Magic: the Gathering

Opinião

Top 7 piores coleções de Magic: The Gathering

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Uma lista das coleções que mais foram deixadas de lado durante os (quase) trinta anos de vida de Magic: The Gathering e seus motivos.

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revisado por Tabata Marques

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Introdução e Critérios

Chegando à marca dos trinta anos de vida, certamente tivemos diversas coleções muito impactantes e memoráveis — e esse não será o lugar onde falaremos sobre elas. Como reclamar de Magic é tão divertido quanto jogar, hoje farei o papel que essas edições não fizeram por elas mesmas: vamos nos lembrar das dez edições mais fracas e esquecíveis do jogo.

Para tentar deixar a lista menos subjetiva, adotaremos dois critérios:

Power Level da Coleção: E para definir o poder da coleção me baseei no impacto que ela teve em formatos construídos, uma vez que nesses formatos conseguimos ver ela em ação interagindo com outras cartas de outras coleções.

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Dei prioridade para a quantidade de cartas que impactaram os formatos, mesmo que não tanto, e não levei em consideração cartas que vêm jogo em apenas uma estratégia específica.

Custo Monetário da Coleção: O custo das cartas em Magic costuma ser baseado em oferta e demanda, ou seja, o preço é definido pela relação entre a disponibilidade de uma carta e a quantidade de pessoas que querem obter a mesma carta.

Então, uma carta cara provavelmente demonstra um grande interesse das pessoas por obterem essa carta. Levamos essa mesma lógica para o preço da coleção.

7 - Theros

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Por mais a temática de Theroslink outside website seja interessante, sendo ambientada na Grécia antiga com um foco maior em encantamentos, não agradou muito os jogadores na época.

Os deuses são até que populares quando falamos de Commander casual e Nykthos, Shrine to Nyx é uma ótima carta que costuma ser utilizada em Pioneer. Também podemos citar Anger of the Gods como uma boa remoção global. Mas fora isso, não temos mais cartas muito relevantes na coleção.

O ponto forte de Theros é certamente sua temática e seus personagens, fazendo com que certamente a coleção tenha seus fãs por aí, mas quando falamos no poder de suas cartas e sua presença entre os formatos de jogo, a coleção se torna preterida. Suas mecânicas são até que interessantes, heroico e devoção tem seus apreciadores e seu espaço em vários formatos, diferente de agraciar, por exemplo, que se perdeu com o tempo.

Quanto aos valores, temos uma boa média de R$ 570, por mais que Thoughtseize seja parte relevante nisso, seus deuses também são muito presentes nessa equação e Nykthos, Shrine to Nyx figura como a carta mais cara da coleção.

6 - Guildas de Ravnica

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Guildas de Ravnicalink outside website é uma coleção que tem algumas cartas boas, mas o que se destaca realmente nessa coleção são seus reprints, principalmente as Shock Lands e Chromatic Lantern.

Assassin's Trophy é definitivamente uma staple, tendo divido o espaço que Abrupt Decay conquistou em diversos formatos. Arclight Phoenix e Legion Warboss tem seu espaço em alguns formatos e estratégias, mas requerem construções específicas para que possam aparecer.

Por mais que a coleção não seja um desastre, está muito longe de ser memorável, justamente porque boa parte de suas cartas boas e mecânicas simplesmente não são suas! Isso tira um pouco a identidade do set, que aparenta ser resumido em uma Ravnica parte dois, o que pode parecer óbvio, levando em consideração que a proposta da coleção é ser uma revisita ao plano de Ravnica, mas uma rápida comparação com a recente Kamigawa: Dinastia Neon mostra que não existe a necessidade desse apoio em sua coleção antecessora.

A ideia era dar para cada Guilda uma mecânica diferente, mas essas mecânicas ou eram pouco inspiradas (Mentor e Undergrowth) ou versões de outras mecânicas (Surveil ou Jump-Start, se compararmos a Scry e Flashback) e então o que sobrou é... Convoke, sendo outra habilidade característica de Ravnica original.

