Magic: the Gathering

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Analisando o Strixhaven Championship e o futuro do Histórico

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Uma análise sobre o Strixhaven Championship, o impacto da Mystical Archives e uma reflexão caótica sobre o futuro incerto do Historic.

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rivisto da Tabata Marques

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Jogadores e Jogadoras, enquanto preparo uma versão especial do Metagame da Semana dedicado a Modern Horizons II, ficou cada vez mais aparente a necessidade de ter um artigo falando exclusivamente de Standard e Historic, já que os formatos protagonizaram um dos eventos mais importantes do ano para o Magic competitivo: O Strixhaven Championship.

Dentro de tanta controvérsia quanto ao evento, e principalmente quanto ao formato Historic, tornou-se relevante ter um artigo exclusivo para debater o evento e principalmente o futuro do Historic após tanto alarde neste fim de semana.

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É importante mencionar que o Metagame de um torneio como o Strixhaven Championship é mais complicado de avaliar ou prever com base no Top 8 por conta de se tratar de um evento com dois formatos distintos sendo jogados e disputados pela posição no Top 8.

Portanto, é possível um jogador ter um resultado mediano ou ruim num formato enquanto possui um resultado excepcional no outro e, dessa maneira, se classifica para o Top 8.

Estarei tentando nesta seção avaliar como os decks se saíram no evento e quais decks se destacaram, além de debater um pouco sobre o futuro de ambos os formatos.

Standard

O Metagame de Standard do evento foi composto por:

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É importante, para avaliar o desempenho dos decks, ter a maior quantidade de informações possível para fazer a melhor análise possível. Portanto, vamos começar com a conversão dos decks do formato com base na winrate e na quantidade de decks que conseguiram fazer um resultado de 6-2, ou melhor.

O único deck que fez 8-0 foi a lista de Izzet Dragons do Seth Manfield.

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Já os decks que um resultado de 7-1 incluíram os seguintes arquétipos:

1 Naya Adventures

1 Jeskai Cycling

1 Temur Adventures

1 Sultai Ultimatum

E dentro dos decks que fizeram 6-2 no evento, temos:

4 Sultai Ultimatum

4 Izzet Dragons

3 Dimir Rogues

2 Jeskai Mutate

2 Mono-White Aggro

1 Temur Adventures

1 Naya Adventures

1 Gruul Adventures

1 Mono-Red Aggro

1 Cycling

1 Four-Color Blink

Portanto, ao todo temos os seguintes arquétipos com um resultado de 6-2 ou maior:

5 Sultai Ultimatum

5 Izzet Dragons

3 Dimir Rogues

2 Jeskai Mutate

2 Temur Adventures

2 Naya Adventures

2 Jeskai Cycling

2 Mono-White Aggro

1 Gruul Adventures

1 Mono-Red Aggro

1 Four-Color Blink

Á partir destes resultados, o que podemos concluir?

• Sultai Ultimatum e Izzet Dragons são de fato os melhores decks do formato.

• Os decks Aggro que se apresam do Sultai Ultimatum tiveram um desempenho mediano.

• Os decks de Adventures continuam sendo uma opção sólida para o formato.

• Rogues pode não ter colocado nenhum jogador no Top 8, mas obteve uma boa representação.

• Jeskai Mutate, que até semana passada parecia um meme deck, fez um bom resultado no evento, o que pode ser atribuído ao fato de que a maioria dos jogadores não sabia exatamente como jogar contra o deck.

Em termos de conversão, acredito que em sua maioria tivemos os resultados esperados:

• Sultai Ultimatum teve uma conversão de cerca de 9,5% (5 de 53), enquanto o Izzet Dragons teve uma conversão relativamente melhor, de 12,5% (5 de 41). Isso provavelmente deve-se ao fato de que o Izzet Dragons comumente se apresa dos decks que costumam ter uma matchup favorável contra o Sultai Ultimatum.

• Os demais outros decks tiveram resultados dentro do que era esperado, mas podemos dar algum destaque para o Temur Adventures, com uma conversão de 22% (2 de 9).

Como o grande destaque da semana foi o Jeskai Mutate, acho importante falarmos um pouco sobre a lista:

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Como exatamente este deck funciona, já que pelo visto muitos jogadores não faziam ideia de como jogar contra ele?

