Magic: the Gathering

Deck Guide

Uma Sombra para o Histórico no Magic Arena

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Death's Shadow chegará ao Historic! Neste artigo, apresento opções e meios de construir um deck com um dos cards mais icônicos do Modern enquanto faço uma análise da pool do formato digital!

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rezensiert von Tabata Marques

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Jogadores e jogadoras, Death’s Shadow chega nesta quinta-feira, 11 de Março, ao Magic Arena através do Historic Anthology IV.

Mas o que é tão grandioso nisso? O que uma criatura de 1 mana que lhe demanda perder vida tem de tão especial?

Bom, Death’s Shadow é uma staple de muitos formatos. Não apenas isso, mas é também um arquétipo que torna-se altamente versátil porque sua base de cartas se limita, fora a manabase, em cerca de 8 a 12 cards, dependendo da build e do formato.

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Por exemplo, você pode ir como um Aggro deck:

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Como um Midrange deck:

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Ou até como um Tempo deck:

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Death’s Shadow é um card multifuncional quando se trata de criação de arquétipos e que precisa de um pequeno set de cartas específicas para funcionar, que são meios de naturalmente perder vida dentro do jogo, o que existe em grande escala no Magic como um todo, mas cujo o set específico de cartas que costuma ser muito bom com Death’s Shadow está disponível no Historic:

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Mais necessariamente: Thoughtseize, o melhor descarte já printado na história do Magic , a segunda melhor mágica do Historic (ao meu ver, a primeira é Collected Company.) e cujo custo de pagar vida é na realidade um benefício nos decks de Shadow, enquanto as Shocklands são um perfeito manafixer para um deck que tenta perder uma quantidade significativa de vida nos primeiros turnos.

Além disso, temos acesso às “Bolt Lands” de Zendikar Rising, especialmente Agadeem’s Awakening, que pode servir para aumentar o nosso dano e garantir nosso land drop no early game, sendo um recurso para recorrer às nossas ameaças no late-game.

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Mas não só de um plano de jogo suicida onde causar a maior quantidade de ano a si próprio que é composto um deck de Death’s Shadow, e este artigo possui como propósito explorar as diversas possibilidades que o Historic possui para o card.

Mas o que é o Historic?

O Historic é aquele formato estranho do Magic Arena, originalmente composto por todas as coleções passadas do Standard desde o lançamento da plataforma, como se fosse uma espécie de “Pioneer” para o Magic Arena.

Daí, em algum momento as coisas ficaram estranhas e começaram a sair os Historic Anthologies, bundles de cartas exclusivas para o Historic e, em seguida, saiu por tempo limitado a coleção Battlebond para o formato, com algumas cartas sendo substituídas por outras e, nos últimos meses, tivemos edições chamadas Remastered, onde blocos como Kaladesh e Amonkhet são adicionados ao formato com uma mistura de muitas das melhores cartas destas edições, incluindo cards que originalmente não estavam nessas edições como Thoughtseize, Collected Company, Pact of Negation e Sculpting Steel.

No final das contas, o Historic hoje é aquele formato onde você tem várias cartas de edições anteriores do Standard junto à Staples de múltiplos formatos como Young Pyromancer, Collected Company, Thalia, Guardian of Thraben e Thoughtseize além de cards que brilham em arquétipos bem específicos como Muxus, Goblin Grandee e Phyrexian Tower e, por fim, cards que você nem faz ideia de que estão no formato como Ghost Quarter, Grim Lavamancer, Selvala, Heart of the Wilds, Ranger of Eos, Meddling Mage e Ulamog, the Ceaseless Hunger.

Ah, e claro, o formato tem sua lista de banidas que basicamente inclui tudo o que foi banido no Standard nos últimos anos... E Winota, Joiner of Forces que, aparentemente, tinha um absurdo botão de “free-win” com Angrath’s Marauders.

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O que, particularmente, não me faz muito sentido já que o formato possui Muxus, Goblin Grandee que, essencialmente, também costuma ser um botão de “free-win” ocasional.

E no meio dessa verdadeira farofa de cartas, os decks que mais se destacam são: Jund Sacrifice, Gruul Aggro, Rakdos Arcanist, Azorius Auras, Azorius Control, GWx Company, Angels Company e Goblins.

É... Esse me parece um bom resumo do que se trata o Historic.

“Romeu, por qual motivo eu deveria jogar esse formato então?”

Olha, eu não sei você, mas eu reinstalei o Magic Arena porque Death’s Shadow estará disponível no formato e é apenas por isso que vou jogar Historic nos próximos meses.

