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Timeless: Review dos Arena Anthologies 3 e 4 para o formato!

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Afinal, vale a pena comprar os novos pacotes de Arena Anthologies? Neste artigo, analisamos os cards dos bundles para o formato Timeless, considerando as potenciais staples para descobrir!

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revisado por Tabata Marques

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Como a Wizards of the Coast não sabe ficar uma semana sem anunciar nada, fomos surpreendidos na última terça-feira com os Arena Anthologies 3 e 4: os dois novos pacotes exclusivos do MTGArena que trazem consigo staples de formatos eternos como Commander, Legacy e Vintage para a plataforma digital, sendo elas validas nos formatos Brawl, Historic e Timeless.

Cada pacote custa 4.000 gemas ou 25.000 moedas, e estarão disponíveis a partir da próxima terça-feira, 23 de setembro. Neste artigo, avaliamos o conteúdo deles e consideramos quais cards podem impactar o formato Timeless para responder: vale a pena comprar os novos Arena Anthologies?

Arena Anthology IV

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Começamos pelo Anthology IV porque a resposta sobre este bundle é bem simples: ele não vale a compra. A maioria dos cards nunca verá jogo no Timeless e as peças que podem ter alguma relevância, como Iona, Shield of Emeria ou Tidespout Tyrant, dificilmente demandarão mais do que uma ou duas cópias de coringas.

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Regal Force pode ser uma opção interessante para Elves, mas o arquétipo tem problemas severos em conseguir se adaptar ao Metagame, especialmente porque Goblin Bombardment e Orcish Bowmasters são predadores muito eficazes.

Iona, Shield of Emeria e Tidespout Tyrant já foram alvos históricos de Reanimator e pode haver situações muito específicas no futuro onde ter uma cópia deles para jogar com Reanimate ou Show and Tell seja uma opção, mas não tenho grandes expectativas quanto ao card.

Arena Anthology III

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Esse bundle tem mais substância que o anterior e carrega uma dúzia de cards com potencial para o formato, então vamos avaliar mais a fundo cada uma delas:

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Flickerwisp é um importante habilitador para arquétipos de Blink, que hoje se baseiam em Overlord of the Balemurk, Dedicated Dollmaker e Phelia, Exuberant Shepherd.

Com outras adições do set, é possível que veremos nascer uma lista de Stoneblade Blink utilizando Stoneforge Mystic com esses cards, possivelmente junto de outros ETBs eficazes e, quem sabe, até com Yorion, Sky Nomad.

Ainda falta Aether Vial para considerarmos um Death & Taxes ou similar, mas o Timeless está no caminho certo para adicionar mais um arquétipo famoso da história do jogo entre seus potenciais competidores.

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Staff of the Storyteller vê algum jogo no Legacy e mais recentemente tem aparecido ao lado de Ocelot Pride, Orcish Bowmasters, Ajani, Nacatl Pariah e os demais cards das bases de Energy, e também é muito eficaz em listas com Voice of Victory, que desencadeia a habilidade do artefato consistentemente. Algumas listas de Control também utilizam o card, mas ele tem estado ausente das versões mais recentes.

No Timeless, é provável que ele reproduza sua usabilidade no Legacy e se torne uma fonte de vantagem em cartas ao lado do pacote de Energy, especialmente nas variantes Mardu — apesar de ser um tanto lento em comparação aos decks mais explosivos do Metagame, ele garante uma fonte constante de vantagem em cartas nos jogos de atrito.

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Se estamos inserindo cards de nível Legacy e Vintage em um bundle de MTGArena, é pedir demais por um Daze? Consigo entender evitar Force of Will porque este homogeniza demais o formato entre Blue-Based, Combos e o resto, mas Daze é bem mais condicional para a resolução de cards e não se encaixa em qualquer deck azul, enquanto ajudaria a segurar a velocidade dos Combos no Metagame.

