A temporada de Standard com Tarkir: Dragonstorm se aproxima das suas últimas semanas, e mais uma discussão de banimentos está em alta. Desta vez, Cori-Steel Cutter está no centro do debate.

A diferença nessa conversa para as outras, no entanto, é que ela pode ter mais fundamento: o Izzet Prowess — principal deck com o artefato no Standard — está apresentando números altos de representação em torneios competitivos e também no Metagame geral, e apesar de termos visto esses resultados em outros momentos com outros arquétipos que levantaram esse debate, parece que Cori-Steel Cutter amplificou um problema que já existia no Metagame: a velocidade dos decks vermelhos quando comparados com o resto do formato.
Estamos no meio da temporada de prévias de Final Fantasy, e como mencionado em meu outro artigo, é assustador que cards como Dark Confidant ou um meio Stoneforge Mystic com Cloud, Midgar Mercenary sejam recebidos com ceticismo pelo público.
Claro, para a maioria dos jogadores de Magic, toda carta é absurdamente quebrada ou terrivelmente ruim até que se prove o contrário — ninguém viu Stock Up virando uma staple durante as prévias de Aetherdrift — mas seja com qualquer um desses ou outros cards da expansão, a resposta parece a mesma para cada um deles: lento demais.
Lento demais para lidar com Heartfire Hero, lento demais para valer o investimento em mana quando, no turno seguinte, o oponente está criando fichas com Cori-Steel Cutter ou te atacando com Screaming Nemesis. Lento demais porque o chump block é punido com Monstrous Rage — vermelho é a melhor cor dessa temporada de Standard, mesmo não sendo a única a apresentar resultados expressivos: Esper Bounce já havia aberto discussões sobre a saúde do formato pela interação entre Hopeless Nightmare e This Town Ain’t Big Enough, tal qual Up the Beanstalk ainda é tratado como um erro de design, e a discussão de banimentos já foi tão longe em outra época ao ponto de Sunfall ser considerado um card ruim para o formato porque invalidava os Aggros do Metagame.
Tempos mudam, e com eles, as prioridades. Há poucos meses, todos queriam que This Town Ain’t Big Enough fosse banido porque era eficiente com efeitos de ETB, e antes dele, Monstrous Rage e a facilidade de acesso a vitórias rápidas do pacote de camundongos era o problema central do formato.
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Dada todas as circunstâncias e a promessa da Wizards de trabalhar na manutenção do Standard no próximo anúncio de Banidas e Restritas, que ocorre em 30 de junho, é um bom momento para conversarmos sobre o formato e sobre intervenções.
Vermelho é a cor mais quente
O vermelho ganhou muitas ferramentas nos últimos dois anos para se tornar o que ele é hoje. Vale ressaltar: além do Standard, os Red Aggro também são a opção mais popular e mais competitiva do Pioneer hoje, utilizando basicamente a mesma estrutura de mágicas e criaturas do formato rotativo.
Podemos separar esses cards em categorias distintas porque temos versões diferentes de Red Aggro em ambos os formatos:

As variantes de Prowess ganharam o primeiro empurrão com Slickshot Show-Off e depois com Cori-Steel Cutter. Vale ressaltar que ambos são cards presentes também no Modern e Cutter chegou ao nível de ser um card consideravelmente viável no Legacy. O nível de poder deles está acima do padrão de outros cards, e enquanto Slickshot tem sido menos utilizado porque é uma ferramenta ruim quando o Metagame o espera, Cutter permanece um card difícil de responder.

