Modern: Review de Edge of Eternities para o formato!

Edge of Eternities está chegando. A expansão de ópera espacial de Magic: The Gathering e último set in-universe do card game em 2025 será lançado em 1 de agosto, trazendo consigo ambas a rotação do Standard e também algumas novidades importantes para o Modern.

Com a ascensão dos decks baseados em artefatos após o desbanimento de Mox Opal, cards como Tezzeret, Cruel Captain e Pinnacle Emissary merecem atenção pela amplitude de escolhas que oferecem a estes arquétipos. E por falar em artefatos, o Hardened Scales e o mecanicamente similar Dice Factory podem ser um dos maiores beneficiários da nova expansão, que possui diversos cards com interações com marcadores +1/+1

Fora do espectro de artefatos, Cosmogoyf pode ser um dos principais destaques para os decks justos do formato pelo seu potencial de crescimento ao lado de Nethergoyf, Psychic Frog ou até Nihil Spellbomb com Urza’s Saga, enquanto a habilidade de Warp oferece algum potencial ao lado de Ephemerate ou Birthing Ritual.

Confira abaixo nossa análise de Edge of Eternities para o Modern!

Lightstall Inquisitor carece de um corpo e tipagem bons para ser relevante em um Metagame de Orcish Bowmasters. Ser um mago pode valer uns testes em alguma lista com Flame of Anor, mas ele não interage com Flare of Denial, uma das peças principais dos decks de Wizards do formato.

Vale a menção porque este tipo de habilidade está a algumas mudanças de ser um card que pode impactar o Modern, fosse com um corpo mais eficaz ou uma linha de texto a mais na habilidade que permitisse extrair informação dos recursos do oponente.

Temporary Lockdown não vê jogo no Modern e o sweeper branco mais popular do formato é Wrath of the Skies, que escala com a quantidade de mana e energia que geramos, mas ser um artefato dentro do atual Metagame faz Pinnacle Starcage ser digno de menção.

Portable Hole vê jogo em algumas listas e Seam Rip faz algo similar, mas num tipo de card menos prevalente no atual Metagame. Pode ser uma opção para decks como Enchantress, mas deve ser menos popular que a versão de artefato.

Dewdrop Cure aparece ocasionalmente no Modern e Scout for Survivors é uma opção com mais potencial nos casos em que mais importa. Devolver Guide of Souls e Ocelot Pride ou a combinação de Guide of Souls com Ajani, Nacatl Pariah com um card e ainda colocar marcadores +1/+1 em cada um deles deixa uma boa impressão do potencial que este card pode ter.

Existem algumas possibilidades com Agatha’s Soul Cauldron, Heliod, Sun-Crowned e Walking Ballista com Scout for Survivors, ou até com Samwise Gamgee e Viscera Seer / Carrion Feeder para o combo com Cauldron Familiar, mas é necessário saber se este oferece algo que Dewdrop Cure já não faz com mais amplitude de valor de mana na recursão, visto que nos importamos pouco com o tamanho do corpo das criaturas já que focamos em um combo.

Starfield Shepherd é bem decente em listas que utilizam one-drops o suficiente para valer as duas manas para conjurá-lo. Enquanto ele parece condicional e caro demais para o Boros Energy, listas mais próximas dos antigos Soul Sisters, que podem usar Ocelot Pride e Guide of Souls com Martyr of Sands e similares buscados por este card são uma opção.

Além disso, a habilidade de Warp só exila a criatura na End Step, o que oferece interações parecidas com as de Ephemerate com Evoke, ou também interações com efeitos que sacrificam a criatura para buscar algo como Birthing Ritual, permitindo colocar, no caso de Starfield Shepherd, uma criatura com valor de mana seis ou menor no campo de batalha.

Enquanto essa interação existe com qualquer card com Warp, parece que Shepherd é o único entre eles que pode, de fato, encontrar algum (pouco) espaço no Modern.

