Magic: the Gathering

Review

Os decks que estão em alta no Commander

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Uma análise sobre os decks mais visados pelos comandeiros graças ao hype das ultimas coleções lançadas.

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Salve pessoal, Vinicius Sorin aqui!

Este ano os Magos da Costa não estão deixando o youtuber de Magic descansar. Desde o início do ano, com Lealdade em Ravnica, a espera por novas coleções parece ter diminuído um pouquinho. Estaria a Wizards nos bombardeando com lançamentos um atrás do outro, ou isso não passa de uma impressão causada por um marketing cuidadosamente planejado pela empresa¿ Bom, não interessa. De qualquer maneira arranjei um tempo entre a gravação de um vídeo e outro para escrever um artigo que acredito que será muito útil pra vocês.

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Sempre que uma nova coleção começa a ser spoileada, eu me mantenho vigilante pra qualquer nova e valiosa joia que possa ver jogo em nosso formato EDH. Confesso que a partir de Guilds of Ravnica as minhas expectativas não estavam muito boas. Isso por que cada vez mais Planeswalkers e outras cartas míticas e raras tornaram-se muito simples e pareciam claramente terem sido desenhadas para que o programador do Arena não tivesse muito trabalho.

Desde Guilds of Ravnica vinha percebendo uma espécie de decréscimo no power level dos cards de alto impacto em coleções Standard para Commander. Talvez os designers estivessem cautelosos para não comprometerem o frágil formato Standard, que com a estabilização do Arena precisava mais do que nunca de equilíbrio. Porém, essa impressão não durou muito. Guerra da Centelha foi uma coleção fantástica para nós comandeiros. Mal tivemos tempo de respirar e já tomamos Modern Horizons no estomago, com uma enxurrada de lendas e staples inéditas sensacionais. Agora tivemos o recém lançamento de M20, que também não é pouca coisa. 2019 esta sendo um ano bombástico para Commander e muito em breve teremos a tão aguardada coleção anual do formato. Mas antes que os temas e cards dos decks deste ano comecem a ser revelados, vamos tentar tomar folego e entender como as ultimas coleções vem afetando o nosso formato predileto, quais arquétipos de decks estão em alta por causa delas, e como isso pode nos ajudar a nos preparar para o momento mais esperado do ano: Commander 2019 edition.

Neste artigo vamos analisar o metagame atual do Commander levando em consideração o hype das coleções mais recentes. Formatos eternos e não rotativos – como Legacy ou Modern – normalmente sofrem poucas alterações com coleções do T2, porém com o Commander é diferente. Mesmo sendo um formato eterno, o EDH tradicionalmente sofre uma forte Influência do Standard vigente. Isso porque nós jogadores deste formato tendemos a se envolver mais emocionalmente com o jogo e tomar decisões baseadas na empolgação. Mesmo sabendo que podemos montar ótimos decks com o que já existe, nós comandeiros iremos sempre procurar espaço para novas singles, combos e generais com cards das coleções novas. Sendo assim, em muitos grupos, o metagame do Commander é em algum grau moldado pelo que se abre nos boosters.

Os tipos de decks commander mais comuns

Aristocratas

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No artigo passado falei por alto sobre alguns dos principais temas que encontramos no Commander link outside websitee por um descuido meu acabei deixando este aqui de fora. Sendo assim vou aproveitar a oportunidade pra introduzir o conceito dele para os que não conhecem. Decks Aristocratas são baseados principalmente em efeitos de sacrifício, habilidades desencadeadas quando criaturas ou permanentes morrem, e mecânicas relacionadas. Obviamente também exploram bastante a recursão de cemitério com reanimates e afins. Este é um tema bastante popular no Magic em geral e por isso é difícil encontra-lo fora de linha. O arquétipo vem recebendo reforços significativos desde Commander 2017 e o bloco de Ixalan graças a tribo dos vampiros (que é uma das mais representativas no que diz respeito a Aristocratas). Após isso, o arquétipo passou por um período morno em 2018 com alguns prints interessantes em Dominaria e Battlebond, dando uma esquentada significativa no final deste mesmo ano com Ultimate Masters reprintando várias staples clássicas como Phyrexian Altar, Phyrexian Tower e Mikaeus, the Unhollowed. Em Ravnica Allegiance o BW Aristocratas teve um pico de hype graças a Taysa Karlov que não só é um ótimo comandante para o arquétipo como também uma personagem querida e amada por muitos, bem como toda a temática da guilda Orzhov e sua keyword relacionada - pós-vida.

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A combinação entre habilidades boas e o recall da personagem fez com que Teysa fosse disparada a comandante mais montada dentre os outros generais da mesma coleção, com mais de 1000 listas upadas contra apenas pouco menos de 400 da segunda colocada (Nykia) segundo o site EDHRec. Isso sem duvidas aumentou a procura por cards como Skullclamp, Blood Artist, Altar de Ashnod, dentre outros; mas após RNA o hype deu uma oscilada por conta de War of the Spark e seus inúmeros PWs. Recentemente outro personagem icônico vestiu a camisa do arquétipo – Yawgmoth, Thran Physician – que apesar de também puxar pra um deck focado em marcadores evidentemente exigirá uma build na linha do Aristocratas.

