Magic: the Gathering

Review

Magic 30 Anos: As Edições mais importantes de cada ano

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Em Outubro, Magic estará começando sua celebração de 30 anos. Nesse artigo, enumeramos os sets mais importantes de cada ano desde o lançamento do jogo!

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revised by Tabata Marques

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Magic: The Gathering estará celebrando seu aniversário de 30 anos a partir de outubro, com um grande evento em Las Vegas além de diversas novidades no decorrer do fim de 2022 e em todo o ano de 2023.

Para celebrarmos esse marco histórico, a Cards Realm estará realizando dentro do próximo mês um compilado com trinta elementos importantes do card game mais famoso do mundo.

Hoje, trago os trinta sets mais impactantes em cada ano de Magic, começando por 2022 e descendo até 1993.

Os Sets Mais Importantes de Magic em cada ano

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2022 - Kamigawa: Neon Dynasty

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Apesar de estar receoso de colocar Kamigawa: Neon Dynasty como o set mais importante do ano antes do lançamento de The Brothers' War, é inevitável desconsiderar que o retorno a um dos planos mais amados, mas menos mecanicamente relevantes de Magic foi um enorme sucesso.

Neon Dynasty esteve a frente dos sets anteriores, e possui um design visual e mecânicas bem mais empolgantes do que qualquer outro em 2022 até esse ponto. O tema cyberpunk caiu muito bem com a proposta do plano, sua lore deu prosseguimento ao ciclo de New Phyrexia, e inúmeros cards impactaram todos os formatos construídos.

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Muitos de seus cards tornaram-se staples de múltiplos formatos e algumas inclusive são pilares de algumas das principais estratégias competitivas hoje e se olharmos para o atual Standard, diversos arquétipos têm como base alguns cards dessa edição, como Invoke Despair.

2021 - Modern Horizons II

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Nenhum outro set em 2021 foi tão poderoso e controverso quanto Modern Horizons II - um lançamento focado exclusivamente nos formatos eternos e, consequentemente, tendo um teto muito maior em Power Level e mudando para sempre o Modern, Pauper e o Legacy.

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Começando com as comuns, Chatterstorm e Sojourner's Companion ao lado das Bridges polarizaram o Metagame competitivo do Pauper e levaram á uma série de banimentos e podem ter indiretamente ocasionado na criação de um comitê oficial para o formato, o Pauper Format Panel.

No entanto, onde as coisas realmente mudaram foram no Modern e no Legacy, protagonizados essencialmente pelos mesmos cards:

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Dragon's Rage Channeler foi talvez a criatura mais impactante lançada em 2021, tomando a coroa do Legacy de Delver of Secrets e transformando o arquétipo numa verdadeira ameaça ao Metagame ao lado de Murktide Regent e Ragavan, Nimble Pilferer, que acabou sendo banido do formato.

Urza's Saga viabilizou uma dezena de arquétipos distintos tanto no Modern quanto no Legacy, onde diversos decks voltados para artefatos receberam um ótimo empurrão para ter seu espaço nos torneios.

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Se olharmos para o Modern, o maior impacto no cenário competitivo — além da inclusão de staples como Counterspell — são os Evoke Elementals, criaturas poderosas que podem ser conjuradas de graça exilando um card de determinada cor, e a presença desse ciclo no Modern basicamente transformou o formato em um "Legacy-lite".

Modern Horizons II trouxe também uma série de outros cards que viabilizaram múltiplos arquétipos no seu formato-alvo, como Archon of Cruelty, Shardless Agent, Esper Sentinel, entre outros. Logo, por conta do seu power level altíssimo que mudou o cenário dos formatos eternos para sempre, ele é o set mais importante de 2021.

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2020 - Ikoria: Lair of Behemoths

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Ikoria: Lair of Behemoths não teve o mesmo hype e sucesso comercial que Kamigawa: Neon Dynasty e nem trouxe um super aumento de power level como Modern Horizons II, mas foi definitivamente o lançamento mais importante de 2020 por trazer duas coisas que mudaram o Magic para sempre: Triomas e Companions.

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O ciclo de Triomes, lands que entram viradas, mas que possuem três tipos de lands básicas e, portanto podem ser buscadas com fetch lands, foram a peça central para aprimorar a manabase de formatos eternos — especialmente no Modern, onde Four-Color Goodstuff e até decks de cinco cores tornaram-se mais viáveis graças à interação entre essas lands.

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No entanto, o verdadeiro e permanente impacto de Ikoria no universo de Magic foi devido a uma mecânica que sempre lhe permitia ter uma oitava carta na sua mão: Companion.

