Lore de Elesh Norn: A Origem da Cenobita-Mor

Elesh Norn. A Mãe das Máquinas. Cenobita-Mor. Atualmente, a grande vilã da história de Magic. Quais seus objetivos e por qual razão age assim? Como as coisas viraram do avesso ao ponto de heróis tão amados agora serem criaturas de metal, loucas e devotas totalmente a uma causa chamada Phyrexia?

Para entender os esquemas da vilã, precisamos levantar alguns pontos importantes da história que envolvem também o conhecido Pai da Máquinas: Karn, Silver Golem.

Em Mirrodin, haviam cinco luas que serviam como sóis para o plano também. Porém, essas luas não eram satélites naturais e nem bolas gigantes de plasma, mas sim cinco gigantescas esferas de mana. E durante a infecção phyrexiana, cada um dos pretores nasceu de cada um dessas luas, com seus dogmas relacionados respectivamente as suas cores.

Elesh Norn nasceu da mana branca, e em sua facção alinhada ao branco, decidiu usar humanos e elfos para começar seus planos. Elesh Norn é extremamente obcecada pelo conceito de que a perfeição é alcançada somente pelo metal, um ensinamento bem distorcido dos ideais do Pai das Máquinas.

Seu objetivo é doutrinar a todos sobre a verdade e perfeição do metal, impondo que todos precisam ser iguais a ela.

Seu fanatismo religioso é no mínimo insano, e por conta de tal, Elesh Norn deseja cada vez mais poder e autoridade para espalhar sua palavra, mesmo que isso signifique passar por cima e usar qualquer um a seu favor, e isso não deixa de fora os outros pretores. Manipulação e egoísmo são extremamente presentes nela.

Até o final da guerra contra os Mirranianos, Norn "trabalhou junto" dos outros pretores, e no final da guerra que os Phyrexianos oficialmente dominaram o plano, Atraxa, um anjo Mirraniano, foi capturado. Impressionada com a resistência de Atraxa, a vilã decidiu que esse anjo seria recompensado: seria completado e tornaria-se a Voz dos Pretores, o símbolo de vitória e da glória de Phyrexia.

Por exceção de Urabrask, the Hidden que se recusou fazer parte disso, todos os outros pretores ajudaram na criação de Atraxa, Praetors' Voice, virando assim o marco definitivo de que Mirrodin não existia mais e que Nova Phyrexia era vitoriosa nessa guerra.

Logo após a criação de Atraxa, Elesh Norn expandiu cada vez mais seu exército e dizimou as facções de Sheoldred, Whispering One e Urabrask. Vorinclex, Voice of Hunger não foi um problema, uma vez que ele não clamava por poder na mesma intensidade que os outros pretores. Tanto ele quanto Jin-Gitaxias, Core Augur cederam seus domínios e esferas para Norn.

Urabrask foi o único a resistir até o final, mas isso não impediu que Elesh Norn ganhasse o tão clamado título de Mãe das Máquinas. Sendo agora a líder e ditadora de Nova Phyrexia, Elesh Norn controla o plano todo do jeito que bem entende: com ortodoxia e dogmas extremamente fanáticos.

Elesh Norn ordena tudo das esferas mais profundas onde reside, e Atraxa é mais um de seus peões, fazendo tudo que a pretora ordena. Por algum motivo, ninguém além de Norn pode entrar nas duas camadas mais profundas de Phyrexia, nem mesmo os outros pretores.

Lembrando que Phyrexia originalmente tinha nove camadas, e assim que houve a invasão a Mirrodin, os Phyrexianos adaptaram-se ao plano que também era separado dessa forma.

Em um momento durante Theros Além da Morte, Ashiok, Nightmare Muse decidiu visitar Nova Phyrexia para testar se os Phyrexianos tinham medo de algo. Seu alvo foi Elesh Norn. A pretora estava para completar um humano na frente de muitos Phyrexianos, até o momento que falhou. Isso nunca tinha ocorrido antes.

A pretora não acredita que ela poderia falhar, que a Perfeição não era Perfeita, que a ortodoxia tinha falhado. Por conta disso, foi investigar. Nos membros espalhados do humano pela basílica de Elesh Norn, cresciam vinhas que se emaranhavam em todos os lugares.

O que Elesh Norn mais repugnava, vida orgânica, agora invadia e impregnava o ambiente de metal. A pretora, enojada com tal, viu uma figura próxima da basílica: Ashiok. Ao perceber a presença do Planeswalker, Elesh Norn caiu em si: era tudo apenas uma ilusão do Escultor de Medos. Ashiok ficou impressionado com a mente de Elesh Norn, e disse que estava testando a Mãe das Máquinas para ver se os Phyrexianos eram uma boa tela para ele.

A pretora em fúria respondeu que Phyrexianos não tem medo. Em um tom irônico junto de um sorriso, Ashiok mostrou uma silhueta de uma mulher, formando-se nas pedras e vinhas: Elspeth, Sun's Nemesis. Ashiok comentou sobre o medo de Elspeth de Phyrexianos, e decidiu averiguar como seria o pesadelo de um Phyrexiano.

Elesh Norn respirou fundo, e então subitamente das sombras, portas abriram e dezenas de Phyrexianos do exército de Elesh Norn ergueram-se junto de bandeiras em cores carmesim e marfim. Ashiok ficou confuso, uma vez que não os projetou nessa ilusão. "Nós somos um. Você achou que poderia nos controlar tão facilmente com esse pesadelo?" - Após um breve silêncio, a pretora sussurrou "Você nos subestimou". Em coro, os Phyrexianos repetiram os dizeres, ecoando na sala.