Consult the Star Charts parece uma versão pior de Impulse no início do jogo e não deve estar muito presente na maioria dos decks azuis do Metagame, mas merece testes em listas de Azorius Control ou até Izzet Wizards, que costumam levar a partida para o late-game, onde tanto o módulo de duas manas quanto a versão com Kicker podem cavar fundo em busca das ameaças e respostas apropriadas.

Para combos com azul, Stock Up ainda será um card melhor.

Menção honrosa. Cryogen Relic é um Ichor Wellspring que interage com a mesa em alguns casos e pode ser um pitch para Force of Negation e Subtlety. Não sei se há espaço para este tipo de card no formato hoje, mas existem alguns arquétipos menos populares que podem testá-lo em alguns slots.

Entre Frogmyr Enforcer, Kappa Cannoneer e outras criaturas com Afinidade ou custos alternativos, não é difícil transformar Emissary Escort em uma ameaça por duas manas que interage também com o plano de jogo desses arquétipos.

Pode valer testes no Affinity, especialmente se conseguirmos jogá-lo no primeiro turno com Mox Opal seguido de qualquer outra bomba no turno seguinte.

O custo de Archenemy’s Charm o torna restritivo em relação aos arquétipos que ele pode entrar, e estratégias como Mono Black Coffers e Necrodominance não andam em alta no atual Metagame para justificar este card como potencial staple.

É uma opção versátil de maindeck, pode funcionar bem em jogos de atrito e talvez até exista alguma variante de Midrange que queira usá-lo como uma cópia, mas parece ter um nível mais próximo do Pioneer do que do Modern.

A habilidade de Void conserta o problema de Revolt de interagir com Fetch Lands, então Temporal Intervention requer alguns passos extras para funcionar como Thoughtseize melhorado.

Talvez ele funcione bem em listas com Ephemerate como o Orzhov Blink, ou até ao lado das fichas de Clue de Tamiyo, Inquisitive Student e Mishra’s Bauble, resta saber se o Metagame atual demanda mais cópias de Seize ao invés de cards como Inquisition of Kozilek, que costumam complementar o pacote de descartes de uma mana.

Zero-Point Ballad compete com Toxic Deluge nos slots de interação contra criaturas pequenas que pode escalar para ameaças maiores conforme a partida progride.

Ele parece melhor se a lista do oponente tiver muitas criaturas X/1, mas para outros arquétipos, ficam dúvidas se pagar X de mana será melhor do que pagar essa mesma quantidade em vida — em alguns casos, valerá a pena, e em outros, nem tanto.

Merece testes nos Sideboards, ou pode até chegar ao ponto de haver um split entre ele, Toxic Deluge e outros sweepers baratos em listas que não têm acesso à Wrath of the Skies.

Devastating Onslaught pode vencer jogos se copiar a criatura certa mais de uma vez. O problema é que o arquétipo capaz de pagar o custo de para muito e que possui criaturas suficientemente impactantes são os decks de Eldrazi.

Hoje, as listas de Eldrazi apostam em mais criaturas lendárias do que não-lendárias para vencer jogos, ou trocaram bombas como Reality Smasher por Writhing Chrysalis ou Sowing Mycospawn, que não são bons de copiar com o novo card.

Claro, colocar dois ou mais Sire of Seven Deaths na mesa com Haste no mesmo turno, no mínimo, vai ser uma dor de cabeça, mas se temos um Sire em jogo, já não estamos ganhando de qualquer maneira?

Vampires’ Vengeance vê jogo em algumas listas e Lithobraking tem semelhanças mecânicas suficientes para merecer uma menção.

Acredito que filtragem de mão ou custar a menos com velocidade de feitiço como Pyroclasm ainda serão uma opção melhor do que buscar terrenos nos decks que se importam com este efeito no formato, então é provável que Vengeance permaneça nos Sideboards.

Em velocidade de feitiço, é difícil imaginar que estourar uma Mishra’s Bauble ou similar para transformar Plasma Bolt em Chain Lightning seja o suficiente para justificar sua inclusão em listas de Red Prowess ou Burn, mas uma variante nova da fórmula de “uma mana, três de dano” não pode ser ignorada, mesmo quando ele parece pior do que outras variantes que fazem o mesmo efeito.

