Magic: the Gathering

Deck Guide

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

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translated by Romeu

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revised by Tabata Marques

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Olar, Jovens!

Mais uma coleção e mais um review (no caso específico, o primeiro de muitos do tio aqui na Cards Realm). Caso você esteja vivendo num abrigo nuclear ou foi engolido por um Portable Hole e ainda não saiba, MH2 teve um impacto gigantesco sobre o metagame do Legacy. Cartas como Ragavan, Nimble Pilferer, Urza's Saga e Endurance se tornaram staples automáticas.

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Outras cartas como Prismatic Ending, Grief, Murktide Regent e Dragon's Rage Channeler vem se solidificando como escolhas da vez em seus respectivos arquétipos.

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Tudo isso era de se esperar de uma coleção focada em ser uma format shaker para o Modern e, como também ocorreu com o primeiro Modern Horizons, para o Legacy.

Mas e Adventure in the Forgotten Realms? Existe algo para o Legado além do delicioso flavor de D&D que tantos de nós jogávamos há algumas décadas? (desculpa ser cringe, pessoal de Legacy é tudo velho)

A resposta vai te fazer rir, chorar e se emocionar. (momento clickbaiter)

Assim como nos ensinou Jack, o Estripador, vamos por partes.

Terrenos

O primeiro terreno a chamar nossa atenção é Lair of the Hydra.

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Apesar do draw back de entrar virada no mid e no late game na shell correta (Leia-se 12 Post e suas variantes), Lair of the Hydra pode ser letal.

Em um deck com potencialmente 13 posts (4 Cloudpost, 4 Glimmerpost, 3 Vesuva e 2 Thespian Stage), o acesso à mana ao longo do jogo cresce exponencialmente e a carta pode ser buscada com Crop Rotation ou Primeval Titan, a questão é saber se a adição de Lair of the Hydra será de fato uma nova possibilidade de ganhar o jogo ou apenas uma redundância quando se têm além dos 4 Primeval Titan acesso a seres pandimensionais gigantescos e avassaladores como Ulamog, the Ceaseless Hunger, Kozilek, Butcher of Truth e Dona Emrakul, the Aeons Torn.

Nosso escolhido número dois é o que possui design mais ousado (alguns dirão horroroso) de toda a coleção, Den of the Bugbear:

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Assim como seu colega acima, ele também compartilha dos mesmos defeitos e qualidades. Pode entrar virado e "cospe" uma criatura. Porém, ao contrário da abundância de terrenos do 12 post e suas variantes, Den of the Bugbear encontrará seu pouco provável lar numa shell que, a princípio, lhe é pouco sinérgica, o antigo Dragon Stompy (um salve pra galera do asilo), atual Big Red.

Com a recente adição de Fury, as builds em torno de Fireflux Squad vem encontrando cada vez mais espaço em detrimento das builds mais focadas no controle fornecido por peças como Blood Moon, Trinisphere e Chalice of the Void e mesmo aquelas que buscam o lock por meio do combo de uma carta só, como Karn, the Great Creator.

Nessa shell específica, apesar da pouco sinergia com as 4 Blood Moon e Den of the Bugbear, pode se mostrar incrivelmente eficaz como uma espécie de "mini" Goblin Rabblemaster, fazendo não somente o papel de causar dano mas também o de "alimentar" a habilidade do Fireflux Squad. A prática será o critério da verdade.

A última land do set a chamar a nossa atenção foi Treasure Vault.

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Em um field onde cada vez mais decks usam e abusam do design de estagiário de Urza's Saga absolutamente qualquer coisa que crie artefatos já pode potencialmente ver jogo, ainda mais quando esses artefatos podem, ao mesmo tempo, crescer a(s) ficha(s) do Urza's Saga ou Urza, Lord High Artificer ou Karn, Scion of Urza - e porque não dos três? - quanto corrigir a base de mana em decks como 12 Post que precisam às vezes de duas ou três manas verdes no mesmo turno e até mesmo das manas azuis que requerem os decks em torno de Urza, Lord High Artificer.

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Desnecessário seria dizer que belíssima adição Treasure Vault é para o affinity que voltou a ser um deck tier 1 com as múltiplas adições de MH2 - Urza's Saga, Esper Sentinel, Thought Monitor e Nettlecyst.

Nós, viúvas do grande Tezzerator, acreditamos inclusive na volta de um build UB que abuse dos novos geradores de artefato que o metagame atual trouxe.

Artefatos

O Magic é profundamente irônico e o que considero os 3 melhores artefatos dessa coleção para o legacy pertenceriam a decks que só se mantém vivos no coração daqueles que os amam. Permitam-me falar um pouco mais sobre Eye of Vecna, Vorpal Sword e Sphere of Annihilation.

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Vamos começar pelo olho.

