Apresentação
Saudações, meus amigos do Legacy! Vamos ao nosso primeiro deck com cartas de Final Fantasy!
Na minha análise da edição, minha aposta para carta mais forte no Legacy era Astrologian’s Planisphere, embora achasse que ela encontraria seu primeiro lar em decks Aggro.
Mas não: o primeiro grande resultado do novo equipamento foi vencer um Challenge 32 no Magic Online, pilotado pelo jogador (não é brincadeira) XanaZero, trazendo novidades a um dos arquétipos mais tradicionais do Legacy: Painter!

Construção do Deck
O combo de Painter’s Servant com Grindstone é uma presença constante no Legacy, sob várias formas: MonoRed, MonoBlue, MonoWhite, Boros, Rakdos e Mardu. Pois bem, agora temos um novo desafiante: Izzet.
Ao contrário das outras listas multicoloridas, que usam a base vermelha do deck (Goblin Welder, Goblin Engineer, Fable of the Mirror-breaker e Blasts, como Pyroblast e Red Elemental Blast), a lista deste artigo usa a base do MonoBlue (Emry, Lurker of the Loch, Tamiyo, Inquisitive Student e Thoughtcast).
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Em cima dessa base, chega o novo equipamento de Final Fantasy, que oferece um ótimo caminho alternativo à vitória fora do combo, capaz de crescer rapidamente com seus artefatos de custo 0 e com cartas de compra (como Thoughtcast) e o principal motivo para ir para o vermelho: Flame of Anor!
Entre o Token gerado pela Planisphere, Tamiyo e Emry, o deck conta com Wizards suficientes para atender à condição dessa poderosa mágica instantânea de Lord of the Rings.
Outro ganho que o deck teve foi a mudança na regra das Sagas, que agora protege sua Urza’s Saga dos efeitos de Blood Moon. Antes da mudança, o encantamento e efeitos semelhantes destruíam a Saga imediatamente, mas agora não só o terreno não morre, como também mantém as habilidades adquiridas. E já que o deck usa Urza’s Saga, ele conta com vários alvos para o seu terceiro capítulo e maneiras de fazer com que seus tokens de Construct fiquem enormes, como vários artefatos de custo 0 (Lotus Petal, Mishra's Bauble, Mox Opal), artefatos tutoráveis pela Saga para resolver problemas específicos (Lavaspur Boots e Soul-Guide Lantern) e, é claro, a metade do combo, já que Grindstone também pode ser buscada com a Saga.
De quebra, todos esses artefatos abastecem Emry, Lurker of the Loch e Thoughtcast.
Fechando esse pacote todo, 4 Force of Will, porque você é um deck azul e não quer ficar indefeso diante do oponente.
Por Que Jogar com o Deck?
O MonoBlue Painter é um deck em ascensão, ganhando cada vez mais espaço no metagame. Esta lista parece ser uma evolução natural do arquétipo, fazendo uso de uma das melhores cartas da nova edição, que abre caminho para o uso de Flame of Anor: uma instantânea com potencial de gerar um ganho de 3 cartas ao custo de uma (2 cartas compradas e 1 artefato/criatura do oponente destruída).
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Esse deck oferece vários caminhos para a vitória e ainda tem maneiras suficientes de se reabastecer. Parece uma ótima opção para quem gosta de combos, mas não quer colocar todas as fichas em uma única jogada.
Mulligan
Embora o mantra para decks de combo seja “você é um deck de combo, faça mulligan até o seu combo!”, o Izzet Painter não é tão kamikaze em seu plano, até porque pode muito bem ganhar sem sequer usar um único Painter’s Servant.
Já que o deck tem um viés de controle, você pode ter mais liberdade sobre quais mãos manter e montar o combo ao longo do jogo, enquanto pressiona o oponente com tokens de Construct ou Hero.
Exemplos de mãos:

Essa é uma mão bastante esquisita: você já tem 2 dos alvos do kit da Urza’s Saga, mas nenhuma carta azul para sustentar a Force of Will. Apesar de ter formas de comprar cartas e já ter a Mox Opal ativa, é uma mão sem um plano de jogo definido e eu devolveria. Veredito: Mulligan.

