Magic: the Gathering

Review

Standard: Os 5 decks mais jogados pós-Phyrexia: All Will Be One

, Comment regular icon0 comments

No artigo de hoje, visitaremos os 5 decks mais jogados do formato Standard e falaremos sobre eles.

Edit Article

Introdução

Olá pessoal, como vocês tem passado?

Com Phyrexia: All Will Be Onelink outside website (ONE) já lançada, podemos observar modificações e inovações dentro das principais listas. Então hoje, vamos analisar o metagame Standard, trazendo para vocês os cinco principais decks do momento.

O que é Metagame?

Caso você não esteja familiarizado com o termo, é importante esclarecer esse ponto antes de seguirmos, ou o artigo não fará sentido algum.

O metagame nada mais é do que a presença dos arquétipos no “campo de jogo”. Para isso é observado a presença deles em torneios e melhor a classificação do deck no metagame.

Ad

Isso torna o deck automaticamente mais forte? A resposta dessa pergunta é: provavelmente não.

Mas por que provavelmente?

Ecossistema do Magic

Normalmente os decks têm partidas favoráveis e desfavoráveis, então quando um baralho começa a se tornar muito presente no meta, os que tem matchs desfavoráveis contra ele vão começar a ser menos usados e automaticamente os que tem partidas favoráveis, serão mais utilizados. Por isso é muito difícil que um deck seja o “mais forte”, afinal em um metagame saudável vai existir um equilíbrio entre predadores e presas.

Mas em certos momentos, alguns arquétipos se tornam tão dominantes a ponto de não ter partidas onde não seja favorito e isso infla a presença desses decks sem mudança no metagame.

Nesses momentos é onde a Wizards atua e aplica um banimento de uma peça-chave de forma a reduzir o potencial do baralho ou acabar com o arquétipo. Um dos mais marcantes no Standard foi Wilderness Reclamation, peça-chave de baralhos extremamente eficientes.

Metagame Standard - 5 decks mais presentes

Com a chegada de Phyrexia: ONE, o Metagame deu uma balançada mas os midranges continuam sua hegemonia, mas os Aggros tem se apresentado com força nas últimas semanas, tendo um representante entre os três primeiros decks mais jogados. Sem mais delongas, vamos as listas:

Esper Midrange

Magic Symbol WMagic Symbol UMagic Symbol B

Abrindo a lista temos o deck que foi o rei do meta no mundial de 2022, Esper Midrange.

Loading icon

Sua estrutura assumiu um formato mais concentrado de criaturas, no que alguns passaram a chamar de Legends, sendo possível graças a adição de Plaza of Heroes, uma excelente correção de mana para o baralho.

O acréscimo de Skrelv, Defector Mite criando outra proteção para criaturas fornece uma consistência a mais contra baralhos que visam trocas de recursos, além de fornecer uma evasão que pode ser decisiva. O Deck tem uma variação interessante de peças, podendo utilizar estrutura mais agressivas com Harbin, Vanguard Aviator, um plano mais versátil com The Raven Man ou Loran of the Third Path.

Procurando atacar a mão do oponente ou lidar com encantamentos / artefatos, ou mesmo uma versão mais resiliente com o Unctus, Grand Metatect, ganhando card selection, aumento de poder e podendo proteger sua criatura contra desavisados que utilizem Go for the Throat.

Embora tenha caído na preferência, ainda é uma excelente opção, suas criaturas são extremamente eficientes e Raffine, Scheming Seer consegue aumentar a pressão de board e achar os cards que são necessários, além de peças como Ao, The Dawn Sky e Sheoldred, The Apocalypse que precisam ser respondidas assim que estiverem em campo.

Loading icon

Com uma variação de efeitos das suas criaturas junto a uma boa curva de mana, o deck consegue agredir e se proteger com qualidade, conseguindo ter boas proteções para remoções pontuais.

