Magic: the Gathering

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Spoiler Destaque: Bloodghast no Pioneer

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Bloodghast, um vampiro clássico de Zendikar, chegará ao Pioneer com Aetherdrift. Mas como uma das staples do Dredge no passado pode impactar o cenário competitivo do formato?

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تمت مراجعته من قبل Tabata Marques

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Vamos para mais uma história de boomer de Magic!

Comprei meu primeiro deck de Standard em 2009, Zendikar havia acabado de sair e eu era um estudante Emo do ensino médio: é claro que eu gostava de Vampiros, e o lançamento de Vampire Nocturnus e um suporte mínimo em M10 já tinha feito com que eu procurasse cards que tivessem sinergia, e Zendikar foi um prato cheio.

Vampires foi um deck relativamente competitivo no Standard daquela época, mas sempre viveu nas sombras do Jund Cascade, que era um Midrange melhor porque a qualidade individual dos seus cards era mais forte. Isso não me desmotivou a montar um deck, pois identidade importava mais do que resultados para alguém que, naquela época, nem sonhava que trabalharia escrevendo sobre esse jogo.

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A maioria dos vampiros bons que saiu em Zendikar eram incomuns: Vampire Nighthawk, Vampire Hexmage e Gatekeeper of Malakir eram o coração do deck junto de Vampire Nocturnus e Malakir Bloodwitch. Mas havia uma rara que estava muito acima do resto pela sua habilidade de recursão, e me faria gastar mais dinheiro em um set dela do que em qualquer outro card e Magic naquela época: Bloodghast.

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Naqueles tempos, eu não compreendia o valor de uma Fetch Land, especialmente para um deck monocolorido, e vale ressaltar, eu era um estudante do ensino médio, minha renda na época se resumia em alguns trocados que eu recebia do meu pai por ajudar ele em alguns trabalhos e algum dinheiro que eu fazia vendendo cards, então o preço de uma Fetch Land era inconcebível para mim, mas pagar o equivalente a duas Verdant Catacombs - ou mais do que 3/4 do que eu fazia por mês - por um set de Bloodghast pareceu aceitável.

E essa foi a história de uma das minhas diversas decisões questionáveis com Magic. A propósito, ainda lembro das exatas 76 cartas da minha lista. Sim, 76.

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Este deck era muito divertido de jogar, e a parte mais divertida dele era, sim, o Bloodghast. Trazê-lo de volta do cemitério com Haste no mesmo turno em que conjurava Vampire Nocturnus ou Malakir Bloodwitch ganhava jogos - então o valor que paguei neles compensou a experiência de ter um deck de Vampiros melhor.

Agora, Bloodghast voltou e vai direto para o Standard e para o Pioneer, onde ele tem interações com alguns arquétipos que se aproveitam do cemitério e também com “combos” envolvendo Neoform e Abhorrent Oculus.

Mas antes, uma reclamação de Magic boomer:

Look how they massacred my boy
Look how they massacred my boy

Isso parece um diabo-da-tasmânia demoníaco, não um vampiro, muito menos um espírito. Toda vez que você joga este Bloodghast, você faz o Sorin chorar. Você quer que o Sorin chore?

Bloodghast no Pioneer - Tem Potencial?

Historicamente, Bloodghast não se destacou em Magic pelo papel que exerceu no Vampires entre 2009 e 2011 - desde que o Modern existe como formato e após o lançamento de Prized Amalgam em Shadows Over Innistrad, ele se tornou um habilitador poderoso do Dredge para criar efeitos de bola-de-neve com outras criatura e fetch lands.

O Pioneer, tecnicamente, não tem Dredge, mas um arquétipo com mecânicas parecidas existiu nos primeiros anos do formato enquanto Uro, Titan of Nature’s Wrath era válido no formato. Bloodghast se aproveita dessa categoria para aumentar a consistência com a qual reanimamos Prized Amalgam.

Uma lista inicial, com os cards de hoje, se pareceria com algo assim:

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Podemos ir ainda mais longe com cards como Tome Scour ou Breaking // Entering para colocar cards no cemitério mais rápido, e se quisermos um payoff de late-game, Kroxa, Titan of Death’s Hunger faz um bom trabalho, mas essa é uma base para todos os recursos que temos e podemos jogar direto do cemitério nesse arquétipo além dos cards de Escape em uma base Magic Symbol BMagic Symbol G, servindo como o ponto de partida para Bloodghast no Pioneer, mas existem outras opções.

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Recentemente, listas de Abhorrent Oculus focadas em millar cards e usar Neoform para encontrar sua condição de vitória cresceram no Metagame do Pioneer. Seu plano envolve usar diversas criaturas com valor de mana dois para transformar Neoform nas cópias 5-8 de Oculus.

Em tese, Bloodghast não tem espaço porque ele não faz nada por conta própria e não está nas cores certas, mas não devemos negligenciar a possibilidade de cards como Neoform ou Eldritch Evolution serem usados com ele para buscar criaturas maiores, tendo a garantia de sempre ter um “alvo” já que basta um terreno jogado para colocá-lo de volta no campo de batalha.

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Bloodghast também oferece soluções para listas de Sacrifice, mas com a versão Jund tão focada no combo de Ygra, Eater of All, estou cético de se existe espaço para ele nessa variante. No entanto, as versões Rakdos, que seguem uma linha mais tradicional e com algumas listas até usando Kroxa e Fable of the Mirror-Breaker, é fácil extrair valor de Ghast com o descarte e com triggers se Mayhem Devil que se acumulam e, eventualmente, levarão ao oponente ter dez ou menos de vida - o necessário para eles começarem a atacar com Haste.

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E, claro, podemos citar as possibilidades com Insidious Roots, mas por conta da maneira como este encantamento é escrito, extraímos muito pouco valor dele com Bloodghast mesmo se tivermos vários deles no cemitério. Além disso, uma lista com Roots ainda precisa se provar competitivamente viável no Pioneer.

E quanto aos Vampiros?

Vampires está em um estado estranho desde o banimento de Sorin, Imperious Bloodlord. O maior problema é que não existem motivos para jogar apenas com criaturas do mesmo tipo ao invés de partir para o Rakdos Midrange e escolher apenas os melhores vampiros. Bloodghast não resolve esse problema.

Para o Vampires voltar, seria necessário um suporte muito forte para ele, aos moldes de Vodalian Hexcatcher para Merfolks, ou até com Vampire Nocturnus que justificaria jogar com o arquétipo (mesmo que fosse um Tier 2) pelo potencial botão de vitória gratuita que Nocturnus oferecia ao revelar um card preto do topo.

Conclusão

Bloodghast é uma boa adição para o Pioneer e bem a par com o nível de poder do formato. Em uma primeira impressão, ele não deve ter tanto impacto, mas fará o suficiente para jogadores explorarem decks e interações que estavam nos confins do Metagame nos últimos anos.

Obrigado pela leitura!