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Apesar de poder ter problemas contra outros combos, essa é uma ótima mão para o plano. Tamiyo no turno 1 já abre caminho para um Thoughtcast por 1 ou 2 manas no segundo turno. Veredito: Keep.

Outra mão interessante: você pode até mesmo fazer Saga e Tamiyo no turno 1, com um possível combo no 3 assim que o terceiro capítulo da Saga resolver, ou então focar no plano de gerar tokens no turno 2. Veredito: Keep.

Tamiyo no 1, Planisphere com Grindstone no 2. Essa mão pode pressionar o adversário de duas formas ao mesmo tempo. Não tem proteção, porém deve ser devolvida se você souber que está enfrentando algo muito rápido. Veredito: Keep não muito tranquilo, pois é um mulligan arriscado contra combos.
Construindo o Sideboard
Já que o deck não tem acesso às cantrips, o sideboard conta com diversas respostas redundantes: Force of Negation contra combos rápidos, Disruptor Flute contra combos com habilidades ativadas (Cephalid e Forge), 4 Blasts para afetar as cores inimigas, e Faerie Macabre/Soul-Guide Lantern como opções contra cemitérios.
Por fim, um par de Hullbreacher é uma tecnologia para enfrentar decks de controle, já que podem garantir um bom ganho de recursos se jogados no momento certo.
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Outras opções para o sideboard são Amphibian Downpour, Chalice of the Void, Consign to Memory, Dismember, Flusterstorm, Harbinger of the Seas (importante lembrar que agora é aliada, não inimiga, da Urza’s Saga), Pithing Needle, Shadowspear e Surgical Extraction.
Guia de Sideboard
Dimir Aggro
Com suas remoções, descartes, counters e Wastelands, é difícil forçar o combo, mas você pode seguir pelo plano B e criar monstros maiores que os deles. Na verdade, o combo é o plano B! Se eles precisarem gastar recursos para segurar seus tokens, pode abrir uma brecha para Grindstone resolver o jogo.
Pós-side, você se prepara melhor para a batalha por recursos.
Entra:

Sai:
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Show and Tell
Eles já têm uma resposta ao seu combo no game 1 simplesmente por terem Emrakul, the Aeons Torn no deck, o que te obriga a ter Soul-Guide Lantern também. Ou seja, sua vida é complicada pré-side. É melhor tentar segurar o lado deles e forçar tokens para tentar vencer.
O plano pós-side é fortalecer esse caminho.
Entra:

Sai:

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Red Stompy
Se eles não souberem com o que você está jogando, podem gastar recursos em um Chalice of the Void pra 1 que não te afeta em nada, mas se souberem, o cálice pra 0 é problemático (embora você conte com respostas no main deck graças ao Flame of Anor).
Agora que Blood Moon não destrói mais a Urza’s Saga, ela se torna uma carta bem menos assustadora, já que você tem fontes de mana azul além dos terrenos.
Se achar que eles virão com muitas respostas contra artefatos, vale considerar subir uma ou duas Force of Negation no lugar de algumas Bauble/Emry.
Entra:

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Reanimator
A Soul-Guide Lantern do main deck pode vencer alguns jogos. Eles também contam com disrupção, mas têm menos pressão que o Dimir, o que deve ajudar seu plano de combo. Como há menos Wizards, Flame of Anor perde um pouco do poder.
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Sai:

Cephalid
A ironia é que ambos os decks querem moer o mesmo jogador de uma vez! Cuidado com seu combo nos games pós-side por causa de Memory’s Journey. O plano aggro aqui é menos eficiente, pois eles podem se aproveitar de brechas na sua defesa.
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Entra:

Sai:

Conclusão
Gostei de ver Astrologian’s Planisphere conseguindo resultados tão cedo, pois sempre vi bastante potencial na carta. Essa versão do deck me parece bem interessante, e mesmo o guia de sideboard acima pode mudar a cada jogo, pois oponentes que não respeitarem o combo e acharem que você vai mudar de plano podem ser surpreendidos se você sidebordar diferente em algum jogo.
Acho que veremos muitos Heros e Flame of Anor nos próximos dias.
É isso por hoje, um abraço heróico e até a próxima!
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