Magic: the Gathering

Deck Guide

Explosivo e Barato no T2: Monowhite Lumimancer

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Vamos falar de como montar um deck com a MELHOR carta de Strixhaven para decks agressivos!

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revisado por Tabata Marques

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Eu poderia começar esse artigo de quinze formas diferentes. Falar sobre como estratégias simples não são necessariamente fracas ou citar a importância de decks baratos no formato. Poderíamos citar, também, a diversão de usar certos decks com cores alternativas, como um MonoRed Control, ou ainda, fazer um Top 10 pastéis do Beiçola que eu queria provar enquanto assistia “A Grande Família”.

Tudo isso se encaixa no artigo de hoje, sobre um deck do formato Padrão para seu Magic Arena. Um deck barato, extremamente simples de se pilotar e que me garantiu diversas vitórias na ranqueada do Standard no Magic Arena. Uma estratégia já existente com o aditivo de uma nova cor e que enche a boca de água, igual um pastel de carne com queijo. Seja como MonoWhite Aggro, MonoWhite Storm ou MonoWhite Blitz, apresentamos aqui o baralho da rainha da nova edição, Lumimante Esperta.

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Minha denominação genérica favorita para ele seria MonoWhite Blitz, uma vez que “Blitz” se refere a esse tipo de deck, muito popular no Modern, com criaturas e mágicas de baixo custo que ajudam a essa criatura crescer monstruosamente, de modo que a partida seja decidida logo nos primeiros ataques, atropelando seu oponente como consequência. Essa lista foi encaminhada pelo meu amigo Matheus Henrique no grupo de Padrinhos do canal Cabrito Montês.

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A peça principal desse deck é a Lumimante Esperta. Uma criaturinha muito xuxu de custo um. Apesar de seu poder 0, a sua habilidade permite um aumento de +2/+2 para cada mágica instantânea ou feitiço que você conjure, independente do turno, graças a palavra-chave Magifício, novidade de Strixhaven. Pode-se traçar um paralelo com a habilidade Landfall, em português Aterragem, oriunda de Zendikar, que desencadeia uma habilidade toda vez que um terreno é colocado em jogo. Insistindo nessa comparação, temos o Lince de Estepe, que nada mais é que a versão com aterragem da Lumimante. A muitas luas atrás, o Lince da Estepe era responsável por muitas vitórias opressoras em decks de Landfall no T2, Modern e até Pauper, ganhando valor com fetchlands e deixando esse gatinho muito/muito sem esforço.

Nosso objetivo com a Lumimante é exatamente esse. Colocar ela no primeiro turno e sequenciar diversas instantâneas e feitiços, dos quais falaremos mais tarde, a fim de que cada ataque dessa maga deixe de ser um tapinha na nuca que o Michael Kyle dava no filho e se transforme em uma pancada que o Chaves dava no Quico com um tijolo. Não descansaremos até que o oponente esqueça o alfabeto a cada pancada que a Lumimante dê no inimigo. Felizmente, nossa garota de ouro não anda sozinha no lanche em Strixhaven e pode contar com a ajuda do Lumescriba Leonino.

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O leãozinho tem a mesma palavra-chave da Lumimante, o Magifício. Ou seja, toda vez que você conjura ou copia uma mágica instantânea ou um feitiço um efeito é ativado, nesse caso, todas as criaturas que você controla recebem +1/+1 até o final do turno. Então, não só ele cresce como as outras criaturas em campo também. Especialmente a Lumimante que somado aos +2/+2 que você já ganharia com o Magifício, resulta em incríveis +3/+3, por mágica, sem contar os aumentos dos efeitos das próprias instantâneas e feitiços.

O efeito do Lumescriba é bem simples, mas eficiente. Seu plano com ele é ir colocando várias criaturas, inclusive vários leões juntos para acumular efeitos, e dar aumentos para todos quando alguma mágica instantânea ou feitiço são conjurados. E, sem dúvida, o melhor jeito que o seu deck tem de povoar a mesa para usar essa habilidade com seu potencial total é através do Espírito do Clarim, velho conhecido de usuários de White Weenie. Esse espírito batutinha permite que você crie uma ficha de criatura Espírito branca 1/1 com voar toda vez que você conjurar a sua segunda mágica em um turno. Infelizmente, é só o segundo, mas vale em ambos os turnos, então, se por algum motivo você conjurar duas mágicas no turno do oponente, você também recebe uma fichinha de criatura. Lembrando que o termo “Mágicas” descrito nesta carta abrange não só mágica instantâneas e feitiços, como descrito no Magifício, mas se refere a outros tipos, como criaturas, por exemplo. Graças ao Espírito do Clarim podemos povoar nosso campo com fichas com voar, que irão crescer com a ajuda do Lumescriba Leonino quando possível, facilitando o nosso plano de jogo agressivo.