Eu tenho uma longa história com Death’s Shadow que pode ser resumida no fato de que foi o deck Modern e Legacy com o qual mais aprendi, me diverti e fiz ótimos resultados pilotando. É o deck que mais sinto falta de sentar numa mesa e utilizar num jogo.

Em resumo, podemos dizer que o Death’s Shadow é o Pikachu do meu Ash, o Agumon do meu Tai, o Mago Negro do meu Yugi. E isso é motivo o suficiente para eu decidir retornar ao Arena e tentar jogar com meu arquétipo favorito em mais um formato.

E já que chegamos até aqui, vamos iniciar os trabalhos para a elaboração da lista.

Construindo um Death’s Shadow

Como mencionado anteriormente, montar um deck com Death’s Shadow é altamente dependente do quanto o formato permite que o jogador perca vida e a qualidade dos cards que lhe permitem ter acesso a este tipo de efeito. Como já explicado, temos acesso a alguns dos maiores efeitos naturais de perda de vida que o Magic tem a oferecer, portanto nossa base do deck sempre será Black-Based, pois os melhores cards disponíveis para o arquétipo estão nessa cor.

Portanto, a base do deck vai começar da seguinte maneira sempre:

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Além disso, você também possui de 8 até 12 Shocklands baseadas nas cores que você optar utilizar no deck e terá algum número (normalmente 4) de Agadeem’s Awakening por servir como uma grande colaboração ao plano de jogo do deck e uma bomba de recursão e card advantage no late-game.

Portanto, o deck comumente vai começar com:

4 Death’s Shadow

4 Thoughtseize

4 Agadeem’s Awakening

8-12 Shocklands

As demais cartas sempre vão depender de onde você quer ir e guiar o deck e como você quer construí-lo. Mas acho que um bom ponto de partida é com o mais novo irmão do meu mascote:

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Scourge of the Skyclaves se tornou quase obrigatório na maioria das versões Modern de Death’s Shadow por conta da facilidade que o card possui de já entrar na mesa com um corpo grande ainda nos dois ou três primeiros turnos e crescer rapidamente no jogo sem muitos problemas, mas existem muitos motivos para isso acontecer no Modern, com o principal sendo a facilidade com qual seu oponente costuma perder vida naturalmente nos primeiros turnos e ao decorrer do jogo por conta da interação de Fetch Lands + Shocklands e do uso recorrente das chamadas Canopy Lands, que fazem o oponente perder vida ao serem utilizadas.

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Além disso, o drop agressivo de custo 1 dos decks com Skyclave no Modern, Monastery Swiftspear é infinitamente superior ao nosso (Soul-Scar Mage e Bomat Courier) para a proposta do card e interage muito bem com Mishra’s Bauble como uma free-spell que adiciona ao trigger de Prowess, além do formato também possuir formas melhores de alcance como Lightning Bolt.

Eu não estou dizendo, de forma alguma, que devemos desconsiderar Scourge of the Skyclaves para o arquétipo. Pelo contrário, acredito que existe uma grande possibilidade das primeiras listas de sucesso com Death’s Shadow o utilizarem também, mas tenham em mente que o Skyclave demanda que o deck com o qual você joga seja exclusivamente um deck Aggro, enquanto Death’s Shadow permite a você tentar diversas formas de construir o seu deck.

O mesmo vale para este card:

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Lurrus é um card incrivelmente bom, especialmente se você utilizá-lo junto a outras cartas que podem ser recorridas para comprar cartas ou outras ameaças grandes como o próprio Scourge of the Skyclaves, mas suas limitações existem e a curva do Historic é significativamente maior do que a do Modern, fazendo com que você abra concessão de alguns muitos cards que podem ser bons caso opte por utilizar o Companion.

Portanto, tenha em mente que mesmo que um card pareça obviamente bom no arquétipo, é a versatilidade de Death’s Shadow que o torna tão empolgante de se construir e utilizar como arquétipo.

Dito isso, precisamos analisar o que o formato tem para oferecer ao nosso arsenal, e já que a base do deck é Black-Based, é importante começarmos por essa cor.

Black

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Existem muitas opções disponíveis apenas na ideia de construir um Mono-Black Shadow utilizando shocklands apenas para o dano: Você pode pegar uma base de Mono-Black Aggro com criaturas recursivas e utilizar junto de Scourge of the Skyclave e Death’s Shadow, tendo Lurrus como Companion. Você pode optar por aumentar a curva e usar da interação de cards recursivos com Rooting Regissaur e Demonic Embrace, você pode tentar uma iniciativa mais midrange com Grim Tutor para ter um toolbox, entre outras opções.

