Standard: Dimir Reanimator (Foundations) - Deck Tech e Guia de Sideboard

Nas últimas semanas, arquétipos que trapaceiam em custos de mana ganharam um pouco mais de evidência no Standard e no Pioneer. Entre os testes com o Jund Creativity, outro arquétipo chamou minha atenção nos jogos ranqueados do Magic Arena no Standard: o Dimir Reanimator.

Potencializado pela inclusão de Zombify em Foundations e pela capacidade de Valgavoth, Terror Eater de dominar partidas, este arquétipo tem se destacado nas Ligas do Magic Online, mesmo sem fazer resultados muito expressivos nos Challenges.

Neste artigo, exploramos a iteração mais recente do deck e como ele se comporta nas principais partidas do atual Metagame.

Essa é a lista que uso nas partidas ranqueadas do Magic Arena.

Como Reanimator não é um deck Tier 1, não existe um jeito “correto” de montar a base dele ainda, com muitas opções sendo ideias experimentais. Algumas versões seguem uma linha de Esper, outras procuram usar Urborg Scavengers como um pseudo-Soulflayer, e a minha versão visa ampliar a quantidade de interações e criar um plano B mais relevante.

Por querermos alimentar o cemitério, Kiora, the Rising Tide é um card fácil de desencadear o Threshold enquanto também é um habilitador para Zombify, e sua inserção traz consigo outras duas peças interativas: Overlord of the Balemurk para acelerar a quantidade de cards no cemitério mais cedo e Nullpriest of Oblivion, um reprint de Foundations que opera como mágica de reanimação 5 a 8 enquanto interage com o Overlord para recursão.

O restante do deck é o clássico Midrange com remoções e disrupção barata, mas nossas escolhas de deckbuilding vêm com uma consequência. Por um lado, nós temos um plano injusto que ganha partidas de graça, especialmente contra Aggro. Por outro, nós estamos usando cards piores do que o Dimir Midrange usaria, pois requeremos eles para o “combo” funcionar.

Maindeck

Nossas bombas. Pela natureza do Metagame hoje e a quantidade de draws mortos que podemos dar, não gosto da ideia de ter mais do que seis alvos de reanimação para oito cards para reanimar. O split de 3-3 deve-se à forma como eles se destacam em jogos distintos.

Atraxa, Grand Unifier é melhor nas partidas onde não precisamos proteger nossas ameaças e/ou onde queremos gerar muito card advantage. Contra Aggro, combo ou White Tokens, ela é nosso alvo primário.

Valgavoth, Terror Eater se destaca em jogos onde o oponente tem muitas remoções pontuais ao mesmo tempo em que gera card advantage com as cartas do oponente, sendo nosso alvo primário contra Midrange.

Nossas mágicas de reanimação. Oito parece o número ideal, podemos subir para 10 se considerarmos Virtue of Persistence como remoção.

Zombify é o card mais barato que temos nessa categoria, mas também o mais linear. Por vezes, vale a pena reanimar Kiora, The Rising Tide ou Overlord of the Balemurk com ela, mas a prioridade deve ser das criaturas grandes. Um card que gostaria de testar com Zombify eventualmente é Sphinx of Forgotten Lore, que também interage com nossa proposta de jogar coisas para o cemitério e nos permite reutilizar nossas mágicas a cada turno.

Virtue of Persistence é bem caro como efeito de reanimar, mas é uma remoção barata no início do jogo. Por termos muitas remoções e filtragem de mão, podemos prolongar a partida por tempo o suficiente para conjurá-lo por sete manas.

Nullpriest of Oblivion está na lista porque é um efeito de reanimação que podemos buscar com Overlord of the Balemurk. Seis manas também é um custo alto, mas nossas outras opções envolvem The Cruelty of Gix ou um splash para outras cores, e o seu corpo 2/1 com Lifelink no início da partida pode fazer diferença.

Nossos habilitadores.

Evangel of Synthesis é um looting barato que, por conta de Kiora, the Rising Tide e cópias extras dele, podemos transformar ele em um 3/3 com Menace com frequência, garantindo alguma pressão no começo da partida.

