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Top 5 Cartas de Kaldheim para Standard, Modern, Pioneer e Pauper

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Apresento a vocês um Top 5 de cartas de Kaldheim que possuem potencial para o Standard, Pioneer, Modern e Pauper!

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revised by Tabata Marques

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Introdução

Kaldheim está diante de nós. O Full Spoiler saiu na última semana e estamos há poucos dias do lançamento oficial da edição inspirada na Mitologia Nórdica!

Mas antes de fazermos um review de cada formato, gostaria de iniciar esta análise falando da maior inclusão deste set para os formatos competitivos:

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As lands nevadas estão presentes em Kaldheim e, portanto, tornam-se válidas no Standard e no Pioneer, enquanto já possuem grande impacto em formatos eternos como o Modern, Pauper e Legacy.

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A inclusão delas na edição significa essencialmente que elas se tornam notoriamente mais acessíveis para que os jogadores possam adquiri-las e utilizá-las dentro de seus decks, competitivos ou não.

Por outro lado, olhando do ponto de vista competitivo, simplesmente não há nenhum ou quase nenhum motivo para que um jogador opte por não usar lands nevadas na sua base de mana se assim for possível pelo mero aspecto psicológico e leque de possibilidades que isso pode abrir para os jogadores de ambos os lados da mesa.

Essa tática é muito comum, por exemplo, no Pauper onde você abrir o jogo com uma Ilha Nevada potencialmente significa que você está de Izzet Faeries, quando você pode estar literalmente jogando com qualquer outra lista.

Dessa forma, dentro dos próximos anos, é possível que venhamos a "aposentar" as lands básicas convencionais da maioria dos decks competitivos e, por mais que essa opção seja controversa e que possa passar a exigir dos jogadores investir um dinheiro a mais em lands básicas pelo mero fator psicológico, prefiro apenas pensar que há coisas onde o que pensamos se torna irrelevante e que podemos apenas aceitar as coisas como elas são.

E, no meu parecer, a questão das Lands Nevadas entra exatamente neste consenso.

Um outro ponto que eu gostaria de ressaltar é que há muitas cartas em Kaldheim, e seria humanamente impossível citar, por exemplo, todas que vão afetar o Standard sem fazer um review extenso sobre o set dedicado apenas a esse formato. O mesmo se aplica aos demais formatos competitivos e não podemos esquecer dos famosos "Sleepers", cards que acabamos subestimando mas que demonstra grande potencial ainda nas primeiras semanas, como foi com Embercleave.

Standard

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Reidane, ao meu ver, é um card que ainda está sendo sub-valorizado pela comunidade no Standard.

Apesar do efeito de punir lands nevadas parecer pouco relevante (e talvez venha a ser, vai depender de quantas lands nevadas veremos sendo utilizadas no formato e o quanto Faceless Haven será de impacto no Metagame), o verdadeiro ponto positivo de Reidane se encontra na sua segunda habilidade: Fazer com que mágicas de não-criatura de custo 4 ou maior custem 2 manas a mais pode ser extremamente trabalhoso de se lidar para muitos decks do formato atualmente.

Atualmente, o Standard possui uma gama significativa de cartas que se encaixam nesse padrão: Embercleave, Genesis Ultimatum, The Great Henge, The Akroan War, Ugin, the Spirit Dragon, Into the Story, Vivien, Monsters' Advocate, entre outros estão nos cards mais utilizados no formato e cujo ter de pagar um custo maior por elas pode ser um problema significativo para alguns decks.

Além disso, Reidane é uma criatura 2/3 Flying por 3 manas, o que significa que ela sobrevive a um Stomp do Bonecrusher Giant.

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Acredito que Goldpsan Dragon será o card mais impactante da coleção para o Standard.

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Goldspan Dragon é inicialmente o nosso clássico dragão "5 mana 4/4 flying haste" que vimos antes diversas vezes com Thundermaw Hellkite, Stormbreath Dragon e Glorybringer. E tal como os demais dragões, Goldspan Dragon possui um valor agregado de te dar mana de graça para cada turno em que ele fica em jogo, além de dobrar o valor dos seus tokens de Treasure e ter um valor embutido caso tome um removal, já que também produz tokens se for alvo de alguma mágica.

O dragão com certeza terá muito valor, especialmente em decks como o Temur Ramp (já que ele dá setup automático pra mana do Genesis Ultimatum no turno seguinte), as versões de Rx Ramp que andam surgindo com Ugin, the Spirit Dragon e talvez ainda veja como em decks de Adventures.

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In Search of Greatness é o card que está pedindo para ser quebrado desta edição, e definitivamente já possui um possível lar no Mono-Green Food.

