Magic: the Gathering

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Strixhaven: Uma Análise para o Pauper

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No artigo de hoje, apresento uma análise de Strixhaven para o Pauper, comentando sobre todos os cards que podem possuir alguma relevância dentro do formato!

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revised by Tabata Marques

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Strixhaven está chegando!

A nova edição voltada para a maior escola de magos do Multiverso chega ao Magic Online no dia 15 de Abril, e trouxe muitas novidades para o jogo e interações fascinantes para o jogo, e até mesmo para o Pauper.

Faz algum tempo que tenho dito que as edições mais recentes de Magic tem dado algum espaço para dedicar slots ao formato, criando opções que podem sim ser interessantes para o formato. Kaldheim nos trouxe as Snow Duals, que alteraram significativamente a forma como alguns decks do formato são construídos e também trouxe outras opções como Behold the Multiverse e Sarulf’s Packmate que, apesar de ter sido inicialmente subestimado, tornou-se uma staple dos Cascade decks.

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Strixhaven traz consigo outros efeitos singulares para o Pauper, veja estes dois exemplos:

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Apesar de considerar que Heated Debate está à 1 de dano de ser jogável no formato, a inclusão de um efeito de não poder ser anulado em uma carta comum é algo inteiramente novo e totalmente bem-vindo.

Teach by Example é um efeito de cópia de mágicas que costumava ser muito visto nos slots raros na década passada e que foi gradativamente recebendo downshifts até se tornar uma carta comum.

Um dos grandes destaques de Strixhaven fica para o fato de que teremos cartas comuns que agora nos dão acesso a cartas específicas do Sideboard: A mecânica de Learn permite aos jogadores buscarem cartas do tipo Lesson de fora do jogo (ou seja, do Sideboard) e colocá-las em suas mãos. A mecânica parece promissora de muitas maneiras e, apesar do Pauper ter ficado com a parcela menos significativa das Lessons, acredito que este ciclo em particular se destaca:

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Todos esses cards incolores são úteis caso você utilize mágicas com Learn no seu deck:

Environmental Sciences, apesar de ser um card lento (especialmente se você já está precisando utilizar um card para buscá-lo), pode ser um ótimo manafixing e uma maneira de ganhar fôlego em partidas contra Burn, se você estiver jogando de Mono Black, por exemplo, garantindo seu land drop para Gray Merchant of Asphodel posteriormente.

Expanded Anatomy é provavelmente o menos útil do ciclo, mas podem existir boas aplicações para adicionar marcadores em criaturas, especialmente se você naturalmente já estiver utilizando um card com Learn.

Introduction to Annihilation é uma ótima resposta para diversas coisas no formato, mesmo que por um custo significativamente alto. Ter acesso a uma resposta universal no Sideboard é muito importante em qualquer formato, e este card poderia até ser considerável uma possibilidade de maindeck em algumas ocasiões, mas o fato de precisar ser jogado em Sorcery-Speed não colabora muito.

Por fim, Introduction to Prophecy é provavelmente a melhor Lesson comum. Apesar de custar 2 manas a mais do que Preordain, um card selection para qualquer cor é um efeito relevante e poderia até mesmo ser usado em outras ocasiões de maindeck em Midranges e Big Mana decks, mas acredito que as atuais opções desses decks sejam cartas superiores que já temos.

As demais Lessons comuns em geral não me surpreenderam e me parecem cards de custo superfaturado para efeitos pouco significativos no formato. Não que as Lessons incolores sejam necessariamente algo diferente disso, mas o fato delas poderem ser acessíveis em qualquer deck torna delas muito mais abrangentes do que as demais Lessons.

Entretanto, sabemos que o uso das Lessons no Sideboard depende muito da qualidade dos cards de Learn, e não há nenhum realmente obrigatório de se usar dentre as comuns com a habilidade.

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É importante ressaltar também que todas as cartas com Learn possuem dois módulos: Buscar uma Lesson do Sideboard e Descartar um card para comprar um card, isso significa que toda Lesson é, no mínimo, um mini efeito de Looting, e o Pauper possui grandes interações com efeitos de Looting através de cards com Flashback, Pulse of Murasa, Mnemonic Wall, entre outras.

Portanto, é válido ter em mente que o efeito de buscar do Sideboard pode funcionar muito mais como um “bônus” do que necessariamente com o efeito que fará carta X ou Y ser jogável dentro do formato.

Dito isso, vamos ao review dos demais cards da coleção:

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Todos os cards com Magecraft possuem interações importantes no Pauper pois interagem com cópias de mágicas, o que significa que efeitos de Storm também trigam o Magecraft e isso pode tornar cards como Astral Steel e Ground Rift relevantes no formato.

