Magic: the Gathering

Deck Guide

Standard: Azorius Heroic (Melhor de Um) Deck Guide

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Com os Black-Based Midrange dominando o Melhor de Três, a melhor opção para outras estratégias é buscarem efetividade nodo Melhor de Um - e o Azorius Heroic é uma boa opção nesse ambiente.

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revised by Tabata Marques

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O Metagame do Standard no universo competitivo de Melhor de Três parece ser dominado pelos Black-Based Midranges atualmente, chegando ao ponto onde dificilmente qualquer outra combinação de cores e arquétipos conseguem competir seriamente hoje.

Isso provavelmente levará até alguma intervenção direta, dado que apesar de haver uma enorme distinção entre decks como Mono-Black Aggro e Esper Midrange, eles ainda são pautados pelo mesmos cards, e a única saída plausível é construir sua própria versão do arquétipo desejado e partir para o "grindfest", ou adaptar o jogo para situações mais injustas, como juntar Titan of Industry com Invoke Justice.

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Mas caso você não queira viver constantemente em jogos de atrito no Magic Arena, a melhor recomendação é a de buscar suas vitórias no Melhor de Um, visto que a capacidade de se adaptar a qualquer situação dos Midranges é mitigada num mundo sem Sideboards. E a melhor rota nesse ambiente é a de encerrar os jogos rápido — seja ganhando ou perdendo.

Em busca de uma proposta de jogo rápida que possa jogar em torno dos Midranges num universo sem Sideboards, a maioria das minhas partidas de Melhor de Um vem apresentando bons resultados ao buscar uma mistura de clock agressivo com Tempo Plays eficientes com o Azorius Heroic.

A Decklist

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Apesar de não haver a mecânica propriamente dita, esse deck funciona basicamente como uma lista de Heroic do Pauper ou do Pioneer: você conjura uma criatura, a mantém protegida e usa suas mágicas para aumentar o poder dela enquanto obtém outro benefício, estabelecendo assim o clock necessário para encerrar o jogo em poucos turnos.

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Seu principal alvo é Illuminator Virtuoso, que também opera como a sua principal wincondition já que têm Double Strike e aumenta seu próprio poder consideravelmente enquanto filtra os seus draws. Normalmente, ele é a ameaça que você precisa proteger a qualquer custo enquanto abre caminho para ele atacar por um ou dois turnos até causar o dano letal.

Já seu alvo secundário é Stormchaser Drake por oferecer um draw extra para cada mágica que o tenha como alvo, transformando todas as suas auras e proteções em uma cantrip numa criatura com evasão, algo importante num universo onde a maioria das ameaças não voa.

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Como ameaças complementares, contamos com a staple de múltiplos formatos, Ledger Shredder. Ele também tem evasão, cresce naturalmente mesmo que nenhuma mágica seja usada nele, e garante uma filtragem dos seus draws enquanto cresce de poder e sai de controle rapidamente.

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Por fim, os últimos slots são bem flexíveis, mas não me sinto confortável com apenas doze ameaças, e dentre as mais variadas opções disponíveis, uma que me agradou bastante foi Faerie Vandal pela sua sinergia com o resto do deck.

Ao lado de qualquer outra criatura, Faerie Vandal cresce com Connive ou com os draws de Stormchaser Drake. Ela também aumenta seu poder com os triggers de Combat Research ou Security Bypass, enquanto o fato dela ter Flash funciona como um bom trick contra um -2 da Liliana of the Veil, por exemplo.

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Para manter os nossos recursos fluindo, contamos com Combat Research e Security Bypass — duas Auras de custo baixo que agregam com draws extras ou filtragem de mão junto a qualquer uma de suas ameaças.

Security Bypass também é extremamente útil para dar evasão para Illuminator Virtuoso, e consideraria adicionar uma quarta cópia dele se os slots de maindeck não fossem tão disputados.

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Apesar de não ser uma Aura, Homestead Courage funciona de maneira semelhante enquanto tem boa sinergia como uma mágica a ser descartada com Connive enquanto desencadeia Ledger Shredder ou oferece dois draws extras com Stormchaser Drake através de uma única mágica.

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Para proteger nossas ameaças, temos Slip Out the Back e Shore Up, ambas úteis para lidar com removals, mas elas também agregam outras qualidades distintas em seu uso.

Slip out the Back é melhor utilizado como uma mágica reativa no turno do oponente: seu Phase Out automaticamente tira a criatura-alvo do jogo e por isso acaba não sendo tão eficiente enquanto combat trick durante o seu turno. Porém, ela também é uma ótima resposta contra efeitos de sacrifício, e seu power boost permanente ajuda a aumentar o clock no turno seguinte.