Com o encantamento na mesa, ele automaticamente vai escalar pra 1 no turno seguinte, que é o custo da Witch's Oven, na 2, é o custo do Trail of Crumbs, na 3, é o custo de Old-Growth Troll, na 4 é o custo de Wicked Wolf, na 5 é o custo de Vivien, Monsters' Advocate ou Elder Gargoroth e na 6 é o custo de Vorinclex, Murderous Raider.

O card ainda pode ver jogo em outros arquétipos e provavelmente será um dos maiores "build-around" da edição, mas parece uma inclusão fácil dentro do cenário competitivo.

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Existem muitas sagas boas em Kaldheim, mas destaco Showdown of Skalds por ser um efeito muito parecido com outro que já possuímos no formato e que atualmente está banido: Escape to the Wilds já que o card te permite "comprar 4 cartas" para jogar no turno seguinte.

Entretanto, é aí que a comparação termina. Escape to the Wilds te permitia jogar uma land extra, o que por sua vez te ajudava a castar as mágicas reveladas no mesmo turno ou no turno seguinte. Já Showdown of Skalds, apesar de custar uma mana a menos, não lhe garante um land drop extra, sendo então uma opção menos favorável de se utilizar com muitas mágicas de custo alto no deck já que pode ser muito complicado jogar 2 ou mais em um único turno.

Por outro lado, tal como muitas outras sagas, Showdown of Skalds interage muito bem com uma já existente staple do formato na forma de Yorion, Sky Nomad, lhe possibilitando gerar muito card advantage com a Saga enquanto "pumpa" o seu Yorion com a segunda e terceira habilidade.

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Faceless Haven é, provavelmente, o principal motivo para decks de uma ou duas cores passarem a adotar lands nevadas na sua manabase já que o uso de uma manland 4/3 com Vigilância possui grande valor ao não ser morto por sweepers e estabelecer um clock que precisa ser respeitado, além de não morrer pra Stomp e trocar bem com Bonecrusher Giant.

Suponho que o card poderá ser utilizado especialmente em decks monocoloridos como o Mono-Green ou o Mono-Red, mas não me surpreenderia se víssemos variantes de Control como Azorius ou Dimir adotando a manland como parte das suas winconditions.

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Estou adicionando este card extra ao artigo pelo simples motivo de que Jorn, God of Winter é uma versão mais específica de Wilderness Reclamation, apesar de mais frágil e condicional mas que, ainda assim, pode vir a se tornar uma grande staple do formato se os jogadores acharem a shell certa para que possa se fazer uso do "pseudo Time-Walk" que a habilidade de desvirar suas lands pode proporcionar.

Vale lembrar que o outro lado de Jorn permite jogar permanentes nevadas do cemitério, inclusive uma outra cópia do Jorn que possa ter morrido ou sido descartado.

Definitivamente é um card cuja mecânica eu tentaria fazer funcionar dentro do Standard.

Pioneer

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Apesar de Doomskar ser um card igualmente importante para o Standard, considero-o ainda mais importante no Pioneer onde os principais decks aggro estão sempre tentando jogar por baixo e encerrar o jogo em pouquíssimos turnos.

Com a inclusão de Saw it Coming e Behold the Multiverse na mesma edição, é possível incluir um fator de "blefe" muito importante para decks reativos, como é o caso dos UWx Control do Pioneer, fazendo com que o oponente pense duas vezes antes de lotar a mesa com ameaças ou até mesmo opte por fazê-lo e acabe sendo punido por isso.

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Apesar de todos estarem cientes do combo da versão de Tibalt do Valki, God of Lies com Bring to Light, aqui estou focando especificamente no valor relacionado á parte da criatura do Valki.

Pioneer é um formato onde você tem acesso á um ótimo descarte na forma de Thoughtseize e o uso de um disruption de custo baixo para tirar o removal do seu oponente para, no turno seguinte com Valki, tirar a ameaça dele (que, preferencialmente será um Uro, Titan of Nature's Wrath) com a possibilidade de ainda copiá-la, tornando Impostor uma carta extremamente interessante e possivelmente bem eficiente para o formato.

É, de longe, um dos cards que estou mais empolgado para testar no Pioneer.

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Tal como no Standard, o Mono-Green Walkers do Pioneer também possui uma curva ideal para o encantamento, que começa com Elvish Mystic e Oath of Nissa na 1, Burning-Tree Emissary ou Scavenging Ooze na 2, Old-Growth Troll na 3, Karn, The Great Creator ou Vivien, Arkbow Ranger na 4 e Nissa, Who Shakes the World na 5.