A Wizards foi cuidadosa em não criar um card cujo Magecraft causa dano ou perda de vida ao oponente nos slots de comuns (poxa, que pena!) e, portanto, se torna um pouco mais difícil considerar meios de combar com algum card de Magecraft pois todos eles necessitam serem jogados durante o combate.

Eager First-Year é o de custo mais baixo dentre os cards comuns com a habilidade, e o seu trigger de Magecraft funciona basicamente como um pseudo-prowess que não aumenta a resistência, o que é bem problemático para um formato onde Lightning Bolt e Skred estão dentre as remoções mais utilizadas.

Porém, se você conseguir um meio de fazer Eager First-Year estar bem protegido e ter uma evasão, o card pode ser combinado com Astral Steel e um Storm de 8 para causar 20 de dano em um único turno, o que deveria ser considerável para letal no formato, mas sabemos que há muitos jogos onde a vida dos jogadores vai além de 20, tornando-o uma opção pouco favorável para tentar recriar um deck de Storm, a menos que seja possível explodir ainda nos primeiros turnos, quando o oponente ainda não possui uma mesa estabelecida.

Eu não botaria fé que Eager First-Year e nenhum outro card com Magecraft comum sejam o suficiente para criar uma nova variante de Storm no formato, mas ainda são cards que eu ficaria de olho pois, como já presenciamos muitas vezes, jogadores de Storm sempre acham um jeito de fazer seus decks funcionarem.

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Um card que coloca um marcador +1/+1 e pode buscar um card no seu Sideboard ou descartar uma land inútil da mão e comprar outro card pode ter suas utilidades no Heroic, principalmente.

Por outro lado, Light of Hope é muito mais versátil como combat trick e hate contra encantamentos e não vê jogo no maindeck do arquétipo, então não tenho certeza se este é o tipo de card que o Heroic quer ou precisa agora.

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Esta é uma das melhores cartas com Learn da edição: 3 manas para comprar dois cards e descartar um em Instant-Speed não é a coisa mais empolgante do mundo e nem um efeito que o formato já não tenha acesso. Mas três manas para comprar um card e buscar no sideboard outro card que possa ser útil para a partida pode sim mudar muitos jogos, dependendo do que está ocorrendo na partida e de qual deck está o utilizando.

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Seria uma ótima ferramenta em decks Control, mas... Como todos sabem, o Tron ainda é o melhor e o único deck Control eficiente do formato, e eu acho que o Tron já possui opções melhores dentro das suas 75, mas não me surpreenderia em vê-lo utilizando uma cópia de Pop Quiz no maindeck e uma cópia de Introduction to Annihilation no Sideboard.

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Este card não é um removal, ele é um “anule a remoção do seu oponente e transforme o alvo dela em uma ficha 4/4 de Elemental” ou “exile o artefato que já não é mais tão útil e crie uma ficha 4/4 de Elemental”.

De muitas maneiras, este card me lembra o Ensoul Artifact, utilizado em decks de artefato do Pioneer até hoje, e eu poderia ver alguns decks utilizando cópias deste card para criar mais ameaças na mesa ao decorrer do jogo. O problema é que o deck que utiliza muitos artefatos no jogo, o Affinity, não parece ser o tipo de deck que quer perder muitos artefatos para criar fichas 4/4 que morrem pra Cast Down, mas não me surpreenderia se víssemos outros tipos de decks utilizando o card.

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É meu card favorito da edição. Eu sempre quis Cryptic Serpent no Pauper e Serpentine Curve é próximo o suficiente (visto que você normalmente jogava Cryptic Serpent por 4 manas no turno 4).

Criar uma ficha e colocar marcadores nela para cada Instant e Sorcery no seu cemitério E no seu exílio é um efeito muito relevante dentro de um formato que possui decks de Turbo Xerox como o Dimir Delver e permite ao deck ter mais um ameaça grande para tentar atacar o oponente.

Além disso, Serpentine Curve tem o potencial de criar ameaças cada vez maiores toda vez que for jogado e de acordo com como o jogo se estende pois o tipo de deck que quer essa mágica continuará jogando mais e mais mágicas ao decorrer da partida.

Eu não acredito que, no atual metagame, Serpentine Curve vai ser o card que vai mudar o formato, especialmente porque ele é uma card para ameaças de late-game e o late-game do Pauper hoje é ditado por Tron e cards como Boarding Party e Annoyed Altisaur que geram valor imediato e possuem corpos consideráveis, enquanto este card é apenas um bicho muito grande que não faz mais nada e que pode ser recorrido com outros efeitos.