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Eye of Vecna é/seria uma excelente adição às builds de Mud que usam (usavam) Coercive Portal. O Portal servia para comprar uma carta, já que nunca a votação seria a favor da destruição de tudo e custava 4 manas, Eye of Vecna entra comprando e te dá a opção de continuar a fazê-lo uma vez por turno em um custo relativamente baixo. Em um deck pouco recursivo isso seria interessante. Porém, 1- NINGUÉM JOGA DE MUD; 2- Pós lançamento de Urza's Saga se torna muito mais interessante a adição de 4 e o combo em torno de Metalworker e Staff of Domination ou Kuldotha Forgemaster, portanto, jamais será (insira aqui a voz do capitão nascimento na sua cabeça).

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Vorpal Sword e Sphere of Annihilation são a duplinha do barulho que cairiam juntas como uma luva em qualquer variação de Nic Fit. Pra você que não sabe, é o deck que usa e abusa de Veteran Explorer e Cabal Therapy para destruir a mão do oponente e despejar manas no campo e finalizar com ameaças gigantescas como Vraska, Golgari Queen, Ugin, the Spirit Dragon e afiliados, muitas vezes abusando também das interações de sacrifício como Cabal Therapy e Phyrexian Tower com Arena Rector.

Vorpal Sword seria mais um efeito do tipo Vraska, Golgari Queen no late game e ajudaria a remover ameaças enquanto coloca o Veteran Explorer na linha de combate.

Sphere of Annihilation é um substituto maravilhoso do tradicional Pernicious Deed que permite "rampar" manas logo no começo do jogo matando seus próprios veteranos bem como fazendo o board swipe no mid ou late game.

Assim como em relação ao MUD é um pequeno detalhe que impede tudo isso. O fato de ninguém jogar de Nic Fit, nunca.

Se você é a exceção que comprova a regra, recomendo o teste!!!!

Branco

Durante a temporada de spoilers duas cartas brancas me chamaram a atenção, o Birthing Pod em um palito, Oswald Fiddlebender, que pode encontrar um lugar em duas possíveis shells, e para mim o que é a melhor carta branca da coleção, Paladin Class. Comecemos pelo nosso parça Oswaldinho.

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Oswald Fiddlebender é uma possível adição ao Painter, deck que comba em cima da combinação de Grindstone e Painter's Servant. O problema é que a versão do combo com splash para azul e branco ficaram no passado, sendo a build mais tradicional e resiliente hoje em dia a monored que abusa dos 8 goblins, 4 Goblin Welder e 4 Goblin Engineer para tutorar as peças do combo.

Inclusive, pós MH2, algumas versões desceram os goblins para 6 e estão usando Ragavan, Nimble Pilferer e Magmatic Channeler para matchs de maior atrito.

Nesse sentido acredito que o menino Oswaldo só verá jogo em decks fringe e nos tier 18 que amamos buildar e nos arrependemos de cada minuto pilotando.

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De longe a melhor carta branca da coleção para o Legacy, Paladin Class traz um efeito de taxação que é sinérgico com a estratégia do Death and Taxes e no late game permite desequilibrar uma mesa a favor do campo que a possua.

Para além disso seu efeito de proteção pode ser bem interessante a estratégias como o Cephallid Breakfast, combo que abusa da interação entre Cephalid Illusionist e Nomads en-Kor ou Shuko. As versões mais antigas desse deck usavam um Grand Abolisher no main para proteger o combo. Com o tempo, o deck deixou de ser tão focado no combo e passou a criar um jogo mais longo adotando 4 Stoneforge Mystic e o pack de equipamentos que conta com o Shuko, feito para combar e uma Umezawa's Jitte, usada em games onde a palavra-chave é controle. Com MH2 algumas versões passaram também a usar Kaldra Compleat como um finisher mais eficiente.

Dessa maneira, tanto o efeito de taxação inicial, como a possibilidade de desequilibrar a board em um jogo em estágio mais avançado me levam a crer na possibilidade de Paladin Class ver jogo no Death and Taxes e no Cephalid Breakfast.

Verde

Com o perdão da piada cretina, quem rolou o D20 pra fazer cartas verdes pro Legacy nessa coleção tirou 1.

Para quem ama o verde fica aqui essa linda mensagem de fé.

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Azul

O azul ganha duas adições interessantes nessa coleção com Demilich e Tasha's Hideous Laughter

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Vamos começar pelo CAVEIRÃO FEBROSO:

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Demilich faz várias coisas diferentes que podem ser bem interessantes e sinérgicas com estratégias que já existem no formato (estou falando de você, Archlight Phoenix).

Em um turno típico de qualquer build de Archlight Phoenix você casta ao menos três spells, isso significa que você estaria castando um 4/3 que volta do cemitério e dá "flashback" nos seus spells por UMA ÚNICA MANA, o que não é nada mal.

Se ainda existisse a build mono blue de Omnitel, pra você que não conhece o deck que usa Show and Tell para colocar no campo uma Omniscience e ganha conjurando Cunning Wish para um sem número de coisas; talvez Demilich fosse testado. Não é nada difícil fazer duas cantrips e ter duas manas sobrando no mid game e poder colocar um blocker parrudo que tem a chance de atacar castando um Show and Tell do cemitério não é nada mal. Infelizmente, assim como nos casos acima, essa build só existe de maneira imortal, em meus versos.

