Jogadores e Jogadoras, estamos de volta com mais um Metagame da Semana, onde fazemos uma análise do resultado dos Challenges e demais torneios deste fim de semana!
Standard
O Standard Challenge de Sábado, dia 8 de Maio de 2021, terminou com o seguinte Top 8:
2 Jeskai Cycling
1 Mono-White Aggro
1 Sultai Titans’ Nest
1 Mono-Red Aggro
1 Temur Ramp
1 Temur Lukka
1 Sultai Yorion
Apesar de muitas pessoas constantemente comentarem que o branco é a cor mais fraca do jogo, o Mono-White Aggro sempre existiu no Standard de alguma maneira e, apesar de ser quase sempre como um deck que serve para “atacar e atacar”, o Mono-White atual possui muitos cards de qualidade:
Ad
Veja, por exemplo, Elite Spellbinder, que interage com a mão do oponente num corpo relevante, ou Skyclave Apparition, uma criatura que lida com permanentes, diferente das suas demais variantes que lidam apenas com criaturas.
Outro exemplo é Legion Angel, que permite gerar um corpo relevante e mais valor ao buscar outros deles.
O Mono-White pode até ser sempre um deck Aggro, mas é muito importante ter opções que criam maior interação no jogo enquanto servem para o plano central do deck, e esta lista procura justamente isso.
No Domingo, o Standard Challenge terminou com o seguinte Top 8:
2 Rakdos Sacrifice
2 Sultai Yorion
1 Mono-White Aggro
1 Mono-Green Midrange
1 Jeskai Cycling
1 Naya Adventures
Fazia um bom tempo que o Mono-Green não aparecia no Top 8 de um Challenge.
A realidade é que o Mono-Green não recebeu adição alguma com Strixhaven, principalmente pelo fato da edição ter o foco muito mais voltado para decks multicoloridos e mágicas, onde o Mono-Green se trata, principalmente, de permanentes.
Porém, o deck continua tendo tudo aquilo o que o tornava um competidor do Standard anteriormente: uma curva agressiva crescente, com bons planeswalkers, The Great Henge e Vorinclex no topo da curva para aplicar ainda mais pressão.
Historic
O 5K Open da Insight Esports deste Sábado terminou com o seguinte Top 8:
2 Jund Food
1 Izzet Phoenix
1 Jeskai Control
1 Dimir Rogues
1 Rakdos Arcanist
1 Azorius Auras
1 Dimir Control
O mais importante a se notar no Historic atualmente é que o formato parece estar se estabelecendo após todas as adições da Mystical Archives, mas também podemos ter ainda algumas novas ou até velhas novidades dentro do formato.
Atualmente, a versão mais escolhida de Auras no Historic é o Orzhov, onde você pode utilizar cards como Kaya’s Ghostform e Clam // Fame para sempre ter um Sram ou Kor Spiritdancer na mesa, além de garantir maior interação com Dead Weight e Thoughtseize.
Porém, as primeiras versões do deck no formato eram Azorius, que contavam com um plano mais voltado para o “voltron”, onde você mantém uma ameaça, pumpa ela e em seguida a protege a qualquer custo, e a versão Azorius é muito mais eficiente neste plano de jogo do que a Orzhov.
Pioneer
O Pioneer Challenge de Sábado terminou com o seguinte Top 8:
2 Niv-to-Light
2 Izzet Phoenix
1 Selesnya Company
1 Lotus Combo
1 Jund Sacrifice
1 Bant Spirits
E mais um deck fez sua transição do Historic para o Pioneer: O Selesnya Company!
Quando comparado à sua versão do Historic, o Selesnya Company ganha duas adições importantes no Pioneer: Elvish Mystic e Voice of Resurgance.
Elvish Mystic, em conjunto com Llanowar Elves dão ao deck mais oportunidades de ter uma jogada impactante no turno 2. Cards como Elite Spellbinder, Lovestruck Beast, Kazandu Mammoth ou Archon of Emeria fazem uma grande diferença quando entram mais cedo pois aplicam uma pressão ainda maior ao oponente e demandam respostas imediatas, sendo que no turno 3 o deck poderá fazer um Collected Company e colocar ainda mais pressão.