A mecânica foi criada baseada na ideia de você ter uma criatura representada como seu companheiro durante os jogos, e para acessá-las, você precisava fazer algumas concessões de deckbuilding. Porém, dois problemas tornaram dessa keyword tão poderosa que ela precisou de uma errata.

Primeiro, as concessões requeridas por eles não eram punitivas o suficiente, e até ajudaram determinados arquétipos a se desenvolverem melhor: Lurrus of the Dream-Den basicamente tornou-se onipresente em qualquer arquétipo mais agressivo porque favorecia a eficiência de mana, enquanto Yorion, Sky Nomad motivou jogadores a tentarem builds com mais de 60 cartas ao descobrirem que, se tudo o que você faz no jogo é uma bomba de valor irreversível, ter 20 cartas a mais em troca de ter acesso a um 4/5 Flying que blinka todas as suas permanentes definitivamente vale a pena.

Segundo, conjurar Companions de fora do jogo — não abrindo espaço para qualquer interação fora de counterspells — os tornavam poderosos demais, obrigando a Wizards of the Coast a fazer uma errata na mecânica, obrigando jogadores a pagar três manas para colocar o Companion na mão antes de conjurá-lo.

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Ainda com essa restrição, Lurrus of the Dream-Den provou-se poderoso demais em basicamente todos os formatos eternos onde ele era válido, estando banido atualmente no Pioneer, Modern e Legacy, além de ser o primeiro card em anos a ter sido banido do Vintage por questões de power level.

2019 - War of the Spark

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2019 foi um ano cheio de lançamentos importantíssimos para o Magic: Throne of Eldraine foi a mais polêmica pelo banimento de Oko, Thief of Crowns e Once Upon a Time em vários formatos, além de diversos outros bans no Standard. Modern Horizons foi o primeiro produto dedicado à inserção de cartas no Modern sem precisarem passar pelo Standard, mas em termos históricos, nenhum deles superou o poder do marketing e hype gerado com War of the Spark.

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O trailer da edição que culminaria no epílogo do arco de Nicol Bolas foi uma das melhores execuções de marketing que a Wizards já fez para o jogo — e uma arte que, infelizmente, parece ter se perdido com os anos seguintes: a trilha sonora com um cover melancólico de In The End* se encaixou perfeitamente com a atmosfera que o trailer tentava passar, gerando um hype gigantesco pela coleção antes de seu lançamento.

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Apesar de a lore ter desapontado os fãs, War of the Spark trouxe vários cards impactantes e mágicas que estão presentes até hoje no cenário competitivo. Sua maior inovação foram as habilidades passivas em Planeswalkers, que os tornavam ainda mais impactantes no prosseguimento do jogo, e o destaque nesse quesito foram Teferi, Time Raveler que até hoje é uma staple do Modern e do Legacy e está banido do Pioneer, e Karn, the Great Creator, que protagoniza uma série de arquétipos hoje.

Principalmente por quão bem sua publicidade foi executada e tornando-se memorável com um trailer que mexeu com os fãs, War of the Spark, apesar de não ter um power level tão alto quanto outros sets desse ano, foi o grande destaque de 2019.

2018 - Dominaria

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Dominaria foi o set mais importante de 2018 por uma variedade de motivos: nenhum outro lançamento naquele ano foi tão empolgador quanto ele, já que o bloco de Ixalan não foi impactante o suficiente, os Master sets não trouxeram nada além do que já era esperado e Guilds of Ravnica pareceu um pouco mais do mesmo.

Além disso, o set era o primeiro retorno ao plano desde Time Spiral, e trouxe aos jogadores uma visão ampla de tudo o que se sucedeu após a nossa última visita, enquanto trouxe novas versões de personagens clássicos como Squee, Jhoira, Multani, Karn, Jaya, Teferi, entre outros.

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Dominaria também trouxe pela primeira vez as Sagas, encantamentos que se tornariam um elemento recorrente nos lançamentos futuros, além de uma variedade de cartas que se importavam diretamente com mágicas lendárias.

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E olhando para o lado competitivo, o maior destaque da edição foi Teferi, Hero of Dominaria, um Planeswalker tão poderoso que destronou o por muitos anos banido Jace, the Mind Sculptor como melhor Planeswalker para decks Control no Modern, e ainda hoje é uma staple lá e no Pioneer.

Além disso, apesar de já não tão usado quanto em seu lançamento, Goblin Chainwhirler basicamente ditou o Standard durante toda a sua existência, definindo o que era viável ou não no Metagame da época.