Shore Up, por outro lado, é um ótimo combat trick e proteção quando você está sendo proativo: Hexproof não remove sua criatura de jogo, a permite continuar com seu ataque mesmo diante de um removal. Além disso, Shore Up também permite bloquear uma criatura do oponente ao desvirar uma de suas ameaças durante a fase de combate dele.

Normalmente, recomendaria quatro cópias de cada, mas precisamos de mais interação contra outros tipos de problemas.

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E é aqui que entram Spell Pierce e Fading Hope.

Fading Hope funciona também como uma pseudo-proteção para suas criaturas, mesmo sendo péssima nesse quesito, já que reseta o power boost da sua ameaça. Sua principal função real é a de remover bloqueadores do caminho e/ou atrasar o clock do oponente por tempo o suficiente.

Spell Pierce é o que chamo de "mal necessário" num mundo de mágicas que forçam o tapout, como Liliana of the Veil e Invoke Despair, sendo muito decente na hora de proteger suas criaturas ou impedir que alguma bomba que viraria a partida a favor deles resolva.

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A manabase é a melhor que temos no momento e não recomendaria remover nenhuma das lands, visto que você precisa de acesso consistente a azul e branco nos primeiros turnos, e isso inclui usar o questionável Thran Portal para garantir mais flexibilidade no early-game.

As Channel Lands oferecem um valor agregado extra caso a partida se estenda, mas não queremos mais do que uma cópia de cada.

Escolhas Alternativas

Apesar dessa ser a lista que recomendo para o ambiente de Melhor de Um, nenhum desses slots está escrito em pedra e você pode alternar os números conforme seu gosto ou necessidade, ou até mesmo adicionar outras mágicas.

Algumas das cartas que passaram pela minha mente enquanto construí e pilotei esse deck foram:

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Delver of Secrets pode parecer inicialmente decente e já vi algumas listas tentando usá-lo, mas com mais da metade do deck sendo composto de mágicas ou permanentes que não são Instants ou Sorceries, ele me parece inconsistente demais para funcionar.

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Suspicious Stowaway permite filtragem de mão, ou draws extras caso você desencadeie o Nightbound (o que é raro, dado que você sempre está buscando conjurar duas ou mais mágicas em um turno), sendo uma ameaça complementar decente, você pode utilizá-lo no lugar de Faerie Vandal se preferir.

Dennick, Pious Apprentice é útil contra outros Aggros e uma peça de hate poderosíssima contra as listas de Reanimator, sendo uma escolha decente no maindeck com seu corpo 2/3 que ainda oferece dois corpos com apenas uma carta. No entanto, ele não interage diretamente com a nossa proposta e não tem um clock embutido rápido o suficiente para pressionar o oponente a respondê-lo, mas caso você esteja vendo muitos Invoke Justice e afins, Dennick é uma opção bem sólida.

Por fim, Dorothea, Vengeful Victim é uma alternativa divertida que transforma qualquer ameaça sua num quase-Geist of Saint Traft, aumentando significativamente o clock. Porém, Dorothea por si não aumenta o número de criaturas na mesa, e pagar três manas para anexá-la é um custo considerável, dado que você ainda precisará investir mana em proteção e/ou com Spell Pierce de backup.

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Timely Interference funciona basicamente como uma cantrip na maioria das ocasiões, e me parece um slot morto quando há meios bem mais eficientes de card selection no formato.

Falando em card selection, se eu fosse usar algo para buscar uma ameaça, seria Impulse. Mas uma das spells mais clássicas da primeira década de Magic não faz o suficiente, não interage positivamente com a nossa estratégia e nem cobre uma de suas fraquezas inerentes para merecer um slot.

Boon of Safety e Take Up the Shield são mágicas de proteção que funcionam melhor contra sweepers como Depopulate, caso eles se tornem predominantes no Metagame. Take up the Shield é decente e talvez mereça um lugar no maindeck caso você enfrente mais arquétipos agressivos, por conta do Lifelink que ele garante.

Valorous Stance também é uma boa proteção contra removals e sweepers, além de ter a função proativa de lidar com criaturas grandes, especialmente aquelas que atrasam o seu clock como Sheoldred, the Apocalypse. Pode valer a pena usá-lo no lugar de Fading Hope caso você queira mais respostas contra ameças grandes e não se importa tanto com o dano causado por criaturas menores.

Falando em Sheoldred, Make Disappear custa mais caro do que Spell Pierce, mas ajuda a lidar com criaturas relevantes do outro lado da mesa com um counterspell, especialmente aquelas não podem entrar em jogo ou lhe causarão muita dor de cabeça, como a já mencionada pretora Phyrexiana, Soul of Windgrace e Titan of Industry.