Achando aquilo interessante, Ashiok materializou um espelho na frente de Elesh Norn. No reflexo, havia Elspeth, que copiava seus movimentos. Vendo aquela figura impura, imperfeita e impossível sendo seu reflexo, a pretora lançou uma saraivada de lâminas, fazendo o corpo da Planeswalker voar longe. Era tudo uma ilusão.

"Você é a tela de fato, Mãe das Máquinas. Outra obra-prima."

Todas as ilusões foram sumindo gradualmente, porém a última a sumir foi o corpo de Elspeth, que antes de sumir, abriu os olhos e encarou a pretora com misericórdia e simpatia. Isso foi suficiente para deixar Elesh Norn sem ar. Enojada com isso, o pensamento humano assolava sua mente, e para apagar esse sentimento de vez, decidiu que apagaria Elspeth Tirel do multiverso.

"Nós somos um."

Essa fala de Elesh Norn reflete sua vontade de fazer que não somente Nova Phyrexia fosse unificada, mas o multiverso como um todo. Logo após os acontecimentos de Guerra da Centelha, com ajuda de Tezzeret, Master of the Bridge, Elesh Norn conseguiu acesso aos outros planos, uma vez que concedeu a ele um corpo de Aço Negro para que ele aguentasse ser a Planar Bridge.

Em troca, deveria ajudar na invasão, já que a Ponte Planar conseguiria transportar Phyrexianos para outros planos, principalmente agora que a mesma estava vinculada a um Planeswalker. Então, pouco a pouco o plano aconteceu: em Kaldheim, Vorinclex, Monstrous Raider infectou Tibalt, Cosmic Impostor e o chantageou para alcançar seu objetivo: conseguir a semente da The World Tree para criar uma nova árvore que servisse de catalisador para espalhar a glória de Phyrexia através de todo o multiverso.

Mas para que isso fosse possível, era preciso um poder que fosse capaz de controlar a árvore, ao mesmo tempo que fosse capaz de mover tal poder por todo o multiverso. Por coincidência, havia uma Planeswalker druida com capacidade suficiente de realizar tal ato: Nissa Revane. Mas nunca conseguiram completar um Planeswalker antes. Então como fariam isso?

Norn mandou Jin-Gitaxias, Progress Tyrant para Kamigawa, a fim de descobrir como completar Planeswalkers, já que o plano agora tinha tecnologia avançada o suficiente para isso. Junto de Tezzeret Betrayer of Flesh e Tameshi, Reality Architect.

Apesar de ter seus planos frustrados pela The Eternal Wanderer, graças aos métodos de Jin-Gitaxias e testes com o The Reality Chip em Tamiyo, finalmente foi possível descobrir o método de como completar Planeswalkers, sendo Tamiyo, Compleated Sage a primeira Planeswalker completada de Phyrexia.

Logo após isso, Elesh Norn enviou Sheoldred, the Apocalypse em uma missão secreta para invadir Dominaria, para capturar Karn, Living Legacy. Durante essa invasão, já contavam com a ajuda de alguns Planeswalkers, tal como Ajani, Sleeper Agent, que já tinha recrutado diversos Planeswalkers para a causa de Phyrexia.

Com sucesso, conseguiram matar Jaya, Fiery Negotiator e desmantelar Karn, o levando através da Ponte Planar para a Grande Cenobita.

"Bem vindo, Pai. Bem-vindo a seu lar. Você esteve longe por muito tempo. Nós sentimos sua falta. Você merece compartilhar a glória do que está por vir." Disse Elesh.

"O que é isso?" Karn perguntou, lutando por sua vida enquanto cercado por monstros.

"Isso é o começo de grandes coisas, Pai. É o começo de tudo."

Graças a essa série de fatores, em algum momento da história Nissa foi completada para que conseguisse espalhar o poder da árvore de Phyrexia através do multiverso. Kaya, Intangible Slayer e Kaito, Dancing Shadow até tentaram destruir a árvore com o conhecimento que obteram do Sylex graças a Teferi, porém pelo grande efeito de destruição do Sylex de destruir não só Nova Phyrexia, mas todos os planos que eram acessíveis de lá, graças à árvore da invasão.

Porém, essa hesitação foi suficiente para Elesh Norn colocar seus planos em ação e usar de fato Nissa, Ascended Animist e ordenar a mesma a controlar a árvore, começando de vez a invasão de Nova Phyrexia para todo o multiverso: All Will Be One.

É interessante notar que desde os Pretores foram lançados pela primeira vez, a habilidade deles é de te favorecer em algo específico e nesse mesmo algo desfavorecer os oponentes.

A nova Elesh Norn, Mother of Machines foi a última pretora a ser lançada para completar o ciclo dos novos 5 pretores, com uma habilidade bem intensa e forte, sendo uma adição interessante aos formatos que pode jogar.

E chegamos ao momento atual da história! O que será do futuro do multiverso daqui pra frente? Mais algum Planeswalker será completado? Até agora, além dos já citados, temos Vraska, Betrayal's Sting, Jace, the Perfected Mind, Lukka, Bound to Ruin e Nahiri, the Unforgiving.

Será que finalmente Phyrexia se tornará um com o multiverso? Diga nos comentários!