2017 - Aether Revolt

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Num primeiro olhar, nenhum lançamento de 2017 parece muito impactante porque basicamente todos os sets foram medianos ou ruins, e provavelmente o produto mais famoso daquele ano foram os decks de Commander 2017, que trouxeram alguns dos melhores comandantes tribais já lançados. Porém, Aether Revolt tem um impacto histórico permanente.

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A edição que deu continuidade ao bloco de Kaladesh protagonizou algumas das maiores polêmicas do jogo e levou cards a serem banidos de formatos competitivos, começando pelo banimento emergencial de Felidar Guardian por conta do seu combo com Saheeli Rai que dominou o Standard na época.

Outro destaque da edição para o Standard foi Rogue Refiner, que basicamente solidificou os decks de Energy como uma opção viável no Metagame competitivo e esteve presente num amplo e detalhado banimento de cards do formato em 2018, ao lado de Attune with Aether.

Por fim, Walking Ballista terminou banida do Pioneer muitos anos depois pela sua combinação com Heliod, Sun-Crowned que possibilitava dano infinito.

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Mas o card mais relevante de Aether Revolt e que deixou sua marca permanente no jogo definitivamente foi Fatal Push — um removal barato e de custo baixo que reinventou os formatos eternos como uma resposta para inúmeras ameaças que viam jogo na época, possibilitando inclusive a popularização dos decks de Death's Shadow que dominariam o Modern naquele ano.

2016 - Oath of the Gatewatch

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2016 teve alguns lançamentos interessantes com o retorno a Zendikar no final do ano anterior e um novo set ambientado em Innistrad em seguida, além de Eternal Masters, que trouxe alguns dos primeiros reprints importantes para o Legacy.

Mas Oath of the Gatewatch deixou sua marca na história não só por supostamente encerrar o ciclo dos titãs Kozilek e Ulamog e iniciar o ciclo da Gatewatch, como também por ser a causa de um dos momentos mais fatídicos do cenário competitivo: o Eldrazi Winter.

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Na busca por um meio inovador de representar essas criaturas extraplanares, o R&D decidiu criar um símbolo específico para a mana incolor a fim de limitar o uso de determinadas mágicas ou habilidades em arquétipos multicoloridos — estratégias que estavam em abundância na época por conta da mistura entre Fetch Lands e Tango Lands — e apesar disso ter funcionado para o Standard, não podemos dizer o mesmo dos formatos eternos onde Eye of Ugin e Eldrazi Temple, que basicamente reduziam o requerimento de mana de criaturas que já fazem muito pelo seu custo normal.

O resultado foi um Modern tomado por Eldrazis durante alguns meses num período que ficou conhecido como Eldrazi Winter, onde o formato basicamente se desenvolveu em torno de descobrir a melhor variante para a tribo, enquanto o restante do Metagame tinha dificuldades em conseguir acompanhar sua velocidade — eventualmente levando ao banimento de Eye of Ugin.

2015 - Dragons of Tarkir

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Dragons of Tarkir, o último set de um dos blocos mais poderosos de todos os tempos, pode não ter o mesmo impacto que Khans teve, mas ele trouxe algumas das staples mais importantes de Magic até hoje, como Kolaghan's Command, Atarka's Command e Collected Company, que estão presentes em alguns dos principais competidores do Pioneer em 2022.

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Além disso, sua inserção ao Standard trouxe uma variedade de staples que se tornariam a base para vários arquétipos importantes. Em especial com o pacote de Den Protector e Deathmist Raptor como uma engine resiliente, além de cards focados em dragões com Silumgar's Scorn, Dragon's Fire e Foul-Tongue Invocation que colocaram o arquétipo em destaque, especialmente nas versões Rakdos com Thunderbreak Regent e Esper com Dragonlord Ojutai.

2014 - Khans of Tarkir

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Absolutamente nada em 2014 se comparou com Khans of Tarkir — a edição mal tinha saído e já estava ditando como o Standard deveria se comportar.

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Esse set era poderoso do começo ao fim: as comuns importavam, as incomuns estavam em um power level de raras e as raras eram máquinas poderosíssimas de ganhar jogos.

Siege Rhino basicamente se tornou o pilar do Metagame e um dos cards mais amados e odiados da sua estadia no Standard, enquanto esteve presente no Modern também, assim como Monastery Swiftspear que até hoje é uma staple dos Red-Based Aggro em basicamente todos os formatos eternos.

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Além disso, o set também teve o retorno de uma das mecânicas mais quebradas da história do jogo: Delve, e como esperado, algumas de suas cartas simplesmente quebraram a simetria e equilíbrio do Metagame no Modern, Legacy e Pauper por recompensarem demais Tempo Decks com Treasure Cruise e combos com Dig Through Time — eventualmente ambas as mágicas foram banidas dos seus respectivos formatos.

