Magic: the Gathering

Deck Guide

Hammer Time Modern: Guia de Deck + Sideboard Guide

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Nesse artigo veremos como as escolhas entre maindeck e sideboard precisam estar alinhadas para um baralho equilibrado, além de dicas de side para essa versão do baralho.

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revisado por Tabata Marques

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O Sideboard é indiscutivelmente um dos pontos mais importantes de um jogo de Magic, afinal, em uma partida oficial, de 50% a 66,66% da "Melhor de Três" é jogada com side, portanto saber quais cartas incluir e retirar nos jogos dois e três é bem cruicial em uma partida. Pensando nisso, decidi abordar esse tema pela primeira vez nos meus artigos, fazendo um sideguide!

Para isso, escolhi um dos decks mais populares do formato. Ele é relativamente novo, mas desde o lançamento de Colossus Hammer conquistou corações com sua sinergia simples e poderosa. Sim, estamos falando do Hammer Time! Mais precisamente a lista que o HappySandwich utilizou para levar o Top 2 no Challenge do dia 24/10link outside website. Após diversas ligas e múltiplos jogos avulsos no Magic Online com a lista, vim passar a experiência que tive com o deck.

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Conhecendo o deck Hammer Time

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Hammer Time é um deck totalmente combocêntrico que gira entorno de sinergias entre Colossus Hammer e Sigarda's Aid/Puresteel Paladin.

O objetivo aqui é usar as cartas citadas para driblar o auto custo de equipar que o Martelo tem, assim anexando-o em criaturas de baixo custo (ou até de custo nulo) para causar quantidades absurdas de dano quanto antes possível.

Assim como o Temur Footfalls, é um deck totalmente focado em uma sinergia que, mesmo que não ganhe o jogo na hora (porém aqui as vezes ganha sim, principalmente quando anexamos o martelo na Inkmoth Nexus, que sempre ameaçará letal por conta da sua habilidade de infect), vai fazer com que a vantagem esteja com você.

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Como todo deck combocêntrico, precisamos de redundância e consistência na nossa sinergia. Para isso, nesse caso contamos com dois tutores super conhecidos no formato: Urza's Saga que chegou agora, mas já causou um grande impacto no Modern, sendo útil em diversas estratégias e linhas de jogo diferentes. Aqui, ela é uma das cartas que usaremos para tutorar o Martelo (sem poder ser anulado, o que é bem útil), além de ser um monstro em versatilidade, e também às vezes ganhar jogos sozinha com seus tokens de constructo.

Já a Stoneforge Mystic é uma carta clássica do Magic e mesmo sem usar suas tradicionais espadas, consegue ter utilidade para o nosso jogo como outro tutor, além de já ser um corpo que pode segurar o Martelo e também poder driblar counters.

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Diferente do que eu normalmente faço, aqui vamos dar uma atenção bem maior às escolhas de sideboard da lista, mas para isso eu preciso abordar um ponto bem importante no maindeck: O uso de Thoughtseize e Dark Confidant.

Optar por essas cartas demonstra uma tentativa de trazer versatilidade e resiliência desde o começo e, assim, poder focar o uso do sideboard para hates e combater estratégias mais específicas, o que acaba facilitando as escolhas e, no meta atual, vejo como uma opção bem assertiva.

Versão UW Hammer time

O Sideboard

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Vendo o side, fica ainda mais claro o quanto a abordagem escolhida foi a de hates contra estratégias específicas presentes no meta, principalmente quando vemos cartas como Hushbringer, Drannith Magistrate, Void Mirror e Sanctifier en-Vec. É verdade que a cor branca possui diversas permanentes com habilidades estáticas que podem ser punitivas para o oponente, e se aproveitar disso é bem benéfico.

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Mas alguma interação pontual também é necessária, e aqui a cor branca também ajuda muito o plano do baralho, com Prismatic Ending, Path to Exile e Seal of Cleansing como remoções eficientes, Nihil Spellbomb como uma resposta pontual a cemitérios que ainda tem recursão com Lurrus of the Dream-Den e a última cópia de Thoughtseize para um pouco mais de "disrupção de mão".

