Magic: the Gathering

Deck Guide

Top 10 Cartas de 2021 para o Standard

, محدث , Comment regular icon0 comments

No artigo de hoje, analiso os dez cards (ou ciclo de cards) que considero que foram os mais importantes de 2021 para o Standard!

Writer image

تمت مراجعته من قبل Tabata Marques

Edit Article

Continuando minha série de 2021, onde elenco os dez cards mais impactantes de 2021 para os formatos competitivos, hoje estaremos falando de um dos formatos que mais costuma ser afetado pelos novos lançamentos, O Standard.

Caso você esteja interessado na minha análise para os formatos eternos, eu já fiz minha análise de Pauperlink outside website e de Modernlink outside website, e pretendo fazer a de Pioneer e Legacy nos meus próximos artigos.

Ad

O Standard em 2021

Se comparado às últimas duas temporadas, acredito que a temporada de 2021 do Standard foi relativamente mais saudável do que inicialmente esperávamos, com um total de zero banimentos durante o ano de 2021 (e apenas três banimentos se contarmos o começo da temporada, em Outubro de 2020) e, apesar de podermos ter algumas ressalvas sobre o quanto a predominância dos cards de Eldraine, como o pacote de Adventures ou Embercleave foram problemáticos, nós tivemos outras poderosas estratégias surgindo ao decorrer do ano, fosse com base nestes cards ou não.

Kaldheim, por exemplo, trouxe uma série de cards que definiram o formato e onde alguns ainda definem a atual temporada, como Faceless Haven, Alrund’s Epiphany, Esika’s Chariot, Goldspan Dragon e Magda, Brazen Outlaw... Na verdade, creio que Kaldheim é a coleção mais influente da atual temporada, visto que muitos dos principai decks se apoiam em grandes Staples que saíram nesta edição.

Já Strixhaven: School of Mages trouxe algumas poderosas adições, em especial, a capacidade de tornar do sideboard uma extensão do deck através das Lessons, estratégia que hoje vemos ser muito utilizada com cards como Divide By Zero e Eyetwitch, dando aos arquétipos que optam por utilizar esta “extensão” uma maior garantia e flexibilidade de ter bons cards para cada situação, como Environmental Sciences para garantir os land drops ou Mascot Exhibition como Finishers, além de também trazer duas das principais Staples do atual Standard: Expressive Iteration e Elite Spellbinder.

Adventures in the Forgotten Realms foi considerado por muitos uma edição fraca para os padrões até mesmo do Standard, mas hoje vemos uma sequência de cards sendo muito relevantes para a estrutura de alguns dos principais arquétipos do formato hoje, como Deadly Dispute, Werewolf Pack Leader, Unexpected Windfall e Ranger Class, além das muito utilizadas Manlands.

Por fim, as edições de Innistrad, Midnight Hunt e Crimson Vow, trouxeram elementos que deram base e sustento para muitos arquétipos, em especial dual lands para os arquétipos de duas cores, além de algumas inclusões muito importantes para decks como o Mono-White Aggro, e os cards que essencialmente formam o pilar do melhor deck do formato atualmente, com Galvanic Iteration, Lier, Disciple of the Drowned e Hullbreaker Horror.

Para não me prolongar muito neste tópico, prefiro deixar o conhecimento de alguém mais habituado e presenciou de perto as mudanças do formato falarem do desenvolvimento dele ao decorrer do ano. Se você quiser saber mais sobre como foi este ano para o Standard como um todo, o Nile fez um ótimo artigo de retrospectiva do que aconteceu em 2021, e você pode conferir esse artigo aquilink outside website.

As dez cartas mais importantes para o Standard em 2021

10 — Fading Hope

Loading icon

Ad

Talvez eu esteja seguindo uma linha de raciocínio um pouco inviezada, mas realmente considero que Fading Hope foi o card que mais se destacou no Campeonato Mundial deste ano, e tudo com base em uma coisa tão simples como o contexto em que o card se encaixava no Metagame.