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Dauthi Voidwalker é um hate de cemitério e uma fonte de vantagem em cartas que podemos usar quando queremos jogar uma “bomba” do oponente, tudo isso somado em um 3/2 difícil de bloquear e com um clock decente.

Staple instantânea do formato, deve estar presente na maioria dos decks com preto hoje, especialmente considerando a presença de cards como Treasure Cruise, Lurrus of the Dream-Den, e Psychic Frog.

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Mais suporte para Reanimator é sempre bem-vindo enquanto este não for Entomb. Necromancy tem a vantagem de poder ser jogada em velocidade instantânea, mas não oferece Haste como Goryo’s Vengeance ou Shallow Grave, então não deve habilitar um combo com Emrakul, the Aeons’ Torn.

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Outra staple instantânea do formato. Agora, o Mono Red Stompy está basicamente completo no Timeless e pode aproveitar Broadside Bombardiers para interações poderosas ao lado de Pyrogoyf, Fury, The One Ring e até contra artefatos menores como Chalice of the Void ou Chrome Mox.

Além do Red Stompy, não surpreenderia se alguma versão de Energy encontrasse slots para aproveitar Bombardiers como complemento para Goblin Bombardment, visto que a condição de atacar requer pouco ou nenhum esforço no deck para ser atingida, e o potencial de dano do novo card é consideravelmente mais alto por menos recursos.

Por outro lado, Goblin Bombardment é uma válvula de segurança bem mais eficiente contra sweepers e outras interações de mesa no turno do oponente, além de oferecer alcance incondicional, e os slots three-drops nos decks de Energy já são bem abarrotados, ou não valem a pena porque significaria perder Lurrus of the Dream-Den.

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Chain Lightning é mais uma opção de dano barato (será comum no bundle) para os decks vermelhos. Opção decente para listas de Red Aggro, e especialmente para jogadores Budget.

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Sem Dark Depths, Crop Rotation perde muita força no Timeless e seu principal alvo, Field of the Dead, possui agora hate de maindeck demais entre Strip Mine e Blood Moon nas listas mais competitivas para conseguir espaço no Metagame, mas é possível que o próximo card motive explorar possibilidades com ela.

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Exploration é o melhor efeito de “lands extras” que não se chame Fastbond. O card habilita, por conta própria, uma estratégia de “Land Control” no formato onde utilizam vários terrenos com efeitos de ETB ou de travar combates, somado com o famoso combo de Dark Depths com Thespian’s Stage para fechar jogos.

Sem combos, seria necessário pensar em outros meios de utilizá-lo junto de Crop Rotation, e talvez pensar na antiga base de Titan Field seja um bom começo, mas apostaria no foco em torno de cards que permitem reutilizar terrenos do cemitério como Wrenn and Six, Wary Zone Guard e Icetill Explorer com Strip Mine para negar a mana do oponente, e considerar outras opções que tenham ETBs eficazes e/ou que podem ser sacrificados para fazer algum efeito, como Bojuka Bog.

É possível considerar também cards como Scapeshift com Field of the Dead para finalizar o jogo.

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Noble Hierarch se junta a Ignoble Hierarch para fechar o ciclo de one-drops com Exalted no Timeless. Agora, basta adicionar um pacote de criaturas com Infect para nos divertirmos com marcadores de veneno.

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Outra potencial staple. Umezawa’s Jitte é, finalmente, um dos principais motivos para reconsiderarmos o papel de Stoneforge Mystic no Timeless. Com criaturas o suficiente, Jitte segura muito dos avanços do Boros/Mardu Energy enquanto também funciona como one-of na maioria das partidas justas do atual Metagame.

Curiosamente, incluir Jitte no Timeless soa como um teste para o Modern: se o artefato resolver a predominância dos decks de Energy, é possível que um desbanimento esteja a caminho no futuro para que o mesmo efeito seja reproduzido no formato de papel.

Jitte também pode entrar em Sideboards de qualquer estratégia mais interativa, especialmente se essas incluírem Stoneforge.

