Conforme entramos em 2025, o caminho do Pauper parece ainda muito indefinido para o ano. Com um Metagame que se manteve estável desde o lançamento de Modern Horizons 3, o formato talvez precise de outro empurrão para que novas estratégias possam emergir e ganhar espaço no cenário competitivo.
Enquanto isso não ocorre, jogadores apostam em meta calls para obter bons resultados: a inclusão de cards específicos em uma lista e/ou uma determinada interação que permitem ter uma vantagem contra as principais partidas do formato.
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É o caso do Izzet Terror, variante mais orientada para o Control de Tolarian Terror, que utiliza cards como Cast into the Fire no maindeck para apresar das estratégias do Affinity e do Kuldotha Red, dois dos melhores decks do formato hoje.
A Decklist
Essa é a lista que utilizei nas últimas semanas no Magic Online.
Essa é a versão mais comum do Izzet Terror hoje. Apesar de algumas listas tentarem seguir um plano mais orientado para Tempo, a variante Mono Blue faz um trabalho melhor em pressionar o oponente sem concessões na base de mana, então aqui seguimos uma linha mais voltada para o Control, com sweepers, remoções baratas e alguns four-drops como ameaças complementares.
O maior atrativo desse arquétipo hoje é a maneira como ele se compota bem no quesito Meta Call contra três dos quatro melhores decks do formato hoje com seu complemento de remoções baratas, Counterspell e uma ameaça capaz de fechar jogos cedo, além da possibilidade de incluir Cast into the Fire no maindeck sem grandes concessões e com potencial de se adaptar a mudanças muito bruscas do Metagame devido a extensa pool de cards eficientes nas cores .
Maindeck
As condições de vitória.
Tolarian Terror é nosso principal meio de vencer jogos. Ele pode custar até , se protege por conta própria e cria um clock de quatro turnos na mesa que demanda resposta imediata do oponente, ou um fluxo interminável de bloqueadores - o qual costuma ser nosso pesadelo em alguns jogos.
Murmuring Mystic tem um valor de mana alto e é fácil de resolver com Snuff Out ou até Pyroblast, mas como temos uma lista mais voltada para o Control, é comum usá-lo apenas quando já exaurimos os recursos do oponente, deixando o caminho aberto para começar a criar um exército de fichas com ele.
Um dos maiores problemas do Izzet Terror em comparação com outros decks do Pauper é que não temos fontes constantes de vantagem em carta. Cards como Deadly Dispute ou Thoughtcast não nos servem e não queremos contar com a combinação de Ninja of the Deep Hours e Fadas porque atrapalha nossa estratégia com Tolarian Terror.
A melhor opção, nesse caso, são as criaturas com uma mecânica já quase esquecida no formato: Monarch, que gera um draw extra a cada turno em que retemos esse estado de jogo ao não tomarmos dano de combate. Não me parece o card ideal para o atual Metagame e tenho considerado outras opções para esses slots, mas eles são o “melhor que temos” por enquanto.
As remoções.
Há bastante divisão entre listas que preferem Lightning Bolt, ou outra remoção de uma mana vermelha nesse slot. Optei por Galvanic Discharge porque essa lista é muito focada em responder aos melhores decks do Metagame do Pauper hoje, e enquanto o primeiro Discharge lida com as mesmas criaturas que Lightning Bolt lidaria, o segundo sempre pode lidar com Myr Enforcer, Tolarian Terror e Writhing Chrysalis sem dificuldade.
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Skred é nossa remoção padrão e melhora conforme o jogo se prolonga. Ele é lento na draw contra Kuldotha Red caso ele comece o jogo com Goblin Tomb Raider e outra criatura com resistência dois no turno seguinte, mas é a melhor remoção vermelha que temos contra as demais criaturas do Pauper hoje.
Cast into the Fire é o Meta Call absoluto. Além de lidar com os terrenos de Modern Horizons 2 do Affinity, seu módulo de dano também permite lidar com Fadas e com duas fichas de Kuldotha Rebirth com um único card, e tem outras interações possíveis contra arquétipos de Cleansing Wildfire, ou contra algumas criaturas do White Weenie e Elves.