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A última criatura do deck é Mavinda, Defensora dos Estudantes, essa corujona que na arte da carta tá conversando com a Hermione. E nada me tira da cabeça que essa menina é a Hermione. Além de voar e ter estatísticas boas de poder e resistência, Mavinda tem uma habilidade muito útil nesse deck, a de, uma vez por turno, escolhermos uma mágica instantânea ou feitiço do seu cemitério e permitir que elas sejam jogadas novamente. Mas aí vem o twist da coisa; cartas que deem alvo em criaturas que eu controlo podem ser conjuradas pelo mesmo custo, ou agora em Strixhaven valor de mana, enquanto mágicas que não tenham como objetivo os seus vassalos de papelão custam oito manas genéricas a mais. Seja uma simples Fatal Push ou uma Cólera de Deus, se não der alvo nas suas criaturas vai sair por um custo bem mais salgado.

Quando essa carta foi anunciada, muitos estavam tentando encaixar ela no Infect Modern, por causa da sua capacidade de dar flashback para as mágicas de crescimento do deck, mas, para o Infect, melhor que isso em esperar turno três para baixá-la e o turno quatro para usar ela com maestria, é trocar ela por spells de crescimento e vencer o inimigo no turno dois.

Agora, para este deck, mesmo que tenha uma premissa parecida ao Infect, essa coruja não é MaVINDA, e sim, BEM VINDA. Uma vez que, já lhes aviso, esse baralho tem o gás de uma Coca-Cola três litros, a amiga da Hermione nos dá um reforço muito bom para cartas no seu cemitério, inclusive as que permitem você a comprar mais cards do grimório. Além de te ajudar com a possibilidade de desencadear a habilidade do Espírito do Clarim mais facilmente. Essa carta faz tão bem para esse deck que ela está aqui barrando a possibilidade de usarmos um Lurrus da Toca Onírica como companheiro no sideboard. Caso você queira desfrutar desse belo gatinho, o que não é má ideia, eu recomendaria trocar uma das Mavindas por ele.

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No meio termo entre criatura e feitiço, temos Fada Madre-Guia. Quando eu disse que a Mavinda era a última criatura do baralho, eu não estava mentindo. Essa fada está aqui pela sua modalidade de feitiço; Dádiva das Fadinas. Dar +2/+1 e voar para a sua Lumimante a transforma de uma 0/1 para uma 4/4 voadora. Claro, posteriormente usar a Fada como uma criatura 1/1 com voar também apetece, uma vez que ela pode se beneficiar dos efeitos do Lumescriba e ajudar ao Espírito do Clarim a criar uma ficha, mas ela está aqui primeiramente pelo seu módulo de aventura.

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Existem outras cartas de feitiço e instantâneas que fazem suas criaturas crescerem, um exemplo maravilhoso é Lutar como Um. Essa mágica pode alvejar até duas criaturas, e além de conceder +1/+1 também as deixa indestrutíveis. Ela dá um alvo em um humano, o que nesse deck é a Lumimancer, e em um não humano, o que são todas as outras criaturas. Perfeito para protegê-las.

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Entre as cartas que fazem nossas criaturas ficarem maiores temos duas bem baratinhas e que ainda por cima se repõem. A primeira é Golpe Desafiador que te dá +1/+0, de ajuda um pouco nas contas do deck, além de claro, o draw no branco é mais do que bem vindo. A carta já é usada em todas as builds de Pluma, a Redimida existentes. A outra é Voz Guia deposita um marcador +1/+1, o que é bem melhor que um boost temporário, mas também se repõe através da nova mecânica de Strixhaven “Aprender” da qual falaremos em breve.

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Também temos cartas que podem tirar as criaturas oponentes da frente. Derrubada de Kabira dá dano a uma criatura oponente igual ao número de criaturas que você possui, seu poder e usabilidade depende da sua própria board, mas ao mesmo tempo, ele também é Platô de Kabira, um terreno que pode te ajudar na zica. Já Pausa no Estudo faz com que duas criaturas quaisquer, preferencialmente do oponente sejam viradas.