Ad
Voice of Resurgance é um card que já foi uma staple de múltiplos formatos e perdeu muito do seu valor nos últimos anos, mas ainda se trata de uma ameaça que você claramente não quer matar neste deck e que impede muitas das interações do oponente, especialmente quando ele é o jogador de Control.
Em geral, acredito que existe sim um espaço para o Selesnya Company no Pioneer, e foi só uma questão de tempo para que um dos melhores decks do Historic fosse levado a ter sua própria versão em outro formato.
NOTA: Até o lançamento desta edição do Metagame da Semana, a Wizards não havia postado as decklists do Pioneer Challenge de Domingo, dia 9 de Maio.
Modern
O Top 8 do Modern Challenge de Sábado foi composto por:
2 Sultai Valki
1 Esper Control
1 Four-Color Scapeshift
1 Boros Prowess
1 Izzet Breach
1 Jund Shadow
1 Heliod Company
Sultai Valki: porque castar Tibalt por menos do que deveria sempre é uma ótima opção.
Vocês sabiam que [[Counterspell] está em Modern Horizons II e, portanto, será permitido no Modern?!
That’s All, Folks!
Brincadeiras à parte, eu acredito que Counterspell é uma ótima adição ao Modern e está a par com o que o formato se propõe a fazer hoje. O Modern já teve muitas fases durante sua existência e, em algumas, Counterspell pareceria uma adição absurda, enquanto em outras adicioná-lo ao formato seria quase risível porque as jogadas já existentes no formato eram absurdas.
Hoje, eu acredito que estamos perante um formato onde Counterspell pode ser uma adição ideal, pois existe um equilíbrio entre a explosão de jogadas absurdas, feitas por alguns baralhos, e baralhos que tentam gerar mais e mais valor dentro do jogo, e Counterspell se trata de uma resposta ideal para ambos os cenários.
Já no Domingo, o Modern Challenge foi composto pelo seguinte Top 8:
2 Living End
1 Amulet Titan
1 Ad Nauseam
1 Izzet Blitz
1 Heliod Company
1 Niv-to-Light
1 Sultai Valki
Lembram quando disseram que o Ad Nauseam estava morto ?
Foi quando baniram Simian Spirit-Guide, mas o deck parece estar indo relativamente bem sem o macaco da mana de graça, e Thassa’s Oracle ainda é um dos cards mais poderosos que já existiram na história recente do Magic.
E eu não estou exagerando: Thassa’s Oracle é o card de custo mais baixo a dizer “você ganha o jogo” explicitamente, além de ser um card que, na maioria das vezes, não necessita de muita coisa para ganhar o jogo. Cartas como Inverter of Truth, Tainted Pact, Demonic Consultation e Doomsday são enablers individuais para o card e, diferente de Laboratory Maniac, por exemplo, Oracle ganha o jogo por conta própria sem precisar de um terceiro efeito.
Nesta semana, estarei escrevendo um deck sobre Tainted Pact no Historic e pretendo me aprofundar um pouco mais em como Thassa’s Oracle é uma das melhores criaturas já criadas na história do jogo.
Pauper
O Top 8 do Pauper Challenge de Sábado foi composto por:
Ad
3 Tron
2 Moggwarts
1 Dimir Faeries
1 Burn
1 Gruul Cascade
Moggwarts está de volta!
O novo aggro-combo do formato chegou a ser sumariamente descartado por outros produtores de conteúdo na semana passada, quando esteve totalmente ausente do Top 16 de ambos os Challenges, mas aparentemente o deck pode continuar fazendo resultados como qualquer outro deck quando os sideboards ficam menos voltados a lidar com ele.