Porém, eu ainda vou tentar fazer este card funcionar de alguma maneira. Preferencialmente com Temur Battle Rage.

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Houve uma época em que Disfigure era uma das melhores remoções do formato. Hoje, o card é minimamente medíocre porque Defile é um card que fica melhor ao decorrer da partida. Lash of Malice tem algumas aplicações relevantes como fazer uma criatura com resistência maior que 2 bater mais forte num turno, mas não me parece ser o suficiente pra justificar seu uso ao invés dos demais removals pretos de custo baixo.

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Bloodrite Invoker vê jogo em algumas listas do Walls Combo e de outros decks com Freed from the Real. Specter of the Fens possui um custo mais alto, mas um corpo mais considerável na mesa, além de evasão e um efeito que é igualmente letal com mana infinita. Parece interessante, mas não parece o suficiente para tornar desses decks melhores.

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Este card é um “Lord” de Espíritos. Nós não temos espíritos realmente relevantes no Pauper atualmente mas o card pode ser acoplado junto á permanentes com Changeling para criar o seu próprio “tribal” de Espíritos. Na realidade, temos dois cards na edição que podem ser utilizados dessa maneira, mas Blood Age General tem maior potencial no longo prazo.

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Se você encher o deck com este card, o Burn mata mais rápido.

Se você tentar utilizar Dragões para quebrar este card, os Dragões do Pauper são medíocres.

Não vale a pena no presente momento sequer considerar este card até que haja uma maneira de quebrá-lo.

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A melhor peça de combo da edição. First Day of Class pode ser utilizado em conjunto com qualquer criatura com Persist e qualquer card que sacrifique criaturas para gerar ETB e Death Triggers infinitos.

Como funciona: Após utilizar First Day of Class, você pode por exemplo sacrificar um Putrid Goblin com um Carrion Feeder. A habilidade de Persist vai desencadear, e Putrid Goblin vai retornar ao jogo com um marcador -1/-1. Em seguida, First Day of Class vai desencadear, e será adicionado um marcador +1/+1 em Putrid Goblin, anulando o marcador -1/-1 e fazendo com que o Goblin possa ser sacrificado repetidas vezes para um Carrion Feeder com poder infinito.

Já tivemos alguns decks anteriormente tentando fazer uso desse combo com Ivy Lane Denizen, e eu não tenho certeza se First Day of Class vai ser o que falta para este tipo de deck se tornar competitivo, mas o fato do card também servir como um pseudo Goblin Bushwhacker (apesar de que apenas para criaturas que entrarem após a mágica) e ter um efeito de Looting acoplado a ele pode criar aberturas interessantes com cards que geram tokens ou cards que colocam múltiplas criaturas na mesa.

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Heated Debate ganhou destaque por ser o primeiro efeito de “não pode ser anulado” numa carta comum e, apesar de ser empolgante ver este tipo de efeito, este card falha em matar a maior ameaça à qual você estaria disposto a pagar 3 manas para matar de maneira incondicional: Gurmag Angler.

Efeito novo e interessante para o formato, mas o card em si provavelmente será pouco relevante.

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Costumo dizer frequentemente que o Pauper carece de criaturas com grande impacto na mesa, e que justifiquem ao jogador tentar jogar de Aggro ao invés de investir em jogar com Tempo decks como Faeries, que possuem melhores seleções de cards e respostas eficientes, ou Midranges como o Jund Cascade ou decks de Monarch que conseguem combater os Aggros com bons removals e card advantage.

A realidade é que o Pauper é um formato onde as respostas tendem á ser melhores que as ameaças e isso faz com que a maioria dos decks Aggro tenha problemas em acompanhar o formato.

Uma história engraçada que eu gostaria de compartilhar com vocês é a crônica do “substituto de Goyf”: Houve uma época em que Tarmogoyf era uma das cartas mais caras existentes no Magic, custando em torno de US$ 150.00 cada, e um card que parecia quase obrigatório se você queria jogar Magic competitivamente. Porém, nem todos os jogadores tinham acesso ao card então costumavam surgir diversas “listas budget” em fóruns e grupos de amigos que era basicamente “deck X sem carta absurdamente cara do formato” e o principal card que precisava ser substituído nessas listas era Tarmogoyf.

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Isso levava jogadores a experimentar todo tipo de card que você possa imaginar nos slots que pertenceriam ao Goyf, com os mais famosos (e até meio eficientes dependendo do deck) sendo Werebear, Putrid Leech, Tombstalker, e Skinshifter, e todos faziam um bom trabalho, mas careciam das coisas que faziam de Tarmogoyf a então melhor criatura de Magic: The Gathering.

