Magic: the Gathering

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Sapeando os banimentos do Pioneer

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Apenas uma semana para analisar é no mínimo insuficiente

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Com o anúncio de um novo formato a comunidade de Magic the Gathering ficou alvoroçada, Pioneer foi anunciado no dia 21 de Outubro e rapidamente virou o principal assunto entre jogadores e produtores de conteúdo. O que esperar do formato? Como ele afetará o Modern? Como ele afetará o Standard? Quais serão os principais arquétipos do formato? Quais serão suas principais Staples? Tudo no melhor estilo de Shut up and take my Money!!!

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Aparentemente o barulho em torno do formato surpreendeu até mesmo a Wizards of the Coast, detentora dos direitos do nosso querido Magic e idealizadora do novo formato, levando a empresa a realizar um anúncio no Twitter na figura de Aaron Forsythe no dia 31 de Outubro, a meu ver precipitado, de realizar banimentos semanais no formato, sim SEMANAIS.

Aaron Forsythe justificou que o formato Pioneer seria inicialmente um projeto para o Magic online e teria um foco maior no tabletop (jogo na mesa) em um segundo momento. A adesão ao formato se deu de forma acelerada e a empresa antecipou seus passos incluindo o tabletop desde o inicio do processo. A percepção da importância de acelerar o processo e a intenção de incluir o tabletop desde o inicio do projeto é louvável, mas incluir também significa levar os seus resultados em conta o que aparentemente não ocorreu.

A tragédia anunciado resultou em três banimentos em uma semana de formato, todos eles extremamente discutíveis e isso se dá pelo curto espaço de tempo analisado. Realizar um corte de apenas uma semana para analisar qualquer formato competitivo é no mínimo insuficiente, quando falamos em um novo formato o corte fica ainda mais prejudicado.

Como divulgado pelo companheiro Leon em seu artigo “Explicações da Wizards para banir Felidar, Nissa e Leyline em Pioneer”link outside website a principal ferramenta de avaliação foi o MOL (Magic online). Podemos pensar que a escolha pelo MOL faz sentido por proporcionar para os analistas um número maior de eventos e participantes no período de tempo analisado, mas temos um grande desencontro de metagame na semana do MOL para a semana IRL (No Mundo Real), os decks que brilharam no MOL não brilharam nas competições no mundo real.

Analisando dois top8 de maior relevância na semana temos um Aberto em Barcelona e outro torneio em Buffalo Grove, com 55 e 160 participantes respectivamente.

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A tabela acima apresenta o Metagame IRL do Pioneer em sua primeira semana de existência, encontram-se na planilha os Top8 dos eventos realizados em Barcelona e Buffalo Grove com destaque em verde para os decks que venceram os dois eventos e em vermelho para os decks que foram afetados pelos banimentos da semana. O corte é pequeno, assim como o período de tempo, mas mostra um Meta diversificado e equilibrado e acima de tudo diferente do Meta analisado pela Wizards no MOL.

Cinco de treze baralhos sofreram banimentos logo na primeira semana, sem vencer os dois principais eventos IRL. Ainda que somando os decks similares a variação do formato continua saudável.

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Ainda com um corte mais simplificado apresentamos um Metagame com dez estratégias diferentes em dezoito possíveis.

O anúncio semanal preocupa, por falta de tempo de formato, por falta de material para avaliação do Meta e pela ansiedade da Wizards em fazer o formato pegar. Os recentes erros de Design no standard com Field of the Dead, Oko, Thief of Crowns e Veil of Summer, deixam a empresa em uma situação delicada. Banimentos no standard, embora mais comuns nos últimos anos, ainda são uma aberração para o Magic the Gathering e evidenciam falhas nos testes realizados pela equipe desenvolvedora, no caso de Field of the Dead a falha em manter uma resposta no meta para o deck pós rotação e nos casos de Oko, Thief of Crowns e Veil of Summer erros grosseiros no power level dos cards.

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Aparentemente a empresa carrega essa ansiedade e a necessidade de mostrar serviço para seu novo formato, o que gera grandes precipitações com os anúncios de banimentos semanais até o final do ano que vislumbram equilibrar o formato de maneira acelerada.

Carlos Eduardo Tognoli

Fontes

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