Por fim, March of Swirling Mist é um meio excelente de desencadear múltiplas cópias de Illuminator Virtuoso e Stormchaser Drake em troca de um único card, e facilmente protege suas principais ameaças de um The Meathook Massacre e similares. Além disso, ela também permite remover vários bloqueadores por um turno, e talvez mereça um slot de Maindeck no lugar de Fading Hope

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Mulligan e Postura de Jogo

Mulligan

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Sua mão ideal serão aquelas onde você possui lands o suficiente para progredir com seu plano de jogo, somado a uma ou duas ameaças, um "payoff" que lhe possibilite manter seus recursos fluindo e um a dois meios de proteger sua criatura.

Outras mãos viáveis são aquelas onde você têm uma ameaça junto a Combat Research ou Security Bypass e mais meios de proteger sua criatura, por exemplo:

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Essa mão possibilita ao seu controlador manter-se à frente de recursos nos primeiros turnos, e uma Faerie Vandal na End Step do turno 2 seguido de Combat Research + 2 proteções no turno 3 ajudará a crescer a sua criatura nos dois turnos posteriores e lhe oferecer mais recursos no curto prazo, dando-lhe mais ameaças e/ou mais meios de manter-se à frente.

O Azorius Heroic é uma estratégia que pune severamente o Mulligan, mas também não recompensa mãos frágeis demais, então as regras primordiais para definir seu keep é de que sua mão precisa de um bom mix de criaturas, lands e payoffs e qualquer excesso entre eles é provavelmente um Mulligan. Mas você pode arriscar um keep com várias criaturas e torcer para o topdeck beneficiar teu clock.

Posturas

Por conta da sua proposta de Voltron, onde você quer transformar suas criaturas em ameaças grandes através de pumps e proteção, o Azorius Heroic é naturalmente um arquétipo de beatdown que busca ganhar o jogo na menor quantidade de turnos possível, e o faz sem precisar se estender ao ponto de arriscar-se demais.

Sua jogada ideal é conjurar uma criatura no turno 2 e começar a jogar pumps no turno 3. Mas, num mundo realista, o que acontece é dela tomar um removal e a sua ameaça no turno seguinte ser o seu principal clock, já que agora você contará com uma proteção de backup. A partir desse momento, você tentará encantar ou jogar mágicas na sua criatura a cada turno e pressionar o oponente antes que ele lhe soterre em card advantage ou crie um clock mais rápido que o seu.

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O problema, no entanto, é que o Standard está num momento de anormalidades onde os Black-Based Midranges reinam no topo e muito acima do resto do formato, e o seu maior desafio é o de evitar que Liliana of the Veil e Sheoldred, the Apocalypse permaneçam em jogo por tempo demais ou sequer caiam na mesa — especialmente a pretora Phyrexiana que lhe punirá por dar múltiplos draws em um único turno.

Logo, nessas partidas, minha recomendação é a de tentar ser mais agressivo na draw onde você estará em desvantagem, enquanto pode se dar ao luxo de ser mais conservador na play e garantir uma criatura em jogo com proteção de backup porque garantir que ela ficará em jogo importa mais do que tentar vencer numa race quando seu clock pode ser arruinado por um removal. Não recomendo tentar estender o jogo caso eles eliminem todas as suas ameaças porque esses arquétipos definitivamente conseguem acumular rios de valor diante de uma mesa vazia, e seu tempo é melhor investido tentando um resultado melhor na próxima partida.

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Dito isso, nas demais matchups, você costuma ser bem mais agressivo e pune seu oponente por gastar tempo tentando reagir ao que você faz: contra Mono-Red, você consegue bloquear bem as criaturas deles nos primeiros turnos e pressioná-los em seguida.

Reanimator é dependente de algumas combinações específicas de cards, e se você conseguir manter Titan of Industry fora de jogo, o clock estará ao seu favor, mas você precisa ser cuidadoso com The Wandering Emperor e Cathartic Pyre.

Em geral, você estará muito favorecido contra qualquer arquétipo que esteja operando com estratégias inconsistentes ou dependentes demais de alguma combinação específica — algo comum no ambiente de Melhor de Um — se seguir o roteiro certo e compreender como ele funciona. Vale a pena fazer uma ameaça no turno 2 contra esses decks porque, se eles mantiverem uma mão questionável ou não terem uma resposta imediata, você estará bem à frente na sua estratégia em comparação à deles.

Conclusão

Isso é tudo por hoje.

Num contexto geral, o Standard não parece estar em seu melhor momento e o grindfest dos Black-Based Midranges não é o tipo de Metagame que agrada a todos, especialmente os que preferem jogos rápidos.

Para esses, minha melhor recomendação é a de tentar estratégias mais agressivas no ambiente de Melhor de Um, e o Azorius Heroic oferece uma abordagem onde cada ameaça importa e a interação não é inteiramente deixada de lado em prol da pura velocidade. Ele definitivamente não é o melhor arquétipo do formato, mas hoje é um dos que mais pune decisões de keeps ruins ou concessões de deckbuilding erradas.

Obrigado pela leitura!