Kiora, the Rising Tide é outro meio de filtrarmos nossos draws além de ser um plano de jogo alternativo. A ficha criada por ela ganha a partida em poucos turnos se mantermos a mesa vazia, e mesmo se não o fizermos, Kiora sempre vai forçar uma remoção do oponente.

Overlord of the Balemurk é uma ameaça bem forte em uma lista que possui tanto criaturas para reanimar, criaturas que reanimam e um plano de jogo alternativo envolvendo outra criatura: seu trigger de ataque e ETB garante que sempre podemos devolver Kiora ou Nullpriest of Oblivion para nossa mão, garantindo mais resiliência ao nosso plano de jogo.

Nossas interações.

Bitter Triumph possui algumas sinergias com nosso deck por descartar cards da nossa mão, mas sua maior utilidade é dar uma resposta eficiente tanto contra criaturas quanto contra Planeswalkers.

Cut Down e Anoint with Affliction lidam com criaturas menores por um custo baixo. Affliction ainda tem a vantagem de lidar com Unstoppable Slasher e Enduring Innocence permanentemente.

Go for the Throat é a resposta padrão contra tudo o que os demais cards não lidam. Por termos Bitter Triumph, não há a necessidade de usarmos quatro cópias.

As duas cópias de Duress no maindeck garantem proteção contra counterspells quando queremos executar o combo, mas outra opção nesses casos envolve pressionar o oponente com um plano “justo” para forçar remoções e o uso de mana no turno do oponente.

Um set de cada terreno que gera e que entram em jogo desvirados é essencial. Mas podemos complementar com algumas outras opções.

Restless Reef é uma ameaça e bloqueador adicional que interage com nosso plano de jogo, enquanto Undercity Sewers ajuda a filtrar o topo e colocar os alvos de reanimação no cemitério e/ou alimentar Kiora, the Rising Tide.

Apesar de não termos muitas interações com ele, Fountainport ainda oferece meios de acelerar a mana com fichas de Tesouro ou criar bloqueadores a cada turno quando necessário.

Sideboard

As cópias extras de Cut Down e Anoint with Affliction entram nos jogos em que precisamos de mais interação. Um dos maiores problemas do Reanimator, no entanto, é decidir quais peças tirar, então por vezes precisamos diminuir a quantidade de alvos e habilitadores em prol de mais meios de segurar a partida.

Malicious Eclipse é nossa resposta contra go-wide e tem crescido em necessidade agora que há outras categorias de Red Aggro além de Prowess, sem contar a presença do Jeskai Convoke e do Azorius Aggro no atual Metagame.

Blot Out é nossa resposta contra Kaito, Bane of Nightmares, mas pode entrar também contra Domain Ramp e/ou outros arquétipos onde Hexproof é relevante, como na mirror ou contra o Four-Color Zur.

Withering Torment lida com criaturas maiores nas partidas de Midrange e Ramp e também responde a encantamentos problemáticos como Unholy Annex e Leyline Binding. Ela é uma peça essencial em jogos onde esperamos Rest in Peace ou Leyline of the Void.

Negate e Disdainful Stroke complementam Duress no nosso pacote de disrupção. Vale lembrar que, em alguns jogos, nossos melhores alvos para os counterspells são as mágicas que impedem nosso combo de funcionar, mas também devemos considerar os tipos de respostas que nossos oponentes podem ter após reanimarmos uma criatura.

Ghost Vacuum entra principalmente contra Azorius Tempo, mas é uma peça essencial na mirror. Um pequeno truque que pode valer a pena em jogos onde ele é um side-in é usá-lo em resposta ao Ghost Vacuum do oponente para exilar nossos cards para, no late-game, estourar o artefato e colocar cópias 1/1 de Atraxa, Grand Unifier e Kiora, The Rising Tide em jogo.

Gruul Prowess / Boros Prowess

IN

OUT

Golgari Midrange

IN

OUT

Jeskai Convoke

IN

OUT

Azorius Tempo

IN

OUT

Temur Otters

IN

OUT

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