Magic: the Gathering

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Como otimizar seu deck de Commander

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A equipe do Atog de Toga preparou para vocês um guia voltado para os jogadores casuais que querem aumentar o Power Level dos seus decks. Vamos ensinar um dos métodos que usamos para construir os decks para os nossos gameplays e como fazer a escolha certa para as 99 cartas. Dessa forma seus decks ficarão mais consistentes e otimizados.

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revised by Tabata Marques

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A equipe do Atog de Toga preparou para vocês um guia voltado para os jogadores casuais que querem aumentar o Power Level dos seus decks. Vamos ensinar um dos métodos que usamos para construir os decks para os nossos gameplays e como fazer a escolha certa para as 99 cartas. Dessa forma seus decks ficarão mais consistentes e otimizados.

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O QUE É UM DECK OTIMIZADO?

Primeiro vamos começar definindo as diferenças entre um deck Casual e um Otimizado.

Em um deck casual os jogadores buscam principalmente a diversão sem muita preocupação em ganhar o máximo de jogos possíveis. Eles se dão a liberdade de usar cartas que nem sempre combinam com a estratégia do comandante, mas usam só porque gostam muito da carta, pelo personagem que ela ilustra ou simplesmente “pela zoeira”. E não há nada de errado nisso, afinal Commander foi criado justamente para ser um formato casual.

Por outro lado, existem jogadores que buscam montar a estratégia mais eficiente possível dentro de suas limitações. Sejam elas financeiras ou limites impostos pelo próprio comandante. Exatamente por isso eles buscam montar um deck Otimizado onde o principal objetivo é ganhar o jogo e todas as 99 cartas do baralho contribuem para este objetivo.

DEFININDO SUA ESTRATÉGIA PRINCIPAL

A primeira coisa a se fazer ao montar um deck é definir como você quer ganhar o jogo. Escolha pelo menos uma estratégia principal e um Plano B.

Sua estratégia principal deve ser o foco da maioria das cartas do deck. Tudo vai contribuir para cumprir este objetivo. O plano B é algo que pode complementar ou rapidamente substituir o plano A caso as coisas comecem a dar errado. Normalmente é no plano B que entram os combos mais simples.

Aqui vão alguns exemplos de comandantes e seus respectivos planos A e B:

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Teysa Karlov:

Plano A: Aristocratas. Criar muitas tokens e sacrificá-las para drenar vida dos oponentes ou obter recursos.

Plano B: Caso suas fontes de sacrifício e dano sejam controladas, Efeitos que aumentam o poder de suas criaturas (anthems e lords) fazem dano de combate ser uma alternativa de vitória mais direta.

Atraxa, Praetors' Voice:

Plano A: SuperFriends. Deck que usa um grande número de planeswalkers e proteções para ganhar o jogo proliferando e abusando de todas as habilidades de lealdade.

Plano B: Usar as mesmas fontes de proliferar para ganhar o jogo de forma alternativa usando a mecânica de Infect.

O mais importante é manter suas estratégias simples e diretas. Quanto mais simples elas forem, mais fácil será executá-las.

ENTENDENDO OS NÍVEIS DE SINERGIA

Ao escolher as cartas que vamos colocar entre as 99 devemos sempre avaliar o nível de sinergia de cada uma delas com os nossos planos A e B. Para isso usamos uma métrica de camadas para identificar se vale a pena ou não usar cada carta no deck que estamos montando.

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Primeiro escrevemos nossa estratégia principal e colocamos 3 divisões abaixo dela. Essas divisões são os níveis 1, 2 e 3 de sinergia. Cada um desses níveis representa o quanto as cartas contribuem para o Plano A e ajuda a visualizar quais cartas não estão sendo bem aproveitadas no baralho.

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Para explicar esta métrica vamos usar o exemplo da Atraxa, Praetors' Voice previamente citado.

-Lvl 1: Nessa Tier colocamos todas as cartas que contribuem diretamente para a nossa estratégia. No caso da Atraxa, Praetors' Voice "Superfriends" usaremos Planeswalkers e mágicas com efeitos de proliferar. Também podemos colocar outros efeitos que combinam om o tema como Doubling Seasons e Oath of Teferi

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-Lvl 2: O nível 2 é dedicado a cartas que não contribuem diretamente com o Plano A, mas tem uma interação forte com as cartas do Lvl 1. Neste exemplo as cartas de infect que representam nosso plano B entram neste nível já que não contribuem diretamente para o Plano A, mas aproveitam todos os efeitos de proliferar da Tier acima.

Aqui também colocamos cartas de suporte que nos ajudam a conjurar e proteger o Lvl 1 como Ramps, remoções e proteções.

O número de cartas Lvl 2 deve ser bem menor em relação ao Lvl 1, mas ainda são de grande importância para o deck.

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-Lvl 3: O nível 3 geralmente deve ser evitado ao fazer um deck otimizado. Nesta Tier temos cartas que por si só são boas, mas não tem nenhum tipo de sinergia com o restante do deck. É muito comum pessoas usarem cartas que tem grande apego emocional mesmo não sendo a melhor escolha para o deck e isso é perfeitamente aceitável quando se busca um jogo mais casual.

Neste nível também encontramos combos de poucas peças que podem acabar com o jogo rapidamente caso tenha sorte de achar todas as peças. Na maioria dos jogos essas peças de combo serão apenas cartas mortas na sua mão, mas dependendo da quantidade de draw e tutores no deck até pode valer a pena usá-las.

No geral a nossa recomendação é evitar usar cartas no nível 3 a não ser que você esteja bem confiante no que está fazendo. Lembre que este nível não contribuirá nada para o Plano A ou B do seu deck, mas se por acaso você tiver interesse em um Plano C ele entraria aqui.

IMPORTÂNCIA DA REDUNDÂNCIA

Em um deck de Commander só se pode usar uma cópia de cada carta e é exatamente por isso que cartas redundantes são extremamente importantes. Quanto mais versões do mesmo efeito você tiver em seu baralho, maior é a chance de você comprá-la ao longo do jogo. Isso reduz a variação de jogadas entre várias partidas tornando seu deck mais consistente. Não é por acaso que os principais decks de Modern e Standard buscam sempre rodar o máximo de cópias possível da mesma carta, gerando menos opções e mais consistência.

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Para exemplificar, aqui estão algumas cartas redundantes Lvl 1 do deck da [card](Teysa Karlov] Aristocratas. Repare que todas possuem quase o mesmo efeito.

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CONCLUSÃO

Essas foram nossas dicas para otimizar um deck de Commander. Seguindo estas regras e estudando bem os Planos A e B dos seus decks você aumentará seu potencial de obter vitórias em seus próximos jogos. Testes são importantíssimos para definir se sua estratégia está funcionando e quais cartas não estão cumprindo bem sua função. A construção de um deck otimizado é um processo longo e que exige muita paciência e muitas partidas, mas com o tempo suas habilidades de deckbuild vão melhorando naturalmente.

Autor: Diogo Azambuja - Equipe Atog de Toga