Magic: the Gathering

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Spoiler Destaque: Archangel Elspeth no Standard

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No artigo de hoje, analisaremos a nova Archangel Elspeth no atual cenário do Standard, e quais decks ela possui potencial o suficiente para ver jogo!

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revisado por Tabata Marques

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A temporada oficial de prévias da edição March of the Machinelink outside website começa em 29 de março, mas a Wizards lançou textos episódicos que contam sua história no decorrer dessa semana, e no sétimo capítulo, Divine Intervention, foi revelado ao público um novo spoiler:

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Archangel Elspeth é uma peça crucial do enredo da edição, mas ao deixarmos de lado a história e considerarmos seu potencial no jogo, o quão eficiente a nova versão de Elspeth é nos formatos competitivos?

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No artigo de hoje, analisaremos a Planeswalker com foco no ambiente onde ela possui maior probabilidade de estar presente, o Standard.

Archangel Elspeth - a Análise

O ponto mais interessante de Archangel Elspeth é que, na verdade, ela é uma referência à primeira aparição da personagem no universo de Magic: The Gathering, em Shards of Alara como Elspeth, Knight Errant.

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Ainda mais elegante é o fato da versão nova não ser uma melhoria da anterior em todos os aspectos: enquanto Archangel Elspeth possui vantagens como o seu token ter lifelink e seu buff de acréscimo de poder é com marcadores ao invés de temporário, mas custando dois pontos de lealdade para ativar.

Por outro lado, Elspeth, Knight Errant ativa tanto a habilidade de criação de tokens quanto o buff de +3/+3 e flying ao adicionar marcadores, então ela cresce mais rápido. No entanto, ela leva mais turnos para chegar até a última habilidade, da qual é útil apenas se seu controlador já ter uma mesa estabelecida, enquanto Archangel Elspeth permite ampliar suas criaturas ou criar uma posição irreversível em estágios mais avançados de uma partida.

Quando foi lançada, Elspeth, Knight Errant era considerada uma das melhores Planeswalkers que existiam, ao lado de Garruk Wildspeaker e Jace Beleren, porque ela conseguia se proteger por conta própria.

Archangel Elspeth, que conta com as mesmas qualidades, é um card justo e eficiente, mas ela compete com um power level que não se compara ao de 2009.

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Só na categoria de Planeswalkers brancos, a nova Elspeth encontra o desafio de competir com The Wandering Emperor pelo mesmo custo de mana. A Errante é uma staple de múltiplos formatos e vê jogo até no Legacy, oferece qualidades muito parecidas com a de Elspeth e ainda podemos conjurá-la em Instant-Speed, enquanto usamos seu para exilar uma criatura do oponente.

Se elevarmos os custos, Elspeth Resplendent, que tem apresentado poucos resultados em torneios, acaba por ser mais eficiente do que Archangel Elspeth, pois ela oferece card advantage e protege a criatura colocada em jogo com sua segunda habilidade, além do seu +1 ser bem flexível.

Archangel Elspeth se destaca quando sua mesa já está garantida no momento em que ela entra em jogo, onde então funcionará como um buff evasivo para uma das suas ameaças, ou para colocar fichas em jogo e garantir a recursão em dois ou três turnos caso necessário, e há estratégias em formatos competitivos onde sua inclusão é benéfica.

Nos acostumamos com Planeswalkers super-eficientes, como Teferi, Hero of Dominaria, que dominam a partida sozinhos e obrigam o oponente a resolvê-los ou perder o jogo pelo acúmulo de card advantage, ou flexibilidade que eles proporcionam, e essa nova versão da Elspeth foge desse padrão e requer que seu deck se beneficie da sua inclusão por meio de uma estratégia concisa com suas habilidades, ao invés de apenas complementar seu entorno e agir por conta própria.