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No entanto, o verdadeiro destaque e impacto histórico permanente de Khans of Tarkir ocorreu com o reprint das Fetch Lands Aliadas, que não só se juntaram às Fetchs inimigas de Zendikar no Modern, como também alteraram a estrutura do Standard ao ponto de influenciarem não apenas a construção de listas que eventualmente levou, ao lado das Tango Lands de Battle for Zendikar,a diversas variantes de arquétipos de três cores com um leve splash, como também a um acréscimo significativo no preço do formato.

Por fim, foi com Khans of Tarkir que passamos a nomear as combinações de cores inimigas com base nos clãs do plano: Abzan, Mardu, Jeskai, Temur e Sultai.

2013 - Modern Masters

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Pode parecer estranho ter uma edição de reprint como a mais impactante de um ano, mas Modern Masters foi o primeiro Master set da história e iniciou um precedente que ajudaria e muito a comunidade de Modern e de outros formatos a adquirirem os cards que eles precisavam — a de adicionar reprints pontuais em um lançamento voltado para Boosters.

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Focado exclusivamente em sets de 8th Edition até Shards of Alara, o Modern Masters trouxe uma variedade de reprints para facilitar a aquisição de staples do formato que não se encaixavam mecanicamente ou em power level com os recentes lançamentos do Standard, como Tarmogoyf ou Dark Confidant.

A inserção desse produto, apesar de mais caro que um set comum, ajudou a criar um padrão que colaboraria em popularizar o Modern e abrir uma janela de oportunidade para que jogadores pudessem adquirir cards importantes e segurar o spike de preços que o lançamento do formato criou.

2012 - Return to Ravnica

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Ainda nessa mesma lógica de tornar staples do Modern mais acessíveis, Return to Ravnica trouxe o primeiro reprint das Shock Lands, lançadas originalmente em 2005, e também se destacou como a primeira edição á revisitar um plano que não fosse Dominaria.

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A inclusão das Shock Lands na edição, com o Core Set daquele ano trazendo o reprint das Check Lands e de Farseek basicamente definiram como os arquétipos daquele formato jogariam, colocando em evidência listas de três cores devido ao acréscimo de consistência proporcionado pelo novo set.

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Mas não só de Shock Lands esse set vivia: cards como Sphinx's Revelation e Detention Sphere se tornaram staples do formato e apareciam também no Modern, assim como Loxodon Smiter como uma resposta eficiente contra Liliana of the Veil, e Abrupt Decay foi, por quase uma década, uma das mágicas mais importantes do Legacy.

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E falando em formatos eternos, é impossível negar o impacto que Deathrite Shaman teve no Modern e por muito tempo no Legacy — tornou-se o principal pilar de um formato voltado para Fetchlands e eficiência de mana, sendo quase obrigatório em vários arquétipos e frequentemente valendo o custo do splash já que ele mesmo consertava a mana. Sendo muitas vezes visto como um "Planeswalker por uma mana".

Eventualmente, Deathrite Shaman foi banido do Modern por tornar do Jund rápido e consistente demais e, posteriormente, do Legacy por estar presente demais e tornar de efeitos como Wasteland contra decks multicoloridos menos punitivo.

2011 - New Phyrexia

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2011 teve dois sets importantes e com impacto de longo prazo para o Magic: Innistrad, que trouxe diversas staples como Delver of Secrets, Liliana of the Veil, Snapcaster Mage, entre outros, e New Phyrexia, que trouxe uma variedade menor de staples, mas teve um impacto bem maior no jogo por apresentar uma das mecânicas mais quebradas da história do jogo: Mana Phyrexiana.

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Mana Phyrexian basicamente profanou dois fundamentos essenciais do jogo: color pie e custos — permitindo a qualquer deck ter acesso à mágicas fora da sua cor, desde que pagasse um custo alternativo em vida.

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O maior pivô dessa mecânica foi Mental Misstep — que foi automaticamente adicionado ao maindeck de praticamente todos os decks de Legacy — até mesmo no Goblins — por permitir a qualquer arquétipo responder eficientemente aos one-drops do formato.

Gitaxian Probe foi outro card que, apesar de permanecer bastante tempo nos formatos eternos, protagonizou uma mudança significativa neles ao ponto em que foi banida do Modern, Legacy e Pauper por dar informação demais por nenhum custo relevante.