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Por último, temos a carta mais assustadora do baralho, Demonstração de Confiança. Vejam, crianças, a muito tempo atrás, existia uma mecânica chamada “Rajada”. Ela tinha o seguinte texto; “Quando você conjurar esta mágica, faça uma cópia dela para cada mágica conjurada antes dela neste turno. Você pode escolher novos alvos para as cópias.” Essa mecânica foi considerada muito forte e é sumariamente banida do Pauper em quase todas as suas formas, e até as cartas permitidas nele com essa mecânica formam decks poderosos, tal qual Reaping the Graves. Rajada foi exilada de coleções do formato Padrão pela equipe de pesquisa e desenvolvimentos da Wizards, que só a coloca em cartas de sets especiais para Legacy, Modern e Commander.

Um belo dia, alguém na Wizards decidiu reproduzir tal monstruosidade no T2, provavelmente o mesmo maluco que colocou Grapeshot no Mystical Archive e o validou para o Histórico, e assim nasceu Demonstração de Confiança. Que funciona igual a Rajada, mas apenas para feitiços e mágicas instantâneas, e não para qualquer carta. Demonstração de Confiança irá se copiar para cada uma das cartas desses dois tipos lançadas anteriormente, e cada cópia pode dar um alvo diferente, lhe concedendo vigilância até o fim do turno e um marcador +1/+1 o que, na minha opinião, é perfeito para seus espíritos, fadas e corujas com voar. Se feito direitinho, você pode colocar vários marcadores e deixar várias criaturas suas com vigilância, além de que, cada cópia desencadeia o efeito da Lumimante Esperta e do Lumescriba Leonino separadamente, ou seja, é a carta dos sonhos para você usar, principalmente se tiver feito a Lumimante voar anteriormente no turno ou ter deixado o campo do oponente sem bloqueadores previamente.

De terrenos contamos com dezoito Planície e um Castelo de Ardenvale, para criar Tokens que se beneficiarão dos Lumescribas. Além disso, Platô de Kabira também está disponível quando não temos muitos terrenos.

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Foi mencionado mais cedo Pausa no Estudo e Voz Guia com Aprender. Aprender é maravilhoso, sempre evoluir e melhorar onde errou anteriormente. No Magic é uma mecânica muito legal no T2, nos dando acesso a cards muito legais no sideboard. E, claro, repondo cartas usadas por uma escolha sua.

Dos que criam Tokens nós temos; Invocação de Espírito e Invocação do Nanquíneo, que te dão uma criaturinha sangue bom na mesa. Temos também Introdução à Aniquilação e Reduzir a Lembranças que exilam permanentes não terreno do oponente, a primeira deixa ele comprar uma carta em troca e a segunda, que é a melhor, dá para ele uma criatura 3/2 sem nenhuma habilidade. São ótimas remoções para grandes problemas.

Outra lição é Anatomia Expandida que te dá dois marcadores +1/+1 e vigilância até o fim do turno para a criatura alvo, o que nesse deck é gigante. Também temos (card)[Suspensão Acadêmica) que te permite barrar um ataque ou uma mágica problemática do oponente.

Por fim, outros cards como Féretro de Vidro, Reidane, God of the Worthy, Lanterna Guia-almas e Matador de Gigantes são o resto do seu side. Cada uma delas vai lidar com algo, cemitério, criaturas grandes, criaturas pequenas, ou até mesmo fazer mágicas grandes de não-criaturas do seu oponente custarem mais, atrasando-o. É um side bem sólido com algumas das especialidades do branco.

Esse deck simplesmente me carregou em minhas partidas no Arena. Na maior parte do tempo que usei ele eu estive em zero perigo, principalmente contra o Cycling, outro deck budget do formato. Esse Monowhite é barato, custa muito poucas Wild Cards raras, algumas você até já tem de baralhos antigos, e custa menos míticas ainda. O deck é explosivo e te permite jogar várias partidas em pouco tempo, o que te ajuda a subir no ranking com mais facilidade.

E, no próximo artigo, vamos aprender como transformar esse deck em um Modern. Enquanto ele não sair, estarei sonhando com os pastéis do Beiçola.