exatamente todas essas maneiras de sequenciar o combo criam uma quantidade grande de linhas de jogo, o que gera bastante complexidade para o deck. A sua curva de aprendizado é bem íngreme e, como estamos falando de um combo, o sequenciamento errado das cartas pode simplesmente fazer com que você não consiga combar.

Além de tudo, Magic é um jogo interativo, e atualmente isso está bem potencializado, existem muitos counterspells e descartes em quase todos os decks, então é preciso jogar em torno deles e de remoções. Para completar a lista de dificuldades, estamos usando um baralho que usa cemitério em um dos formatos com mais respostas para isso. Combar aqui é um desafio bem grande, e isso pode afastar alguns jogadores.

Mesmo assim, toda a parte da resiliência é real. Manejando seus recursos, você pode tanto combar rápido, graças aos dorks e ao Eldritch Evolution, quanto criar uma sequência constante de tentativas de combo, assim esvaindo a resposta de decks interativos. É o tipo de baralho que beneficia muito aquele que o domina. Semelhante (em menor escala) ao infame KCI, quando o mesmo era válido no formato.

Você precisa ter noção o quanto antes possível de qual vai ser sua postura quanto à velocidade ou constância, após isso é necessário identificar quais são as melhores jogadas e sempre pensar nas piores respostas do oponente e jogar em torno delas, além de precisar controlar os seus sacrificios, que são um recurso muito importante. Por fim, também é preciso saber o momento mais seguro de expor o Yawgmoth, de preferência com recursos para combar em resposta a alguma remoção.

É uma tarefa bem dificil, né? Acontece que o baralho proporciona todas essas coisas, caso você o domine.

Alternativas para o deck

Para um combo, o BG Yawgmoth é até bem configurável, pesquisando diversas listas eu consegui achar uma série de opções interessantes para os slots flexíveis do baralho. Vejamos as cartas mais interessantes dentre essas alternativas:

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Vamos falar primeiro de cartas que possuem sinergia com o combo em si, possibilitando outras alternativas para a interação entre o Yawgmoth e as criaturas com Undying.

Dentre essas opções, Zulaport Cutthroat é uma das mais simples, já que é muito parecido com o Blood Artist (inclusive, particularmente, acho até melhor), as diferenças mais marcantes são o corpo, tendo um ponto de poder a mais que o vampiro, e principalmente o fato de que sua habilidade não dá alvo, o que ignora efeitos como o da Leyline of Sanctity. Seu ponto negativo é se importar apenas com suas criaturas, já que o Artista drena vida mesmo quando criaturas do oponente morrem, mas ainda sim, seus pontos positivos o tornam uma escolha interessante para cumprir o mesmo papel.

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Já o Prosperous Innkeeper está nessa lista pela versatilidade. Ele não te ganha o jogo imediatamente junto ao combo, mas impede que você morra com a habilidade do nosso humano clérigo, isso faz com que você possa comprar quantas cartas quiser sem punição, além disso o tesouro que ele gera é muito importante para o trabalho de ramp do baralho, assim conseguindo realizar duas funções importantes para o nosso plano, mesmo que ele não faça essas funções melhor que as outras cartas do deck.

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Hapatra, Vizier of Poisons é praticamente uma vitória alternativa contra cartas específicas. Junto à interação do deck, ela consegue criar uma infinidade de tokens de Snake, o que é útil para passar por cima de hexproof ou outra habilidade que dificulta que o oponente seja alvo. Ela é semelhante ao Empty the Warrens no UR Storm, e nunca se sabe quando uma legião de tokens vai ser necessária, não é mesmo?

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Outland Liberator é uma boa resposta contra sideboards como hates de cemitério e Torpor Orb, além de lidar com cartas problemáticas do metagame atual, como Urza's Saga, os artefatos do Hammer Time e Chalice of the Void. Como o baralho tem uma boa quantidade de tutores, uma "silver bullet" pode ser bem-vinda para uma abordagem um pouco mais interativa.

Conclusão

Mesmo não sendo o baralho mais presente do metagame, o BG Yawgmoth é um dos decks mais consistentes que o Modern pode oferecer, e dominá-lo pode render muitos resultados, além de potencialmente melhorar sua qualidade de jogo no Magic em geral.

E é nessa nota de conselho que eu me despeço de vocês, até a próxima!