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A coleção custa uma média de R$ 500, o que é até um preço relevante, mas grande parte dele vem de seu já consagrado ciclo de terrenos, o que abriria uma brecha pra uma coleção bem mais impactante que acabou se resumindo a isso: um reprint das shock lands.

5 - Tormento

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A edição Tormentolink outside website está aqui praticamente pelo mesmo motivo que Theros: suas cartas deixam um tanto a desejar, por mais que sua temática seja única e interessante, portanto é bem plausível que tenham vários fãs do set que não o deixam cair no esquecimento. Tormento é uma coleção baseada na cor de mana preta e na história da Cabala, seita muito presente na lore de Dominária e nas coleções mais antigas.

Quase como por ironia do destino, a carta mais cara de Tormento é muito semelhante à carta mais cara de Theros também, Cabal Coffers é um clássico do jogo e é utilizado principalmente em Commander, e por mais que não seja popular em estratégias mais competitivas, não tem como dizer que ela é uma carta ruim.

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A diferença entre as coleções começa no segundo lugar, uma vez que Theros tem outras cartas interessantes para citar, Tormento se resume a Cabal Coffers. Depois dela a carta mais digna de nota seria Chainer's Edict, que é uma queridinha do Pauper, mas também não é a carta mais impactante do formato. Logo, Tormento está pior colocada em relação a Theros, uma vez que Tormento se resume muito mais a Cabal Coffers que Theros se resume a Nykthos, Shrine to Nyx.

E para concluir nossa comparação, Tormento mesmo sendo uma coleção mais antiga que Theros (portanto mais escassa em proporção) é mais barata que a mesma, custando uma média de R$ 470.

4 - Batalha por Zendikar

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Batalha por Zendikarlink outside website sofreu ao tentar recriar de alguma forma as Hidden Treasures de Zendikar original, e ao retomar ao plano a Wizards criou as Expeditions.

Para fins de contexto, Expeditions são versões promocionais de algumas cartas que tinham uma possibilidade minúscula de ser encontradas em boosters — o que fez com que as cartas da coleção em si tivessem seu preço reduzido, visto que o real interesse nas caixas era encontrar essas promos que sozinhas custavam, normalmente, mais que a coleção inteira.

Mesmo com esse evento tendo afetado o preço das cartas, Batalha por Zendikar dificilmente seria considerada uma coleção super impactante se isso não tivesse acontecido de suas mecânicas sofrem com o mal de Guildas de Ravnica: ou não são originais ou não são muito interessantes.

Desprovido raramente é impactante para a carta, poderia ser mais explorado com cartas que se importam com as cores de suas permanentes, mas no geral a maior mudança é realmente o frame mais bonitinho. Ingerir e Reunir acabaram não sendo muito populares e restam Aterragem, mecânica clássica de Zendikar e Sunburs... quer dizer, Convergir! Sim, é exatamente Sunburst com outro nome.

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Esses fatores fazem com que Batalha por Zendikar seja uma coleção que custa uma média de R$ 300 (mais barato que diversas cartas por aí) e Ulamog, the Ceaseless Hunger custa literalmente metade disso. Mesmo ele não é uma carta exatamente popular, é certamente uma criatura poderosa, mas pelo seu custo de mana é o mínimo que deveria ser. Algumas cartas já foram bem utilizadas como Bring to Light ou o ciclo de Man Lands, mas é só isso mesmo.

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Antes de irmos para o TOP 3, se prefere ver este conteúdo em vídeo:

3 - Salvadores de Kamigawa

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Kamigawa original já não foi o bloco mais aceito pelos jogadores, ser lançando entre duas coleções muito impactantes fez com que a coleção tivesse uma sensação de queda do power level. Nas duas primeiras coleções podemos até discutir sobre isso, temos cartas icônicas e outras nem tanto, agora a parte final do bloco deixa um tanto a desejar.

