Magic: the Gathering

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Pauper: Análise de The Brothers' War para o formato

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The Brothers' War é o último lançamento de 2022 para o Pauper, e traz algumas opções para potencializar determinadas estratégias e até mesmo trazer o Tron de volta dos mortos.

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revisado por Tabata Marques

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O novo set, The Brothers' Warlink outside website, que chega nas mãos dos jogadores no dia 11 de novembro, durante o Prerelease, e no dia 18 nas plataformas Online, será o último lançamento de 2022 para o Pauper - um ano em que várias mudanças ocorreram e o formato, assim como os outros, recebeu ao menos algumas inclusões impactantes em cada set.

No artigo de hoje, abrindo a temporada de reviews da Cards Realm, apresento minha análise do que a edição traz ao Pauper, e como os novos cards podem impactar o Metagame.

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Branco

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Recorrer à criaturas ou terrenos de seu cemitério acoplado com um corpo é um efeito relativamente novo nos slots comuns do branco, e apesar de o efeito de Airlift Chaplain ser limitado, ele é inédito o suficiente para merecer uma menção honrosa.

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Deadly Riposte pode não destruir a criatura instantaneamente como Swift Response faz, mas o lifegain acoplado pode lhe dar um slot no Sideboard de alguns decks caso o Mono Red Aggro cresça ainda mais.

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Todo novo set de Standard sempre vem com aquele card que merece uma menção honrosa por conta do Mono White Heroic, e Loran's Escape é a de The Brothers' War, mas tenho a impressão que haverá mais espaço para essa mágica no Pioneer do que no Pauper.

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Efeito de reanimação barato para criaturas de custo baixo, e que ainda vem acoplado com um pump, é uma ótima adição. Apesar de ainda não ter um lar no formato hoje, Recommission tem potencial suficiente para criar algumas recursões absurdas ao lado de Archaeomancer e Ephemerate, mesmo com um escopo mais limitado que o de Late to Dinner.

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Menção Honrosa - Draw e Lifegain no branco em Instant-Speed.

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Um 4/4 por três manas não é relevante o suficiente no Pauper de 2022, onde conjuramos Myr Enforcer num Midrange por menos mana e/ou temos criaturas 3/3 e 5/5 com Ward 2 por custos menores.

Se Warlord's Elite fosse um 5/5, talvez ele teria algum espaço dentro de certos arquétipos.

Azul

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Fallaji Archaeologist torna de um arquétipo já muito bem estabelecido no Pauper — Dimir Terror — ainda melhor, tornando-o uma provável substituição automática de Augur of Bolas nessa estratégia e, possivelmente, em outras também.

O novo two-drop azul alimenta o cemitério e cresce caso você não recupere nada com sua habilidade, e um corpo 1/4 bloqueia Monastery Swiftspear de maneira excepcional, além de sobreviver a Lightning Bolt e Chain Lightning. Apesar dele não oferecer aquela mínima pressão num campo de batalha vazio e não interagir no espectro "não-humano" com Of One Mind, suponho que o card mereça também um slot no lugar de Augur of Bolas nas variantes de Faeries, e talvez colabore para estabelecer o slot de Tolarian Terror nessa estratégia.

Num contexto geral, Fallaji Archaeologist parece o melhor card de The Brothers' War para o Pauper por encaixar-se em uma ou mais das principais listas do cenário competitivo hoje, mas não é a inclusão mais importante do set ao formato.

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Menção honrosa. Kenku Artificer faz um efeito relativamente melhor por um custo mais baixo e com a possibilidade o blinkar com Ephemerate para criar um exército de criaturas-artefato, então não há espaço para Mightstone's Animation hoje.

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Third Path Savant é mais um payoff para mana infinita e pode ser tutorado com Drift of Phantasms no Walls Combo. É provável que não faça o suficiente para valer o slot, mas merece uma menção honrosa.