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Dito isso, a quebra de color pie providenciada pela Mana Phyrexiana impacta formatos eternos até hoje, com diversas mágicas sendo usadas ocasionalmente no Modern, enquanto Mutagenic Growth, Apostle's Blessing e Gut Shot são peças importantes do repertório do Pauper.

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Mas não apenas de Mana Phyrexiana viveu New Phyrexia, e outros cards poderosos definem ou definiram até hoje o Metagame de formatos eternos, como Karn Liberated no Tron, Batterskull ao lado de Stoneforge Mystic, além de Deceiver Exarch que levou ao banimento de Splinter Twin no Modern, e o também banido Birthing Pod.

2010 - Worldwake

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Worldwake deixou sua marca no mundo graças ao lançamento de dois cards que protagonizariam um momento que, até então, era raro no Standard.

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Stoneforge Mystic e Jace, the Mind Sculptor foram banidas do Standard no ano seguinte por serem a peça central de um deck que dominou o Metagame, quebrando uma tradição de evitar banimentos em formatos rotativos, e talvez seria o primeiro precedente que tornaria de intervenções diretas no Standard uma prática comum alguns anos depois.

Curiosamente, enquanto Stoneforge Mystic realmente precisava de suporte para valer a pena e isso ainda não existia apropriadamente na époc — Caw-Blade só se tornou um problema quando lançaram Sword of Feast and Famine em Mirrodin Besieged — Jace, the Mind Sculptor foi criticado em seu lançamento e visto como "fraco", com uma das críticas mais comuns se referindo ao fato de que o seu Brainstorm não era uma habilidade positiva.

Esses jogadores foram provados errados quando Shards of Alara rotacionou, e o Metagame se tornou tão voltado para Jace, the Mind Sculptor que jogadores comumente usavam cópias de Jace Beleren para combatê-lo com uma antiga regra onde só podia existir um Planeswalker de cada nome no campo de batalha.

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Worldwake também trouxe o ciclo de manlands, que apesar de não tão usados atualmente, foram staples do Modern por diversos anos, além de ter sido nesse set que uma das melhores criaturas de todos os tempos — e que seria devidamente valorizada anos depois — foi lançada:

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2009 - Zendikar

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Zendikar foi um lançamento que mudou a estrutura do jogo e principalmente ditou os formatos eternos por trazer, após muitos anos, o lançamento das Fetch Lands inimigas.

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A criação desse ciclo alterou para sempre a estrutura do Legacy, melhorando significativamente a consistência de decks com combinações de cores inimigas, como o BUG Threshold, Canadian Thresh, e também ajudou — com adições de sets posteriores — a estabelecer outras estratégias nessas combinações de cores, como Dark Horizons e Depths.

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Zendikar também trouxe algumas mágicas que se tornariam staples, como Vampire Hexmage por conta do seu combo com Dark Depths. Outras cartas notórias foram Goblin Guide, que por anos e até hoje ainda é uma peça importantíssima para o Burn, e Expedition Map, que aparece ocasionalmente no Modern e Legacy e já chegou a ser banida do Pauper por um tempo.

2008 - Shards of Alara

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2008 teve bons lançamentos com a continuação do bloco de Lorwyn, mas num contexto histórico — enquanto não tem tantas cartas importantes — Shards of Alara abriu um precedente que se tornaria um padrão comercial a partir daquele momento.

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O primeiro set bloco majoritariamente multicolorido focado nos cinco planos separados que compõem Alara, deixou sua marca na história ter sido o primeiro set com uma nova raridade no jogo: as Míticas Raras, com o símbolo laranja e buscando retratar cards que eram importantes para a história, Planeswalkers, ou mágicas muito poderosas.

O set também foi responsável por batizar as combinações de três cores aliadas com nomes que usamos até hoje: Bant, Esper, Grixis, Jund e Naya.

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Alara também trouxe dois cards que protagonizariam um momento histórico no Magic profissional nas mãos do francês Gabriel Nassif:

2007 - Lorwyn

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Future Sight pode até ter trazido Tarmogoyf e alguns outros cards que fizeram história, mas Lorwyn foi bem além ao trazer não apenas staples que até hoje são alguns dos melhores cards das suas categorias, além de ter sido o primeiro lançamento a apresentar os Planeswalkers.

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Introduzindo um para cada cor e com habilidades típicas da sua identidade, os primeiros Planeswalkers não estavam diretamente conectados com a história do plano, mas foram muito importantes para o cenário competitivo.

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Introduzindo o supertipo Tribal, Lorwyn foi um set inteiramente focado em sinergias entre tipos de criaturas. Com isso, Elfos, Merfolks e Goblins foram algumas das tribos mais destacadas na época.

