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Pauper: Tier List do Formato Pós-Banimentos

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Pouco mais de um mês se passou desde os banimentos que mudaram toda a estrutura do Pauper, e neste artigo analisamos como o formato se adaptou às mudanças e quais são os principais representantes do Metagame hoje!

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revisado por Tabata Marques

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No fim de março, o Pauper passou por uma das maiores mudanças que o formato já teve, com o banimento de três cards que definiam o cenário competitivo: Basking Broodscale, Deadly Dispute e Kuldotha Rebirth, além de Prophetic Prism e High Tide voltarem para as mesas e partidas online.

Com pouco mais de um mês desde as intervenções, o Metagame do formato se estabiliza e ficam evidentes quais são as estratégias com mais sucesso nos resultados competitivos e quais arquétipos estão em ascensão, e quais novos decks nasceram ou voltaram para o formato.

Neste artigo, apresentamos uma tier list do Pauper com base nos resultados de cada arquétipo após a atualização de Banidas e Restritas.

Tier 1

Mono Blue Terror

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Mono Blue Terror foi o maior beneficiado dos banimentos do Pauper do fim de março. Agora, pouco mais de um mês após eles terem ocorrido, vemos um Metagame que em partes é composto pela posição do arquétipo no cenário como uma estratégia eficiente de Tempo, originalmente criada para lidar com um ambiente muito mais rápido em que precisava se defender de Kuldotha Rebirth e o combo de Basking Broodscale.

O resultado é ele ser um dos melhores decks do formato hoje. Respostas baratas e eficientes, um clock capaz de ganhar o jogo em quatro turnos e a clássica presença de Delver of Secrets pressionando a mesa desde o início do jogo o tornam uma escolha segura para qualquer ambiente, e pronto para responder à maioria dos principais competidores do Pauper hoje.

Madness Burn

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Na ausência da interação entre Kuldotha Rebirth e Experimental Synthesizer para garantir pressão e fôlego no mesmo slot, o Madness Burn se tornou a variante mais resiliente dos decks de dano no Pauper. A mistura de um clock constante com Sneaky Snacker somado com diversas micro-interações que geram vantagem em cartas virtual o colocam em um espaço favorecido no atual Metagame, inclusive pelo acréscimo de opções que adicionar uma segunda cor oferece no Sideboard.

O Madness também possui a vantagem de ser difícil de responder: ele ataca em muitas linhas e de maneiras distintas entre elas, que invalidam respostas lineares e provocam situações onde o oponente é forçado a colocar cards ruins contra uma metade do deck porque elas são boas contra a outra metade.

Synthesizer Red

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O Mono Red perdeu muito poder sem Kuldotha Rebirth, mas permanece como o deck mais popular do Pauper nas Ligas do Magic Online e um arquétipo que você precisa respeitar até certo nível se pretende jogar algum torneio.

Hoje, ele está mais próximo das versões tradicionais de Burn, mesclando cards como Kessig Flamebreather e Lightning Bolt com algumas criaturas de custo baixo agressivas como a combinação de Goblin Tomb Raider e Clockwork Percussionist, e ainda é o principal definidor da velocidade do formato, apesar de não exibir os melhores resultados em torneios fora de Ligas.

Grixis Affinity

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O Grixis Affinity permanece como o Midrange mais versátil do Pauper após o banimento de Deadly Dispute. Apesar do manafixing da mágica ter sido essencial, o arquétipo consegue manter uma base de três cores eficientes com as Bridges de Modern Horizons II, e a combinação de draws eficientes entre Reckoner’s Bargain, Fanatical Offering e Thoughtcast oferece ampla capacidade de manter o fluxo de recursos enquanto encontra as respostas certeiras para cada circunstância.

O Affinity permanece como a escolha lógica quando se espera torneios mais longos e se beneficia da redução de hate direcionado que a ascensão do Mono Blue Terror colocou sobre um formato que não tende mais a usar quatro cópias de Dust to Dust no Sideboard com frequência.

