Magic: the Gathering

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Entrevistando o profissional Paulo Vitor Damo da Rosa

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Recentemente Paulo Vitor saiu do time da Channel FireBall e por isso resolvemos entrevistá-lo para sabermos o que está acontecendo na carreira dele.

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revisado por Tabata Marques

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Paulo Vitor Damo da Rosa é um dos jogadores brasileiros de Magic mais famosos. Ele se tornou o jogador mais jovem a chegar a 300 Pontos Pro. Foi eleito para o Magic: The Gathering Hall of Fame em 2012 como o primeiro jogador da América do Sul e tem 12 finalizações de Pro Tour Top 8 (com duas vitórias entre elas).

Recentemente ele saiu do time da Channel FireBalllink outside website e por isso resolvemos entrevistá-lo para sabermos o que está acontecendo na carreira dele.

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Segue a entrevista.

Você é membro da MPL e é instrutor na Spikes Academy. Imagino que o Magic não tenha terminado para você ainda. Você pretende trabalhar com outras equipes ou continuar escrevendo artigos em outros lugares? Adoraríamos ver conteúdo seu em Pt-BR.

A partir de agora eu vou escrever artigos semanais na Starcity Gameslink outside website. Quanto a representar outra equipe, isso eu ainda não tenho. Eu adoraria representar uma equipe brasileira e se algum time estiver interessado é só entrar em contato comigo, mas conteúdo em Portugues vai ser mais complicado.

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O que achou da sua performance nesses últimos anos?

Depende de quantos anos você está falando… O magic é um jogo cheio de altos e baixos, e a gente joga poucos jogos durante um ano, relativamente. Acho que nesse último ano eu não fui bem, não estou feliz com os meus resultados por enquanto, mas na temporada anterior eu fui Player of the Year (o que significa que fui o jogador que mais ganhou pontos no mundo inteiro), então é difícil dizer.

Estamos em um cenário que jogadores como Jon Finkel não estão fazendo mais resultados como antigamente. Você acha que o Magic Profissional mudou em algum sentidos nos últimos anos a ponto de ficar ainda mais competitivo?

Com certeza. A entrada do Magic Online e subsequentemente o Magic Arena equilibrou o nível de todo mundo; antigamente você tinha jogadores com baralhos excepcionais e jogadores com baralhos que mal funcionavam no mesmo campeonato, hoje em dia isso nunca acontece.

Quais são seus formatos favoritos e os decks que joga neles?

Eu gosto bastante de limitado (tanto draft quanto selado) e de Legacy. Não tenho um baralho especifico do Legacy, mas sempre jogo com Azul porque Brainstorm é uma carta muito boa.

E o que achou do Modern do Campeonato Mítico IV, simpatizou com Hogaak?

Nunca gostei muito de Modern e esse Modern especialmente foi dos menos interessantes. Quanto ao baralho Hogaak, foi o baralho que eu joguei e eu achei o baralho muito forte, mas acho que seria melhor para o formato se ele nao existisse.

Você tem um histórico incrível como jogador e vemos pessoas se inspirando em você. Você tem alguma dica para dar para quem está pensando em ser jogador profissional? Qual a parte mais difícil?

A melhor dica é que pra ser bom, você precisa competir - tem que jogar o maior número de torneios possível. Muita gente tem medo de competir e prefere, por exemplo, jogar torneios paralelos ao invés de um campeonato grande porque não se acha bom(a) o suficiente, mas é assim que você melhora.

A parte mais difícil para mim é lidar com a incerteza. Mesmo você se dedicando o máximo possível, não existe garantia nenhuma de que você vai ir bem em um campeonato ou mesmo durante uma temporada inteira. Ser um jogador profissional de Magic é estar sempre preparado para lidar com a derrota, o que pode ser bem difícil tanto financeiramente como psicologicamente.

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Como é fazer parte da MPL? Ela tem algo a melhorar?

A MPL é ótima porque tira um pouco da incerteza que eu mencionei na pergunta acima - você sendo parte da MPL você sabe que vai ser um jogador profissional por pelo menos um ano inteiro. Certamente tem coisas a melhorar, especialmente na produção, mas acho que no segundo Split agora ja vai ser melhor, e espero que pelo terceiro já esteja tudo quase perfeito.

Vimos o Pauper virar sancionado recentemente e existem rumores da criação do Historic. São tantos formatos que nos confundem. Você vê o Historic com bons olhos ou como sendo uma ameaça a formatos como Modern e T2?

Sinceramente eu não tenho uma opinião sobre o Historic. Acho que ele precisa existir para as cartas do Arena não perderem a serventia depois da rotação, mas nunca parei para pensar se vai ser um formato bom ou não, e nao creio que ele vá ameaçar o Modern ou o T2.

Obrigado Paulo pela entrevista! Esperamos muitas conquistas de você na Star City Games