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O set também teve alguns cards que marcaram a história do jogo: Thoughtseize até hoje é uma staple do Pioneer e do Modern, Cryptic Command foi sempre uma escolha sólida para decks Control. Spellstutter Sprite, além de protagonizar um dos decks mais poderosos da época - UB Faeries - é uma staple do Pauper até hoje, e Ponder é uma das melhores cantrips já lançadas na história.

2006 - Time Spiral

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Time Spiral foi o primeiro retorno a Dominaria após muitos anos visitando outros planos, e um onde observamos uma crise que se desenrolaria no decorrer do bloco e mudaria a lore para sempre por conta da Emenda.

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Como um set que buscou reaproveitar um pouco de cada mecânica dos sets ambientados em Dominaria, Time Spiral trouxe uma gigantesca variedade de mágicas de alto impacto e que agregaram muito ao contexto histórico do jogo, com algumas ainda presentes no cenário competitivo até hoje, como Dread Return no All Spells e Living End como um arquétipo próprio, Academy Ruins como uma staple de Commander, entre outras.

2005 - Ravnica: City of Guilds

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Ravnica: City of Guilds mudou uma variedade de coisas no universo de Magic — pela primeira vez, tínhamos nomenclaturas para as combinações de duas cores das quais usamos até hoje, a edição apresentou uma nova temática para um set multicolorido, introduziu as mágicas de custo híbrido, e trouxe o que talvez seja o segundo ciclo de lands mais importantes da história do jogo: as Shock Lands

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Apesar de serem basicamente uma versão adaptada e com um drawback das Dual Lands, as Shock Lands possuem um impacto histórico maior por conta dos seus reprints recorrentes em todas as vezes que retornamos para Ravnica desde então, tornando-as válidas em mais formatos competitivos, como no Pioneer, e com um impacto longínquo sempre estiveram presentes no Standard.

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Outro card de gigantesco destaque no primeiro set de Ravnica foi Dark Confidant, que eventualmente se tornou uma staple do Legacy por quase uma década, enquanto esteve no Modern por anos até que o power creep eventualmente o tornasse menos obrigatório nas listas competitivas de Midranges.

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2004 - Darksteel

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Apesar de Mirrodin ter sido o set que introduziu uma das mecânicas mais quebradas de todos os tempos - Affinity - foi Darksteel quem elevou o power level do bloco para a estratosfera ao introduzir uma dúzia de cartas poderosas, em especial uma que seria prontamente banida de vários formatos competitivos.

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Skullclamp foi tão impactante no jogo e ironicamente só se tornou tão forte por uma mudança de última hora feita no intuito de enfraquecê-la ao trocar o +1/+1 por +1/-1, fazendo desse artefato a engine de draw mais poderosa de todos os tempos.

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Darksteel trouxe também Arcbound Ravager, que alavancaria ainda mais a predominância do Affinity na época, além de outras staples presentes até hoje nos formatos eternos, como Sword of Fire and Ice, que hoje é combinada com Stoneforge Mystic, Aether Vial como uma peça central de várias estratégias baseadas em criaturas, e Echoing Truth, uma staple de sideboard do Pauper.

2003 - Mirrodin

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Mirrodin deixou uma marca permanente na história ao mostrar que a Wizards acaba cometendo erros quando foca demais em artefatos nos seus lançamentos, introduzindo uma das mecânicas mais quebradas de todos os tempos: Affinity.

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Affinity terminou sendo tão predominante no Standard da época que, após os lançamentos subsequentes, o Metagame era voltado entre "Affinity vs. Anti-Affinity", com diversas estratégias precisando adotar hates de artefato no maindeck para responder à ameaça vigente.

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O fato das Lands Artefato serem lançadas nesse mesmo set fez com que conjurar Myr Enforcer e outras mágicas por um custo muito baixo, ou até mesmo de graça, fosse fácil demais e o único meio de combatê-lo era basicamente focar em interações de maindeck, como Akroma's Vengeance e Viridian Shaman,

Eventualmente, todas as lands artefato, ao lado de outras peças essenciais do arquétipo, foram banidas.

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Mirrodin tambem deu à luz a outros cards importantíssimos do jogo, como Chrome Mox, além de duas das maiores staples de Commander de todos os tempos, Solemn Simulacrum e Lightning Greaves.

2002 - Onslaught

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Onslaught, parte do último bloco que se passaria em Dominaria por alguns anos, mudou o Magic para sempre por trazer ao mundo um ciclo de lands que impactaria todos os formatos eternos para sempre: as Fetch Lands.