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Com essa composição, temos um side muito focado no que reagir e pensado para enfrentar baralhos específicos, o que é uma linha perfeita em um meta mais consolidado e em um ambiente onde você sabe o que esperar. Com isso, vamos falar sobre como configurar esse side contra decks populares do Modern contemporâneo:

Vs Temur Footfalls

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Como vimos no nosso artigo sobre o Temur Footfallslink outside website, as Cascatas não esperam que o jogo se arraste tanto, portanto, já que mesmo com os Thoughtseize temos um nível mais baixo de interação, a abordagem que julgo ser melhor é apostar em jogar "pra frente" e tentar encaixar a nossa sinergia antes do oponente montar a board de rinocerontes.

Para atrasá-lo, temos Drannith Magistrate que, além de impedir o Crashing Footfalls, impede que Brazen Borrower e Bonecrush Giant saiam da aventura.

Também temos Void Mirror que bloqueia tanto os rinocerontes quanto Fury conjurada pelo evoke. Como Void Mirror é uma faca de dois gumes, é aconselhável retirar alguns dos nossos drops 0, no caso as Mishra's Bauble e um Memnite.

Em meus jogos eu não achei necessário, mas caso sinta falta de alguma disrupção contra as criaturas oponentes, retirar os Dark Confidant para incluir as Path to Exile e Prismatic Ending pode ajudar.

Vs UR Tempo

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É extremamente complexo "combar" contra o UR Tempo por suas inúmeras respostas de 1 ou 2 manas, jogar totalmente "pra frente" e tentar conectar um dos drops 0 com o Martelo nos primeiros turnos é muito arriscado. Portanto, aqui abrimos mão de velocidade para obtermos mais consistência.

Buscamos isso com Sanctifier en-Vec, que além de atrapalhar bastante a Dragon's Rage Channeler e o Murktide Regent, tem proteção a praticamente todas as remoções do baralho adversário, portanto é uma ótima "carregadora de Martelo".

Também nos preparamos mais para a partida subindo nosso arsenal de interações, Prismatic Ending ajudará a parar o Ragavan, Nimble Pilferer, a quarta cópia de Thoughtseize nos dará resiliência contra remoções (que virão em mais intensidade pós-side) e o Path to Exile pode nos salvar contra o dragão azul.

Vs Esper Reanimator

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Já contra o combo de reanimação, encaixar o Colossus Hammer quanto antes possível é crucial.

Mesmo pós-side, o oponente geralmente não possui uma quantidade tão expressiva de remoções, e a resiliência de seguir causando pressão com as outras peças do baralho nos dá vantagem aqui.

Para parar o combo temos novamente a Sanctifier en-Vec, junto a Hushbringer, que atrasa o Archon of Cruelty e impede os efeitos de Grief e Solitude (a troco de atrapalhar a habilidade das nossas Stoneforge Mystic, por isso diminuimos o uso das mesmas, inclusive). Também aumentamos um pouco nossa interação com Thoughtseize e Path to Exile.

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Vs Azorius Control

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Aqui realmente não temos muito no que mexer, o uso de Thoughtseize e Dark Confidant no maindeck já ajuda bastante nesse tipo de partida e podemos apenas complementar com mais um pouco de interação com a quarta cópia do Seize e com Seal of Cleansing que aqui pode servir bem como um counterside, removendo Chalice of the Void, Stony Silence e outras permanentes que podem nos atrapalhar, além de lidar com Spreading Seas e até num cenário aonde Shark Typhoon está em campo.

Vs Hammer Time

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Para a mirror, é crucial não retirarmos nada do "combo", já que aqui é uma grande corrida de quem conecta o Martelo primeiro. Para garantir que sejamos os primeiros, o nosso arsenal de remoções pode ser bem útil, até porque, com excessão do Path to Exile, nossas remoções lidam com as criaturas, com o Martelo e com Sigarda's Aid.

Uma carta que me surpreendeu positivamente em mirrors foi o Dark Confidant. Após a entrada dele, é bem mais vantajoso trocar recursos com o oponente e sobrepujá-lo com mais munição, já que são praticamente duas compras por turno, além do mesmo ter um custo bem baixo e um corpo que pode ser útil até para carregar o Martelo.

Conclusão

A construção dessa lista acabou nos demonstrando como a escolha do maindeck influencia e é influenciada pelo sideboard, mudando tanto a abordagem, quanto a escolha do que subir ou retirar nas match-ups. Definir qual proposta você quer utilizar é um passo importante para um jogador e/ou deckbuilder.

E com isso eu fico por aqui, até a próxima!