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O outro motivo para reconsiderarmos Stoneforge Mystic é o fato de os dois principais cards com Living Weapon terem chegado neste bundle.

Esqueça Batterskull. Kaldra Compleat substituiu o card na maioria das listas e deve ser a principal escolha nos arquétipos que, a partir de agora, podem considerá-la como peça essencial em suas listas.

Minhas apostas pessoais para este momento são a possibilidade de testar Stoneforge Mystic em algumas bases de Energy, e também em decks de Blink com Flickerwisp. A ausência de Aether Vial será um problema para essas listas, mas não seria a primeira vez que veríamos o Timeless adaptar-se às circunstâncias para criar uma nova variante de um deck existente.

As versões Azorius também podem aparecer, mas creio que uma lista mais reativa e sem interação com mãos requer cards como Force of Will e o futuro reprint de Force of Negation em Avatar.

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Memory Jar é mais conhecido por ser o primeiro card banido preventivamente em Magic. Hoje, o artefato é banido do Legacy e restrito do Vintage pela ampla facilidade de acesso a uma “segunda mão” que ele garante por um custo relativamente baixo em ambientes com muitos rituais e pedras de mana baratas — algo que o Timeless possui até certo nível, mas não na mesma qualidade.

O potencial deste card é uma incógnita. Ele é uma “segunda mão” para Combos, que pode se transformar em terceira mão, enquanto atrapalha o oponente a interagir utilizando seus recursos, e normalmente vai funcionar para fechar um sequenciamento de Storm e/ou encontrar as peças necessárias para, por exemplo, conjurar um Show and Tell, mas com menos recursos gratuitos presentes do que no Legacy ou Vintage, não sei o quão arriscado a inclusão deste card será no curto prazo.

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Show and Tell, Sneak Attack e qualquer outro meio de trapacear em custos de mana acabou de ganhar o payoff supremo. Emrakul, the Aeons’ Torn faz um pouco de tudo: ganha o jogo quase sempre quando entra, tem proteção contra praticamente qualquer interação em velocidade instantânea, e se não vencer a partida, vai limpar a mesa do oponente.

Parece que o momento de considerar um Sneak & Show finalmente chegou ao Timeless, e podemos dar adeus a todos os payoffs ruins que foram utilizados no formato nos últimos anos.

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Talvez Yavimaya, Cradle of Growth não seja uma staple e nem encontre muito espaço fora um one-of em listas muito pontuais, mas assim como Urborg, Tomb of Yawgmoth, este é um bom card para ter pelo menos uma cópia na sua coleção.

Concluindo

Afinal, vale a pena comprar os bundles de Arena Anthology 3 e 4?

Para o caso do Anthology 4, a resposta é bem clara: não. Independentemente do formato que você jogue, o pacote vem com muito card que você raramente utilizará mais de uma cópia na sua lista de Brawl, e até nesse caso, o custo geral desses cards é impeditivo demais para inclui-los na maioria das listas.

Por outro lado, o Arena Anthology 3 é uma barganha se você já possui uma pool para Historic e/ou Timeless. Considerando apenas os cards mencionados aqui pelo potencial de jogo, e que recebemos quatro cópias de cada ao comprar o pacote, ganhamos: 12 Míticas, 32 Raras, e algumas comuns e incomuns de bônus, sem contar os cards que não tem tanto potencial competitivo, mas que vêm junto no pacote pelo preço de 4.000 gemas ou 25.000 moedas.

Se você for um jogador de um só deck, entretanto, talvez o bundle não valha a pena e seja benéfico apenas pegar os cards que você precisa com coringas. Ainda assim, eu consideraria a compra com moedas do MTGArena nesses casos: nenhum deck dura para sempre e é normal procurarmos outras listas para nos adaptarmos ao Metagame. Talvez você jogue hoje de Boros Energy, mas amanhã você pode estar de Golgari Midrange ou Mono Black e precisará de Dauthi Voidwalker.

Obrigado pela leitura!