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Report do vice-campeão do Legacy UAI - Reanimator

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Entrevistamos Roberto Cardoso, vice-campeão do Legacy UAI! Ele nos contou sua experiência no torneio e seu caminho para o vice-campeonato.

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revised by Tabata Marques

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Entrevistamos Roberto Cardoso, vice-campeão do Legacy UAI! Ele nos contou sua experiência no torneio e seu caminho para o vice-campeonato.

1) O que você achou do LEGACY UAI?

R: Como disse pessoalmente, achei a organização realmente foda, a decoração do salão ficou impecável, tudo bem mineiro. Tudo bem limpo e organizado, inclusive o banheiro. Alimentação show, gostei bastante dos caldos, com preço justo, principalmente a água, que tem que ser 2 reais mesmo, não acho certo monetizar nesse ponto. As pessoas trabalhando na venda dos alimentos eram muito simpáticos e atenciosos.

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A equipe de juízes escolhida era muito boa, deixou tudo bem claro, foram bastante profissionais. O valor da inscrição pela premiação também achei bem justo, e a premiação foi paga rapidamente, sem enrolação, achei muito bacana. Os jogadores presentes super gente boa, mas isso já era de se esperar da comunidade Legacy.

Falando em jogadores, o único ponto baixo pra mim foi o pouco número de jogadores presentes do próprio sul de minas no evento, que pelo potencial em número que tinha poderia fazer melhor, quem sabe ano que vem? E não foi por falta de divulgação, que é outro ponto positivo do evento, que foi feita com bastante antecedência através de diversas mídias sociais, muito bem bolado com o sotaque mineiro, inclusive, uai! Ano que vem certamente tenho interesse em prestigiar novamente, caso ocorra!

2) Com qual deck você jogou, e qual a lista?

R: Reanimate, deck com o qual jogo desde que iniciei no competitivo no final de 2016. Com o deck, cheguei ao top 8 no Nacional Legacy do ano passado, terminando o suíço na primeira colocação. Além disso, já consegui outros top8 em torneios da Liga Mineira de Legacy, chegando a ganhar uma etapa inclusive. Segue abaixo a deck list usada no LEGACY UAI:

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*Obs: São 61 cartas Main Deck mesmo. Não consegui encaixar a terceira Cabal Therapy, que é Foil, nas 60 MD e 15 SB. Logo, ficou 61 mesmo.

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3) Sem mais delongas, vamos ao report:

Report torneio – Roberto Cardoso (BR Reanimator)

JOGO 1 – Dead Daretti

Logo na primeira rodada fui, infelizmente, pareado com um amigo da capital mineira, Túlio Souza, que além de um grande jogador é conhecido principalmente pelas techs mais malucas do Magic, e o deck escolhido por ele não foi diferente. Já faz um tempo que ele utiliza essa lista, que você pode dar uma olhada nela aqui. Voltando ao jogo, perdi no dado mas minha mão tinha Chancellor, o que parou a jogada de turno 1 dele, um descarte. Isso permitiu meu Looting entrar e jogar para o grave o próprio anjo da Daze como o Tidespout Tyrant. Na volta ele me deu o descarte, mas eu estava com três reanimações na mão. 3 turnos depois ele estava morto sem lands em campo.

G2 Fiz um side para Leyline, que não apareceu e acabei mulligando a 5, se não me engano o meu oponente também muligou a 6, e acabei tentando reanimar o Griselbrand sem proteção que acabou levando uma Fada Macabra.

No G3, mulliguei a 6 com uma mão de turno 0 para Griselbrand, novamente sem proteção, mas estava com uma fetch para buscar a Bayou caso meu oponente abrisse de Leyline me faltaria “apenas a resposta”. Por sorte, com meu oponente mulligado a 6 cartas também se não me engano, não abriu de Leyline e então arrisquei o combo que entrou. Depois disso foi só comprar 14 e lockar com descartes somada a proteção do Archetype of Endurance. No final das contas, o Túlio me disse que estava sem as Linhas de Força do Vácuo, hahaha. 2-1 BR Reanimator.

1-0 no total

JOGO 2- ANT Storm

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Aqui eu enfrentei pela primeira vez o Maykel, de Três Pontas, muito gente boa por sinal. Aqui ocorreu algo até comum em jogos de BR Reanimator, onde eu desconhecia o deck do oponente, ganhei no dado, combei para o Griselbrand no turno 0 e ao dar um descarte no oponente, ele preferiu conceder o jogo para esconder o deck, uma boa jogada. Fiz meu side habitual de 3 Assassin’s Trophy e subi também o Porcão. No draw, meu oponente abriu de descarte e acabou com meus planos, mas descobri o baralho dele. Não comprei bem e logo ele me venceu com da maneira mais habitual do Storm, tutor para PIF recapitulando tudo e tutor para Tendrils.

No terceiro jogo, muliguei a 6 e abri uma mão de descarte no primeiro turno e Entomb + Reanimate na volta. Meu oponente acabou keepando 5, e acabou ficando sem a Fluster no meu primeiro turno. Ele não comprou resposta e consegui combar na volta para o Pai Griselbrand, que deu mais descartes e o meu oponente concedeu. 2-1 BR Reanimator.