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Tasha's Hideous Laughter é de longe a carta mais legal da coleção inteira. Por que, João? Porque num match contra um lands, se você resolver, o deck do oponente acaba. O formato é dominado pelas curvas 0, 1, 2 sendo os drop 3, salvo raríssimas exceções, os que se encontram em menor número nos decks. É lógico que temos muitas cartas em curvas altas como Force of Will que é uma das staples que definem o formato, ainda assim Tasha's Hideous Laughter é uma carta muito interessante que eu acredito que verá jogo como side em alguns decks.

Legacy é um formato cujo metagame repele decks de mill, ainda assim Tasha's Hideous Laughter tem chance de ser um sideboard decisivo em matchs específicos.

Vermelho

Desta vez o vermelho recebeu aquela que potencialmente eu considero a carta mais forte de toda a coleção para o legacy, Wish.

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Apesar de você ser forçado a usar Wish no mesmo turno, o fato de você poder buscar absolutamente qualquer coisa e nem sequer ser obrigado a revelar o que você buscou é basicamente absurdo.

Se não bastasse isso, ao contrário de seus primos distantes Burning Wish ou Cunning Wish, Wish sequer é auto-exilado quando busca a carta; o que significa que decks que abusam de Past In Flames - no Legacy temos vários, Ruby Storm, ANT, Storm, etc, etc, etc - poderão usar dois ou mais Wish no mesmo turno.

Sabe aquela carta que você sabe que vai ser quebrada, mas só não sabe precisamente como? ...então, é essa.

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Por incrível que o pareça, apesar de ser um lorde goblin, eu não acho que Hobgoblin Bandit Lord verá jogo no Goblins, mas sim em sua variante apelona, Food Chain Goblins.

Você, jovem que desconhece o deck, ele se baseia em colocar um Food Chain em jogo e castar um Conspicous Snoop até achar um Kiki-Jiki, Mirror Breaker ou fazer um "goblin ball" abusando de efeitos como Muxus, Goblin Grandee para chegar em um general que de haste e matar o oponente.

No Food Chain Goblins, Hobgoblin Bandit Lord é praticamente uma kill condition que independe do ataque. O deck gera tantos ETB effects e tanto goblin e tanta ficha num turno que com Hobgoblin Bandit Lord você consegue vencer mesmo atrás de uma Ensnaring Bridge ou uma mesa repleta de blockers.

Preto

As coisas iam de mal a pior para o preto no Legacy em Adventures in Forgotten Realms... até que a Wizards decidiu liberar a fúria do estagiário... e então nasceu Acererak the Archlich.

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Aqui temos que fazer um breve desvio, vamos falar das Dungeons!!

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As Dungeons são talvez o elemento mais repleto de flavor de toda a coleção. Algo que triga memórias apaixonadas de uma infância no final dos anos 80 e 90 (minha geração) onde passávamos horas e horas como paladinos, magos, ladinos, berserkers e bárbaros entrando e saindo dos pequenos quadrados que nos apresentavam os nossos mestres... mas voltemos ao Magic.

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As Dungeons sequer ocupam espaço no seu sideboard e são trigadas pela keyword "venture into the dungeon". Cada vez que você se "aventura", você passa de uma "fase" da dungeon que triga algo e no final você a completa. Lindo, maravilhoso, voltemos ao Acererak.

Acererak checa uma única dungeon, Tomb of Annihilation; ou seja, caso você consiga "roubar" e não pagar para colocar ele em campo ele pode completar as outras duas eternamente, quantos bilhões de vezes você quiser.... senão vejamos...

No Legacy temos três formas de fazê-lo, Rooftop Storm; Omniscience e Aluren. Das outras duas dungeons que sobram - Tomb of Annihilation "estraga" o combo" - a melhor delas é Lost Mine of Phandelver, cuja penúltima "sala" faz um Drain Life no oponente.

Por mais que eu não duvide nada em ver gente testando Acererak the Archlich com Omniscience, o caminho mais natural será ver Acererak em uma build de Aluren, até porque as últimas listas de Aluren que vem fazendo resultado tem sido listas de Yorin, Sky Nomad, o que permite a compra de cards o bastante para matar mesmo oponentes que por ventura tenham atingido um número alto de pontos de vida.

Desde o momento de seu spoiler, Acererak já gritou COMBO nos ouvidos de todos os jogadores de Legacy, vejamos até onde ele chegará.

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Grim Wanderer é um goblin 5/3 que pode entrar como "substituto" instantâneo de um Goblin Lackey morto. Além disso, em um deck com cartas com eco como Mogg War Marshall o "problema" de Grim Wanderer some rapidamente. Sua curva baixa permite que você o coloque em jogo rapidamente pelo Aether Vial. Resta saber se em um deck onde todas as criaturas têm profunda recursividade como é o Goblins, ser "grande" será o suficiente...

Finalizando

Pois muito bem, jovens, nossa aventura de hoje termina por aqui! Em breve nos encontraremos de novo no maravilhoso mundo do Legado.

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Um beijo no seu coração

Tchau Tchau