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Weakstone's Subjugation é uma variante interessante dos inúmeros efeitos de "tap-lock" disponíveis no azul, que costumam ter espaço no sideboard do Mono Blue Faeries. Numa primeira impressão, o encantamento parece menos punitivo que Bind the Monster se você der um chump block, mas menos eficiente do que Curse of Chains e afins num campo de batalha vazio.

Não creio que ele vá substituir as demais opções, mas vale o teste no Sideboard em algumas Ligas.

Preto

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Alguns jogadores mencionaram Gixian Infiltrator como um card para o Affinity por conta da sua interação com Makeshift Munitions e Krark-Clan Shaman, mas ele difere bastante da função que antes pertencia a Disciple of the Vault, com o principal problema sendo que a combinação entre os dois é muito telegrafada pelo oponente, á menos que você queira meios de dar Haste para a nova criatura.

Além disso, combiná-lo com Krark-Clan Shaman abre um espaço muito tênue de interação do oponente, dado que a criatura sempre terá apenas 1 de resistência mesmo numa mesa vazia, tornando-o um alvo fácil para blocks em Instant-Speed e/ou qualquer removal disponível na mão do oponente.

Por outro lado, isso não torna de Gixian Infiltrator totalmente inútil: ele interage maravilhosamente bem com Deadly Dispute e outros sac effects disponíveis, e pode crescer para além do controle do oponente rápido, então, assim como o card acima, ele merece alguns slots no Maindeck nas Ligas para mensurar o seu potencial.

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Um removal que pode custar até uma mana em decks voltados para criaturas merece uma menção honrosa, apesar de sua inclusão na lista ser contraintuitiva com o que esses arquétipos costumam buscar com seu plano de jogo.

Vermelho

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Bitter Reunion é um excelente card de combo ao lado de Exhume e Ulamog's Crusher e/ou qualquer outra permanente digna de se reanimar, já que oferece tanto o enabler com o descarte quanto um meio da sua permanente ter impacto imediato na mesa. Infelizmente, é provável que não seja o suficiente para fazer do Reanimator uma estratégia consistente e viável no Pauper, mas é um passo importante em redundância em consistência, além de aumentar o número de slots disponíveis na lista.

Em outros escopos, Bitter Reunion interage bem com Flashback e outros efeitos de recursão do cemitério ao lado de Kor Skyfisher, além de possibilitar futuramente uma variante que busque reanimar criaturas com um plano de jogo mais voltado para o Midrange.

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Dwarven Forge-Chanter é um bom equilíbrio entre os recentes pseudo-Kiln Fiend que vem saindo no último ano, como Festival Crasher, com uma ameaça que protege a si mesmo melhor.

Como ele cresce com Prowess, há prós e contras no seu uso já que ele protege a si próprio com um Shock, mas o Mono Red Blitz prefere velocidade ao invés de proteção, então suponho não haver espaço para esse novo two-drop em sua lista.

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Goblin Blast-Runner não é o "Delver Vermelho", mas faz um bom trabalho em estabelecer pressão em estratégias que desejam sacrificar coisas para obter benefícios.

Ele é espetacular ao lado de Goblin Sledder, e talvez ajude o Moggwarts a criar uma abertura mais agressiva no seu plano de jogo, além de ser outro one-drop decente ao lado de Kuldotha Rebirth nas versões mais recentes de Burn e Mono Red Aggro, e talvez seja um bom momento para revisitar as velhas variantes vermelhas de Goblins com Goblin Grenade e afins.

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Por três manas, Raze to the Ground provavelmente não é bom no maindeck nas listas que recorrem a Cleansing Wildfire, e também não faz o suficiente para merecer um slot nos sideboards alheios contra Affinity.

Verde

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Citanul Stalwart funciona como as cópias 5-8 de Jaspera Sentinel se necessário no Elves, apesar de carecer da principal qualidade do one-drop de Kaldheim: bloquear fadas e tokens de pássaro e sobreviver ao combate. Ele também funciona com artefatos para gerar mana, então talvez exista algum espaço para ele em outra estratégia no futuro.

