Magic: the Gathering

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Modern: As Muitas Faces de Splinter Twin

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Splinter Twin voltou ao Modern e jogadores não desperdiçaram tempo em construir listas em torno do combo de dois cards mais famoso da história do formato. Mas será que ele tem o suficiente para competir com o Metagame de 2024?

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rezensiert von Tabata Marques

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Faz apenas alguns dias desde que Splinter Twin foi liberto do seu longo exílio do Modern desde que entrou na lista de Banidas e Restritas em 2016. Na época, Twin era um favorito dos fãs do formato e seu banimento pegou muitos jogadores de surpresa, pois seus números não justificavam que ele deixasse o formato, mas a Wizards decidiu remover o arquétipo do Modern em prol da diversidade competitiva.

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Oito anos depois e com muitos pedidos e memes, o momento de glória que muitos esperavam chegou: Splinter Twin agora é um card válido no Modern, e tanto jogadores quanto criadores de conteúdo não desperdiçaram tempo em testar todo arquétipo possível com o card.

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Uma olhada no passado: como o Twin evoluiu ao longo dos anos

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O combo de Splinter Twin nasceu no momento em que Rise of the Eldrazi trouxe o encantamento e ele tinha interações com Pestermite, mas esses só foram considerados no ambiente competitivo quando New Phyrexia trouxe Deceiver Exarch, que fez o combo ser uma estratégia viável no Standard.

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Este arquétipo nunca chegou ao ponto de ser dominante ou sequer muito competitivo no formato. Talvez porque, na mesma época, o Standard viveu seu período mais turbulento em anos com o Caw-Blade, que culminou no primeiro banimento em anos quando Stoneforge Mystic e Jace, the Mind Sculptor deixaram o formato - Twin nunca fez muito após os banimentos e teve pouco tempo no Metagame competitivo até a rotação.

Os primeiros resultados competitivos de Splinter Twin vieram naquele mesmo ano no Pro Tour Philadelphia, o primeiro evento competitivo de alto nível no formato Modern, onde Samuele Estratti levou o troféu com o que se tornaria a primeira iteração amplamente conhecida do arquétipo e que estabeleceu a base que Twin seguiria e segue até hoje.

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Alguns anos depois e com alguns banimentos (Ponder e Preordain foram dois hits pesados em todos os combos do Modern), o Twin evoluiu e se reinventou até chegar na sua iteração mais conhecida: a de um Combo-Control cujos cards também operam em um jogo justo graças ao lançamento de Snapcaster Mage e complementado por outras ameaças ocasionais como Vendilion Clique.

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Essa base se solidificou como a melhor versão possível de Twin com a qual todos os oponentes precisavam lidar - e respeitar. Eventualmente, o conceito de falso Tempo foi ficando mais nítido para os jogadores do arquétipo: oponentes precisavam segurar recursos e respeitar demais as janelas de resposta do Twin para conseguir progredir seu plano de jogo com segurança, culminando em várias jogadas sub-otimizadas da parte deles que, no fim, acarretavam vários “turnos extras” para o jogador de Twin.

Assim nasceu o Tarmo Twin, versão de três cores do arquétipo que buscava capitalizar em cima desse falso Tempo ao forçar o oponente a reagir ao que você fazia com um plano de jogo complementar, protagonizado na época por Tarmogoyf.

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No ano seguinte, Fate Reforged e Dragons of Tarkir trouxeram dois cards que se tornaram staples do Modern: Tasigur, the Golden Fang virou uma das melhores criaturas e peças de recursão do formato enquanto Kolaghan’s Command garantia um pouco de tudo o que diversos decks precisavam e tinha uma interação absurda com Snapcaster Mage - e não levou muito tempo até o Twin adotar ambos os cards.

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Splinter Twin foi banido em 16 de janeiro. Em seu lugar, jogadores tentaram outras variantes com Kiki-Jiki, Mirror Breaker, mas sem sucesso, e o arquétipo se tornou uma relíquia do passado até voltar ao Modern no fim de 2024.