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Seu objetivo é fazer suas criaturas de Mutate em Goldspan Dragon, gerar tesouros e retornar mágicas do seu cemitério que vão gerar mais tesouros e comprar cards como Seize the Spoils e Prismari Command para buscar mais criaturas com Mutate que retornarão as mágicas do seu cemitério para a mão com Lore Drakkis ou poderão ser jogadas de graça com Valdrok, Apex of Thunder, transformando Goldspan Dragon na sua própria versão de Krark-Clan Ironworks com os tesouros que ele gera.

Isso pode, inclusive, ser levado a níveis de loops longos de mais de dez minutos, utilizando Unsubstantiate para retornar suas criaturas ou mágicas para a mão, podendo repetir o processo de “encantar” Goldspan Dragon com criaturas com Mutate repetidas vezes, gerando mais tesouros, comprando mais cartas, etc.

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Em termos de Winrate, o Jeskai Mutate só ficou atrás do Temur Lukka, que tinha uma quantidade significativamente menor de decks no evento.

Suas matchups negativas se resumiram em uma match ligeiramente ruim contra Sultai Ultimatum e horrenda contra Temur Adventures, enquanto possuiu uma match relativamente bem favorável contra todo o resto do Metagame, portanto, vejo-o como o grande destaque deste evento.

Dessa maneira, acredito que o Metagame do Standard prossegue da seguinte maneira nas próximas semanas:

• Sultai Ultimatum e Izzet Dragons são os melhores decks do formato, com possivelmente Izzet Dragons tendo uma pequena vantagem com relação aos demais decks.

• Adventures permanece como uma estratégia viável e cada variante tem seus prós e contras, cabe ao jogador decidir qual é a melhor versão para cada evento, mas as versões Naya e Lukka parecem ter uma match equilibrada contra os melhores decks do formato.

• O Temur Lukka apresentou grande potencial neste evento, basta ver se esses números continuarão presentes nas próximas semanas.

• Aggro ainda se mantém como uma boa opção enquanto Emergent Ultimatum estiver entre os melhores decks, mas sofrem muito contra o Izzet Dragons e se tornarão menos relevantes enquanto o deck estiver no topo.

• Jeskai Mutate se deu muito bem no evento e provavelmente mais pessoas jogarão com o deck, porém ele não é um deck fácil de pilotar e mais jogadores também o respeitarão e suponho que ele será eventualmente hateado no formato.

• Cycling e Rogues permanecerão populares como opções acessíveis e populares no Magic Arena que conseguem puxar bons resultados, com o Rogues sendo um deck melhor contra o Izzet Dragons enquanto Cycling é um deck melhor contra o Sultai Ultimatum.

Em resumo, não creio que nada mudará muito até o lançamento de Adventures in the Forgotten Realms e, num contexto geral, após meses de muita controvérsia, finalmente posso afirmar que o Standard se encontra hoje num estado saudável e diversificado.

Infelizmente, creio que não podemos dizer o mesmo do Historic.

Historic

A parcela de Historic do Strixhaven Championship teve o seguinte Metagame:

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Considerando todas as listas que fizeram um resultado de 5-2 ou mais, temos:

O Jeskai Turns de Matt Nass e o Jeskai Control de Noah Ma fizeram 7-0.

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Nos decks que fizeram 6-1, temos:

7 Jeskai Turns

4 Izzet Phoenix

1 Five-Color Niv-Mizzet

1 Jeskai Control

1 Selesnya Company

Já nos decks que fizeram 5-2, temos:

15 Izzet Phoenix

7 Jeskai Turns

4 Jeskai Control

1 Five-Color Niv-Mizzet

1 Jund Food

1 Temur Ramp

1 Temur Marvel

1 Grixis Control

Logo, ao todo, os arquétipos que fizeram 5-2 ou melhor nas rodadas de suíço do evento foram:

19 Izzet Phoenix

15 Jeskai Turns

6 Jeskai Control

2 Five-Color Niv-Mizzet

1 Selesnya Company

1 Jund Food

1 Grixis Control

1 Temur Ramp

1 Temur Marvel

Se você comparar aos números de Standard, você pode ver uma grande diferença entre a quantidade de decks presentes e nos números dos principais decks. Mas o que podemos concluir desses números?