Breath Weapon é nosso sweeper contra Aggro e estratégias go-wide, e nossa melhor opção nessa categoria no Pauper hoje. Talvez Fiery Cannonade mereça um espaço para não destruir Crimson Fleet Commodore, mas as situações onde essa combinação ocorre são um pouco raras demais para valer a troca.
Nosso pacote de respostas para a pilha.
Counterspell é um clássico do Pauper e um dos melhores cards azuis do formato, e dispensa apresentações. Existem jogos onde tirar uma cópia dele no Side-out é uma opção quando queremos mais interações específicas.
Spell Pierce lida com diversos one-drops do formato hoje, como Blood Fountain ou Kuldotha Rebirth por um custo relativamente baixo, e também ajuda a segurar uma resposta contra remoções e/ou Counterspell de decks como o Mono Blue Terror ou Faeries.
Nossas cantrips.
O Izzet Terror se apoia bastante na interação entre Brainstorm e Ponder para encontrar os cards de que precisa, com Brainstorm cavando mais fundo enquanto Ponder ajuda a embaralhar cards inúteis colocados no topo. Essa interação também é possível com Lorien Revealed, que além de ser outra fonte de vantagem em cartas, também opera como quatro terrenos “extras” e conta como mais uma mágica no cemitério para Tolarian Terror.
Preordain e Tune the Narrative são cantrips flexíveis e considero trocar Tune the Narrative por uma segunda cópia do Preordain para melhorar as interações com Brainstorm, dado que sua energia extra, como one-of, não ajuda tanto no nosso plano de jogo.
Além dos terrenos básicos (9-3 parece o número ideal para evitarmos não ter fontes de mana vermelha sem atrapalhar um Counterspell no segundo turno), Volatile Fjord e Perilous Landscape são nossas escolhas de duais para um deck que precisa e terrenos nevados para sua interação de mesa. Vale lembrar que Lorien Revealed pode buscar Volatile Fjord, aumentando nossa consistência de acesso à mana vermelha na partida.
Sideboard
Hydroblast é mais essencial no Metagame do Pauper hoje do que seu irmão vermelho, sendo peça-chave contra Kuldotha Red e Gruul Ramp, além de ter algumas aplicações contra Affinity que podem, dependendo de como a lista do oponente é construída, valer slots nos Games 2 e 3.
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Pyroblast, no entanto, ainda é importante para lidar com decks azuis como Mono Blue Terror e Faeries, além de ser um card flexível contra uma dúzia de estratégias do Metagame hoje.
Gorilla Shaman tem um alvo específico em mente: Affinity. Com quatro Cast into the Fire no maindeck, duas cópias dele garantem a possibilidade de remover todas, ou a maioria, das fontes de mana do oponente, garantindo uma vitória rápida se conseguirmos protegê-lo por tempo o suficiente.
Annul é uma resposta universal contra artefatos e encantamentos, e essencial tanto contra Affinity quanto contra Broodscale Combo, e também em jogos contra Bogles.
Dispel é uma resposta universal para diversas partidas e pode merecer até um dos slots de maindeck no lugar de Tune the Narrative. Ele é uma das nossas principais respostas contra remoções e/ou efeitos que tentam proteger o Broodscale Combo como Tamiyo’s Safekeeping.
Relic of Progenitus é um card importante para a mirror e também para jogos onde o oponente depende muito de cards no cemitério e/ou interações com o cemitério para funcionar, como Dredge, Reanimator e vale até alguns slots em ocasionais partidas onde Ghostly Flicker e/ou Ephemerate aparecem com Mnemonic Wall ou Archaeomancer.
Guia de Sideboard
Kuldotha Red
IN
OUT
Grixis Affinity
IN
OUT
Jund Broodscale
IN
OUT
Mono Blue Terror
IN
OUT
Faeries
IN
OUT
Finalizando
Isso é tudo por hoje!
Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixar um comentário!
Obrigado pela leitura!
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