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Ela é mais próxima do design de cards de 2009 do que o design moderno, e se essa for uma tendência nos Planeswalkers futuros, podemos esperar menos Planeswalkers e mais de outras permanentes no Standard e no Pioneer, como ocorre na temporada atual dos formatos por conta da distribuição de "efeitos de alto valor" entre diversas categorias de permanentes, como em Fable of the Mirror-Breaker.

Archangel Elspeth no Standard

Archangel Elspeth, como mencionado acima, é uma Planeswalker que necessita de uma estratégia concisa com a sua proposta para funcionar numa lista. Sua melhor sinergia será com estratégias agressivas e baseadas em criaturas, pois decks Midranges ou Control se beneficiam mais de The Wandering Emperor, Serra Paragon ou Elspeth Resplendent nessa cor.

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O lugam onde ela parece quase feita para se encaixar na lista é no Azorius Soldiers, onde seus tokens compartilham o tipo de criatura principal do deck e todas as criaturas da lista custam até três manas enquanto sua maior fraqueza tende a ser o excesso de remoções e/ou bloqueadores eficientes - ambos problemas adereçados pelas habilidades de Archangel Elspeth.

Elspeth também amplifica a oportunidade de gerar atrito em jogos onde ambas as mesas tendem a crescer ao tornar das trocas mútuas menos punitivas para o seu controlador por conta da recursão que oferece, ou por atrasar o clock do oponente com seus tokens.

As listas de Soldiers possuem uma média de dois a quatro slots flexíveis, e por conta da sua curva baixa, é provável que duas a no máximo três cópias de Elspeth seriam usadas entre o Maindeck e o Sideboard.

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Por mais irônico e antitemático com a lore do jogo, Archangel Elspeth oferece resiliência e evasão ao Selesnya Toxic, ambos elementos essenciais para o sucesso do arquétipo.

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Uma combinação relevante nessa lista seria a da Planeswalker ao lado de Jawbone Duelist, onde ela poderia, na primeira ativação, transformá-lo em um 3/3 com Flying e Double Strike. No turno seguinte, seu controlador poderia ativar a segunda habilidade de novo para transformar Jawbone Duelist em um 5/5 que ataca para dez de dano e dois marcadores de veneno.

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A vantagem nesse arquétipo é que, por lidar com duas winconditions que trabalham em conjunto, é fácil tornar qualquer criatura do Selesnya Toxic uma ameaça com pouco esforço, e dar-lhes outro meio de obter evasão fora da dependência de Skrelv, Defector Mite consegue abrir espaço para tornar de Elspeth uma staple dessa estratégia.

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O último arquétipo existente hoje onde Archangel Elspeth pode ter alguma presença é no Esper Legends, talvez como um one-of ou two-of nos slots flexíveis ou no Sideboard para ampliar o campo de batalha em jogos de atrito. Porém, não faltam opções nas cores de Esper para cards de alta qualidade por quatro ou cinco manas, algo que pode prejudicar o espaço da Planeswalker na lista.

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O Esper Legends conta com uma quantia pequena de ameaças evasivas, e poderia fazer bom uso de meios de passar por cima dos bloqueadores e atacar com mais criaturas para desencadear um Connive maior com Raffine, Scheming Seer. Inclusive, a interação de Elspeth com Raffine, onde as criaturas descartadas podem depois serem devolvidas do cemitério por ela, também não pode ser ignorada.

Conclusão

Archangel Elspeth não aparenta ser o melhor card da temporada de previews que está por vir, e seu potencial é ofuscado por opções melhores existentes na temporada atual. Porém, com a rotação que virá no lançamento de Wilds of Eldraine, no terceiro trimestre, ela pode ganhar mais espaço no cenário competitivo.

Precisamos considerar também que March of the Machine pode alterar o Metagame ao ponto de torná-lo mais palpável para ela. Afinal, ainda não sabemos o que o novo tipo de card da edição, Battle, faz, e dado o potencial que criaturas como Thalia and the Gitrog Monster e Faerie Mastermind apresentam, não parece que o power level da nova edição será fraco.

Obrigado pela leitura!