• Existe uma clara discrepância de resultados entre os decks URx e os demais decks do formato. Isso é comprovado pelo fato de que, entre os decks mais representados tanto do Metagame quanto no número de vitórias, somando um total de 40 dos 47 decks que obtiveram este resultado.

• Em termos de conversão, o Jeskai Turns obteve um resultado significativamente melhor do que o Izzet Phoenix, com 33,3% (15 cópias de 45) contra 21,5% do Phoenix (19 cópias de 88)

• Nessa mesma proporção, Jeskai Control teve uma boa conversão, com 25% (6 de 24), tal como o Five-Color Niv-Mizzet, com 40% (2 de 5)

• Exceto por algumas listas pontuais como o Temur Marvel de Autumn Burchett, os demais decks do formato tiveram uma atuação ruim ou péssima.

• Por fim, Tainted Pact não é mais um arquétipo competitivamente viável e os dois jogadores que se inscreveram com o deck tiveram resultados péssimos.

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Olhando para as partidas, a maioria das afirmações acima se mantém e se consolida, com os decks URx sendo os únicos dentre os principais decks no formato com uma winrate significativamente positiva contra o resto do Metagame.

E diante dessas informações, podemos interpretar o caso do Historic de duas maneiras:

A primeira é acreditar que o Metagame não estava preparado para lidar bem com esses decks e eles se apresaram do torneio. Não seria a primeira vez que um evento de porte profissional é dominado por um deck porque os jogadores não se prepararam o suficiente para jogar contra ele, vimos isso acontecer inúmeras vezes na história dos Pro Tours, GPs, MagicFests, entre outros.

Esta teoria é particularmente aceitável quando falamos do Jeskai Turns. Muitos jogadores não depositavam tanta fé no arquétipo e alguns inclusive se surpreenderam com o deck ser o segundo mais jogado do Metagame, estando inclusive a frente do então mais famoso e com melhores resultados Jeskai Control.

Por outro lado, o mesmo não pode ser dito sobre o Izzet Phoenix, que todo mundo sabia ser o melhor deck do formato e que todos precisavam estar prontos para enfrentar.

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Porém, como a conversão do Izzet Phoenix é menor que a do Jeskai Turns e dada a porcentagem de presença do deck no Metagame, além do fato dele ter uma matchup negativa contra o próprio Jeskai Turns e outros decks menos jogados do formato (como foi o caso do Temur Marvel e do Niv-Mizzet), acredito que os números dele possam estar no padrão esperado.

Logo, a conclusão desta linha de raciocínio é que o formato está num estado aceitável, o Strixhaven Championship foi uma anomalia no que se trata do Jeskai Turns e o Izzet Phoenix é, apesar do melhor deck do formato, um deck saudável e com números saudáveis.

Porém, a outra e mais desagradável maneira de se enxergar isso é que, sinceramente, o Historic é um formato caótico, sem planejamento e, possivelmente, adicionar os cards da Mystical Archives foi uma ideia ruim e prejudicial para o formato porque simplesmente jogaram as cartas ali sob uma nota promissória de tomar decisões rápidas e assertivas caso algum deck se tornasse opressivo.

Particularmente, eu gosto muito do salto de power level que a Mystical Archives trouxe ao Historic, principalmente porque o transformou num formato mais voltado para mágicas impactantes e não para uma constante vantagem de mesa.

Antes de Strixhaven, o formato era ditado por criaturas e estava numa situação onde você tinha Jund Food e Jund Sacrifice como os melhores decks porque seguravam os principais decks do formato que, na sua maioria, eram decks de Company e/ou decks voltados para criaturas ou encher a mesa com criaturas.

Na minha concepção particular, decks como o Jund Sacrifice são péssimos melhores decks porque criam um estilo de jogo com linhas de jogadas repetitivas (sacrifica o gato pro forno, sacrifica a comida, volta o gato, trigger do Mayhem Devil, dano em você, trigger do gato, dano em você, repete o processo) que simplesmente não podem ser encurtadas e não são proveitosas de se assistir enquanto se joga contra ou enquanto assiste a uma stream.

É, inclusive, importante ressaltar que foi justamente este sequenciamento de jogadas que levou Cauldon Familiar a ser banido do Standard (e não, não estou pedindo que Cauldron Familiar seja banido do Historic).

Então Strixhaven chegou, Mystical Archives veio com a edição e o formato se transformou numa corrida de quem consegue fazer o melhor deck com cartas extremamente poderosas de toda a história do jogo, o que levou a diversos decks diferentes e explosivos que tiravam proveito de um formato que ainda era extremamente voltado para criaturas.