2-0 no total

JOGO 3- Maverick

Na terceira rodada enfrentei outro jogador do sul de minas, o André “misto”, que também tive o prazer de conhecer no LEGACY UAI. Me recordo que venci no dado e aqui fui favorecido por saber o deck do oponente, já que na rodada anterior o meu jogo acabou mais rápido que o da maioria e consegui dar uma olhada nos decks da rapaziada e o acabei recordando do rosto do meu oponente e do deck dele ao sentar na mesa. Minha mão inicial era basicamente 2 terrenos, Entomb e Exhume, que no play contra um Maverick é muito difícil de perder, já que é Pai garantido na 2 comprando 14. Foi justamente isso que ocorreu, me levando a vitória poucos turnos depois.

No G2, meu oponente foi a 5 cards e eu fui a 6. Ele abriu de mana Noble, e no meu turno eu TENTEI uma boa jogada, pois fiz mana Looting, joguei uma Elesh Norn no grave, e dei sequência com Pétala de Lotus + Dark Ritual + Exhume. O ponto é que eu QUERIA levar uma Fada ou Surgical aqui, pois tinha um Entomb na mão prontinho para ser castado com o Exhume ainda na pilha após a resposta do meu oponente, mas ela não veio, HAHAHA! Elesh na mesa, a Noble dele no grave, na volta ele faz mana Plowshares, me deixando em maus lençóis... SQN! Meu draw foi um Animate Dead, e como já tinha o Entomb na mão, foi só torcer para meu oponente não vir de RIP ou Thalia. Ele fez foi um Grimório Silvestre e no passe eu fiz o Entomb para o Griselbrand e reanimei no meu turno. O ponto bom aqui é que com a remoção na Elesh, dei draw 21, aí ficou fácil. Passei o turno com Griselbrand + Archetype + Iona em branco, lockando meu adversário. 2-0 BR Reanimator.

3-0 no total

JOGO 4- Turbo Depths

Outro jogo contra um amigo de BH, o grande Adilson, mestre da Marit Lage das terras do pão de queijo. Não me recordo quem começou a partida e nem sobre mulligans, mas venci trazendo o Griselbrand para a mesa antes do meu oponente combar e acabei vencendo com follow-up para Tidespout.

No G2, muliguei a 5 e meu oponente keepou 7. O jogo foi desenrolando, ele deu disrupt na minha mão mas acabou não comprando o combo, fez inclusive Agulha para Griselbrand. O jogo foi desenrolando e acabei conseguindo trazer o Gênio para o campo de batalha, no ponto em que ele tinha 3 de dano por turno no solo com Elvish Spirit guide + Safekeeper mas que era superado pelos meus 5 voadores. Com meu oponente a 3 de vida e apenas uma carta na mão que ele havia topdeckado no turno anterior. Era meu turno e bastava apernas um tapa, onde eu cometi o meu primeiro grande erro no torneio. Dei uma Cabal Therapy no meu oponente para tentar garantir que o meu ataque fosse conectado, e dei alvo do trigger da estática do Tidespout no Dark Depths. Meu oponente respondeu com uma Crop Rotation, seu top deck do turno anterior. Aqui, bastava apenas eu responder a Crop com o Dark Ritual que estava na minha mão, mas esqueci completamente do Safekepper que estava em campo, e deixei a Crop entrar, que buscou Thespian e combou, com mais dois terrenos em campo protegendo seu 20/20, um erro tosco que custou esse game para mim, mas fomos para o G3.

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Aqui, foi o contrário do G2 onde eu keepei 7 e meu oponente foi a 5, contudo o Adilson e eu temos um histórico de rivalidade onde ele SEMPRE tem 2 Surgical na mão, e quando eu digo sempre é sempre MESMO. Aqui, no meu primeiro turno, dei a melhor Cabal Therapy de todos os tempos e certamente uma das melhores do Legacy, onde hitei 3 fucking Extrações de uma vez no meu oponente, que permaneceu apenas com 2 terrenos na mão. Eu tinha certeza que iria acertar ao menos uma Extração, mas 3 foram incríveis, haha. Por fim, meu oponente não comprou nada e eu tinha na volta o combo para o Griselbrand, que com a Pétala que comprei permitiu que entrasse com uma reanimação de cmc2, dando draw14 e finalizei a partida com Arquétipo protegendo o Pai da Karakas, sua melhor saída nessa situação. 2-1 BR Reanimator.

4-0 no total

JOGO 5- UR Delver

Enfrentei aqui um grande jogador paulista, Carlos Tibério, pilotando a nova versão do UR Delver com o filhotinho do demônio, Dreadhorde Arcanist. A partida já começou disputada para ver quem iria começar, onde empatamos 2 vezes e só na terceira o jogador que iria inicar a partida foi decidido: eu! Abri uma mão de 7 cartas sem um turno 0, mas que tinha disrupt no primeiro turno e looting + Iona já na mão inicial, Anjona essa que vence tranquilamente decks de Delver. Além disso, meu oponente foi a 5 cards, facilitou a minha vida. Descartei a FOW sem pitch que ele tinha na mão, no meu primeiro turno, e já no segundo joguei a Anjona no grave e reanimei com um Exhume que veio dos draws naturalmente. Embora uma mão toda vermelha, o certo era nomear azul ali o fiz e 3 turnos depois o jogo acabou.