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Existe um termo em Legends of Runeterra chamado "keyword soup", ele refere-se a quando você adiciona várias habilidades diferentes no seu campo de batalha. Gaea's Gift é o exemplo perfeito de uma sopa de keywords no Magic, já que não só oferece um marcador +1/+1, como também garante quatro habilidades diferentes.

Esse card parece mais interessante para o Standard do que para o Pauper hoje, mas merece uma menção honrosa pelas suas qualidades em um slot de comum.

Artefatos

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Menção honrosa como uma criatura que você pode recorrer diretamente do cemitério. Pode valer um slot no Tortured Existence por garantir mais um discard outlet recorrente, apesar de ter um custo relativamente alto.

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Boulderbranch Golem é sólido o suficiente como uma opção dos Big Mana para garantir um corpo grande na mesa acoplado a algum Lifegain.

Seu custo de Prototype significa conjurá-lo tão cedo quanto no turno 3, garantindo 3 de vida e um corpo na mesa para bloquear. E se o jogador conseguir conjurá-lo pelo custo total, 6 de vida é tão impactante quanto um Pulse of Murasa enquanto garante um corpo igualmente grande para estabelecer o clock.

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Fallaji Archaeologist só não é a carta mais importante de The Brothers' War para o Pauper porque Energy Refractor promete ser a peça mais impactante do set no formato.

Prophetic Prism foi banida do Pauper em janeiro desse ano por facilitar demais a distribuição de cores sem concessão alguma em recursos, principalmente para o Tron, um arquétipo de Big Mana Control que ganhava jogos através de um hard lock, inviabilizando a existência de qualquer outro Control, além de se apresar dos Midranges e girar o formato em torno de si.

O que Energy Refractor oferece é um Prophetic Prism feito exclusivamente para o Tron porque ele é o único arquétipo disposto a gastar mana negativamente para filtrar combinações de cores. Se olharmos para outras estratégias que recorriam ao artefato, nenhuma delas além do Tron realmente precisa tanto de manafixing ao ponto de querer realizar trocas negativas de recursos.

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O ponto positivo do novo artefato, no entanto, é que como ele pede um gasto dobrado de recursos para filtrar mana, o Tron não poderá nos primeiros turnos realizar as coisas absurdas que costuma fazer, e até mesmo durante o meio da partida — onde normalmente o arquétipo dominaria os Midranges — ele ainda poderá ter alguns problemas em não ter mana o suficiente para fazer tudo o que deseja. Por outro lado, conforme a partida se estende, mais fácil se torna abusar de Energy Refractor, já que o jogador terá mais Lands de Urza disponíveis para filtrar cores.

Mas caso o Tron volte, o que isso significa para o Pauper hoje? O Metagame parece bem mais hostil do que ele era em janeiro: três das principais estratégias hoje — Dimir Terror, Kuldotha Burn e Affinity — conseguem ignorar o Tron e/ou jogar por baixo dele por tempo o suficiente para ganhar a partida, e a ausência de Bonder's Ornament ainda é um problema para manter a paridade de recursos em comparação a outras opções como Ichor Wellspring ou Experimental Synthesizer ao lado de Deadly Dispute. Ou seja, o Tron pode até voltar, mas o formato parece ter mudado o suficiente para torná-lo incapaz de dominá-lo como ele fez no passado, e a sua ascensão pode ajudar a impor um limite nas variantes de Caw-Gates.

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Menção honrosa. Supply Drop é um combat trick reutilizável com Kor Skyfisher, Glint Hawk e Ghostly Flicker. Parece meio caro por três manas, mas pode valer um slot ou dois em algumas listas no futuro, incluindo talvez um teste no Affinity.

Conclusão

The Brothers' War parece um bom lançamento para o Pauper. Ele traz algumas novidades e efeitos novos nos slots de cartas comuns, inclui algumas poucas peças que podem fazer muita diferença no formato, mas que não parecem ter o potencial para quebrá-lo novamente, e também demonstra um pouco mais de ousadia no design de novos sets por parte da Wizards com esse último lançamento do ano.

Obrigado pela leitura!