Não demorou muito para que os decks de combo surgissem, os decks Control ganhassem mais espaço e se tornasse necessário interagir com o oponente antes que ele jogasse sua próxima mágica ou combinação absurda, aos moldes de como é feito em formatos como o Modern, por exemplo.

A introdução de um bundle de cartas extremamente poderosas cria, com facilidade, situações onde os jogadores estão sempre tentando encontrar a próxima combinação quebrada para o formato. Estamos vendo o mesmo acontecer agora com Modern Horizons II nos outros formatos e sinceramente acredito que isso pode ocorrer em literalmente toda edição que sair para o jogo. Sempre haverão cards para tentar se quebrar, é inevitável.

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Parafraseando uma frase do Sam Black, na semana em que a Wizards anunciou a criação do Pioneer, “Se você não está tentando quebrar o formato, você está jogando errado.”

Mas o problema é que, aparentemente, os jogadores não estão tendo os meios eficientes de responder à tudo o que tem entrado no formato repetidamente através de edições como a Mystical Archives, Jumpstart ou os bundles do Historic Anthology.

Sendo bem justo, dentre esses somente a Mystical Archives realmente parece estar sendo problemática para o formato, e por qual razão? Talvez porque, tal como em Jumpstart e diferente dos Historic Anthology, não houve um planejamento ou teste do que entrava para o formato na coleção. Tanto que a edição já saiu com seis cartas que obviamente foram banidas por questões de power level que excedem até mesmo o que o Pioneer tem acesso e, ainda assim, o Historic é um formato que possui um power level maior do que o Pioneer enquanto retém uma natureza completamente diferente.

E é aí que, para mim, existe um problema crônico no formato desde que Jumpstart saiu no Arena: Além de ser simplesmente impossível manter um tracking de tudo o que é válido no formato, não parece existir uma ideia ou consenso do que a Wizards almeja para o Historic.

Tanto JumpStart quanto a Mystical Archives parecem apenas terem sido jogadas na plataforma digital sem existir um planejamento de como os cards da coleção atingiriam o formato, e eu acredito inclusive que o mesmo possa ser dito de cards jogados em sets Remastered sem necessariamente ter pertencido à coleção, como Collected Company, sendo adicionado através de Amonkhet Remastered junto à Thoughtseize, Pact of Negation, entre outros cards.

Veja bem, eu aprovo plenamente a existência de formatos novos e inovadores, e a ideia de transformar o Historic neste formato onde você pode ter cards poderosos de toda a história do jogo numa plataforma única e sem necessariamente as combinações que tornam destes cards absurdamente quebrados.

Gosto da ideia de ter versões adaptadas de decks como Death’s Shadow, Izzet Phoenix, Burn, entre outros que são bem conhecidos de outros formatos, acredito que isso cria não apenas um formato que se torna divertido e interessante como também motiva os jogadores que não são tão fãs do Standard a acessarem o Arena também.

Porém, quando algo dá errado, e como deu errado quando os decks de Tainted Pact se tornaram de longe o melhor deck do formato, fazendo com que Thassa’s Oracle fosse banida, essa “diversão” acaba e fica exposta novamente a clara falta de planejamento com relação ao formato.

E o enorme e crônico problema de quando essas intervenções tornam-se necessárias é que o formato não passa uma margem de segurança para que os jogadores estejam realmente interessados em gastar seus recursos nele.

O Historic por natureza é um formato caro onde praticamente todos os principais decks do formato são compostos em maioria por cards raros e míticos (algo que, inclusive, o fato de cards como Brainstorm e Faithless Looting saírem como cartas raras não ajuda em nada), e Wildcards para o jogador comum são recursos preciosos.

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Já é difícil convencer um jogador de Arena de que o Historic é um formato bom para se investir porque o Metagame dele é significativamente diferente do Standard ou de qualquer outro formato, mas como eu posso convencê-lo a investir num bom deck do formato quando eu não faço ideia se esse deck será viável dentro de alguns meses?

Como eu posso convencer uma pessoa que joga Modern de que no Historic ele pode jogar de Izzet Phoenix com Faithless Looting se eu não tenho certeza se o deck estará válido nas próximas semanas?

