O fim do ano de 2024 se aproxima, e com ele, iniciamos nossa retrospectiva sobre como este ano foi para Magic: The Gathering. Além das mudanças ocorridas no jogo, também podemos avaliar quais foram os cards mais importantes que os novos lançamentos trouxeram para cada formato competitivo.
Hoje falaremos do Modern. Como era de se esperar, Modern Horizons 3 mudou completamente a estrutura competitiva do formato, mesmo que outros cards de outras expansões tenham aparecido ocasionalmente.
O resultado foi um dos piores anos que o Modern já viveu: Nadu, Winged Wisdom quebrou o formato e criou um dos Metagames mais miseráveis que já assistimos, seguido de um formato polarizado em torno do Boros Energy e da alta popularidade de The One Ring - dois problemas que só foram adereçados no fim do ano.
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Os Dez Melhores Cards de 2024 para o Modern
10 - Devourer of Destiny
Devourer of Destiny foi uma ferramenta poderosa no sucesso dos decks de Big Mana e Eldrazi no Modern em 2024. Sua habilidade caso esteja na mão inicial oferece uma filtragem importante arquétipos que, normalmente, querem apenas encontrar as peças certas para acelerar o jogo e conjurar suas bombas, além de ser peça fundamental tanto para Ugin’s Labyrinth quanto para o plano de jogo geral desses decks já que seu cast funciona como uma remoção pontual.
9 - Abhorrent Oculus
Abhorrent Oculus tomou o lugar de Murktide Regent nos decks de Dimir Tempo, o que por si é um marco histórico dado que Regent foi uma peça fundamental dessas estratégias desde Modern Horizons 2.
O motivo para essa substituição está ligada as interações com Psychic Frog e Unearth, que possibilitam reanimar Oculus mais cedo para gerar card advantage enquanto o protege com Counterspell, além da facilidade de jogar com ele em um arquétipo que naturalmente coloca muitos cards no cemitério executando seu plano de jogo.
Hoje, ele não encontra lugar nas versões Izzet, mas é possível que, sem o Boros Energy no caminho, as variantes Dimir tenham o caminho livre para se tornarem reguladoras do Metagame no próximo ano.
8 - Kozilek’s Command
Kozilek’s Command complementa um famoso ciclo de cards que começou em Lorwyn e agora possui sua versão incolor. Remoção, ramp, filtragem de topo e hate de cemitério: este feitiço faz um pouco de tudo o que um deck precisa para competir no Modern e possui espaço garantido em qualquer Big Mana que tenha acesso fácil a mana incolor, como as várias iterações de Eldrazi e outros decks de The One Ring que permearam o Modern em 2024.
7 - Consign to Memory
Com o crescimento de arquétipos com cards incolores e a ampla popularidade de The One Ring no Modern, que chegou a bater 60% de representação no Metagame e alavancou diversas variantes de Ramp e Eldrazi, uma resposta assertiva era necessária para evitar a predominância desses arquétipos.
Consign to Memory foi este card. Ele executou sua função tão bem quanto pôde, mas os decks azuis eventualmente perderam espaço contra o Boros Energy e os arquétipos de The One Ring, tornando-o o último bastião contra a dominação completa deste artefato antes do seu banimento.
6 - Ral, Moonsoon Mage
Com Ruby Medallion, Ral, Monsoon Mage revitalizou o Storm no Modern e o tornou um deck competitivamente viável em uma versão Mono Red com o apoio de diversos efeitos de “draw 2” que foram lançados nos últimos anos nessa cor.
5 - Ajani, Nacatl Pariah
Ajani, Nacatl Pariah foi talvez o Planeswalker mais poderoso que saiu em 2024 por um grande erro de design: duas cópias dele o transformam instantâneamente e geram tanto valor que colocam seu controlador muito à frente na partida.
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Em termos de flavor, o card de Ajani faz todo o sentido, pois sua centelha ascendeu com a morte do seu irmão, Jazal Goldmane, e sua versão de MH3 tenta reinterpretar esse evento, mas, na prática, Ajani é muito fácil de extrair valor e, consequentemente, encontrou espaço muito rápido no Boros Energy e em alguns outros decks do Metagame, tornando-se um pilar do Modern por alguns meses ao lado de Ocelot Pride.
4 - Surveil Lands
As Surveil Lands deixaram uma marca permanente nos formatos com Fetch Lands pela maneira como passaram a permitir que decks filtrassem seu topo “de graça” ao buscar um terreno.
Sua interação com arquétipos como Dimir Murktide, Jund Creativity e Goryo’s Vengeance foram apenas alguns dos passos importantes que esse ciclo deu no formato, e ele também foi um alvo preferível em arquétipos como o Temur Rhinos antes do banimento de Violent Outburst, ou de outros arquétipos que precisavam de apenas um meio extra de jogar cards inúteis no cemitério em busca de uma peça de combo.
Apesar de não oferecerem a mesma flexibilidade de cores, as Surveil Lands foram tão importantes para o Modern quanto os Triomas, e devem permanecer no formato por um bom tempo.
3 - Guide of Souls
O Boros Energy nunca teria se tornado o que foi se não tivesse um meio de manter o fluxo constante de Energia através das interações entre seus cards. E no coração deles está Guide of Souls.
Uma versão melhorada de Soul Warden não pareceu tão relevante quando Modern Horizons 3 saiu, mas ganhar uma Energia a cada criatura que entra em jogo interagia direto com cards que se alimentavam da mecânica como Static Prison e Amped Raptor, e sua habilidade ativada transforma qualquer criatura em uma ameaça imediata, sendo letal com Phlage, Titan of Fire’s Fury.
Além disso, Guide of Souls foi o cerne da interação entre Ajani, Nacatl Pariah e Ocelot Pride, garantindo um fluxo constante de criaturas que tornou o Boros Energy um dos decks Aggro mais poderosos da história do Modern.
2 - Psychic Frog
Psychic Frog se tornou staple instantânea do Modern e do Legacy pela sua mistura de alimentar o cemitério, crescer rápido, gerar card advantage e estar na combinação de cores certa. Além de ser um dos motivadores para listas de Murktide Regent mudarem de para , ele também encontrou lar nas listas de Goryo’s Vengeance, que se tornou mais voltada para o Midrange, aos moldes de como vimos a transformação do Reanimator do Legacy.
Em um vácuo, Psychic Frog é um habilitador muito poderoso e talvez o card mais flexível.
1 - Phlage, Titan of Fire’s Fury
Phlage, Titan of Fire’s Fury é uma lembrança distante de outro card ainda banido do Modern: Uro, Titan of Nature’s Wrath. Ao invés de gerar vantagem de cartas e aceleração de mana, Phlage está nas cores certas para ser uma bomba agressiva que termina jogos em poucos turnos: quando jogado, ele é um Lightning Helix. Quando ataca, ele é um clock de dois ou três turnos que pode ser ampliado pelo suporte de outros cards como Guide of Souls.
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Esse nível de poder não só o colocou como um dos cards mais importantes do Boros Energy e staple do Domain Zoo, como também o tornou uma condição de vitória do Jeskai Control e um plano de jogo alternativo para o Ruby Storm.
Conclusão
Isso é tudo por hoje!
Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixar um comentário!
Obrigado pela leitura!
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