Chega a ser difícil citar cartas boas de Salvadores de Kamigawalink outside website, temos que procurar com muita ênfase — talvez Pithing Needle seja a melhor delas!

Erayo, Soratami Ascendant é até que boa em cenários específicos, é banido em Commander 1x1, e seu histórico termina por aí. Seu ciclo de terrenos lendários é com certeza... hm... é um ciclo de terrenos, né?... e talvez Kataki, War’s Wage seja marcante? Bem, com certeza esse status vai mudar quando os Jhonnys descobrirem o verdadeiro potencial de One With Nothing.

Kamigawa pelo menos conseguiu dar a volta por cima com sua revisita em Kamigawa: Neon Dinasty e não precisou terminar nesse fiasco que foi Salvadores de Kamigawa. Por mais que a coleção seja a mais cara do top, custando uma média R$ 700, isso burla a nossa "regra" — as cartas caras aqui certamente são casos de escassez das cartas que foram impressas em 2005 pra nunca mais.

2 - Labirinto do Dragão

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Mais uma vez vemos uma revisita a uma coleção já consagrada deixando a desejar, o que pode ou não demonstrar que esse tipo de coleção precisa de mais atenção e identidade, para que não acabe ficando com aquela sensação de "mais um filme de Velozes & Furiosos".

Labirinto do Dragãolink outside website é a última coleção do bloco de Retorno a Ravnica, que por si só foi um bloco interessante, mas com esse final um tanto quanto trágico, essa coleção é famosa por ser ruim e, portanto, era obrigatória figurar em nosso top.

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A coleção teve por muito tempo sua carta mais cara sendo Voice of Resurgence, que é uma boa carta em geral e foi relativamente utilizada em seu lançamento — o problema é que depois da Voice a carta mais cara da coleção era o token de Elemental criado pelo efeito dela.

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Ou seja, a coleção se limitava a essa carta, que também nem é tudo isso, não é como se ela tivesse quebrado algum formato ou criado novos decks ou estratégias. Inclusive, praticamente não é mais vista em formato nenhum e teve seu lugar de destaque da coleção tomado por Maze's End, que é uma carta popular para quem quer fazer um deck divertido (e geralmente não competitivo) de Portões.

Dito isso, fica fácil compreendermos o valor risível de R$ 150 da coleção. Poucas cartas são boas, algumas são até conhecidas como Notion Thief e Wear//Tear, mas mesmo elas são preteridas por outras cartas com efeitos similares, o que torna a coleção bem esquecível.

1 - Terras Natais

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Terras Nataislink outside website é uma coleção tão ruim, que enquanto ela estava no Standard foi feita uma regra exigindo que um deck tivesse um número mínimo de cartas de todas as coleções válidas. Isso foi porque não tinha motivo nenhum para usar as cartas de Terras Natais, então ninguém comprava booster da coleção e, por consequência, a empresa não lucrava.

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A melhor carta do set é Merchant Scroll que foi impressa como comum. Serrated Arrows também já viu algum jogo e de resto, não tem mais nenhuma carta boa em Terras Natais. O melhor elogio que podemos fazer é que algumas delas são versões piores de outras cartas, isso vale inclusive para as cartas que citei acima.

Esses fatores tornam essa coleção impressa em 1995, com cartas que fazem parte da lista reservada, a ter o valor de um deck Pauper: uma média de 350 reais.

Finalizando

Estamos falando sobre um jogo, o intuito dele é proporcionar diversão para quem o joga, e divertimento é um dos conceitos mais abstratos que existem. Logo, não se sinta ofendido se você adora jogar selado de Terras Natais ou se tem um Deck de Maze's End!

Discordou de mim em algum ponto? Acha que alguma coleção deveria figurar no top? Tem alguma curiosidade para complementar o top? Por favor, comente aí embaixo e vamos interagir! Agradeço sua presença e atenção!