Como eu posso convencer alguém a jogar o formato quando nem mesmo eu tenho certeza do que é uma boa ideia de se jogar no formato e obter bons resultados ou não?

E agora que o Historic pode estar dando errado novamente, o que será banido se for o caso? Time Warp? Indomitable Creativity? Mizzix’s Mastery? Brainstorm e Faithless Looting? Arclight Phoenix?

E depois desse ban, qual será o próximo melhor deck? Quais as chances dele ser opressivo? E quais as chances dele também incluir cards da Mystical Archives?

Enquanto escrevo este artigo, mais jogadores e mais criadores de conteúdo continuam debatendo se algo deveria ser banido após esse evento, ou até mesmo se a Mystical Archives deveria ser completamente removida do formato, admitindo assim o erro de planejamento da coleção para o formato.

Alguns com argumentos bem válidos e bem concisos para com a realidade e com os padrões da Wizards no que se trata de banimentos, e outros agindo por puro overreacting quanto aos resultados do Strixhaven Championship.

Infelizmente, para mim, não existe uma solução simples ou clara para este problema. Se um deck é opressivo, ele precisa ser respondido por uma intervenção direta ou o formato torna-se desinteressante. Se um card é eficiente demais, ele polariza o Metagame ao seu redor e a partir desse momento cabe tanto a comunidade quanto a Wizards decidir se este card torna-se parte dos pilares do formato ou se o formato seria melhor se este card não existisse. Brainstorm é praticamente parte do coração do Legacy, mas deveria ele ser parte do coração do Historic também?

A bomba já está lançada. Mystical Archives já está no Historic faz algum tempo, o formato já mudou, os decks já estão estabelecidos. O que resta é lidar com o estrago e reparar o que for necessário, todo mundo sabia que adicionar esses cards poderia ser extremamente perigoso. Cabe a nós agora apenas saber até onde estamos dispostos a abraçar o perigo.

Dito tudo isso, prefiro me ater à realidade e crer que o formato seguirá um fluxo natural nas próximas semanas, e que em seguida poderemos ter alguma intervenção direta por parte da Wizards quanto ao Izzet Phoenix e o Jeskai Turns caso estes continuem a se provar como os melhores decks do formato por uma margem significativa.

Portanto, meu conselho para o que jogar nas próximas semanas é:

• Se você já tiver o deck, jogue de Izzet Phoenix ou Jeskai Turns até que esses se tornem inviáveis ou até que o formato tenha tanto hate para eles que se impossibilite utilizá-los.

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• O Five-Color Niv-Mizzet parece um deck não só extremamente divertido e com um plano “quase” justo, mas também parece ter uma matchup positiva contra esses decks e possui elementos o suficiente para lidar com eles.

• Eu não investiria num deck exclusivamente para jogar contra Izzet Phoenix ou Jeskai Turns. Isso significa que eu não tentaria montar um deck como o Temur Marvel.

• Se você possui um deck faz tempo e joga constantemente com ele, continue o utilizando independente de como o Metagame se formar nas próximas semanas. A sua experiência com o deck no momento vale mais do que investir mais em decks que talvez não estejam mais disponíveis no mês que vem.

Conclusão

Essa foi minha análise sobre o Strixhaven Championship e sobre o futuro do formato Historic com base nos resultados do torneio.

Meu desejo particular é apenas que a Wizards definisse e deixasse claro qual é a intenção deles para com o Historic e o que deveríamos esperar como aceitável ou não para o Metagame.

A Mystical Archives transformou o Historic em um dos formatos mais interessantes que já joguei nos últimos meses porque mudou totalmente a ideia do que eu deveria esperar enfrentar ou como preparar minhas listas, mas se o custo disso for a incerteza de não saber quanto tempo seus decks permanecerão legais no formato porque sempre acaba existindo uma clara discrepância de power level, talvez esse custo seja alto demais.

Porém, gostaria de terminar este artigo com uma frase que costumo dizer frequentemente no nosso twitchast, o Amigos do Meta: Não se deixem levar pelo overreacting. Analisem as situações, os jogos e os formatos de acordo com como eles se apresentam e não necessariamente com base em opiniões tendenciosas ou com base no viés de confirmação que você deseja ler ou ouvir.

Isso, inclusive, pode se aplicar a muito mais do que apenas Magic.

Obrigado pela leitura!