Bom, o que eu quero dizer com isso é que, se Tarmogoyf ainda fosse a melhor criatura de Magic, Bayou Groff seria uma ótima opção de “budget Goyf”.

Agora, falando de Pauper, Bayou Groff é exatamente o tipo de card ao qual me refiro quando penso em “criaturas mais eficientes”. O seu custo é bom, o seu corpo é relevante, o seu custo adicional de sacrificar uma criatura pode ser abusado com cards como Young Wolf, e se trata de um custo de cast, o que significa que, se você reanimá-lo com Unearth, por exemplo, você não precisa sacrificar outra criatura.

Porém, Bayou Groof, apesar de ser uma boa carta, não me parece ser 100% a carta que vai puxar os Aggros para cima no formato, mas é um bom começo e um passo na direção certa por parte da Wizards para tornar Aggro decks mais presentes no formato.

Uma criatura que pode significar 7 de poder por 3 manas com Rancor e que sobrevive ao combate contra muitas criaturas possui um valor significativo no formato, e pode ser incluso tanto em listas de decks mais dedicados a sacrificar criaturas (Brindle Shoat é um ótimo card com Bayou Groof), ou em decks agressivos como o Stompy.

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Outro Payoff para mana infinita, e um Elfo.

Porém, não acredito que o card tenha o suficiente para ver jogo no formato, já que os ouros payoffs de mana infinita ganham instantaneamente e eu não imagino o Elves querendo fazer absurdos de mana para dobrar o poder de Reckless Amplimancer quando o card não possui Trample, algo que também não vale a pena tentar adicionar ao deck através de Elvish Herder.

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Biomathematician é, na verdade, mais um Lord que o Pauper agora possui: Um lord de Fractals (não confundir com Fractius).

Porém, nós sabemos que Fractals só existem em Strixhaven e, na sua maioria, não costumam valer o custo especialmente em cartas comuns. Porém, Biomathematician pode ser usado em conjunto com cards com Changeling para dar um buff permanente nessas criaturas, já que elas também serão Fractals na mesa enquanto também adiciona outro corpo 1/1.

Eu não acredito que a ideia possa ser competitiva, mas gosto de como o Pauper pode começar a tomar uma direção de criar um deck tribal que procura unir diversas tribos.

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Não é um Ajani’s Pridemate, requer que você esteja jogando de Abzan Sisters para poder ser utilizada de maneira eficiente, pode causar uma quantidade significativa de dano com diversos triggers de Lifegain, mas parece menos impactante do que Marauding Blight-Priest, já que não ganha o jogo imediatamente e força o deck a utilizar mais uma cor, além de depender do combate.

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“Você ganha 4 de vida. Você pode descartar um card, se o fizer, compre um card.”

Você usaria isso no seu deck preto? Talvez no Sideboard? 4 de vida e um looting pode ser relevante em partidas contra Burn e se trata finalmente de um card que faz algo além de apenas ganhar vida, e a vida ganha pelo card é o mesmo valor de um Fireblast ou de qualquer mágica de 3 de dano + uma ativação de Thermo-Alchemist.

Num contexto geral para essa matchup específica, acredito que Cram Session é um card bem decente para o sideboard de decks pretos já que o deck normalmente necessita apenas de mais uns turnos para conseguir virar o jogo com cards como Tendrils of Corruption e/ou Gray Merchant of Asphodel.

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Tudo o que eu disse sobre Eager First-Year pode se aplicar a este card, exceto que ele pode ser utilizado apenas com mana vermelha, o que pode ser de grande ajuda se a ideia do deck for fazer um Storm com rituais vermelhos e Ground Rift para gerar um deck que ganhe em um único turno.

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Otherworldly Outburst já existe no vermelho como um card que faz essencialmente a mesma coisa, mas Make Your Mark pode ser utilizado também em decks brancos, dando a decks como Heroic a oportunidade de deixar um corpo relevante na mesa quando seu oponente tentar remover sua criatura com um removal direcionado ou um efeito de édito.

Não considero que seja melhor do que diversos cards ao qual o deck já dispõe como Karametra’s Blessing, Cartouche of Solidarity ou Gods’ Willing, mas opções a mais sempre são bem-vindas.

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Eu mencionei em um dos meus artigos que Quirion Dryad seria um downshift aceito e bem interessante para o Pauper como um card que pode crescer significativamente na mesa enquanto você apenas joga o seu jogo utilizando mágicas de custo baixo.