No g2, Tibério mantém as 7 cartas enquanto eu vou a 6 cartas dessa vez no draw. Ele abre de Ponder > shuffle e eu só faço meu land drop e uma Pétala. Ele volta de Piromante, declara fim de turno e no passe dou um Entomb mas toma counter. Isso atrapalhou meu jogo pois não tinha mais enables de grave e não fiz nada no meu turno, sendo que meu oponente fez o Dreadhorde e começou a encher de fichas a board com cantrips. No passe fakeiei um Entomb que não tinha, mas no draw acabei o comprando haha. Achei melhor tentar tudo no meu turno mesmo e estou convicto que era a melhor chance, com meu oponente tapado, já que tinha um Dreadhord na mesa para cantripar de graça na volta + o draw do turno para achar resposta, e naquela situação eu sofreria SÓ se ele tivesse uma Daze (claro que tinha) na mão. Meu Entomb buscou a Elesh, mas ele tinha a bentida Daze (sempre tem) para reanimação. No turno dele ele fez várias cantrips, me deixou com vida baixa e com um exército de criaturinhas que teriam letal na volta. Comprei a carta do turno e aqui cometi meu segundo erro tosco no torneio. Dei uma Unmask e vi Brainstorm + FOW. Emocionado e estilo T-Rex, escolhi logo a FOW e já fui castando um Animate Dead na Elesh, rapidamente respondida por uma Brainstorm que achou o Spell Pierce do topo. Aqui, bastava tirar o pitch azul (BS) que a Elesh entraria e dava wipe no campo. Me xinguei bastante, odeio errar nas jogadas, principalmente uma fácil como essa, mas tínhamos um G3 pela frente...

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No desempate pelo menos estava no play, e a mão inicial veio apenas ok, mas não dava para muligar, keepei 7 enquanto o jogador de UR keepou 6. Abrimos de mana-vai e no meu segundo turno dei um descarte revelando FON + 2 BS. Retirei a FON e combei, pro Griselbrand, meu oponente não achou resposta nos 3 draws da BS e o Pai entrou comprando 14, que mesmo não vindo nenhum Unmask ou Pétala para continuar abusando da vantagem de cards, eu fiz um card selection e enchi o grave de outros bichões para o próximo turno, capaz de contornar até mesmo o Vapor Snag que meu oponente tinha, já que no turno seguinte trouxe novamente o Griselbrand para campo, seguido de Elesh + Iona, limpando as criaturas que ele tinha em campo e finalizando a partida. 2-1 BR Reanimator.

5-0 no total

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JOGO 6- RUG Delver

Nesse ponto só havíamos eu e meu oponente 5-0 no torneio, e enfrentei outro paulista, outro grande jogador, Diego Ganev pilotando a nova versão de RUG Delver com o Wrenn and Six. Foi um jogo bastante agradável, conversamos bastante, e acabei vencendo o G1 sem grandes dificuldades, mas não me recordo com detalhes desse jogo em específico, infelizmente.

Na hora do side, ele brincou que iria chamar os amiguinhos do sideboard para ajudar, disse que conheço eles muito bem e rimos bastante. O problema é que quem ri por último ri melhor, e nesse caso não foi quem fala “uai”, infelizmente. Kkkk! Ele abriu de mana vai e no meu turno estourei uma fetch, que tomou Stifle. Nesse jogo ambos keepamos 7, minha mão tinha 2 descartes + o combo, estava bem boa. Todavia, após o Stifle, meu primeiro descarte tomou Daze, o segundo Spell Pierce. Meu Looting tomou o segundo Pierce e o outro descarte que comprei retirou a FOW. No meu turno seguinte tentei o combo, já estava me colocando com uma criatura. Chamei o Pai pro grave, mas ele respondeu com Brainstorm que achou Surgical, bora pro G3.

No terceiro game ele manteve novamente as 7 iniciais e eu acabei indo a 5. Contudo, mantive uma boa mão de 5 cartas com proteção de Chancellor of the Annex e que iria combar para ele mesmo. Seria ótimo se meu oponente não tivesse duas Surgical Extraction na mão, me deixando totalmente sem recursos. Continuei jogando apenas pela esportiva, até meu oponente fazer o clock e eu conceder. Ele revelou a mão e mostrou a outra Surgical, que já estava na mão inicial. Isso mesmo, ele abriu de 3 Surgical sem mulligar, não era meu dia mesmo de vencer os amiguinhos do sideboard. 1-2 BR Reanimator.

5-1 no total

JOGO 7 - ID

Na última rodada fui pareado com o jogador mais foda que existe, Bruno Lorengato, e resolvemos dar aquele ID para lockar ambos no top8. Finalizei o torneio em segundo lugar, com record de 5-1-1.

Espero que tenham gostado, deixo aqui meu primer sobre o decklink outside website.