A outra versão envolve o pacote de camundongos com Heartfire Hero, Emberheart Challenger e Manifold Mouse. Além deles já interagirem bem com a base de mágicas vermelhas do Standard e Pioneer, a sinergia entre eles torna os Red Aggro consideravelmente resilientes em partidas mais longas, sem abdicar do potencial explosivo que sequências envolvendo Heartfire Hero e Manifold Mouse podem proporcionar.
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E existem os dois cards que também requerem discussões em torno deles. O primeiro, Monstrous Rage, é um combat trick eficiente que oferece Trample permanente para o seu controlador. Se usado com qualquer criatura com Prowess ou Heartfire Hero, ele oferece +4/+2 por , um aumento de poder considerável para o seu custo. A maioria dos debates de discussão gira em torno de banir Monstrous Rage porque ele torna de bloquear muito mais complexo e arriscado do que idealmente deveria ser.
O outro, muito menos discutido, é Screaming Nemesis. Não existem problemas no vermelho ter cards com efeitos que travam o ganho de vida do oponente — é útil para manter esses arquétipos viáveis — mas Nemesis tem um design que, a essa altura, não deveria existir: o mesmo efeito de Stigma Lasher de travar permanentemente o ganho de vida mesmo que ele saia de jogo, com um efeito fácil de esquecer, e alocado em uma habilidade que pune bloqueios. Além disso, qualquer dano desencadeia Nemesis, permitindo “combos” com Witchstalker Frenzy ou até Torch the Tower para travar ganho de vida pelo resto da partida.
Ter todas essas ferramentas juntas na mesma temporada é o que torna do vermelho tão forte quanto ele é hoje: existem muitas frentes para atacar, maneiras de construir sua lista, meios de jogar em torno do hate comum e os oponentes têm limitações do quanto eles podem se preparar contra você sem criar concessões nas demais partidas — em todas as frentes, os Red Aggro acabam se favorecendo do comportamento do Metagame, e se não fosse o suficiente, nem mesmo um Azorius Control com Authority of the Consuls de maindeck foi o suficiente para impedir os avanços deles no Regional Championship do último fim de semana.
O Desbalanceamento de Cores é um Ciclo
Parece uma memória distante, mas o vermelho já foi a melhor cor do Standard em outros tempos: durante a temporada de Kaladesh-Guilds of Ravnica, os decks dessa cor predominavam no Metagame pela combinação de Goblin Chainwhirler com Chandra, Torch of Defiance e outras criaturas eficientes como Hazoret the Fervent e Glorybringer, sem contar os tempos de ouro do Ramunap Red com Earthshaker Khenra que levaram ao banimento de Ramunap Ruins e Rampaging Ferocidon mesmo quando o melhor deck da temporada eram as listas de Energy.
Com a rotação, o Verde ganhou suportes muito poderosos entre War of the Spark, Throne of Eldraine e Theros Beyond Death com Nissa, Who Shakes the World e os rapidamente banidos Oko, Thief of Crowns e Once Upon a Time, seguidos na expansão seguinte por Uro, Titan of Nature’s Wrath e depois os decks verdes começaram a jogar com Wilderness Reclamation — não importa a intervenção, verde era a cor mais forte. Você poderia tirar uma ferramenta e ele encontraria um jeito de continuar sendo a melhor opção durante a temporada inteira, tal qual fazia com o Jund Midrange na temporada de Innistrad-Return to Ravnica, onde continha Farseek, Thragtusk e Kessig Wolf Run.
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A temporada seguinte colocou o preto em destaque. Sheoldred, the Apocalypse, The Meathook Massacre, Invoke Despair — tudo em bases de duas ou três cores coladas com Fable of the Mirror-Breaker. Três dos quatro cards mencionados foram banidos depois, e ainda assim, a cor permaneceu como uma das melhores do Metagame, mesclada em combinações de Esper, Grixis, ou qualquer variante de duas cores.

Depois, foi a vez do Branco: The Wandering Emperor e principalmente Wedding Announcement, um dos cards mais jogados do formato, foram pivô de discussões sobre banimentos por um bom tempo porque eram a chave para habilitar diversos arquétipos, do Esper Midrange até o Azorius Soldiers e uma dúzia de outras estratégias no meio.

Agora, voltamos para o vermelho como melhor cor — pelo menos em partes — e com uma nova estrutura de cards cuja maioria, ou todas as que mais preocupam, não vão embora com a próxima rotação.
Equilibrar o balanceamento de cores é difícil. Pense no Verde: apesar do pesadelo de Eldraine no Standard, o consenso dos jogadores é que a cor hoje serve apenas de suporte para outras, mesmo recebendo bombas como Up the Beanstalk e Overlord of the Hauntwoods. Talvez, na próxima temporada, ele ou o azul sejam as cores predominantes novamente que levantarão discussões sobre banimentos durante 2026 — Afinal, sabendo que a cor foi enfraquecida em uma temporada, é natural que o design do jogo tente dar um “empurrão” para ela nas expansões futuras, enquanto o Vermelho pode sofrer quando a pool de cartas que o tornam tão forte hoje rotacionar e/ou forem banidas e ele não tiver ferramentas tão decentes quanto na temporada seguinte.
Entra Universes Beyond
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Não estarmos empolgados com Dark Confidant abriu um sinal de alerta na temporada de prévias de Final Fantasy: estaria o Standard com um nível de poder tão alto que uma das staples mais poderosas do jogo durante mais de uma década nem sequer tem espaço no formato?