Cards como Malakir Rebirth me chamam bastante a atenção nesta ideia pois se trata de mais land drops para o deck se necessário além de servir como uma proteção contra removal para suas principais ameaças, que inclusive “recompensa” seu uso com mais perda de vida.

O verdadeiro MVP da cor, especialmente se você quiser ir numa curva mais agressiva, é Knight of the Ebon Legion, como um drop agressivo e um mana sink no late-game cujo trigger é habilitado caso qualquer jogador perca vida, fazendo com que este arquétipo possa tirar maior proveito de sua habilidade de crescer rapidamente.

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Outro card que chama um pouco minha atenção é Fiend Artisan que, apesar de ainda não ter encontrado o equilíbrio certo para este card, me parece um ótimo misto de ameaça + Tutor para Shadows e Skyclaves disponíveis no deck quando assim for necessário, além de ser um corpo que pode ser relativamente comparável ao de Tarmogoyf se construirmos o deck em volta dessa ideia.

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E isso considerando apenas Mono-Black, há opções altamente passíveis a splashes nas outras cores e nossa manabase “indolor” não costuma ser um problema para colocar estes cards no deck se assim quisermos.

E o que essas cores adicionam ao arquétipo?

White

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O branco na realidade adiciona ótimas maneiras de perder vida neste deck com a inclusão de bons cards que utilizam vida como custo, como Adanto Vanguard que, inclusive, pode te permitir fazer múltiplos Shadows 10/10 ou maior ainda no turno 3, enquanto Final Payment e Dire Tactics são removals que possuem como custo a perda de vida e são cards eficientes para o habitual plano do arquétipo de disruption + dano rápido e eficiente.

Já na parte de suporte, o branco adiciona bons efeitos de card advantage com Thraben Inspector (que também será lançado em Historic Anthology 4), que serve como mais um corpo agressivo que se substitui comprando uma carta, e Ranger of Eos.

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Você sabia que Ranger of Eos está no Historic? Pois é, nem eu sabia.

Mas a criatura já foi muito utilizada anteriormente em listas mais midranges de Death’s Shadow como o Four-Color Shadow que existia em 2018 para adicionar consistência e card advantage ao deck em encontrar duas cópias de Death’s Shadow para colocar pressão no oponente após fazer o disruption inicial.

Também temos no branco uma forma de proteção para sua criatura na forma de Selfless Savior (e Alseid of Life’s Bounty, porém este eu não usaria pois possui Lifelink) e, por fim, branco lhe dá acesso ao melhor removal do formato na forma de Skyclave Apparition, além de outro removal tutorável com Ranger of Eos na forma de Giant Killer

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Blue

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Eu não acredito que uma combinação de Dimir Shadow seja uma opção muito boa para o arquétipo no Historic pois carecemos de praticamente tudo o que faz as opções com o azul ser viável: Não temos Snapcaster Mage para gerar card advantage, não temos Thought Scour como uma cantrip de Instant-Speed que enche nosso cemitério (o que poderia se mostrar útil com Pteramander ou Cryptic Serpent) e não temos Stubborn Denial como um counterspell de custo um incondicional.

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Além disso, o Historic é um formato muito mais voltado para criaturas do que o Legacy é ou do que o Modern foi quando Grixis Shadow era a melhor opção pro formato, e uma variante mais voltada pra tempo do deck tende a possuir dificuldades contra decks que fazem muitas criaturas em um único turno.

Por outro lado, quando você olha para opções de Grixis, as escolhas ficam mais interessantes:

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Sprite Dragon já vê jogo junto de Shadow em algumas versões do Grixis Shadow no Modern, muitas vezes substituindo Gurmag Angler para poder encaixar Lurrus e poderia jogar muito bem ao lado de cards como Young Pyromancer e Dreadhorde Arcanist, enquanto The Royal Scions poderia adicionar uma maneira de obter evasão recorrente ás suas criaturas enquanto serve também para filtrar o deck e sua ult é também benéfica como wincondition.

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E falando em vermelho...

Red

O vermelho é, tal como é no Modern, a melhor cor de suporte para Scourge of the Skyclaves hoje:

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A base de Rakdos permite ao jogador ser extremamente agressivo com aberturar que causam uma quantidade respeitável de dano o suficiente para ter um Scourge of the Skyclaves 4/4 ainda no turno 3, tornando-o a melhor opção de cores caso seja do desejo do jogador tentar jogar com ambas as criaturas.

A base Rakdos também lhe dá ótimas respostas tanto no maindeck para o sideboard para muitos dos cards utilizados pelo oponente nas suas 75, além de alguns dos melhores removals e melhores efeitos de dano do formato e provavelmente será a primeira versão a ser testada e amplamente vista nas ranqueadas do Magic Arena.