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Splinter Twin em 2024

A principal dúvida de qualquer jogador de Modern neste momento é se Splinter Twin ainda é bom o suficiente para competir em um formato que já sofreu três tsunamis de power creep com as expansões Modern Horizons. Cards como Stoneforge Mystic, Jace, the Mind Sculptor e Bloodbraid Elf foram desbanidos antes de MH sequer existir e, ainda assim, se provaram obsoletos em comparação com o Modern da época, então teria Twin o mesmo destino.

A resposta, hoje, ainda é talvez. Mas os jogadores estão tentando, e muito, fazer Splinter Twin voltar aos holofotes do Modern competitivo.

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A versão mais comum hoje foi popularizada pelo criador de conteúdo SaffronOlive e resume-se na base de Izzet Wizards, um deck Control que já fazia aparições ocasionais no Modern desde que Lord of the Rings trouxe Flame of Anor, mas agora com um combo-kill consistente e uma base de criaturas que possibilita o uso de Flare of Denial como proteção gratuita no momento do combo.

É provável que essa variante sirva de base para muitos passos que Splinter Twin ainda precisa dar antes de acompanhar o nível de poder do Modern de 2024/2025. E alguns jogadores já a usam como base de inspiração para splashes para cards como Teferi, Time Raveler para proteção extra.

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Outros já visam misturar o combo com outras bases estabelecidas no formato, como o Izzet Murktide e o uso de cards como Fear of Missing Out para tirar proveito do subtipo Encantamento que, agora, facilita em habilitar o Delirium.

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O Twin era um arquétipo que comumente tirava algumas partes do combo para colocar peças de atrito nos Games 2 e 3 e ir para o lado “Control” do seu espectro. Mas e se outros decks usassem o combo como um “Plano B” para suas estratégias? Parece ser o caso dessa versão de Izzet Phoenix.

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Afinal, se o jogador entra com Rest in Peace, é possível apenas partir para o plano de beatdown com Dragon’s Rage Channeler enquanto esperamos o momento mais oportuno para o combo-kill.

Misturar Splinter Twin com outras mecânicas, inclusive, parece uma tendência, visto que algumas listas de Boros Energy optaram por ocupar seus slots perdidos com o banimento com o encantamento e Village Bell-Ringer, que funciona como uma versão de Deceiver Exarch em outra cor.

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Não creio que esse seja o lar ideal para o combo e nem algo que o Boros Energy queira, já que o encantamento ou Village Bell-Ringer não interagem com sua proposta inicial, mas essas primeiras semanas serão compostas de tentativa e erro.

No momento da escrita deste artigo, apenas uma lista com o combo chegou ao Top 8 de um Challenge no Magic Online, uma versão que, aliás, remete a uma das variantes de maior sucesso que o Twin já teve:

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Eu sei, “quem ainda usa Tarmogoyf em 2024?!”. Parece chocante, mas o Tarmo Twin faz o que parece necessário para um combo hoje no Modern: ter um plano alternativo muito consistente caso o combo demore e/ou para forçar o oponente a responder ao que você faz.

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Não sei se Tarmogoyf é a carta ideal para esse plano hoje, mas a lógica se aplica com qualquer outra ameaça barata e eficiente, desde Ragavan, Nimble Pilferer até Psychic Frog, Nethergoyf, ou qualquer outra criatura.

O caminho para jogar de Splinter Twin hoje, não diferente da época em que foi banido, envolve seguir seu plano original e construir sua lista em volta de prolongar o jogo por tempo o suficiente até poder executar o combo bem protegido, ou capitalizar em cima do respeito que um combo de dois cards em Instant-Speed oferece contra muitos oponentes.

Não está claro ainda se Twin será um arquétipo viável no Modern. As primeiras semanas pós-banimentos e, nesse caso, desbanimentos são sempre tumultuadas e cheias de ideias a serem aplicadas. As pessoas continuam buscando as melhores casas para Mox Opal, Green Sun’s Zenith, Faithless Looting e Splinter Twin, e ele tem de se provar um combo mais eficiente do que Indomitable Creativity, cujo ban em The One Ring trouxe de volta ao mapa, e também capaz de se defender do resto do Metagame, o qual difere bastante do de 2016.

Conclusão

Isso é tudo por hoje!

Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixar um comentário!

Obrigado pela leitura!