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Como é possível observar, este é um arquétipo que esta sempre oscilando mas vem mantendo-se no meta, mesmo que apenas empurrado por comandantes de alto valor individual. Apesar dos últimos picos, minha intuição me diz que este é um arquétipo que vem perdendo força e em breve deverá ficar de fora do design de coleções novas... mas é certo que cedo ou tarde voltará.

Superfriends

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Graças a Guerra da Centelha, certamente não haverá época melhor para se montar um deck Superfriends. O terreno para este arquétipo começou a ser pavimentado ano passado com Dominaria trazendo uma temática voltada a permanentes lendárias e cards como Oath of Teferi, além de Battlebond com o reprint de Doubling Season. Após um longo período de maturação e muitas teorias confirmadas, Guerra da Centelha nos trouxe uma cacetada de novos PWs com mecânicas inovadoras. O set não só trouxe mais cards específicos para o arquétipo como Interplanar Beacon e The Elderspell como também reviveu uma das mecânicas mais interessantes para decks que usam muitos planeswalkers: proliferar. Keyword que inclusive também teve sua presença marcada na recém lançada Modern Horizons que nos trouxe 2 peças incríveis: Sword of Truth and Justice e Yawgmoth, Thran Physician.

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Entre as 99, temos certamente muitas adições relevantes ao arquétipo superfriends no Standard atual. E não só isso: Guerra da Centelha trouxe PWs com raridade abaixo de mítica e um power level em geral menos apelativo para o padrão de cards deste tipo, tornando possível – pela primeira vez na história – que um player modesto possa sonhar em montar um Commander Superfriends literalmente “low budget”.

Entre as opções de Comandantes, não temos nada novo que seja muito sugestivo. Houveram bastante listas sendo montadas com Niv-Mizzet Reborn e Sisay, Weatherlight Captain parece ser uma alternativa bem interessante, mas nada perto de superar a hegemonia de comandantes já aclamados para o tema como Atraxa, Voice of Preators.

Marcadores

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Marcadores de vários tipos dão origem a diferentes arquétipos: +1+1, energia, carga, veneno, etc. Graças ao retorno da já mencionada mecânica de proliferar todos estes decks recebem novas peças e consequentemente mais motivos para serem montados. Yawgmoth, Thran Physician é atualmente o principal representante deste arquétipo, na temática do -1-1; mas outros como Roalesk, Apex Hybrid, Mowu, Loyal Companion, Zegana, Utopian Speaker e singles como Karn’s Bastion, Evolution Sage, Voracious Hydra, Jiang Yanggu, Wildcrafter, Flux Chaneler e Simic Ascendancy também impulsionam builds focadas em marcadores. Decks assim são também muito populares e dificilmente saem de moda.

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Spellslinger / Prowees / Storm

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Quando foi anunciado no ano passado que retornaríamos uma terceira vez a Ravnica e que a guilda Izzet daria as caras novamente no primeiro dos sets do plano (Guilds of Ravnica), já era de se esperar que novas adições para Spellslinger e Storm viessem. De fato estes temas ganharam muito com os prints de Niv-Mizzet, Parun (um comandante e tanto) e cards como [card[(Thousand-Year Storm), Crackling Drake, Firemind’s Research e Electrodominance. O que ninguém imaginaria era que o maior hype do arquétipo viria com uma lenda Boros na coleção cujos olhares estariam todos voltados para os planeswalkers e suas mecânicas relacionadas. Feather, the Redeemed foi disparada a Comandante mais montada dentre os generais de War of the Spark, e foi responsável direta pelo spike de algumas cartas assinatura como Sunforger e Magnetic Theft. Feather deu continuidade ao que seu antecessor Firesong and Sunspeaker começou lá atrás em Dominaria: expandir os horizontes do arquétipo Spellslinger\Storm para além do azul e do vermelho, colocando também o branco na jogada. O posterior reprint de Kess, Maga Dissidente (Modern Horizons) e o recente Kykar, Wind’s Fury deixam as coisas ainda mais interessantes para spells e storms da vida. Estes também são temas-chiclete que sempre persistem no meta... não é atoa que Aetherflux Reservoir vem aumentando cada vez mais de preço.

