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Os Bans do Pauper - Como Skred e Tron foram afetados?

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O ban de Santuário Místico era esperado no Pauper, mas o que pensar sobre o ban do Mapa da Expedição? O que estes bans significam para o futuro do formato?

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revised by Tabata Marques

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Hoje mais cedo a Wizards of the Coast anunciou os banimentos e suspensões de cartas, previstos na semana passada, para o Histórico, Pioneer, Modern e o nosso querido Pauper. Vocês podem conferir a tradução em Português (feita pelo Leon) do artigo oficial da Wizards aquilink outside website.

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Para os jogadores de Pauper, embora possamos discutir se o banimento foi uma boa ideia ou não, é fato que a escolha por banir o Santuário Místico não surpreende ninguém. Esta carta era utilizada principalmente nos decks Skredlink outside website (UR Miniavalanche ) e Mono Blue Delverlink outside website.

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Para mim, esta era a melhor carta do formato até este momento, transformando o ponto negativo de Lição Trágica e Desprover (Deprive) em um bônus extremamente forte que permitia ao jogador virtualmente ter anulações infinitas e uma vantagem de cartas gigantesca: Anule uma mágica com Desprover, baixe o Santuário para colocá-la de volta ao topo do grimório e use Lição Trágica para comprar a anulação (e uma carta adicional) e já deixar o Santuário pronto para ser baixado novamente no próximo turno.

É indiscutível que Santuário Místico era uma carta extremamente forte. Porém, o ban foi a melhor opção para lidar com a carta? Sinceramente, eu não sei. Não me posiciono contra o ban, mas acredito que as duas perguntas essenciais que devemos nos fazer ao refletir sobre banimentos e restrições é: Esta carta está quebrando o formato ou é apenas uma carta forte/irritante? Como o ban afetará o meta, no sentido de deixar outros decks mais fortes?

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Quanto ao Mapa da Expedição, do Tronlink outside website, creio que foi um ban bastante inesperado. Os rumores (incluindo as conversas que tive com outros jogadores) apontavam para Efemerar, Dignatário Corno-de-Pedra (o infame Rinoceronte) e até Bruxoleio Fantasmagórico (o Flicker azul). Muitos diziam (e eu concordo) que, se Santuário Místico fosse banido, haveria a necessidade de banir algo do Tron também, ou o deck correria o risco de ficar sem predadores naturais (ou ao menos ameaças significativas no meta). O Rinoceronte é responsável pelo lock semi-infinito ao fazer o oponente pular fases de combate, o que poderia ser repetido várias vezes com Efemerar e “Flicker” (que também geravam uma vantagem de cartas gigantesca ao blinkar Vaga-Pensador, o Mulldrifter).

Assim, é bastante surpreendente que ao invés de banir o Rinoceronte ou um dos blinks, a Wizards decidiu por remover o Mapa, o que diminui a consistência do Tron (palavras da própria Wizards), já que impede que o deck busque os terrenos que faltam para fechar o trio de lands de Urza (Torre de Urza, Mina de Urza e Usina de Urza).

Não gostei deste ban, pois não acho que as lands de Urza são o problema do Tron para o metagame. Sim, elas são extremamente fortes (e irritantes para o oponente), além de serem as “cartas assinatura” do Tron. Entretanto, acho que por eles mesmos, os terrenos de Urza não quebram o Pauper. O lock infinito do Rinoceronte era muito mais problemático no deck, ao meu ver. Banindo o Rinoceronte (ou Efemerar), a força do Tron seria diminuída de forma suficiente para resolver os problemas existentes, sem a necessidade de mexer nas lands em si. Isso se o ban ainda fosse necessário.

Acho que é importante, quando fazemos este tipo de reflexão, lembrar que é preciso separar o hate do Tron em seu sentido meme (Odeio Tron porque faz parte da cultura Pauper odiar o Tron vs Precisamos analisar o Tron de forma estruturada e entender se ele está forte demais ou se realmente é injusto no formato). De maneira alguma quero dizer que o Tron não precisa de ajustes. Digo apenas que uma visão mais sóbria em relação ao deck pode frequentemente contribuir mais do que uma reação inflamada, embora o lado emocional deva sim ser considerado, já que estamos tratando de um jogo, no fim das contas.

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Sinceramente, embora Tron e Skred sejam e provavelmente continuarão sendo decks fortes, eu sinceramente questiono a necessidade de bans neste momento, pois não considero que o formato estava quebrado embora houvessem decks Tier 1 bem fortes, não tínhamos um Oko, Ladrão de Coroas gerando uma situação do tipo “jogue com isto ou perca – tanto é que decks como MBClink outside website ainda conseguiam fazer um resultado legal em ligas e campeonatos.

É bom lembrar que bans não são escritos em pedra e a carta pode retornar no futuro (como o Juramento de Nissa, que acaba de voltar para o Pioneer). Olhando positivamente a situação, os bans podem diversificar um pouco mais o formato e dar espaço para novas ideias. Porém, assim como bans podem resolver problemas com cartas e decks desbalanceados, eles também podem gerar situações injustas ao permitir que decks e combos muito fortes apareçam sem serem contestados. Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.

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Nos resta prestar atenção e ver como o formato vai reagir a estes bans: Skred e Tron não desaparecerão, mas terão que se adaptar a esta nova realidade. Não acho que a Wizards será bem sucedida em diminuir a popularidade do Tron de forma substancial, mas espero que outros decks encontrem um espaço justo (e não exagerado) para crescer. Porém, acredito que bans devem ser um último recurso, uma ferramenta a ser utilizada em situações extremas. Não creio que o Pauper estava em uma situação de emergência, e espero que os bans não acabem causando tal situação. Veremos.