Rust Harvester pode fazer algumas coisas absurdas com Arcbound Ravager e Hardened Scales se conseguirmos desvirar com ele, podendo até efetuar um “combo-kill” com sua habilidade se tivermos artefatos e marcadores +1/+1 suficientes na mesa.

Ele também possui boas interações com Agatha’s Soul Cauldron, que pode o exilar para transformar todas as suas criaturas em remoção e/ou Burn, ou até funcionar como outra rota de condição de vitória se tivermos mana e poder o suficiente na mesa.

Tannuk, Steadfast Second seria muito problemático em um Modern com Fury e The One Ring. Como ambos estão, hoje, banidos do Modern, é difícil imaginar que ele tenha espaço no formato.

Weapons Manufacturing cria fichas facilmente no atual Metagame, que interagem com cards como Grinding Station e Arcbound Ravager para ganhar o jogo.

Entre Vivi Ornitier e o novo Pinnacle Emissary, além de Cori-Steel Cutter, já existem Payoffs o suficiente para essas estratégias no formato, mas vale mencionar um card que pode ganhar jogos sem passar pelo combate.

Tannuk não foi o único card que chegou tarde demais. Frenzied Baloth parece a resposta perfeita para um formato onde The One Ring era predominante, mas não deve ter muita relevância no atual Metagame sem, talvez, ser um one-of em listas com Chord of Calling para situações específicas que envolvam fazer seu combo desviar de Counterspells, onde custar menos que Prowling Serpopard e similares pode fazer diferença.

Acho que temos versões 5-8 o suficiente de Hardened Scales para Loading Zone não ser relevante, principalmente quando comparado com Ozolith, the Shattered Spire, que interage com o tipo de card das fichas de Urza’s Saga e pode ser sacrificado para Arcbound Ravager quando necessário.

Pode ser por pura nostalgia, mas Cosmogoyf me parece um dos melhores cards de Edge of Eternities para o Modern.

Por bastante tempo, existe uma discussão se os decks de Dimir Tempo precisam de um splash de para alguns cards específicos e a principal resposta tem sido de que não existem cards relevantes o suficiente para valer os riscos de concessões no deckbuilding e em ser mais suscetível contra efeitos de Blood Moon. Cosmogoyf oferece uma ameaça complementar que, enquanto não oferece nenhum valor agregado — nem tudo pode ser um Uro, Titan of Nature’s Wrath —, cresce muito rápido nessas listas.

Entre o efeito de exilar cards de Psychic Frog, o custo adicional de Abhorrent Oculus e o hate de cemitério que os oponentes costumam utilizar nesta partida, existem meios o suficiente de fazer o novo Goyf se transformar em um 5/6 e só crescer a partir deste ponto, sendo capaz de finalizar jogos com um ou dois ataques se mantermos a mesa limpa.

Ele também interage com seu outro irmão mais velho, Nethergoyf, que aparece em listas de Jund Saga, onde também é comum a inclusão de Nihil Spellbomb como one-of para buscar com Urza’s Saga. Com a quantidade certa de cards no cemitério, Spellbomb ou efeitos similares podem funcionar como um pseudo-Temur Battle Rage com a nova criatura, mas trocando o Trample pela utilidade agregada contra diversos arquétipos no atual Metagame.

Seja com Jund, Psychic Frog, Abhorrent Oculus, Ketramose, the New Dawn ou até ao lado de Death’s Shadow, há muito potencial para Cosmogoyf no Modern, e basta sabermos se ainda existe espaço para uma criatura grande que não faz nada além de ter um corpo grande no formato atual quando este interage tão bem com tantas peças importantes do atual metagame.

Dyadrine, Synthesis Amalgam transforma todos os marcadores +1/+1 extras que o Hardened Scales oferece em fontes de draw a cada combate somado em uma criatura com Trample — habilidade muito importante ao lado de Arcbound Ravager.

