Magic: the Gathering

Deck Guide

O caminho para o Abismo Sombrio no LEGACY UAI, por Tulio Reis

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Report Legacy UAI 2019 – Túlio Reis - Slow Depths – 6º Lugar.

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revised by Tabata Marques

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Report Legacy UAI 2019: Túlio Reis – Slow Depths – 6º Lugar.

Quem pensou que o conteúdo sobre o LEGACY UAI tinha acabado, se enganou! Ainda sobre o torneio, Tulio Reis, de BH, nos contou como foi sua participação no torneio, bem como a escolha do deck, e as adaptações da lista. Abaixo segue o relato do nosso amigo:

"Olá pessoas do meu coração amado.

No último dia 06/07, aconteceu em Pouso Alegre/MG, cidade do sul de Minas Gerais, o Legacy UAI 2019. Torneio muito bem organizado pelo nosso amigo Bruno Volpato.

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Eu, na minha essência, sou jogador de Modern e gosto de jogar as etapas da Liga Mineira de Legacy, pois, como bom grinder que sou, não dispenso um torneio competitivo e com premiação boa.

Apesar de não possuir um deck Legacy, sou adepto do bom e velho ditado – “Quem tem amigos, tem cartas”. E, por sorte, tenho amigos, em especial o grande Henrique Belumat, campeão do Nacional Legacy 2017.

Na semana que antecedia o evento, procurei o Belu para me emprestar um deck que tenho obtido um bom ratio de vitórias nas etapas da LML, o famigerado, Slow Depths.

Pra quem não está familiarizado com o deck, aqui vai uma breve explicação. O Slow Depths, é um baralho de combo, baseado no terreno de neve lendário Dark Depths, onde através de Thespian's Stage ou Vampire Hexmage, “trapaceamos” no que diz respeito ao que a carta foi feita pra fazer justamente, seja copiando um Dark Depths em jogo ou removendo os marcadores, todos de uma só vez. Assim que Dark Depths se encontra em jogo sem nenhum marcador um ficha de criatura preta, chamada Marit Lage, é criada. A criança tem 20/20 de poder e resistência é indestruitível e tem voar. Ou seja, um abraço pro oponente.

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Agora, diferentemente do TURBO Depths, esse deck não possui tantas maneiras de fazer o combo a qualquer custo. Esse deck é muito mais Midrange, grindador e resiliente do que a versão all-in, que é super centrada no combo supracitado e que não consegue ganhar de outra maneira senão fazendo o Token o mais rápido possível.

A lista que joguei no torneio foi essa:

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Bom, quando eu pensava na lista para pedir o deck eu levei em consideração alguns fatores:

Esse deck tem dificultade de lidar com Wrenn and Six e Delver decks em geral. Primeiro por serem super agressivos, possuírem 4 cópias de Wasteland e combinação de Force of Will + Daze complica muito a vida desse deck.

Death and Taxes é um pesadelo.

Então cheguei a belíssima conclusão de que Bitterblossom e Liliana, The Last Hope seriam adições ao Main Deck que pegariam muitos desses decks com as calças arriadas. Delvers tem uma dificuldade enorme de ganhar de Bitterblossom turno 2 e esse deck consegue fazer ela no UM, cara! Como se não bastasse, Liliana é brutal contra D&T e ajuda bastante contra Delver.

Foi um “meta call” que pagou dividendos.

Partidas:

Rodada 1 – Miracles

Jogos muito truncados como sempre, porém tanto no G1 como no G2 meu oponente não conseguiu encaixar cantrips de maneira efetiva a fim de esculpir uma mão resiliente aos descartes do deck e acabou perdendo para o combo. 2-0.

Record: 1-0

Rodada 2 – UR Delver

G1: Eu combo muito rápido sem deixar o oponente fazer a Wasteland. Normalmente UR Delver não possui resposta no main deck para o Token.

G2: Meu oponente tenta dar Wasteland no meu Thespian Stage. Eu copio a sua Ilha em resposta que faz a Wasteland pifar. Volto combando e tomo um Vapor Snag. #sad. 1-1.

G3: Descartes e um combo rápido deram conta do recado.

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Record: 2-0

Rodada 3 – UR Delver (Phelippe do RJ, fez Top8)

G1: Turno 1, na play. Faço land, Mox Diamond, Bitterblossom que resolve. O jogo se desenvolve de maneira que ele encontra um Young Pyromancer, faz algumas fichas. Eu acho remoção pro Dreadhorde Arcanist e encaixo a Liliana, the Last Hope para selar o jogo. METACALL!

G2: Ele muliga, eu dou descarte, tiro a sua Force of Will. Volto combando. Ele cantripa atrás de Vapor Snag e morre para o Token.

Record: 3-0.

Rodada 4 – RUG Delver (Diego Ganev, Campeão)

Esse jogo foi bizarro e foi transmitido na Twitch do Legacy dos Moicanoslink outside website.

G1: Muligamos a 5, eu mantenho mão de 1 land, ele flipa dois Delvers rapidamente, eu nunca mais compro land e perco em 2min.

G2: Eu perco bastante vida nos turnos iniciais, estabilizo o board, dou Assassin’s Trophy na Volcanic, Wasteland na Tropical. Deixo ele sem cartas na mão e sem land nenhuma na mesa. Não paro de comprar lands inúteis e remoções. Até que finalmente sou punido por uma jogada besta e morro para 2 Lightning Bolts depois de milhares de turnos em que meu oponente nada fez.

