Magic: the Gathering

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Entrevistando Jorge Jacoh, ensinando crianças a jogar Magic

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Não há ninguém melhor do que ele para ensinar alguém a jogar Magic

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revised by Tabata Marques

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Jorge Jacoh é professor no Rio de Janeiro e também é dono de um dos projetos mais importantes no nosso mundo do Magic! Ele faz parte da iniciativa New planeswalkerslink outside website. A missão do projeto é direta: "Proporcionar aos discentes, através do Card Game, uma opção pedagógica diferenciada de aprendizado social e curricular, apresentando um jogo que, certamente, não teriam acesso de outra maneira.". Em suma, é um sucesso e não há ninguém melhor do que ele para ensinar alguém a jogar Magic. Então vamos entrevistá-lo para descobrir como ensinar o jogo!

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(1) A quantos anos você joga Magic? Desse tempo pra cá, acredita que Magic ficou mais atraente para crianças?

Resp.: Sou daquela categoria de jogadores matusalém que começaram a jogar MTG ainda na década de 90 (1995 no meu caso). Vi muitas transformações no jogo nestas décadas. Mas, por si só, o MTG nunca foi um jogo realmente atraente por sua simplicidade. Foi um feito e tanto transformar o MTG em um eSport. Mas, mesmo assim, se não fosse o NPW (Sigla do Projeto New Planeswalkers), essas crianças jamais teriam acesso ao MTG.

(2) O interesse inicial em ensinar Magic para meninos e meninas veio de você ou houve algum gatilho?

Resp.: Sou professor da rede pública do Rio de Janeiro há 10 anos e sempre me incomodei com as metodologias pedagógicas mais tradicionais (aquelas das aulas expositivas nas quais os o professor apenas transmite o que sabe para seus alunos). E, sinceramente, estava de saco cheio de tanto tradicionalismo. Então pensei em alinhar duas coisas que muito gosto de fazer (ensinar e MTG). Foi bastante natural.

Concomitantemente, aproveitei para um destino a toda aquela coleção de cartas desnecessárias que estavam entulhando minha casa. Destino melhor impossível.

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(3) Qual o processo que você aconselha para pessoas que gostariam de ensinar Magic a seus filhos?

Não tenho filhos logo educar em casa é uma coisa que puxo pouca experiência para não dizer nenhuma. Mas uma coisa que percebo no relacionamento os responsáveis dos meus alunos e seus filhos é de uma extrema falta de paciência, de carinho e de atenção. Tornando esses pré-adolescentes muito carentes. Parece se tratar de uma mazela maior nesse século 21: a falta de tempo para o que mais importa, educar.

(4) Você acredita que as habilidades desenvolvidas por crianças no Magic a ajudam nas atividades escolares?

Se pensarmos o processo pedagógico como abrangente, rico e baseado em valores e não exclusivamente fechado em conteúdos MTG com certeza tem muito a ensinar. Valores como honestidade, organização, planejamento, administração de recursos se fazem presentes o tempo todo no jogo. *

Se pensarmos de um prisma curricular o MTG auxilia na prática da interpretação de texto os cálculos matemáticos básicos sem contar na influência artística presente nas histórias e nos cards. Tudo isso de uma forma direta. Indiretamente, as possibilidades são infinitas. Ficando a critério da criatividade do professor.

(5) O Magic é um jogo muito complexo e caro. Se as crianças tomarem interesse e quiserem jogar torneios, vocês incentivam torneio entre elas?

Sobre o custo do MTG tentamos sempre trabalhar com as duas opções fornecidas por toda comunidade. A qual consegue ser mais fantástica que o próximo jogo. o alunos do projeto tem acesso aos cards mediante apresentação do que chamamos de atestado do digno. Esse documento, produzido pelas mãos do próprio aluno, consiste nas assinaturas de seus oito professores atestando que o aluno cumpriu com todas as atividades daquela semana.

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Na prática, para jogar Magic no projeto, o aluno só precisa cumprir com as suas atividades pedagógicas dentro e fora da escola.

Consegui por uma vez levar os melhores alunos para um pré release em uma loja, a Bolsa do Infinito, no Engenho Novo (bairro daqui do Rio de Janeiro). Infelizmente, a distância de Santa Cruz para o Eng. Novo é elevada (52km) tornando o deslocamento nestes eventos bem complicado e particularmente exaustivo. Mas pretendemos fazer mais vezes.

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(6) Quais são as suas maiores preocupações com elas durante os eventos?

Nenhuma. Como apenas os melhores alunos do projeto e da eacola tiveram essa oportunidade, não precisei me preocupar com eventuais desvios de valores que o MTG poderia causar.

(7) Vocês jogam outros card games como Pokemon ou Yu-Gi-Oh? Outros board games também?

Tentamos implantar o KeyForge entre os "portadores das cártulas" (8 melhores alunos do projeto no ano). Mas pelos carência de volume e variedade, ainda, o KeyForge está em caráter experimental.

Adicionalmente, estamos trabalhando o RPG e seu caráter imaginativo fantástico. Também ainda em caráter experimental.

(8) Vimos que você estará na escola CEFET/RJ, no Maracanã, em novembro ensina sobre o jogo. O que poderemos encontrar por lá?

A Ludus Magisterium abriu um importante espaço para discutirmos a utilização do MTG em sala de aulalink outside website em um workshop no II Simpósio Fluminense de Jogos e Educação nos dias 22 e 23 de novembro.

Nele estaremos discutindo as práticas e formas de ampliar a inserção do MTG e outros Card Games nas práticas pedagógicas no cotidiano.

Espero expandir os meus horizontes e dos meus interlocutores sobre o tema.

Vejo vocês lá...

Muito obrigado Jacoh!

Caso tenham gostado do projeto, podem seguí-lo no Instagramlink outside website ou no Facebooklink outside website.

Também fizemos um Podcast sobre como ensinar pessoas a jogar Magic, caso este tópico te interesse.