Gruul Ramp

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O Gruul Ramp também não sofreu com as intervenções de março, mas sua posição foi comprometida pela mescla de arquétipos no topo do Metagame que não o permitem crescer com facilidade — em especial a ascensão do Mono Blue Terror, além da notória dificuldade em lidar com estratégias não-interativas.

No entanto, ele ainda é uma escolha sólida para o formato quando enfrenta Faeries, Affinity, Synthesizer Red, e até Jund Wildfire, sem contar a vantagem que ele possui em ser uma resposta contra Flicker Tron, que cresceu no Metagame após o desbanimento de Prophetic Prism.

Tier 1.5

Mono Blue Faeries

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Faeries havia voltado ao radar como outra resposta no Metagame anterior, onde tinha uma partida favorável contra Broodscale Combo e Kuldotha Red, e permaneceu relevante após os banimentos como uma estratégia de Tempo eficiente que pode, inclusive, servir como resposta contra as listas de Tolarian Terror.

A variante Mono Blue não é a única disponível no formato, mas é a com resultados mais consistentes ocasionados pelo acréscimo de velocidade que a base de mana de uma cor possibilita quando comparada com as versões Dimir ou Izzet.

Jund Wildfire

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Jund Wildfire é o mais próximo de Goodstuff que temos no Pauper: uma pilha das melhores cartas do formato juntas em um mesmo deck. Ele pega o coração do Affinity com Refurbished Familiar e Krark-Clan Shaman — o melhor sweeper do formato — e o mescla com a combinação de Writhing Chrysalis — a melhor criatura do formato — e Nyxborn Hydra.

Ele compete hoje com o Affinity pelo slot de melhor Midrange do Metagame, compensando a ausência de Thoughtcast pela combinação de Cleansing Wildfire com as Bridges, e trocando algumas micro-interações e respostas de Sideboard do azul pela possibilidade de usar uma das criaturas mais eficientes que o Pauper já teve, além de garantir Weather the Storm no Sideboard como um botão de vitória fácil contra os decks vermelhos.

Elves

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Outro arquétipo ausente durante as últimas temporadas — principalmente pela partida ruim contra Basking Broodscale —, o Elves retornou como um competidor no Pauper graças a ascensão das vertentes de Tempo azuis no Tier 1, que sempre foram uma das suas partidas mais favoráveis e o colocam uma posição privilegiada no Metagame hoje.

Não se pode negligenciar que ele ainda enfrenta problemas com o cenário atual desde que sweepers baratos de dois de dano chegaram ao formato, e possui dificuldades contra Krark-Clan Shaman, Drown in Sorrow ou Breath Weapon, enquanto está favorecido contra decks vermelhos se estes não utilizarem muitas cópias de End the Festivities para o início da partida.

Tier 2

Flicker Tron

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Ausente do formato desde que Bonder’s Ornament foi banido, Flicker Tron voltou ao radar do Pauper agora que Prophetic Prism lhe garantiu o acesso fácil a mana colorida enquanto consegue, com consistência, manter a velha conta de 1 +1 +1 = 7, que sempre colocou o arquétipo em uma posição privilegiada no Metagame.

Tron manteve sua composição de Toolbox-Lock-Control, utilizando diversas mágicas que podem ser reutilizadas com a combinação de Ghostly Flicker e Mnemonic Wall, tendo agora Murmuring Mystic como parte das condições de vitória.

Apesar dos bons resultados, o arquétipo não está tão bem-posicionado no Metagame hoje por motivos parecidos com o de outras estratégias que requerem um nível de setup nos primeiros turnos: existem decks muito agressivos ou estratégias de Tempo muito eficientes que se apresam dele com facilidade.

Bogles

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Existem algumas estratégias não interativas que permeiam com solidez o Tier 2 do Pauper hoje. Dentre eles, Bogles é o mais objetivo e consequentemente o mais popular.

A combinação de Auras poderosas com criaturas difíceis de interagir se aproveita principalmente de um ambiente onde existem outras estratégias tão lineares quanto a sua, e onde uma remoção como Chainer’s Edict ou Extract a Confession não costuma valer slots de maindeck.