Além disso, o encantamento custa duas verdes, o que significa que ele gera 2 pontos de devoção para Nykthos, Shrine to Nyx, acelerando ainda mais o plano de jogo do deck tanto em rampar mana quanto em jogar diversas permanentes num único turno.

Fora do Mono-Green, o card tem potencial para abrir espaço em outros arquétipos como o Gruul Midrange, que também possui uma ótima curva de permanentes com Elvish Mystic na 1, Goblin Rabblemaster na 3, Questing Beast na 4 e Glorybringer na 5, ou no Naya Winota que possui uma curva parecida de criaturas e jogar uma Winota de graça agrega muito valor.

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Como citado acima, esta criatura possui um espaço dedicado no Mono-Green Walkers ou nas versões de Stompy por ser uma ameaça 4/4 com Trample por 3 manas, que adiciona 3 a devoção e que, se morrer, pode tanto ser um ramp naquele turno (um Troll na 2 ou na 3 sendo morto pode significar uma Nissa, Who Shakes the World no turno seguinte) quanto uma ameaça recorrente, já que pode gerar outro corpo.

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Com a comparação óbvia á Birthing Pod, acredito que Pyre of Heroes não vai ter o impacto esperado num primeiro momento no Pioneer, mas é um card que só fica melhor para cada edição interação tribal que existir no formato daqui adiante.

Não é lá o card mais impactante, já que hoje não consigo imaginar correntes de jogadas que possam ser fundamentalmente quebradas com Pyre of Heroes, mas é o card mais promissor á longo prazo.

Modern

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No Modern, Valki, God of Lies interage muito bem com cards que possuem a habilidade Cascade, como Bloodbraid Elf, que te permite castar o lado de Tibalt sem muitos problemas, enquanto já serve naturalmente para o plano disruptivo que o deck costuma possuir com Thoughtseize e Liliana of the Veil.

Infelizmente, Valki é um card muito frágil no Modern por ser alvo de uma série de outros cards relevantes no formato como Path to Exile, Lightning Bolt , Lava Dart e até mesmo uma ativação de Wrenn and Six, mas ainda assim parece uma boa adição ao Jund que, infelizmente, ainda não possui o que é necessário para voltar ao topo do formato.

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Birgi, God of Storytelling é uma ótima adição para os decks de Storm do formato, transformando todas as suas cantrips em "pseudo-free spells", enquanto potencializa os rituais e Manamorphose do deck, dando ainda mais fôlego para o arquétipo.

O seu outro lado, Harnfel, Horn of Bounty, também colabora para com o deck já que é muito comum que o arquétipo fique com mais lands na mão do que o desejado enquanto está combando, e o artefato permite que você descarte essas lands ou até mesmo um Past in Flames para buscar outros recursos.

Ao meu ver, é uma ótima adição ao arquétipo.

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Realmwalker é muito interessante para o Modern pois o formato possui grandes decks tribais na forma de Humans e Spirits, além de outras opções mais fringes (que jogam, mas não se vê sempre) como Elementals e Elves. E Realmwalker entra como uma luva em todos eles.

No Humans, ele é um humano em forma de criatura que oferece constante card advantage, permitindo que você utilize suas manas nos turnos para castar os cards do topo, enquanto utiliza o Aether Vial para jogar os cards da mão.

No Spirits, ele é um espírito que oferece mais valor ao deck e que é buscado com Collected Company. Eu ousaria dizer que todos os decks de Bant Spirits hoje iniciarão com 4 Collected Company e algum número entre 2 a 4 de Realmwalker.

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No Elves, Realmwalker funciona quase como um Glimpse of Nature num corpo, já que o deck costuma gerar muita mana e comumente você consegue mitigar as lands e utilizar cada vez mais criaturas do topo do deck, além de ser um alvo para Collected Company onde o então utilizado Beast Whisperer não era.

Asseguro a vocês que muitos decks tribais tentarão encaixar este Shapeshifter em suas listas.

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Apesar de não parecer grande coisa inicialmente, The Trickster-God's Heist tem um valor bem interessante especialmente nos decks Midrange: Suas habilidades permitem tomar do seu oponente cards como Uro, Titan of Nature's Wrath E Field of the Dead com o mesmo card, o que muitas vezes pode significar a virada pontual na partida contra os Goodstuff decks.

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Eu estou colocando esse card porque já estamos vendo alguns overreacting por parte da comunidade quanto a conseguir fazer um Emrakul, the Aeons Torn no turno 3.