Ad

Rakdos Reanimator

Magic Symbol RMagic Symbol B

O quarto mais jogado é uma das versões focadas em trazer para o campo de batalha a carta mais forte do formato, Atraxa, Grand Unifier.

Loading icon

A chave para o bom desempenho do baralho é que ele conserva a estrutura midrange, fazendo uso de cards como Fable of the Mirror-Breaker, Bloodtithe Harvester, Reckoner Bankbuster fechando o jogo com The Cruelty of Gix reanimando a melhor opção dos cemitérios.

É um deck com um plano de jogo bem consistente, Liliana of the Veil permite manter as estratégias de colocar a Atraxa no cemitério enquanto ataca a mão do oponente. Sheoldred, The Apocalypse permite um plano B, sendo uma ameaça muito forte, que ganha jogos quando não respondida.

Loading icon

Existem outras versões que fazem uso da combinação Jund (Magic Symbol RMagic Symbol BMagic Symbol G), utilizando Glissa Sunslayer ou Grixis (Magic Symbol RMagic Symbol BMagic Symbol U), utilizando Corpse Appraiser, como forma de buscar recursos e alimentar o cemitério, e counters visando garantir o reanimate.

Loading icon

Mono Red Aggro

Um dos decks que vem performando bem nos últimos challenges do MTGO é o Mono red, o Aggro mais bem colocado no formato.

Loading icon

As listas consistem em um plano bem direto, com bons cards para os dois primeiros turnos. Aqui buscamos encher a mesa de ameaças e fazer com que elas sejam ainda mais impactantes com o Mechanized Warfare.

Com todas as criaturas tendo ímpeto e uma coleção de danos diretos, é uma lista que pune muito bem os atrasos dos midranges que entram com mana virada e oponentes que utilizem pain lands.

Essa versão visa aumentar o dano das peças, sejam as criaturas ou os burns, girando bastante em torno do Mechanized Warfare, porém existem versões que recorrem ao Shivan Devastator ou Thundering Raiju para uma curva mais alta e sem a Chandra, Dressed to Kill e mais focada em criaturas.

Loading icon

Independente da lista, ainda possui um plano de jogo direto e com um acervo de dano direto considerável, podendo fechar partidas de maneira bem rápida.

Bloodthirsty Adversary é um card que pode desequilibrar em partidas mais travadas, conseguindo ser um dois para um caso tenha acesso a cinco manas.

Loading icon

Uma excelente opção para subir ranking no Magic Arena, tendo em vista que suas matchs são mais rápidas e sua estratégia é excelente para o “Melhor de 1”.

Mono White Midrange

Aqui temos um baralho que flertou com a primeira colocação durante a chegada de Phyrexia: ONE, mas acabou caindo uma posição com a estabilização do metagame.

Loading icon

Essa é uma lista que ganhou adições interessante nas últimas edições. Lay Down Arms e Ossification são remoções bem eficientes que permitem, por poucas manas, uma solução pontual de alguma ameaça.

Ad

A inclusão de The Eternal Wanderer ajuda a controlar boards maiores e conservar recurso.

Loading icon

O baralho utiliza menos lands do que o padrão para os Midranges, mas devido as diversas opções de compras como Spirited Companion e Reckoner Bankbuster e também busca de terreno com Ambitious Farmhand ou The Restoration of Eiganjo, o deck consegue alcançar seus land drops sem grandes problemas, tendo um final de jogo de muito valor.

The Wandering Emperor e Wedding Announcement continuam sendo cartas-chave, obrigando o oponente a gastar recursos antes que saiam do controle. Sanctuary Warden e Steel Seraph são excelentes finishers.

Loading icon
.

Skrelv’s Hive é uma adição interessante ao sideboard, com um metagame muito pautado em trocas, o encantamento pode permitir uma resiliência maior, aumentando a pressão na board e colocando marcadores de veneno que podem encurtar o jogo.

Loading icon

Grixis Midrange

Magic Symbol UMagic Symbol RMagic Symbol B

E o atual campeão mundial retoma seu posto.