É possível que Unholy Annex apenas seja um card melhor e por isso Confidant não tenha lugar no formato hoje, mas o outro motivo para não termos qualquer empolgação com o card é que o jogar no segundo turno em um Metagame de Cori-Steel Cutter e Monstrous Rage é pouco relevante.
O mesmo vale para o meio-Stoneforge Mystic, Cloud, Midgar Mercenary, ou para uma dúzia de outros cards que seriam muito poderosos em ambientes menos Aggro — Sephiroth, Fabled SOLDIER, a primeira criatura a criar Emblemas, é um bom exemplo, mas não o único: Lightning, Army of One tem a habilidade de dobrar o dano das suas criaturas e parece lenta demais apesar da sua combinação de keywords, e até Vivi Ornitier, com potencial para ser quebrado em outros formatos, é possivelmente inviável mesmo interagindo com mágicas baratas que naturalmente se encaixam nos decks de Prowess porque Cori-Steel Cutter faz quase tudo o que ele faria, só que melhor.

Existe um dilema para a Wizards que não consigo enxergar uma resposta clara ainda: como a empresa pretende gerenciar o Standard com Universes Beyond entrando nele?
Por exemplo, eu sou um fã de Final Fantasy há 24 anos, colecionar essa expansão é parte dos meus planos. Mas eu também sou um jogador de Magic há 16 anos e estou acostumado com a maneira como formatos competitivos se comportam — apesar de ser a melhor expansão de todos os tempos para mim, Final Fantasy é apenas mais uma expansão de Magic no grande esquema do jogo.
Para o jogador, é irrelevante se o Sephiroth vai chegar em um deck Tier 1 ou se uma lista com ele nem sequer vai conseguir chegar no resultado de 2-2 numa mesa de FNM na loja local. É parte do jogo: algumas cartas são boas, centenas de outras não. Será uma pena se nenhum dos personagens de Final Fantasy não chegar nas mesas competitivas, mas é natural acontecer como ocorreu com mais de 200 cards de Tarkir: Dragonstorm.
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Podemos dizer o mesmo de quem está chegando ou retornando à Magic por Final Fantasy, Spider-Man ou Avatar?
No ano passado, apontei que a ideia de colocar Universes Beyond no Standard era um acerto de Magic naquele ano. A lógica era de que o formato precisava ser o epicentro do jogo e que a melhor maneira de cultivar o cenário competitivo e o retorno do Standard como principal foco do Organized Play passava por torná-lo mais convidativo.
O primeiro problema nessa proposta surgiu quando as expansões de Universes Beyond ganharam preços de produtos premium, mas vamos supor que existam pessoas querendo entrar no Standard via essas edições apesar dos preços — o quão satisfeitas elas ficarão quando descobrirem que os seus personagens favoritos são ruins para torneios? Elas vão fugir direto para o Commander e nunca mais olhar para o Standard? Ou vão aceitar que isso é parte do jogo competitivo?
Para remediar esse problema, imaginei que a Wizards of the Coast puxaria o nível de poder dessas expansões um pouco mais para cima. Uma vantagem de trabalhar com tantos personagens icônicos é que elas precisam ser lendárias, o que costuma ser um drawback suficiente para aumentar um pouco o nível de poder. Não é à toa que quase todos os cards aparentemente jogáveis de Final Fantasy, até o momento, são lendários.
No entanto, o que temos visto com uma boa parcela de FF são cards que não impressionam tanto quando comparados com o que já temos no Standard. Mais de uma vez, vi outros criadores de conteúdo descartarem por completo a possibilidade de um card poderoso jogar porque é lento demais para um ambiente de Cori-Steel Cutter e Heartfire Hero, e provavelmente não estão errados.
Agora, o resultado vai depender da Wizards: vale a pena subverter o nível de poder de um formato para tornar as expansões de Universes Beyond mais competitivamente viáveis? Banir um card ou dois para fazer Sephiroth ou Venom terem mais espaço nas mesas e nas câmeras de torneios é o melhor rumo para o Magic competitivo e para a imagem da marca?
A ideia parece muito ruim, visto que seria subverter ainda mais o jogo em prol de lucros e de tornar o competitivo algo que, hoje, ele não é. Da mesma maneira, começar a subir o nível de poder das expansões de Universes Beyond para elas serem mais competitivamente impactantes também seria uma proposta pouco saudável para Magic, mas nós vimos a integridade do jogo ser posta em cheque por Universes Beyond antes em frentes distintas — elas entrarem para o Standard já foi um desses casos — e pode acontecer de novo.
É justificado banir algo do Standard agora?
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Sim. Mais pelo timing do que por resultados.
Standard é um formato rotativo. Idealmente, cada expansão traz uma seleção de novos cards que coloca novos arquétipos em evidência enquanto outros declinam porque se tornaram obsoletos, ou porque uma boa resposta contra eles surgiu. É da natureza do formato se reciclar a cada lançamento.
A discussão em torno de Cori-Steel Cutter é só mais uma conversa de banimentos em torno das dezenas que tivemos na temporada, todas potencializadas pelo acréscimo de jogos no Magic Arena — e se você está jogando ranqueada, você normalmente vai jogar com o que vence e, preferencialmente, o vence rápido para jogar a maior quantidade possível de partidas no menor tempo — e pela amplificação que as mídias sociais criam em torno de qualquer debate, seja sobre tarifas ou papelão colorido.
O próximo anúncio de Banidas e Restritas é em 30 de junho, a última antes de Edge of Eternities dar início ao ciclo de rotação. Idealmente, ela é o momento perfeito para preparar o terreno para o novo Standard, e entender quais cards trazem padrões problemáticos para as mesas com ou sem as cartas que vão rotacionar ajudaria a manter o ambiente saudável por mais tempo.