No entanto, assim como diversas outras estratégias lineares, os decks de Tempo e disruptivos do formato são os seus maiores inimigos: o Bogles não se recupera com facilidade de uma dúzia de Counterspells e Spell Pierces.

Dredge

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Como um combo baseado em cemitérios, o Dredge enfrenta o desafio de desviar e jogar em torno de todos os hates que são originalmente direcionados às variantes de Tolarian Terror, e ainda assim produz bons resultados pela mistura de velocidade e consistência que o combo de Dread Return com Lotleth Giant oferece.

Dimir Terror

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O Dimir Terror adotou um pequeno pacote de Fadas com Spellstutter Sprite e ocasionalmente Sneaky Snacker para aproveitar as interações com efeitos de looting e jogar em torno de remoções e Counterspells, mas a perda de um turno e meio ou dois turnos o torna menos eficiente em competir com as versões de uma cor. É uma boa opção para Metagames mais lentos contra Midranges tradicionais, e também possui as ferramentas para lidar com os Big Mana.

Boros Synthesizer

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Boros Synthesizer se beneficiou inicialmente da redução de velocidade do formato e de perder uma das suas piores partidas com os banimentos, mas logo enfrentou o desafio de lidar com ambos Tron e Gruul Ramp em posições melhores do que ele, além de não ter uma partida tão favorável contra os Mono Blue Terror e nem as ferramentas para se adaptar contra Madness Burn — sem contar a vitória quase gratuita que High Tide possui contra ele sem um excesso de hate dedicado a essa partida.

High Tide

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High Tide é válido no Pauper pela primeira vez na história e já desenvolveu um arquétipo próprio de combo com Psychic Puppetry e Stream of Thought.

Como um dos decks mais difíceis de pilotar do formato hoje e também um dos mais intensivos em cliques, é natural que sua posição no Metagame não seja a melhor possível se nos basearmos nos resultados dos torneios online. Por outro lado, ainda não temos amostragem o suficiente para avaliarmos o potencial de High Tide em eventos presenciais de grande escala —e nas circunstâncias atuais, parece que o arquétipo é bem respondido com peças assertivas como Pyroblast, Duress e Relic of Progenitus.

Tier 3

Walls Combo

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Walls Combo é mais uma das estratégias não-interativas que se beneficiam da baixa cadência de Midranges mais dedicados em lidar com a mesa hoje e consegue jogar “por cima” dos arquétipos mais justos e das listas de Tempo, mas é menos eficiente e ágil do que outras estratégias não-interativas, além de ter quase todas as vantagens que o Elves — melhor posicionado hoje — tem.

Mono White Aggro

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O Mono White Aggro perdeu muito espaço após os banimentos tirarem duas partidas que o destacavam como um meta call, mas ainda é a lista mais eficiente em usar cards como Thraben Charm e Dust to Dust para responder algumas das estratégias mais populares do atual Metagame.

Dimir Faeries

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As variantes de duas cores de Faeries são opções viáveis hoje, mas se destacam quando o ambiente está mais voltado para atrito ou quando precisamos de respostas mais abrangentes para partidas específicas. Hoje, tentar jogar de duas cores contra o clock do Mono Blue Terror é atrasar consideravelmente alguns turnos onde ele pode aproveitar sua eficiência de mana, tornando essas variantes menos populares.

Izzet Terror

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Izzet Terror deixa de lado a casca de Tempo das outras vertentes em prol de uma estratégia puramente Control com cards de Monarch como Azure Fleet Admiral e Crimson Fleet Commodore, transformando Tolarian Terror em condição de vitória de fim de jogo ao invés de forçar uma ou mais cópias dele na mesa no terceiro turno.

Turbo Fog

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Com diferentes variantes entre Simic, Golgari e até quatro cores, Turbo Fog oferece uma opção de Control que se apresa de decks Aggro não-interativos ou que dependem exclusivamente do dano de combate para finalizar jogos. Ele consegue puxar alguns resultados, mas lhe falta eficiência contra alguns dos principais competidores e popularidade o suficiente para ter resultados mais sólidos em Challenges.

Concluindo

Isso é tudo por hoje!

Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixar um comentário!

Obrigado pela leitura!