Fala ae pessoal. Me chamo Thiago e venho aqui com mais um report de torneio.
Eu andava um pouco afastado do magic por causa do mestrado. Mas acabou surgindo a oportunidade de jogar nesse sábado. Como estava parado, deixei minhas fetchlands e shocklands emprestadas com um amigo pra ele poder testar decks novos. Não queria desfalcar o deck que ele montou pro Mhysteria, então resolvi deixar o Dredge de lado e jogar com algo diferente.
O deck escolhido foi...
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Eu não tenho muita experiencia com o Burn. Acho que antes desse torneio, só tinha jogado uma vez com o deck. Mas já joguei bastante contra. E teve uma época em que estudei um pouco sobre o deck, por ser um match bem difícil pro meu Bridgevine no Modern do ano passado. Bom, pra me preparar pro torneio, eu li 2 “manuais de Burn” e vi um vídeo de Burn contra Grixis Death Shadow, todos da Star City Games. Segue abaixo os links, pra quem tiver interesse.
Breaking Burn in Modern da Star City Games
A Detailed Guide to Playing Modern Burn da Star City Games
Me inspirei na lista do Dylan Donegan, que ficou em 2º lugar no SCG Open de Dallas, mas mudei bastante o Sideboard porque o deck dele era muito focado contra Burn e Whirza, o que está longe de ser o metagame esperado pro Mhysteria. Pra falar a verdade, o metagame do Mhysteria é sempre um mistério (talvez daí que venha o nome hahaha). Como eu estava começando com o deck e não sabia contra o que poderia jogar, fui no “2 de cada carta”. Minha lista acabou ficando assim:
1ª rodada – Dredge
Oponente: Mark
Na primeira partida, depois de tombar 3 Creeping Chill, meu oponente foi na confiança e começou a tomar dano das shocklands. Mas eu estava com 3 Lightning Helix na mão e consegui virar o jogo, ganhando com 1 de vida.
SIDE IN
SIDE OUT
Na 2ª, keepei uma mão com Rest in Peace, mas meu oponente já começou tombando 5 cartas com Insolent Neonate + Stinkweed Imp, e botou 1 Narcomoeba e 1 Prized Amalgam em campo. Minha sorte foi que ele descarregou a mão logo em seguida, pra dar um Conflagrate no meu Goblin Guide, e com isso consegui exilar praticamente todos os dredgers dele no meu segundo turno. No meu 3º turno, dei uma Helix no Amalgam dele e a partir dai foi o RIP me levando pra vitória.
2ª rodada – UW Control
Oponente: Diogo
Nada muito emocionante na primeira partida. Vim com uma mão muito boa e comprei muito bem. Na 4ª rodada ele já estava numa situação que não tinha mais como virar o jogo. Ganhei.
SIDE IN
SIDE OUT
No segundo jogo, meu Goblin Guide logo de cara revelou um Timely Reinforcements. Fui segurando o meu Skullcrack na mão pra responder, mas ele mandou uma Vendilion Clique no passe, tirando a carta da minha mão. Daí em diante foi Timely Reinforcements curvando num Jace, the Mind Sculptor, e com Force of Negation de back up. O 2º Timely Reinforcements fechou a partida. Perdi.
A 3ª partida foi um verdadeiro jogo de xadrez. Forcei ele logo de cara a dar um Path to Exile na minha Monastery Swiftspear 3/4 , e a partir dai fui jogando todas as mágicas no turno dele pra forçar uma Force of Negation por 3 manas, mas ele nunca jogava. Pelo comportamento do meu oponente, eu tinha certeza que ele tinha uma na mão. Então continuei nesse padrão até ele juntar a 5ª land. A partir daí, passei a segurar minhas cartas na mão, me preparando pra “batalha de anula”. No 6 turno, ele estava com 4 de vida e baixou o Baneslayer Angel. Eu tinha 6 terrenos e 3 cartas na mão: Deflecting palm, Skullcrack e um Skewer the Critics. No meu turno comprei a Lightning Helix, o que foi ótimo. Dado o jogo, achei que o melhor era dar um Lightning Helix no meu turno, para que ele exilasse uma carta da mão pra mandar a Force of Negation, porque com isso tinha a chance dele se sentir forçado a remover outro anula junto com a FoN. Ele escolheu não fazer isso e ir a 1 de vida. No turno dele, dei uma palma defletora na Baneslayers, que tomou um Cryptic Command. Com a mágica na pilha, joguei o Skullcrack. Ele só tinha 3 lands e uma era fetchland, então não podia castar a Force of Negation que tinha na mão. Ganhei.
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Refletindo agora sobre a partida, talvez fosse melhor esperar o turno dele pra mandar a Helix, pois ele poderia ter um Negate na mão. De repente, fazendo as jogadas da mesma maneira que eu fiz, ele poderia escolher usar a mana de maneira mais eficiente e estourar a fetch pra dar um anula custo 3. Com isso eu conseguia responder com a Helix e fechar o jogo. Enfim, se você que está lendo tiver experiência com algum dos dois decks, deixa aí nos comentários sua opinião =)
3ª rodada – Hardened Scales
Oponente: Bruno
Na primeira partida eu travei meu jogo baixando 2 Eidolon of the Great Revel seguidos. Aquele famoso erro de quem tá começando a jogar de Burn. Mas quando eu vi, a m£$#@ já tava feita. Perdi hahahaha.