Quandrix Pledgemage pode custar uma mana a mais, mas o fato de colocar marcadores permanentes ao invés de um buff temporário a torna uma opção razoavelmente aceitável para um deck no estilo “Protect the Queen” (onde você faz uma ameaça e em seguida a protege a qualquer custo) já que ela te recompensa por jogar dessa maneira.

Além disso, Quandrix Pledgemage pode ser jogada sem a necessidade do verde, o que é relevante para os decks azuis que podem aproveitar de um “Prowess” permanente dela com suas cantrips e removals de custo baixo.

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O primeiro efeito de cópia do Pauper.

Vi muitos jogadores comentando de como este card pode ser utilizado no Burn como uma maneira de dobrar o dano de suas mágicas e de utilizá-la em conjunto com Fireblast para causar 8 de dano mas acredito que a questão é se o Burn realmente possui e precisa de slots dedicados a este card.

Por conta própria, Teach By Example é um péssimo card que não faz nada, não adiciona nada na mesa, nada no jogo e é um péssimo topdeck pra um deck que já sofre muito com topdecks ruins como o Burn.

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Eu quero acreditar que Teach by Example possui um lar em algum lugar, mas não acredito haver uma mágica de grande impacto no Pauper que justifique tentar copia-la com um card que em todas as outras ocasiões não faz absolutamente nada.

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O Boros Bully costuma ter alguns slots flexíveis e Thrilling Discovery poderia ser um card a entrar nesses slots dependendo de como o Metagame se comportar. A capacidade de escolher se deve ou não descartar cards e ter um lifegain acoplado ao card não é algo de se jogar fora quando o Metagame está mais voltado para decks Aggro e Burn.

Acho pouco provável que venha a se tornar uma Staple, mas é mais uma boa adição para o formato.

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A versão “consertada” de Bonder’s Ornament fez alguns jogadores abrirem um alerta sobre o card, já que o artefato tem se tornado uma peça prevalente dos principais decks do formato e, inclusive, sendo utilizado no Sideboard de decks como Faeries para lidar com outros decks que utilizam Bonder’s Ornament para ganhar Card Advantage.

A realidade é que faz algum tempo que jogadores tem percebido que o artefato de Ikoria ganhou cada vez mais espaço no formato e tornou-se um pilar dele como uma constante fonte de Card Advantage, acabando por padronizar alguns jogos entre quem tem acesso ao artefato e quem não tem, além de facilitar muito a mana de arquétipos como Tron, ser um ótimo alvo de Cascade, e gerar inevitabilidade para decks como Orzhov Pestilence e afins, forçando outros decks que precisam, contra esses decks, a jogar o jogo longo á precisar ter opções obrigatórias contra o Ornamento ou até mesmo sua própria cópia do card para combater esta nova engine de valor.

Se, por alguma razão, for considerado que Bonder’s Ornament se tornou ou está se tornando polarizador para o formato, Letter of Acceptance é a justificativa perfeita para banir o card em algum futuro caso se faça necessário, já que não necessariamente estaria deixando os decks que utilizam o artefato sem outro substituto razoavelmente bom para esses slots.

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Aqui, incluo todas as Campus Lands.

É sempre interessante ver a Wizards investindo em novos designs para dual lands comum e as Campus lands são uma boa adição ao formato, tratando-se basicamente de mais um Guildgate melhorado.

Porém, o custo de 5 manas para dar um Scry é um tanto alto demais num formato onde você paga a mesma mana para comprar um card com Bonder’s Ornament e a ausência de tipo de lands faz com que elas não sejam relevantes para decks que, por alguma razão, necessitam delas para cards como Snuff Out e Utopia Sprawl

Eu poderia ver cópias sendo utilizadas como one-ofs em alguns decks específicos como Cascade, Orzhov Monarch, Boros Monarch ou até Tron, mas não é o tipo de land que realmente vale a pena ter se você já está utilizando Bonder’s Ornament, o que você costuma estar se você quer levar o jogo ao ponto onde essa ativação de custo seja relevante.

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Conclusão

Essa foi minha análise de Strixhaven para o Pauper.

No geral, a edição traz alguns novos efeitos empolgantes e novas ideias para arquétipos, enquanto também traz cards que podem sim ser relevantes no Metagame competitivo e que com certeza muitos jogadores tentarão utilizar.

O espaço de design das comuns apresentado nessa coleção trouxe ainda mais inovação e efeitos únicos para o formato, e é extremamente agradável ver a Wizards ousando mais com seus cards comuns, uma tendência que vem acontecendo desde o ano passado e que parece que continuará acontecendo nas próximas edições!

Agradeço a leitura!