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Criadas no intuito de serem um manafixing eficiente que interagia com mecânicas voltadas para cemitério, especialmente Threshold do bloco anterior, as Fetch Lands mudaram inteiramente a maneira como jogamos Magic até hoje pela sua interação com tipos de terrenos básicos, que permitiam buscar Dual Lands com elas, aprimorando significativamente a flexibilidade da base de mana do Legacy e, posteriormente, isso se refletiria no agora extinto Extended e no Modern, com o lançamento das Shock Lands.

As Fetch Lands são, de longe, o ciclo de terrenos mais importante da história de Magic, pois definiram um novo patamar de como aprimorar suas manabases sempre que estão disponíveis em um formato, tornando da opção de jogar com três ou mais cores bem mais tangível do que antes da sua existência.

E, justamente por facilitar demais o acesso às cores e reduzir a diversidade, esse ciclo está atualmente banido do Pioneer desde o lançamento do formato.

2001 - Apocalypse

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Apocalypse foi o set que, através da sua lore, encerrou a maior saga de Magic: The Gathering, colocando um fim na história da Invasão Phyrexiana à Dominaria, com a morte do vilão Yawgmoth através do sacrifício de vários personagens importantes, como Urza e Gerrard, e o considero como o lançamento mais importante de 2001 por representar o fim da trama mais famosa do jogo.

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Além disso, apesar de muitas delas terem se tornado obsoletas com o Power Creep, Apocalypse foi de extrema importância para o universo competitivo do jogo, com Pernicious Deed sendo considerada, por anos, como um dos melhores sweepers de todos os tempos e, ao lado de Spiritmonger e Phyrexian Arena, ter estabelecido no Extended um arquétipo famoso até hoje, The Rock.

2000 - Invasion

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Iniciando um bloco e em um ano relativamente fraco de lançamentos, Invasion merece seu espaço nessa lista porque, dentre os sets do ano 2000, ele possui a maior quantia de cards que sobreviveram ao teste do tempo e, por força do acaso, ainda estão presentes no cenário competitivo até hoje.

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Por conta de reprints recentes, Absorb e Opt tornaram-se válidas no Pioneer, onde elas são staples do formato em arquétipos como Azorius Control e Izzet Phoenix, enquanto Sterling Grove ainda é uma peça importante para os decks de Enchantress, e Phyrexian Altar é uma das peças de combo mais usadas do Commander.

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O set também foi bem importante para o construído da sua época, com Fires of Yavimaya sendo o pilar de um dos decks mais famoso da época, enquanto Addle e Urza's Rage eram vistas como staples do Machine Head, pilotado por Tom van de Logt para ganhar o campeonato mundial de 2001.

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1999 - Urza's Destiny

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O bloco de Urza foi um momento histórico para o jogo das formas mais controversas possíveis, considerado como o bloco mais quebrado de todos os tempos devido ao alto power level de suas cartas numa época onde o R&D ainda estava realizando diversos experimentos — e Urza's Destiny, apesar do menos polêmico dos três sets, ainda é o que tem o maior impacto histórico no jogo em seu ano.

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Phyrexian Negator foi um dos cards mais famosos de sua época e que reteve seu apelo histórico por anos no Extended e no Legacy até que opções mais eficientes como Tarmogoyf pudessem aparecer.

Yawgmoth's Bargain, apesar de ser visto como uma versão "consertada" de Necropotence, acabou sendo tão quebrado quanto ou até mais poderoso do que o encantamento de Ice Age por colocar os cards na mão de seu dono, sendo hoje banido do Legacy e também do Commander.

Falando em Commander, Thran Dynamo ainda é um card muito famoso no formato, enquanto protagonizou arquétipos importantes no seu tempo, como o Wildfire, e ao lado Metalworker e Masticore, protagonizaria o deck que levaria Jon Finkel a se tornar campeão mundial no ano seguinte.

1998 - Urza's Saga

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Dizer que Urza's Saga foi o set mais importante do seu ano é praticamente uma redundância: O set que abriu o Bloco de Urza é visto como a edição mais quebrada de Magic, sendo um parâmetro para uma variedade de coisas que o R&D evitaria nos próximos anos.

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A primeira lição importante que Urza's Saga ensinou é que mana de graça é fácil de se quebrar*, como demonstrado com Tolarian Academy e seu ciclo, que inclui também o mundialmente famoso Gaea's Cradle, e uma variedade de mágicas que realizavam um efeito enquanto desviravam uma quantidade de lands equivalente ao seu custo.

Muitos jogadores chamam Tolarian Academy de "a land mais poderosa do jogo", mas Urza's Saga trouxe também o que muitos consideram a mágica mais poderosa do jogo.