Após um período de dominância dos Mono White Midrange, o Grixis retorna ao posto de deck mais jogado do formato.

Loading icon

A estrutura do baralho, em si, se mantém, permanentes que possam gerar mais de um efeito e instantâneas e feitiços para lidar com as ameaças do oponente.

A maior adição ao baralho com a chegada de ONE, foram as fastlands, permitindo uma consistência maior para se trabalhar com as três cores.

Loading icon

Fable of the Mirror-Breaker e Bloodtithe Harvester são cards muito eficientes e versáteis. O vampiro permite que você consiga ter uma ameaça que futuramente pode virar uma remoção. Além disso, seus tokens de sangue são excelentes para garantir os land drops, buscar um terreno que produza uma cor faltante ou reciclar os terrenos sobressalentes em momentos de flood.

A saga, por sua vez, tem efeito de ramp mais correção de mana, card selection, excelente para ajustar as mãos ou procurar a cor de terreno que falta, e apresenta duas ameaças na mesa que precisam ser respondidas, obrigando ao oponente ter, muitas vezes, duas respostas.

Invoke Despair é uma opção de remoção extremamente forte, sendo a única forma do Grixis remover encantamentos do campo de batalha. Além da possibilidade de ser uma remoção três para um, o card ainda pode funcionar como “burn” atacando diretamente os pontos de vida do oponente enquanto repõe recurso em sua mão. Despair permite viradas interessantes, seja por equalizar a mesa, ou por buscar recursos enquanto pune os pontos de vida do oponente.

Embora por seu custo possa parecer um absurdo de ser incluído em um baralho de três cores, a base de mana é preta em sua maioria, permitindo que a utilização de quatro cópias sem problemas.

Ad

Por ser um baralho de troca de recursos, costuma ser bem eficiente contra outros Midranges e Controles, apresentando alguma dificuldade contra oponentes que utilizem Thalia, Guardian of Thraben por taxar suas remoções e counters.

Aggros costumam causar problemas quando o baralho não encontra as remoções necessárias ou tem dificuldades com as cores de manas. Brotherhood’s End se torna uma peça fundamental nessas matchs junto com o ganho de vida de Sheoldred, The Apocalypse. O Mono White Midrange pode ser uma dor de cabeça com excelentes remoções e card advantage.

Loading icon

Algumas versões do deck utilizam Wandering Mind, Blue Sun’s Twilight e Sheoldred’s Edict, tornando a lista com uma postura mais voltada para o controle.

Loading icon

Conclusão

Os Midranges perderam sua hegemonia, abrindo espaço para Aggros, com o Mono Red liderando e o Soldiers se mantendo junto do segundo pelotão.

Outros baralhos se mostram consistentes próximo ao topo como o Mono Blue Tempo e o Selesnya Aggro, que surgem como opções interessantes de jogar.

Loading icon

O metagame do Standard se encontra saudável, apresentando uma diversidade interessante de decks, tendo o Grixis e o Esper como opções mais consolidadas, porém sem ocupar quase o field inteiro.

Embora consigamos ver uma variação de cards nas disputas de alto nível, coleção após coleção, os espaços do Standard estão sendo ocupados por Midranges e esse talvez seja o ponto de atenção. A capacidade de adaptação desses decks vem ceifando as possibilidades de estratégias diferentes evoluírem, fazendo com que as matchs sejam muito parecidas.

Como estamos próximos ao fim desse ciclo do Standard, não acredito em atuação da Wizards sem ter uma dominância exclusiva de uma estratégia ou deck.

Marcha das Máquinas se aproxima para trazer o power level máximo do Standard pré-rotação, e quem sabe, possibilitando algumas mudanças nas estratégias de jogo, sigo ansioso para saber como o standard se comportará.

Grato pela leitura.

Qualquer dúvida a área de comentários está livre para interação. Um abraço a todos e até o próximo artigo!