Record: 3-1.

Rodada 5 – UR Delver (Bruno Lorenzato, amigão de Ouro Preto e Top8)

G1: Ele perde pelo simples fato de estar na draw. Toma descartes nas criaturas, fica com várias dazes e fow’s na mão e toma o combo. Ele ainda tenta achar a resposta mas sem sucesso (ele rodou 2 Vapor Snag no Main Deck).

G2: Ele está praticamente morto, com 6 de vida e eu com Bob e Vampire Hexmage na mesa, tenho 3 de vida. 2 Cartas de custo 3 no deck (que eu nem lembrava que existam haha), Trigger do Bob resolve revelando Tireless Tracker. GG

G3: Fui absolutamente moído por 2 Swiftspear, Chain Lightnings e Bolts.

Record: 3-2

Rodada 6 – Burn (Thiago Pimenel, amigão de Ouro Preto)

Esse match é muito fácil para o Turbo Depths. A versão Slow Depths pode ter um pouco mais de dificuldade justamente por não conseguir fazer o combo tão rapidamente como a versão Turbo.

G1: Estou na play. Faço Urborg, Tumba de Yawgmoth, descarto um Raio. Turno 2, desço minha Depths, faço Vampire Hexmage e venço. Que sorte!

G2: Na draw, faço Urborg, Tumba de Yawgmoth, dou Duress. Descarto Ensnaring Bridge. Turno 2, desço minha Depths, faço Vampire Hexmage e venço. É muita sorte pra um cara só... Brincadeira.

Record: 4-2.

Rodada 7 – Rakdos Goblins (Guilherme Figueira)

Esse jogo foi transmitido na Twitch do Legacy dos Moicanoslink outside website.

G1: Eu muligo a 6. Meu oponente começa fazendo Montanha, Aether Vial. Eu faço, Bayou, Mox Diamond, Abrupt Decay no Vial. Turno 2 meu oponente faz Pantano, Mogg War Marshal. Eu procedo, fazendo Thoughtseize que revela 2 Goblins irrelevantes e 2 Prismatic Vista. Eu faço Dark Depths e passo. Ele paga o Echo do War Marshal, faz Vista e ataca. Meu turno 3, eu faço Thespian’s Stage, copio a Dark Depths e passo com a Token 20/20. Agora ele não tem mais respostas e morre no ataque.

G2: Ele faz Mana Goblin Lackey. Eu muliguei a 6, rezo pra comprar resposta pro Lackey. Compro uma Mox Diamond que me permite descer um Dark Confidant pra trocar com o Lackey. Eu faço Wasteland, Mox, Bob. Meu oponente, faz Pantano, Munitions Expert e mata o Bob. Bate com Lackey e não põe nada na mesa. Turno 2, eu faço, Crop Rotation sacrificando a Wasteland para tutorar uma Urborg, Tumba de Yawgmoth, faço Dark Depths como land do Turno e combo de Vampire Hexmage. Acho que meu oponente não esperava essa jogada. Salvo engano, ele tinha uma Wasteland na mão e preferiu por matar o bob. Se eu não vi errado no vídeo, foi uma infelicidade cruel. 20/20 na mesa unica saída seria encaixar uma espécie de Édito Diabólico vindo do Sideboard, afinal era Preto e Vermelho ou a saída tradicional para uma situação como essas fazendo o Stingscourger. Não foi dessa vez. GG Oponente.

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Record: 5-2. 6° lugar.

Bom, foi um torneio bacana de se participar. O resultado rendeu R$300,00 em dinheiro e muito contente de ter lido o field da maneira que li. As mudanças fizeram bastante diferença e me deram vitórias que talvez não tivesse conseguido com uma lista mais padronizada.

Manhã de muito frio em Pouso Alegre/MG, termômetros marcando 3 Graus Celsius! Pegamos o carro e voltamos para BH.

Gostaria de agradecer aqueles que leram até aqui. Sempre um prazer escrever reports de torneios bem estruturados que nos motivam a jogar esse jogo maravilhoso que é o tal do Magic: The Gathering!

Forte abraço!

Tulião."

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Primeiramente, parabéns pelo resultado Tulio, jogou demais. Em segundo, obrigado por compartilhar sua experiência.

E por fim, gostaria de chamar atenção ao fato de o Tulio ser jogador nato de outro formato, e mesmo assim ter se saído tão também em um torneio Legacy, em especial, num campeonato cheio de jogadores experientes e de alto nível. Porém, isso já não é novidade, uma vez que ele vem fazendo ótimos resultados na Liga Mineira de Legacy. O que eu de fato gostaria de mencionar é que mesmo sendo adepto de um formato em especial, como o Modern por exemplo, é possível conciliar os dois, e se sair bem em um e outro. Inclusive, transitar entre ambos de maneira harmônica, pois diversas vezes ouvi que quem joga Modern não joga Legacy, e vice-versa.

Além disso, ressalto o fato que mesmo sem ter um deck, não foi por falta de vontade que ele deixou de participar do torneio. Diante disso, mais uma vez eu repito que se você tem vontade de jogar Legacy, isso não será um entrave. Nós da comunidade Legacy, estamos sempre abertos e dispostos a receber e ajudar novos jogadores.

Até a próxima.