Magic: the Gathering

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Os Arquétipos do cEDH #06 - Thieves & Wheels

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Alcançamos um ponto onde tudo o que fora explicado nos artigos anteriores vai convergir em um único deck: hoje é o tão esperado dia de falarmos sobre Wheels & Thieves

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Olá, meus queridos! Tudo bem com vocês? Meu nome é Fogaça e estou aqui para falar sobre Commander.

Já estamos a um tempo comentando sobre pequenas partes do conjunto chamado cEDH. Começamos com Food Chain para mostrar a velocidade do formato, passando por Demonic Consultation para dizer que não basta a carta ser boa, ela também tem de gerar valor (o que foi reiterado na fala sobre Underworld Breach e Aetherflux Reservoir), e, por último, chegamos nos Hatebears, para termos noção de como as criaturas e a board presence são importantes durante o jogo. Agora, alcançamos um ponto onde tudo o que fora explicado nos artigos anteriores vai convergir em um único deck: hoje é o tão esperado dia de falarmos sobre Wheels & Thieves.

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O COMBO

Quando falamos sobre os Hatebears, usei essa sessão para explicar o conceito geral e a função das cartas assim denominadas, o que se repetirá neste artigo.

A ideia de uma carta caracterizada como ladrão vem de Notion Thief, o qual integrou por muito tempo o cenário do cEDH, mas quase sempre foi algo discreto, para uma jogada ou outra, de modo a gerar valor apenas por travar os oponentes. Recentemente, o formato passou por mudanças radicais, primeiro com o lançamento de coleções com um power level alto e o print de várias peças importantes para as builds atuais (vide War of the Spark e Modern Horizons), depois, com o banimento de Paradox Engine, e, agora, com o ban de Flash e a morte dos decks de Flash/Hulk; tudo isso culminou em um ponto onde a gameplay leva o player a almejar o maior valor em um curto espaço de tempo, e, isso, consequentemente, deu a ideia para alguém que, em um certo dia, viu o nosso querido ladrão dando sopa e estimou aprimorar o que já víamos nos decks de Nekusar, the Mindrazer, mas, dessa vez, com a maior eficiência possível. Com o conceito em mãos, foi tudo uma questão de brincar de Professor Utônio e usar os comandantes de companheiro junto ao pacote de Demonic Consultation como um Elemento X para dar vida ao consagrado Opus Thief.

Uma vez jogando, o deck de quatro cores encabeçado por Tymna the Weaver e Kraum, Ludevic's Opus passou a ganhar mais expressividade, principalmente por concorrer à altura com builds de Flash/Hulk como Tymna & Thrasios (os quais já se apresentavam como tier 0). Sua estratégia era usar cartas comuns em construções otimizadas como efeitos de roda combinadas com stax relacionados aos draws dos oponentes para quebrar a simetria da mesa. Cada vez mais, o arquétipo ganhou o gosto dos jogadores e foi mais visto, sendo melhor aproveitado e tendo os holofotes em um formato que agora é órfão de Flash.

COMANDANTES

Inicialmente, a build do Opus Thief era exclusiva de Tymna & Kraum, mas, com o tempo, o arquétipo passou a ser uma maneira de montar o deck, podendo integrar quase qualquer lista de três ou mais cores, portanto, separei essa sessão para mostrar builds que têm um desenvolvimento diferente para o mesmo princípio. Pensando nisso, gostaria que considerassem Kenrith, the Returned King e tantos outros que adaptam a ideia do 4C T&K como frutos da mesma construção, porém com generais distintos.

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Os all stars do Opus Thief são Notion Thief e Alms Collector; junto à Tymna, eles garantem draw, e, além disso, também funcionam muito bem em instant speed, podendo ser encaixados como resposta a uma mágica ou habilidade que um oponente controle. Junto a eles, temos Narset, Parter of Veils e Smothering Tithe, cartas advindas do mesmo bloco e que, assim que chegaram, dominaram o formato. No lado das rodas, temos os clássicos Wheel of Fortune, Timetwister e Windfall, os quais passaram a vir juntamente a Whispering Madness para garantir a redundância, mas, no fim, a maior inovação nesse sentido, foi a adição de Winds of Change e Burning Inquiry, promovendo uma grande assimetria quando unidos a um efeito de ladrão. Para finalizar o jogo temos o pack de Demonic Consultation, Tainted Pact, Jace, Wielder of Mysteries e Thassa's Oracle junto à opção que o branco nos promove ao combinarmos Ad Nauseam com Angel's Grace.

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Esta build funciona como o clássico Zur Control, mas, diferente da ideia padrão, Underworld Dreams pode ser usado como efeito de ladrão. Aqui, Dark Deal faz as vezes de Wheel of Fortune, Vision Skeins entra no lugar de Burning Inquiry e Time Spiral funciona como Winds of Change. Sua win condition é a mesma do deck acima, derivando de linhas de Demonic Consultation e Ad Nauseam.

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A dupla dinâmica de C20 vem para agregar ao nosso arquétipo. Com uma build que aproveita as cores Jeskai, temos as rodas como um subtema deste deck que simula o clássico Curious Control e tira alto valor de cartas como Rielle, the Everwise, mesmo sem ter acesso ao preto e, consequentemente, ao Notion Thief em si.

VARIAÇÕES

Como disse antes, o que inicialmente era um arquétipo passou a ser uma maneira de construir seu deck. Qualquer estratégia com uma color pie compatível ao conceito dos ladrões pode usufruir deste tipo de sinergia, ainda mais quando efeitos massivos de draw estão em todas as builds do formato.

CARTAS NOTÁVEIS E ALTERNATIVAS BUDGET

Bem como na semana passada, vou usar esta sessão para deixar uma lista de cartas que podem ajudar quem quiser construir seu deck com um subtema de ladrões. Nem todas são viáveis para o cEDH, mas podem fazer estrago em uma mesa de um power level um pouco menor (considerem estas nossas Alternativas Budget de hoje).

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CONCLUSÃO

Creio que o que temos hoje é um exemplo de inovação. Já ouvi muito que o cEDH é concretado e que nada novo pode surgir, mas, cansei de ver estratégias que surgiram trazendo mais valor do que as anteriores. Fico por aqui com essa mensagem, dizendo para sempre tentarem inovar. Claro que, em certas situações, o limite do desempenho já foi alcançado, mas isso não é regra, e, sabendo que o formato é baseado no valor, podemos tentar encontrar algo que nos leve um passo para frente.

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Por hoje ficamos por aqui. Peço que deixem seu feedback para que possamos melhorar sempre. A série tem como objetivo abordar apenas uma parte de toda uma esfera que abrange um formato de extrema diversidade, sendo assim, convido vocês para se inscreverem em meu canal no YouTubelink outside website, onde falo mais sobre Commander, não só competitivo, mas também em outras variedades, bem como falo sobre outros formatos. Até a próxima, meus queridos!