Cut Down é um ótimo exemplo. Até o momento, não temos nenhum substituto equivalente do card fora Stab, que não faz o suficiente para o Metagame atual. O mesmo vale para cards como Anoint with Affliction, que está deixando o Standard nesta temporada também, sem contar Temporary Lockdown. Em termos técnicos, se Final Fantasy ou Edge of Eternities não trazem remoções tão eficientes quanto elas, Heartfire Hero e Monstrous Rage serão um problema desde a primeira semana.
Nesse caso, não seria melhor tirar estes cards do formato para evitar que dominem o Metagame no futuro, quando eles já demonstram resultados acima da média com a pool atual de cartas? O mesmo vale para peças como Up the Beanstalk que já apresentam algum nível de padrão que pode ser problemático no longo prazo conforme novos cards são lançados — é muito provável que teremos mais cards com custos alternativos que desencadeiam compras extras com o encantamento nas próximas expansões.
Ter este tipo de gestão ajuda a manter o Standard fresco, e um pouco mais de claridade também serviria para tranquilizar os ânimos da comunidade. As expectativas deste tipo de anúncio deveriam estar a par com o que vimos em Janeiro de 2018, quando a Wizards baniu Attune with Aether, Rogue Refiner, Ramunap Ruins e Rampaging Ferocidon — nele, a explicação dos banimentos veio acompanhada de dados de partidas, winrates detalhadas e outros elementos que explicavam como banir as cartas vermelhas era tão importante quanto banir as do Energy, apesar deste ser o deck problemático da época.
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Quando pedimos por banimentos, temos a tendência a ignorar o escopo geral do formato e focar apenas no sentimento e proveito individual, e o ideal seria que a Wizards desse explicações concisas de como “Deck X é necessário por causa de Deck Y”, ou como “vamos banir peça de Deck Y porque sem o Deck X, ele tem muitas chances de predominar no Metagame”, e outros elementos que expliquem a relação de causa e efeito em cada intervenção, ou na ausência delas. Magic requer uma comunicação mais clara em tempos de mídias sociais.
Se não existem mudanças para o Standard, precisamos saber os porquês. Se essas mudanças não são necessárias, precisamos estar cientes de qual perspectiva a empresa está avaliando para não intervir. Mas a próxima atualização de Banidas e Restritas, entretanto, deve vir visando manter o formato saudável no longo prazo, ao invés de apenas até “vermos o que acontece com a próxima edição”.
Afinal, que Standard queremos?
A manutenção anual é tempo demais? Seria um Metagame mais agressivo pior do que um constante grindfest ou um formato onde os jogadores estão sempre acelerando para jogar a próxima bomba? Como o cenário de mirrors de Siege Rhino seriam percebidos naquela época se o Magic Arena existisse?
O quanto do que reivindicamos é sobre, de fato, a saúde do formato e menos sobre “eu não gosto de jogar contra este deck”? Porque sempre haverá um melhor deck. Ele pode ser um Azorius Control com Teferi, Hero of Dominaria como única condição de vitória, ou ele pode ser um Mono Red Aggro que pode ganhar no terceiro ou quarto turno com Heartfire Hero, Monstrous Rage, Manifold Mouse e Screaming Nemesis — mas sempre haverá um melhor deck, e é impossível agradar todos os jogadores ao mesmo tempo.