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Yawgmoth's Will, ou YawgWin, como é chamado já que você normalmente vencerá o jogo no turno em que a conjurar, é uma peça essencial para uma infinidade de combos, sendo banida no Legacy por apresentar um power level alto demais.

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A edição também possui uma quantia gigantesca de cartas que foram, ou se tornaram, staples de longo prazo no jogo, com Duress sendo por quase uma década a melhor mágica de descarte do jogo.

Por conta da sua carga histórica, sua fama mundial como o set mais quebrado de todos os tempos, e por trazer ao R&D do jogo uma variedade de exemplos e aprendizados sobre os limites do power level de Magic, Urza's Saga foi o lançamento mais importante de 1998.

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1997 - Tempest

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Tempest trouxe ao jogo alguns cards que fizeram história e/ou ainda são importantes para o mundo competitivo e casual.

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Enquanto Cursed Scroll foi usado durante uma década e acabou se tornando obsoleto, anos depois. Wasteland é um dos pilares que sustenta o Legacy hoje e evita que arquétipos possam sustentar manabases gananciosas demais com listas de quatro ou cinco cores, basicamente operando como o fun police do formato.

Por essas adições históricas, Tempest é o set mais importante de 1997.

1996 - Alliances

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1996 não foi o ano mais empolgante para Magic num contexto de lançamentos e histórias, então assim como no ano seguinte, precisamos avaliar o impacto prático que os sets tiveram em relação à história do jogo, e em como seus cards foram ou ainda são presentes no cenário competitivo.

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Force of Will, considerada por muitos como o pilar que sustenta a viabilidade de decks justos no Legacy, saiu como parte do primeiro ciclo de "free spells" a existir no jogo, em Alliances.

Tanto por introduzir uma peça tão importante para o mundo competitivo quanto por ser o pioneiro no design de jogar mágicas sem pagar custos de mana, o segundo set do bloco de Ice Age merece o título de lançamento mais impactante de 1996.

1995 - Chronicles

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Chronicles foi um reprint set lançado em 1995 para facilitar a aquisição de determinados cards através do aumento de disponibilidade delas no mercado, e foi a primeira edição inteiramente voltada para reprints fora dos core sets.

No entanto, o que torna dessa edição tão importante para a história de Magic é como a sua repercussão negativa do público de colecionadores porque, apesar de a Wizards ter deixado algumas cartas mais caras de fora, determinados reprints como o dos Elder Dragons diminuíram seu preço de mercado.

Posteriormente, essa polêmica levou à criação de uma das maiores controvérsias do jogo — a Reserved List.

1994 - Legends

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Legends foi uma das primeiras expansões de Magic: The Gathering, e trouxe dois pontos importantíssimos para o desenvolvimento do jogo: Permanentes Lendárias e Mágicas Multicoloridas, além de introduzir alguns dos personagens icônicos da lore que eventualmente se desenvolveria, inclusive um dos vilões mais icônicos do jogo — Nicol Bolas.

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Uma pequena curiosidade sobre essa edição é que, antigamente, todas as cartas lendárias eram restritas por motivos de flavor: não deveria ser possível ter mais do que uma cópia dela no deck se ela é... bom, lendária. Essa regra foi alterada com o lançamento de Ice Age, em 1995.

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Legends também possui um número razoável de cards icônicos e staples que ainda vêem jogo hoje no Commander e no Legacy, incluindo Chains of Mephistopheles, uma das cartas com o template mais difíceis de interpretar no jogo.

1993 - Alpha

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Por mais clichê que isso pareça, Alpha é definitivamente o set mais importante do primeiro ano de Magic porque foi aquele quem deu vida ao jogo. Nada não seria o que é hoje se Alpha não tivesse sido um sucesso.

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Alpha, além da origem do jogo, foi também o set que trouxe as famosas peças da Power 9, consideradas as mágicas mais poderosas do jogo, além de também as Old Duals, terrenos que são os pilares da manabase do Legacy e do Vintage.

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Mas não só de cartas caras e/ou quebradas o primeiro set vive: algumas das mágicas que usamos frequentemente até hoje surgiram primeiro lá, como Lightning Bolt, Dark Ritual e Counterspell.

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Conclusão

Isso é tudo por hoje.

O Magic chega aos seus 30 anos com uma enorme carga de conteúdos, aprendizados e mudanças ao decorrer dos anos, e seus lançamentos acompanharam cada um desses momentos, assim como os jogadores que tiveram a oportunidade de experimentar os cards dos lançamentos recentes e antigos.

Obrigado pela leitura!