Legends

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“Decks de lendas” são muito legais. Consistem de interações com cards lendários e ultimamente a WotC parece ter dado bastante oportunidades para os entusiastas deste tema reforçarem seus baralhos ou montar novos. Podemos rastrear facilmente o auge deste arquétipo no meta a partir da coleção de Dominária – cujo tema central eram os cards lendários. Porém o hype já havia sido semeado em Ixalan (final de 2017) quando os planeswalkers passaram a ser considerados também cards lendários. Após Dominária, houve pouca representatividade direta em coleções lançadas, exceto por War of the Spark que floodou o field com novos PWs e diversas cartas que interagem com eles. Além disso, Niv-MIzzet Reborn também foi uma surpresa como general 5colors e algumas listas baseadas em lendas foram montadas em torno dele. Mas o verdadeiro pico a cerca do arquétipo foi fortemente renovado com as 2 ultimas coleções trazendo prints altamente sugestivos.

Primeiramente Modern Horizons com a queridíssima Sisay, Weatherlight Captain, que resgata toda a nostalgia da saga do Legado e também soma muito ao arquétipo por finalmente entregar um geral 5colors realmente focado em lendas; e o por ultimo o recém-chegado Tethis, the Hidden Hand de M20 que é uma espécie de versão legends de Karador, Ghost Chieftain. Ambos são muitíssimo interessantes e foram bem recebidos pela comunidade do EDH, o que significa que muitas lendas deverão sair da pasta de coleção e entrar nos sleeves.

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Tribais

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De todos os temas “modinha” que foram mencionados até então, nenhum em questão de popularidade se compara aos decks tribais. Temas baseados em tipos de criaturas são historicamente bem sucedidos e costumam agradar muito os jogadores casuais. Coleções com algum apelo tribal tendem gerar muito hype durante as temporadas de spoiler – o que sempre encarece Staples como Urza's Incubator ou Door of Destinies – não importa se no final das contas o set tenha sido considerado ruim para outros formatos. Por conta disso, adicionar suporte para uma ou mais tribos numa coleção talvez seja uma espécie de porto seguro para a WotC garantir que uma parcela certa dos comandeiros estarão satisfeitos com o design.

Atualmente, temos suporte bem objetivo para algumas tribos dentro das coleções mais recentes: goblins ( Krenko, Tin Street Kingpin, Pashalik Mons), elementais (Omnath, Locus of the Roil, Creeping Trailblazer, Risen Reef, Chandra, Novice Pyromancer) , lobos(Tolsimir, Friend to Wolves, Arlinn, Voice of the Pack), ursos ( Ayula, Queen Among Bears, Ayula's Influence), espirtos ( Kykar, Wind's Fury), anjos( Lyra Dawnbringer, Serra the Benevolent, Sephara, Sky's Blade, Bishop of Wings, Feather, the Redeemed, Kaalia, Zenith Seeker), fractius ( The First Sliver e os vários outros de MH1) e até mesmo conselheiros (Persistent Petitioners). E não podemos nos esquecer de cards curinga – aqueles que servem pra qualquer tribo – como o indigesto Morophon, the Boundless, os diversos morfolóides de MH1, Icon of Ancestry e Etchings of the Chosen.

O que esperar de Commander 2019?

Estamos nos aproximando do tão aguardado momento em que conheceremos o set anual feito especialmente para nós edeagazeiros. Commander 2019 edition tem data de lançamento marcada apenas para dia 23 de agosto, e Core Set 2020 ainda nem chegou às prateleiras... porém, acredito que após o prerelease de M20 (que ocorre neste final de semana) não demorará muito para que a WotC comece a fermentar o hype para o Commander. Se tudo ocorrer como no ano passado, primeiramente teremos uma live do MTG Weekly na conta do Magic:the Gathering na twitch onde Blake Rasmussen nos revelará os temas e quem sabe as primeiras artes de C19. Isso nos dará algumas pistas do que teremos quando os spoilers começarem, mas não existe nada marcado ainda. O que nos resta é especular sobre que tipo de mecânicas e temas vamos encontrar nos 4 decks pré-montados deste ano. Sabe-se que a Wizards costuma costurar os temas das coleções emendando uma na outra, de modo que os sets especiais (como MH1 e o próprio Commander) impulsionem também a compra de boosters das coleções do t2 por parte dos players de EDH. Por isso, eu não me surpreenderia se ao menos um destes arquétipos que mencionei anteriormente esteja representado de alguma forma em C19. Acho bastante plausível que algo do tipo aconteça, levando em consideração experiências anteriores.

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Gavin Vahey – designer sênior da Wizards – nos garantiu em artigo que este ano a coleção de Commander será bastante marcante (porém, diferente do ano passado, para o bem). Estou ansioso pra saber qual o resultado deste trabalho. E você, também não vê a hora de começarem os spoilers de C19¿ Me conte o que você espera para este ano! Mas me diz mesmo... não fique acanhado, existe uma caixa de comentários aqui em baixo que você pode usar para expor sua opinião. VOc~e pode usar este espaço inclusive para me sugerir temas para os próximos artigos ou vídeos. Participe!

Vou ficando por aqui pessoal, até a próxima, e não esqueçam de se inscrever lá no canallink outside website.

Valew =)