Magic: the Gathering

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Spoiler Destaque: Bitterbloom Bearer no Standard e no Pioneer

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Bitterbloom Bearer tem semelhanças mecânicas e referências claras a uma das maiores staples que Lorwyn proporcionou na sua época, mas será que o mesmo design possui potencial para o Standard competitivo após quase duas décadas?

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revisado por Tabata Marques

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Faeries foi um dos decks mais famosos da história do Standard. Nascido em Lorwyn, o arquétipo azul e preto dominou ambas as temporadas em que ele era válido no Standard pela composição eficaz de cards como Spellstutter Sprite, Mistbind Clique, Cryptic Command, Thoughtseize e Bitterblossom, inclusive motivando à criação de hates direcionados ao arquétipo durante os lançamentos posteriores, como Guttural Response e Volcanic Fallout.

Quase vinte anos depois, Magic: The Gathering retornará para Lorwyn, e com o novo set previsto para 23 de janeiro de 2026, retornam as interações entre tipos de criatura com clássicos como Elves, Goblins e, obviamente, Faeries, que recebeu como primeira prévia um card que remete a um glorioso passado que nunca retornou ao arquétipo: Bitterbloom Bearer.

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Com tantos elementos de clara referência à staple que popularizou essa estratégia, Bearer pode ser uma peça-chave para as novas estratégias de Tempo e Midrange do Standard e do Pioneer, e neste artigo avaliamos potenciais arquétipos em que o novo card pode se encaixar!

Bitterbloom Bearer: Análise

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Bitterbloom Bearer é uma referência clara a Bitterblossom, card de Lorwyn que foi outrora considerado um dos erros de design da expansão por Mark Rosewater, junto da combinação entre Vivid Lands e Reflecting Pool, que facilitavam consideravelmente o acesso a uma base de mana de cinco cores.

Bitterblossom foi um monstro no Standard e um dos principais motivadores do Faeries ser o melhor deck do seu tempo. Essa fama fez o encantamento ser banido preventivamente do Modern na concepção do formato, até ser liberado para jogo em fevereiro de 2014, onde ainda precisou provar seu potencial e nunca chegou a ser a staple que havia se tornado no Standard.

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A nova criatura possui algumas diferenças cruciais com o encantamento — a primeira sendo justamente ser uma criatura: Bitterblossom era o turno dois perfeito do Faeries pela dificuldade de interagir com o card com remoções tradicionais, enquanto o novo card troca essa eficácia pela habilidade de Flash, que permite jogar em torno do oponente e preparar o terreno para protegê-lo nos turnos seguintes com Counterspells e descartes.

Uma linha de texto importante também está ausente nas fichas criadas pelo card: Rogue. Durante alguns anos, vimos interações com Rogues aparecerem nos formatos competitivos de Magic e até estabelecerem um arquétipo viável no Pioneer e no Standard de 2021, e o motivo para a ausência dessa tipagem nas novas fichas muito provavelmente envolve a bola-de-neve que elas poderiam acumular com cards como Thieves’ Guild Enforcer.

Por outro lado, enquanto está cedo para definirmos que Lorwyn Eclipsedlink outside website pode definir formatos e ainda temos Avatar: A Lenda de Aang no meio do caminho, é muito provável que a Wizards of the Coast acabe reaproveitando o tema de Tempo com Faeries em Lorwyn, com criaturas jogadas em velocidade instantânea e, quem sabe, habilitando um arquétipo próprio no Standard e no Pioneer.

Bitterbloom Bearer no Standard

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Um dos meus decks favoritos da temporada atual do Standard é o Dimir Midrange, que apesar deste nome, está mais próximo de um “Dimir Tempo” utilizando criaturas de custo baixo com counterspells e remoções baratas para ganhar o jogo gradualmente, ou estabilizar com Kaito, Bane of Nightmares com muita facilidade.

Na season passada, o Dimir Midrange contava com Faerie Mastermind no seu pacote de ameaças punitivas contra Unholy Annex ou outros arquétipos que compravam muitos cards, e desde a rotação, esse slot de two-drop flutua bastante entre Deep-Cavern Bat, Azure Beastbinder, entre outros, e Bitterbloom Bearer oferece, em um Metagame mais aberto, uma opção excelente para o slot de two-drop dessas estratégias porque apesar de não responder a algum problema inerente do Metagame — desconhecido, considerando o lançamento de Avatar e a próxima banlist —, ele complementa um pouco de tudo do que este deck precisa ao poder ser jogado em volta do oponente enquanto amplia, a cada turno, a posição de mesa do seu controlador.

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As fichas e o próprio Bearer importam também para o pacote de cards de Faeries de Wilds of Eldraine. Spell Stutter viu bastante jogo na temporada passada porque as listas usavam Faerie Mastermind, e é possível ou até provável que o mesmo ocorra por conta da nova criatura e de potenciais adições novas de Faeries para o Standard com Lorwyn Eclipsed.

Bitterbloom Bearer no Pioneer

Nem sequer é possível saber se o Pioneer existirá em 2026 após a Wizards of the Coast anunciar a janela de Pro Tours e Spotlight Series do ano sem qualquer menção ao formato, mas vamos considerar que seja do interesse da comunidade manter o Pioneer vivo mesmo sem o suporte oficial: Bitterbloom Bearer pode ser interessante em algumas frentes do formato.

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A primeira, assim como no Standard, é nas listas de Dimir Tempo que aproveitariam tanto o novo card quanto as fichas para ter habilitadores consistentes de Ninjutsu enquanto ampliam a pressão na mesa a cada turno. Mockingbird é um card comumente utilizado nessas listas, e poderia também servir como cópias extras de Bitterbloom Bearer para ampliar os triggers de Enduring Curiosity e/ou para jogos de Control.

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Outro arquétipo viável, também na combinação de Tempo, são Rogues. Apesar de não criar fichas de ladino, Bitterbloom Bearer está dentro do tipo e se beneficia de todas as interações do arquétipo, e também é uma opção de two-drop bem mais eficaz e dentro do plano de jogo do que outras escolhas que esses decks comumente precisam usar para manter uma curva de mana crescente, como Glint-Sleeve Siphoner.

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Por fim, não podemos também desconsiderar a possibilidade de o card ser outra ferramenta para os Black Midrange. Existiram situações no passado em que cards que criavam corpos constantemente na mesa eram necessários para partidas com muitas remoções pontuais, e enquanto Bitterbloom Bearer possui o defeito de ser uma criatura, é possível utilizá-lo no Sideboard para jogos com muito atrito e trocas de um-para-um, onde colocar um corpo extra a cada turno e poder jogá-lo em velocidade instantânea pode garantir a pressão necessária para finalizar a partida.

Bitterbloom Bearer tem espaço em outros formatos?

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É provável que não. Afinal, Bitterblossom já existe nestes formatos e mal vê jogo competitivo neles, limitando-se a, no máximo, um slot ou outro de Sideboard no Legacy em decks como Death’s Shadow. Além de existir outro impeditivo importante no Modern, Legacy ou Timeless em relação às várias criaturas X/1 lançadas no jogo desde 2023: Orcish Bowmasters.

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A staple de Lord of the Rings praticamente invalida qualquer criatura X/1 no formato que não tenha impacto imediato no jogo ou faça algo muito absurdo, e no caso de Bitterbloom Bearer, ele se alimenta um pouco bem demais do card para ganhar muita relevância competitiva.

Concluindo

Isso é tudo por hoje!

Em caso de dúvidas, fique à vontade para deixar um comentário!

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