O cenário do Standard durante o maior evento de Magic do ano incluía uma série de alvos válidos onde Fading Hope era quase tão bom quanto um Fatal Push, já que lidava permanentemente com tokens de Esika’s Chariot e Wrenn and Seven, enquanto também poderia resolver os tokens de Mascot Exhibition, atrasar significativamente o ataque de uma criatura grande por um turno, ou proteger suas próprias criaturas, como vimos diversos jogadores fazerem ao conjurar a mágica para retornar um Lier, Disciple of the Drowned ou Goldspan Dragon para a mão de seu dono.

No final das contas, não é sempre que um Unsummon com upgrade torna-se um card poderoso dentro de um formato com ameaças tão impactantes como o Standard, mas, enquanto tivermos tokens e ameaças de custo 3 ou menor de decks tentando jogar “por baixo” de arquétipos como o Izzet Epiphany, Fading Hope será uma ótima maneira de segurar o jogo ou lidar permanentemente com uma ameaça problemática.

9 — Manlands de Adventures in the Forgotten Realms

Loading icon

O ciclo de manlands de Adventures in the Forgotten Realms é um dos ciclos de cards que os jogadores realmente respeitaram de uma edição que muitos consideraram como fraca e abaixo do power level do restante do formato.

Hoje, praticamente todas as manlands são uma inclusão quase obrigatória em diversos decks do formato por oferecerem um poderoso ângulo de ataque extra, ou também porque existem decks que conseguem capitalizar bem na utilidade delas para torna-las parte das suas principais winconditions

8 — Expressive Iteration

Loading icon

A qualidade do card advantage dos decks Izzet é, possivelmente, a principal chave pela qual os arquétipos nessa combinação de cores conseguem suceder tão bem na atual temporada, o que definitivamente deve-se principalmente á Expressive Iteration

Nas finais do Campeonato Mundial, nós pudemos ver como essa staple de múltiplos formatos foi parte integral da forma pela qual Yuta Takahashi conseguia encontrar as respostas necessárias para lidar com as jogadas de Jean-Emmanuel Depraz, seja com removals, ameaças, ou respostas, além de também vermos ele utilizar o card para garantir seus land drops.

Todas essas qualidades, que vemos sendo utilizada amplamente em vários outros formatos competitivos, torna de Expressive Iteration um dos cards mais importantes de 2021 para o Standard também.

7 — Jaspera Sentinel

Loading icon

Apesar de não vermos o card tendo tanto impacto na atual temporada, Jaspera Sentinel foi uma peça essencial de diversos decks da temporada passada, em especial em dois arquétipos em particular: O Gruul Magda e o Naya Adventures.

Ad

Em ambos os arquéipos, Jaspera Sentinel tinha a importante função de consertar a mana enquanto interagia bem com outros one-drops do oponente ou, por exemplo, com um crescente exército de tokens ocasionado por decks como o Cycling.

Além disso, o elfo de Kaldheim também possui uma poderosa interação com Magda, Brazen Outlaw, permitindo uma poderosa aceleração de mana nos primeiros turnos do jogo, que permitem não apenas jogar suas principais ameaças mais cedo, mas também tutorar dragões ou artefatos poderosos no Late-Game.

6 — Lier, Disciple of the Drowned

Loading icon

A grande dúvida que eu tinha sobre Lier, Disciple of the Drowned quando ele foi revelado era se um Snapcaster Mage permanente por cinco manas seria impactante o suficiente para o atual cenário do Standard, onde nem sempre uma versão “modificada” de um card muito famoso tem espaço o suficiente para jogar competitivamente no formato.

Com o tempo, ficou muito claro que a possibilidade de poder reutilizar todas as mágicas de seu cemitério tornada de Lier uma poderosa engine para qualquer deck Control do formato, fosse ele um Izzet Turns, Azorius, ou Dimir Control.

Hoje, Lier, Disciple of the Drowned é utilizado comumente como um 2-of nos mais diversos decks azuis de controle do formato, e provavelmente se manterá no Standard enquanto as mágicas continuarem estando á par das ameaças.