Geralmente, o formato ideal de Magic é aquele que possui diversidade de arquétipos em todas as categorias: Aggro, Control, Midrange, Combo, Ramp e Tempo. Por vezes, é possível ter ciclos assim — o Standard pré-Tarkir estava próximo disso — e, em outros, algum desses vai tomar uma rasteira para que outros possam prevalecer porque lhes faltam ferramentas. O Azorius Control, por exemplo, só ascendeu na temporada atual quando Stock Up resolveu um dos principais problemas do arquétipo: a falta de seleção de cards eficiente.
Esses elementos e ocasionais discrepâncias são naturais em um cenário rotativo e, independente de qual seja sua preferência, é pouco provável que o formato que você gosta de jogar seja o mesmo que outras centenas de jogadores gostem também. Apesar do aspecto coletivo de Magic, ele é um card game com percepções muito individualizadas de como o jogo deveria ser, portanto, nunca chegamos a consensos sobre que tipo de Standard queremos jogar.
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Na temporada atual, é o momento dos fãs de Aggro, àqueles que preferem partidas rápidas. Em outras, será o momento de quem cria dezenas de fichas com Caretaker’s Talent e acaba levando jogos para os cinco turnos porque tem muitos triggers para acompanhar — esses dois coexistem no mesmo ecossistema, mas odeiam a ideia do deck do outro ser a maneira como o formato se define.
Portanto, esta é a pergunta que podemos nos fazer nesse momento: Que Standard queremos? Além disso, o que podemos ativamente fazer para jogar este Standard que desejamos que não envolva apenas reclamar muito nas mídias sociais — o que está faltando? Quanto tempo pode demorar para chegar o seu momento de jogar o formato da maneira que você gosta? E como, exatamente, outras pessoas se sentiriam com esse formato?
Quais são as falhas e acertos que a atual estrutura do formato, com banimentos anuais exceto quando algo requer intervenções de emergência, e uma rotação de três anos para aumentar a longevidade do investimento dos jogadores, tem feito?
Os números do Izzet Prowess preocupam. Fosse em outros tempos, com outro deck, estaríamos todos gritando que ele era quebrado e desagradável de se jogar contra. Tarkir: Dragonstorm saiu já tem algum tempo e estamos no meio da temporada de Regional Championships onde Cori-Steel Cutter e seus amigos já são o deck a ser batido.
Esses mesmos números podem indicar que ele é popular e mais fácil/confiável de pilotar, e por isso ele coloca 35% de representação no Metagame? Sim. Pode ser que os jogadores tenham escolhido a rota segura ao invés de tentar responder ao melhor deck? Talvez.
Ou, talvez, a quantidade de cards vermelhos de alta qualidade que mesclam sinergia e nível de poder colocou os Aggros em outro patamar no Standard, e o formato esteja rápido demais para diversos cards novos sequer sonharem em conseguir um espaço nas mesas de torneios.
Descobriremos em 30 de junho. Até lá, continuarei mesclando Cori-Steel Cutter, Stormchaser’s Talent e Stock Up até o lançamento de Final Fantasy, onde verei Cloud, Midgar Mercenary ser queimado por um Torch the Tower toda vez que eu tentar equipar uma Buster Sword nele porque o design desse equipamento é datado demais.
Obrigado pela leitura!
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