A ideia funciona assim: Você faz uma mágica com Cascade de custo 3 (Violent Outburst, Ardent Plea, Demonic Dread), essa mágica vai puxar o Tibalt's Trickery porque não há outra mágica de custo menor no deck. O Tibalt's Trickery vai exilar cartas do topo até revelar um card com nome diferente, que será outro card com Cascade ou Emrakul, the Aeons Torn. Ao revelar Emrakul, você o joga sem pagar o custo de mana, ganha um turno extra e ganha o jogo.

Apesar do combo parecer absurdo, ele sofre das mesmas inconsistências que o Neoform Combo:

A) Ele possui restrições de deckbuilding que fazem o deck se comportar de maneira pior do que um deck convencional

B) O combo não se protege bem porque quanto mais cards diferentes você utilizar, mais inconsistente o combo fica.

C) O deck sofre muito pra todo e qualquer disruption.

Portanto, por mais que eu saiba que as pessoas vão tentar e que pode até ser que funcione algumas vezes, não creio que Tibalt's Trickery vai quebrar o formato.

Pauper

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Um dos maiores problemas que o Mono Blue Faeries possui é sua inaptidão em ter boas respostas para lidar com ameaças que já caíram na mesa. Optando assim por opções pouco-otimizadas como Curse of Chains ou Narcolepsy, mas nunca foram cartas que pudessem ser utilizadas de maindeck e o removal mais eficiente que o deck já teve, Fall from Favor, foi banido recentemente.

Apesar de não acreditar que Bind the Monster seja o card ideal para o Mono Blue utilizar como removal, já que tomar uma quantidade significativa de dano para um card que pode tomar bounce com Kor Skyfisher ou ser blinkado com Ephemerate parece uma troca bem desfavorável, mas é um card que claramente possui algum potencial.

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Eu... Não tenho certeza dos motivos pelos quais Ravenform é azul e não branco.

Mas, cá estamos: Uma remoção pontual e eficiente de criaturas E artefatos, no azul, que exila a permanente (efeito já visto com Reality Shift no azul) e cujo custo alternativo é bem acessível para os decks azuis. Dentre os cards de Foretell, acredito ser o que possui maior potencial dentro do Pauper e é um card que você pode esperar ver nas 75 de decks azuis como Faeries ou Tron.

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Masked Vandal não é o Reclamation Sage que queremos, mas é o que podemos ter e com um upside muito relevante: Ele se encaixa como uma luva no Slivers.

Particularmente acredito que o novo Changeling verá mais jogo dentro do Slivers do que em outros decks tribais como Elves pelo mero fato de que ele se beneficia dos buffs criados pelos demais Slivers enquanto ainda retém um bom corpo, e sua habilidade se torna muito mais consistente numa lista de Slivers pois é o tipo de deck onde o oponente precisa constantemente responder ás suas principais ameaças, deixando dessa maneira cartas no grave de maneira mais recorrente que o Elves, onde o oponente pode optar por apenas responder á algumas criaturas pontuais.

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A nova versão de Ranger's Guile apresenta algum potencial por manter um pump permanente na forma de Marcador +1 / +1 na criatura que o jogador normalmente utilizará Snakeskin Veil para protege-la. O fato de ser um marcador é relevante principalmente pela razão de que é possível proteger sua criatura permanentemente de um Fiery Cannonade ou aumentar a quantidade de dano que um Skarrgan Pit-Skul pode causar sem ser bloqueado.

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As Snow Duals são provavelmente os cards mais impactantes para o Pauper em Kaldheim. Não apenas por habilitarem uma manabase melhor para que os decks utilizem Skred de maneira mais eficiente, mas também por serem as primeiras duais do formato que possuem tipos de Lands.

O fato delas possuírem esses subtipos significa que os cards interagem muito bem com cards já conhecidos do formato como Snuff Out, Arbor Elf e Utopia Sprawl enquanto melhoram cards não tão comuns dentro do metagame como Wild Nacatl ou Tribal Flames. Acredito que a inclusão destes cards dentro da manabase do formato trará grandes benefícios tanto para decks pouco conhecidos no cenário competitivo hoje quanto para decks que já se encontram no topo do formato como o Izzet e o Dimir Faeries.

Conclusão

E este foi meu review de Kaldheim para os formatos Standard, Pioneer, Modern e Pauper. Infelizmente, optei por deixar o Legacy de lado pois não estou integrado ao formato atualmente e não vi cartas o suficiente que parecem realmente impactar o formato para colocá-los numa única lista.

Caso tenha algum outro card que você acredita que estará presente nos formatos competitivos e que possui grande potencial, fique à vontade para deixar nos comentários !