Magic: the Gathering

Review

O Commander para o Comitê - Sevinne, o Cronoclasma

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Vamos falar ao jogador que não aspira à competitividade pura, mas que se sente feliz em melhorar seu jogo com seu comandante favorito e, indiretamente, segue o padrão imaginado e difundido pelo Comitê ao administrar o formato

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Olá, meus queridos! Tudo bem com vocês? Meu nome é Fogaça e estou aqui novamente para falar sobre Commander.

Faz algum tempo que venho analisando alguns casos na comunidade do EDH. Não é surpresa para ninguém que exista certa rivalidade entre os jogadores do casual e do cEDH, ainda mais se referindo ao competitivo em relação à mesa de cozinha; muitos simplesmente aceitam sua verdade e seu estilo de jogo como único e universal, e, por isso, acabam sendo intolerantes com outros membros da comunidade que pensam de outra forma. O problema passa longe de ser apenas do Magic, sendo algo comum na mentalidade das pessoas desta era, porém, mesmo sendo corriqueiro, é algo que merece preocupação e que deve ser discutido. A partir disso, pensei em ampliar nossa visão para também falar ao jogador que não aspira à competitividade pura, mas que se sente feliz em melhorar seu jogo com seu comandante favorito e, indiretamente, segue o padrão imaginado e difundido pelo Comitê ao administrar o formato. Hoje, por esta causa, falaremos de um dos generais lançados na coleção de Commander 2019: Sevinne, the Chronoclasm.

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CONCEPÇÕES INICIAIS

Ao imaginar o design deste pré construído, os desenvolvedores da WotC pensaram em algo que favoreça cartas com Recapitular ou outras mecânicas que utilizem as magias do cemitério de forma autônoma, ou seja, por uma mecânica embutida na própria mágica. Este fato é suficiente para colocarmos várias cartas que podem ser jogadas do grave em circunstâncias específicas, mas, quando analisamos friamente a relação custo-benefício, isso passa a ser inviável para uma build mais otimizada, uma vez que os efeitos são muito pesados ou pouco satisfatórios para serem aproveitados. Pensando nisso, a construção desta lista foi feita a partir do conceito de um deck midrange/controle que usufrui de mágicas características para o arquétipo e opções que permitem reutilizá-las do cemitério, para, desta forma, obteremos valor de nosso comandante.

CONSTRUÇÃO DO DECK

Com o conceito em mente, precisamos de uma condição de vitória para basear nossos esforços. Admito que as staples das cores Jeskai não condizem com as mecânicas que usaremos para nossa lista; precisei ir um pouco afundo, e, após, percebi que havia uma resposta bem em minha frente – a combinação de Dualcaster Mage e Dupla de Bufões pode criar um exército de magos no final do turno de seus oponentes, assim permitindo que sua legião ataque no seu turno e te leve à vitória (para aumentar a consistência de um combo frágil, adicionamos Quasiduplicata, de modo a repetir o efeito de uma das peças). Também utilizaremos um efeito de lock para aproveitar a habilidade que previne dano que não seja de combate ao nosso general: Pária poderá o encantar, nos dando a vantagem de não sofrer dano.

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Após estabelecermos nossas condições de vitória, percebemos que não temos um plano extremamente consistente para tal. A combinação de alguns fatores, porém, nos ajudará a vencer com essas peças simples, sendo que o forte do deck será a interação com os oponentes durante o jogo e o reaproveitamento de recursos. Para tal, teremos várias cartas para reaproveitar nosso cemitério (tendo como exemplo Passado em Chamas), as quais possibilitarão que nossos efeitos de compra e seleção baseados em descarte não sejam prejudiciais para a estratégia. Além de aproveitar o envio de cartas para o cemitério, teremos algumas, como Arrancar da Eternidade, que possibilitarão uma nova utilização de magias já exiladas após seu uso a partir do grave.

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O pacote final de nossa lista terá a função de combinar o quesito controle com uma característica próxima ao toolbox (conceito já explicado em artigos anteriores), permitindo que nossos tutores busquem anulações, remoções ou qualquer outro recurso específico que necessitarmos durante a partida.

SUBSTITUIÇÃO DE CARTAS DE ALTO VALOR

Nessa lista em específico, as cartas de valor exorbitante fazem parte de um conjunto que da repetição ao mesmo efeito, primordial para nosso jogo, porém, caso haja dificuldade financeira, algo semelhante pode ser usado para diminuir o valor do deck, mesmo que a sinergia seja perdida.

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POR ONDE COMEÇAR?

Este será um caso engraçado, pois falamos de um deck previamente construído. Sugiro aos interessados em montá-lo que comprem a caixinha e substituam as cartas que não correspondem ao arquétipo (como todas as bombas que não se referem à utilização de cartas que estão no cemitério), adicionem algumas pedras de mana que beneficiem o ramp rápido e consistente, anulações baratas e eficientes e efeitos de compras que tirem vantagem do descarte (como Voz Atormentadora e Reunião Catártica); não podemos nos esquecer de agregar nossas condições de vitória. Com o tempo, as cartas mais pesadas serão substituídas, assim como a base de mana, a qual é interessante para o início, mas lenta após as alterações.

CONCLUSÃO

A conclusão será diferente hoje. Usarei este espaço para fazer um pedido a todos os jogadores, não importando formato ou nível de competitividade: não pensem que existe apenas um modo correto de se jogar ou de construir seu deck; eu mesmo discordo de vários pontos do cEDH tradicional e tento mostrar visões diferentes sobre construção e formas de jogo para o formato. Lembrem-se que o Magic é um jogo social, que não pode ser jogado sozinho, portanto, valorizem seus companheiros e sua comunidade. Não sejam jogadores tóxicos e pessoas ruins; o mundo já está cheio destes, tentem fazer a diferença e não ser apenas mais um.

Por hoje ficamos por aqui. Agradeço a todos que tem acompanhado essa série de artigos e peço que sempre deixem seu feedback para continuarmos melhorando. Até a próxima, meus queridos!