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Porém, é possível que veremos também versões mais voltadas para o Midrange:

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Não importa o rumo que você decida tomar (Interação com Dreadhorde Arcanist ou criaturas de poder alto com Magmatic Channeler), uma versão midrange de Death’s Shadow também parece se encaixar muito bem nas cores de Rakdos pois a inclusão de removals eficientes e estas criaturas faz com que o deck tenha muitos planos de ataque, podendo também se adaptar às mais diversas situações na mesa.

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Porém, todos nós sabemos que o que faz com que Death’s Shadow tenha sido e continue sendo tão prevalente no Modern é o fato dele ter um ocasional botão de free-win:

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A capacidade de dar Double Strike e Trample para uma criatura que costuma ser comumente um 8/8 ou mais por uma mana faz com que seus oponentes sempre precisem respeitar o seu próximo turno quando você possui Death’s Shadow ou Scourge of the Skyclaves na mesa pois o próximo turno pode significar o fim do jogo.

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Isso induz o oponente a tomar decisões erradas, fazer trocas ruins na mesa, se manter demais em uma postura defensiva ou até preservar demais o próprio removal, Temur Battle Rage está para o Death’s Shadow o que Splinter Twin está para Deceiver Exarch.

Porém, o card não se encontra disponível no Historic e, portanto, precisamos considerar outras opções:

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Não há um consenso exato ainda de qual é a melhor opção para o arquétipo, mas vou tentar me aprofundar em cada uma delas.

Barge In funciona como um bom pump que adiciona Trample a todas as suas criaturas, tem uma ótima interação com Dreadhorde Arcanist caso você utilize algumas mágicas mais pesadas e serve como um jeito de acelerar o clock também.

Crash Through funciona como uma cantrip, o que pode ser benéfico para um deck que tenta estabelecer um clock rápido e para um deck que tenta trocar 1-por-1 com o oponente. Também interage muito bem com Dreadhorde Arcanist e interage bem melhor com Young Pyromancer.

Footfall Crater interage extremamente bem com Lurrus of the Dream-Den (podendo ser reciclado e em seguida castado pelo Companion) e adiciona Haste além de Trample às suas criaturas, o que é uma qualidade significativa se considerarmos o fator “surpresa” que é muito mais considerável quando o oponente não imagina que você possa atacar com um 8/8 ou 10/10 Haste e Trample na volta.

Dentre os que testei, Footfall Crater tem sido meu favorito.

Por fim, temos a “muleta” de muitos jogos e destruidora de esperanças do oponente, Embercleave que, naturalmente, só poderia ser utilizada numa lista com muitas criaturas como é o caso de um Rakdos Aggro, mas se torna menos viável para variantes com Dreadhorde Arcanist,

De qualquer maneira, o vermelho tem e ainda provavelmente terá muito para adicionar aos arquétipos de Death’s Shadow e provavelmente será por algum tempo a melhor variante do deck.

Verde

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O verde não parece adicionar quase nada ao arquétipo, mas Assassin’s Trophy e Maelstrom Pulse podem ter espaço em versões mais midranges de Shadow como Abzan e Jund.

Por fim, já que considero Collected Company como o melhor card do formato hoje, acho válido citá-lo já que tanto Death’s Shadow quanto Scourge of the Skyclaves podem ser encontrados em um Company, e existe a possibilidade de tentar construir algo em cima deste card em particular como uma variante mais impactante de Jund Shadow, ao qual não tentarei postar uma lista pois acredito que demanda testes extensivos que só serão possíveis quando a carta estiver no formato.

Talvez a gente pudesse tentar uma outra versão e Jund Sac com Shadow? Não me parece a coisa mais sinérgica do mundo (especialmente por conta do lifegain dos Food tokens e de Cauldron's Familiar), mas quem sabe? O céu é o limite.

Conclusão

Este foi meu artigo sobre formas de tentar montar um deck de Death’s Shadow no Historic, que espero servir como um bom ponto de partida para as minhas listas e a dos meus leitores até que a comunidade chegue numa lista perfeita.

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Honestamente, tenho minhas dúvidas se um deck de Shadow é capaz de ser impactante num formato tão voltado para criaturas como é o caso do Historic pois o deck sempre teve problemas com decks que tivessem um plano de “go-wide” muito eficiente porque torna-se mais difícil de conseguir controlar e manusear o dano recebido.

De qualquer maneira, com certeza passarei muito tempo testando o card no formato, na esperança de poder então jogar competitivamente com meu arquétipo favorito no Historic.