O novo robô também escala em poder conforme a partida se estende, e a troca dos marcadores +1/+1 das suas criaturas por um card extra na mão e um Robô 2/2 que interage com ambos Urza’s Saga e Arcbound Ravager pode valer o splash de nos decks de Scales.

Em muitos casos, Pinnacle Emissary será lido como uma mágica de uma mana que cria uma ficha 1/1 para cada artefato que você conjurar.

Ele interage com a principal proposta dos arquétipos de Cori-Steel Cutter e Emry, Lurker of the Loch no formato, além de também funcionar em listas de Affinity e/ou com Kappa Cannoneer, onde a combinação certa de mágicas pode acelerar o cast dele ou aumentar consideravelmente a Afinidade em um único turno.

Emissary funciona essencialmente com qualquer arquétipo na sua combinação de cores que faz as concessões necessárias para aproveitar Mox Opal, basta saber se existem slots o suficiente nos decks mais estabelecidos no formato hoje para fazê-lo funcionar.

Se mantivermos Syr Vondam, Sunstar Exemplar com poder quatro ou maior permanentemente, ele se torna uma remoção a cada turno com Phelia, Exuberant Shepherd e é letal ao lado de Ephemerate e outros efeitos de Blink.

Sua primeira habilidade ajuda a segurar o clock do oponente e habilitar o trigger de LTB dele, além de interagir com os mesmos efeitos de Blink que queremos usar, ou com habilidades como Evoke, mas precisar fazer este setup repetidamente pode ser custoso demais para as listas de Orzhov hoje, especialmente quando ele não gera qualquer valor por conta própria.

Apesar do tipo de criatura, Anticausal Vestige não interage bem com a configuração atual de Eldrazi e parece lento demais no Modern para os demais arquétipos, mesmo pelo custo de Warp.

Tezzeret, Cruel Captain faz muita coisa em muitos decks por um custo muito baixo e se beneficia do quão centrado em artefatos alguns arquétipos do Modern são e o quanto eles, em maioria, se beneficiam de Mox Opal, que permite conjurá-lo um turno mais cedo se necessário.

Já mencionamos muito o Hardened Scales nesse review, mas somos novamente obrigados a falar do arquétipo porque todas as habilidades de Tezzeret interagem com ele, além do arquétipo precisar de pouco esforço para fazer o Planeswalker crescer. Talvez, ao ponto de jogar o Emblema dele no turno seguinte ao que ele entrou.

A habilidade de Tutor, enquanto similar a Urza’s Saga, pode encontrar cards com valor de mana como Chalice of the Void, Walking Ballista, além de encontrar todos os alvos já conhecidos de Saga nos últimos anos, o que adiciona mais redundância em achar as peças necessárias até em listas de combo com artefatos baratos, como Blade of the Bloodchief e Colossus Hammer, ou artefatos que tenham custos de mana coloridos.

Tezzeret vai jogar, a dúvida é o quanto ele vai jogar: nem toda lista pode comportar várias cópias de um card de três manas com habilidades mais passivas e nem sempre ele vai conseguir resolver os problemas propostos pelo oponente. Três manas para “fazer nada” em um turno pode estar longe do ideal para algumas partidas e principalmente em arquétipos com planos mais proativos.

Menção honrosa para o “card que curva perfeitamente na quantidade de mana que o Tron gera e que pode ser buscado por Karn, the Great Creator” da expansão.

The Endstone parece um win more do que algo que o Tron ou Eldrazi realmente precisa hoje, mas existem situações em algumas partidas específicas onde o oponente é incapaz de causar 10 ou mais de dano em um único turno, ponto onde este card basicamente “trava” a partida enquanto oferece vantagem em cartas constante.

Podem existir casos em que uma criatura como Kappa Cannoneer ataca para letal com a primeira habilidade de Secluded Starforge, mas elas valem o custo de jogar com um terreno incolor que não gera valor agregado durante a partida e que demanda um valor absurdo de mana para colocar fichas em jogo?

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