SIDE IN
SIDE OUT
Na segunda, vim com todos os hates na mão. Usei o Wear // Tear no Hardened Scales dele, depois travei o jogo dele com o Rest in Peace, e mandei um Smash to Smithereens em algum artefato dele. Ganhei.
Na terceira partida estava indo tudo bem. Ele veio um pouco mais lento, sem Scales na 1. Eu destruí um artefato dele com meu Smash, e fui guiando o jogo até que, do nada, ele baixa um Basilisk Collar! Que bigode!! HAHAHAHAHA
Nunca que eu ia esperar essa carta no Scales! Ele ganhou 5 de vida nesse turno e +5 no outro, me tirando completamente da conta. Perdi.
4ª rodada – BG Elfos
Oponente: Penelas
Na primeira partida, eu vim com a mão muito boa. Comecei com Goblin Guide e tinha 2 lands e 2 Searing Blaze pra travar bem o jogo dele. Difícil pra Elfos lidar com isso. Ganhei.
SIDE IN
SIDE OUT
Na segunda partida ele zicou, e eu consegui encaixar vários pontos de dano com a Monastery Swiftspeare o Goblin Guide.
5ª rodada – Bant Soulherder
Oponente: Daniel
Um dos novos decks que surgiu com o lançamento do Modern Horizons. Eu considero o Bant Soulherder um deck no meio do caminho entre um midrange e um tempo. Então optei pela estratégia de criar uma presença forte no campo de batalha e jogar todas as mágicas instantâneas na manutenção dele, pra forçar meu oponente a pagar 3 manas pro Force of Negation e não conseguir baixar as criaturas de maneira eficiente. Isso deu bem certo na primeira partida. Ganhei.
SIDE IN
SIDE OUT
Na segunda partida, meu Goblin Guide revelou logo de cara um Deputy of Detention. Com isso, novamente optei por travar o card advantage dele. Joguei 2 Guides no turno seguinte pra forçar ele a perder um turno jogando o Deputy e com isso não conseguir rampar ou baixar o Knight of Autunn, que os guides também tinham revelado. Ele tava com 6 cartas na mão, sendo que 3 eu já tinha visto com os Guides. Nenhuma era Force of Negation nem azul. Então resolvi arriscar um Searing Blaze no meu turno. Obviamente, como o Magic é um jogo de sorte, ele foi anulado hahahahahaha, e com isso dei o tempo que ele precisava pra baixar o Knight e ter uma mana aberta pra um possível blink. Com a situação nesse estado, não arriscar não era uma opção. Fui de remoção no Deputy de novo, e dessa vez deu certo. Voltei com os guides e fui batendo e jogando mágicas na manutenção dele até fechar o jogo. Ganhei.
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6ª rodada – BW Taxes feat. StoneForge Mystic
Oponente: Guilherme
Caramba, Thalia, Guardian of Thraben é uma carta demoníaca contra Burn! Considerando seriamente voltar com o Grim Lavamancer pelo menos pro Sideboard depois dessa partida xD
Enfim, a primeira partida fui eu olhando pra Thalia, Guardian of Thraben + Giver of Runes com aquela lágrima escorrendo no canto do olho. Perdi.
SIDE IN
SIDE OUT
Na segunda, arrisquei uma mão com 1 land só. Tinha uns 3 Lava Spike, mas nenhum bolt, o que é preocupante nessa partida. Ele consegui comprar a 2ª land, mas ele veio de novo com Thalia na 2, e todas as remoções que eu tinha eram de custo 2. Ai fui dando Lava Spike pra ir diminuindo a vida dele, na esperança de que viesse uma land ou um Bolt, mas nesse meio tempo tomei um Kaya’s Guile e uma Stoneforge Mystic buscando aquela espada que faz ganhar 3 de vida. Ai saí muito da conta. Perdi.
Com isso fechei o torneio 4-2, o que me rendeu o 6º Lugar!
O Burn tá muito bom pro Modern agora. As Horizon Lands deram um gás absurdo. No torneio todo eu só muliguei 2 vezes, e muito disso se deve à consistência que essas lands deram ao deck. Hoje em dia é possível manter uma mão de 4 terrenos sem correr tanto o risco de floodar no final do jogo.
Foi uma experiência legal jogar com um deck diferente do que eu estou habituado. Mas tenho que admitir que deu uma dor no coração castar um Rest in Peace contra o Dredge hahahahahahahahaha.
Jogar no Mhysteria é sempre uma experiência legal. Volta e meia aparece algum deck criativo, e você nunca sabe contra o que vai jogar. Quem chegou até o final do texto com certeza tem interesse em Modern. Então já convido todos vocês a participarem do próximo Mhysteria:
23º Mhysteria Modern
Dia 19/10 – sábado – Na Portal TCG
Vejo vocês lá =)
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