Já no Domingo, tivemos um Top 8 bem distinto do que foi demonstrado acima:
3 Dimir Faeries
2 Izzet Faeries
1 Tron
1 Walls Combo
1 Burn
Eu poderia passar horas aqui falando sobre Faeries mas a verdade é que não há muito o que se dizer: o arquétipo sempre foi um dos pilares do Pauper e continua sendo até hoje.
Portanto, vou mirar a atenção para outro arquétipo: o Burn.
A parte interessante de ver o Burn fazendo Top 8 com alguma frequência nos Challenges é que, normalmente, as pessoas o descartam como arquétipo em potencial por conta da sua natureza previsível e facilmente contornável com os sideboards certos.
Porém, num formato onde está se tornando necessário combater decks que procuram fazer A + B = C, como nos decks de combo, ou contra decks onde o dano é muito cumulativo no combate, como é o caso do Stompy, o Burn consegue encontrar uma brecha para se tornar bem posicionado enquanto seus oponentes falham em interagir bem com ele e/ou estão ocupados demais se dedicando aos demais decks.
Legacy
2 12-Post
1 Humans
1 Temur Uro
1 Izzet Delver
1 Mono-Red Prison
1 Izzet Moon
1 Jeskai Delver
Humans fazendo mais um resultado no Legacy Challenge é uma surpresa agradável.
O deck, que ficou em primeiro lugar, tem uma proposta muito parecida com a lista anterior que vimos aqui têm duas semanas, mas o seu Sideboard aceita a possibilidade de jogar com uma mana mais gananciosa e, portanto, fazer uso de humanos poderosíssimos do formato como Magus of the Moon ou Orzhov Pontiff, enquanto o uso de Aether Vial também permite o uso de silver bullets pontuais como Collector Ouphe e Plague Engineer
Acredito que será muito interessante ver o que o futuro aguarda para o Legacy em termos de Humanos no futuro.
No Domingo, o Legacy Challenge terminou com o seguinte Top 8:
3 Temur Delver
2 Sultai Zenith
1 Mono-Red Prison
1 Ninjas
1 Cephalid Breakfast
Acredito que deveria tentar falar sobre o Sultai Zenith mas, sinceramente, eu não tenho certeza de que maneira eu deveria tratar sobre o deck já que são duas listas relativamente distintas.
Portanto, vamos falar de Ninjas ? Todo mundo gosta de Ninjas!
Sendo o mais claro e objetivo o possível: Yuriko, the Tiger’s Shadow é uma carta absurda e todo mundo que jogou ou joga com ela no Commander sabe disso.
No Legacy, Yuriko conta com uma quantidade significativa de suporte e proteção: Brainstorm colabora em settar o topo para causar a maior quantidade de dano o possível, Retrofitter Foundry cria uma ficha todo turno da qual o oponente precisa responder, Baleful Strix e Brazen Borrower são cartas boas por conta própria, tal como todo o package de counters e remoções do deck, enquanto Changeling Outcast é um ninja que não pode ser bloqueado por um custo significativamente baixo.
Ad
O grande charme da lista é que este é basicamente o único deck do Legacy a utilizar Ornithopter para ter mais alvos válidos para o Ninjutsu de Yuriko e Ingenious Infiltrator.
O deck possui seus altos e baixos no formato, mas se Yuriko, the Tiger’s Shadow causa grandes estragos num formato singleton e com 40 de vida como o Commander, não é de surpreender que ela possa causar algum impacto no Legacy também.
Conclusão
Este foi o Metagame da semana. Como podemos ver, novas listas ainda estão aparecendo nos formatos competitivos, e nenhum deles realmente parece polarizado em cima de uma estratégia ou deck.
Este costuma ser um ótimo sinal para um formato saudável, onde há uma grande diversidade de arquétipos competindo pelo topo.
No mês que vem, teremos Modern Horizons II, que promete balançar e muito os formatos eternos e podemos sim esperar por cards impactantes para o Pauper e o Legacy.
Obrigado pela leitura!
— Comentários0
Seja o primeiro a comentar