5 — Thalia, Guardian of Thraben

Loading icon

Thalia, Guardian of Thraben foi um muito necessário reprint para um Standard onde o melhor deck do formato é um Spell-Based deck que procura utilizar uma curva crescente de mágicas até chegar numa combinação que costuma demandar duas mágicas e oito manas para se utilizar, e logo tornou-se uma staple de um dos principais decks atualmente, o Mono-White Aggro.

Porém, eu não limitaria a utilidade de Thalia apenas á sua viabilidade no Mono-White contra o Izzet Turns ou outros decks Control, dado que qualquer creature-based deck que surgir com os próximos lançamentos podem fazer uso dela no maindeck ou no Sideboard para lidar com um Metagame voltado para decks Control ou Spellslinger, de acordo com como eles aparecerem.

4 — Esika’s Chariot

Loading icon

Esika’s Chariot é o tipo de card que foi muito desvalorizado quando lançado em Kaldheim, e levou algum tempo até que os jogadores compreendessem qual era a melhor maneira de utiliza-lo em algum deck.

Em seguida, o artefato começou á ser utilizado nas listas de Gruul Magda, já que dava outra maneira de virar Magda, Brazen Outlaw sem precisar atacar, e era um ótimo artefato para se tutorar com a habilidade dela, já que não apenas adicionava um valor imediato na mesa, como também poderia criar um rápido e poderoso efeito de bola-de-neve em poucos turnos.

Atualmente, Esika’s Chariot é uma poderosa staple do formato, sendo amplamente utilizado no Mono-Green Aggro, no Jund Midrange, nos decks Gruul, dentre outras listas que tentam tirar proveito do veículo junto de tokens poderosos, como os produzidos por Wrenn and Seven.

Ad

3 — Alrund’s Epiphany

Loading icon

O card mais polêmico do Standard da atualidade com certeza é Alrund’s Epiphany, especialmente quando o Izzet Turns, ou Izzet Epiphany, é o deck que mais coloca bons resultados no eventos de alto nível que incluem Standard como um dos seus formatos, como foi visto durante o Innistrad Championship, onde seis dos oito jogadores do Top 8 estavam de Izzet Epiphany na parcela de Standard.

O debate sobre esta mágica de turno extra é tão grande porque ele apresenta algumas qualidades que o tornam muito poderosos em conjunção com Galvanic Iteration como, por exemplo, o fato de você poder reduzir seu custo enquanto o protege de descartes através do Foretell, ou o fato dele produzir dois tokens quando conjurado (essencialmente tornando-o mais do que ‘apenas’ um turno extra), estabelecendo um relevante e significativo clock mesmo quando você não possui outro Epiphany para castar, já que você pode utilizar a sua mana nestes turnos para adquirir muito valor com suas mágicas, ou para criar um clock implacável ativando Hall of Storm Giants.

No final das contas, a Wizards anunciou esperaria uma análise mais ampla do impacto de Innistrad: Crimson Vow no Metagame antes de definir se banimentos são necessários para o Standard e, com a criação do Alchemy como um formato do Magic Arena onde se torna possível rebalancear cards conforme a necessidade dos jogadores da plataforma, começo á acreditar que voltaremos alguns passos nos banimentos tradicionais do Standard, vendo-os ocorrer com menos frequência já que ele não mais impacta tão diretamente na saúde competitiva do Magic Arena.

Como conclusão, Alrund’s Epiphany já é uma estrela de estratégias poderosas desde a Season passada, onde foi uma peça importante para a composição do Sultai Ultimatum e, com toda a controvérsia que o card despertou na atual Season, e sendo a peça central do atual melhor deck do formato, ele definitivamente merece estar no Top 3 das cartas mais impactantes para o Standard em 2021.

2 — Faceless Haven

Loading icon

Faceless Haven é um dos principais motivos pelo qual vale muito a mais a pena utilizar um deck agressivo monocolorido no atual Standard do que tentar combinações de duas cores, já que a manabase de duas nevadas não comportam as necessidades das listas Aggro de precisar ser ágil, consistente e resiliente num Metagame onde cada turno jogando abaixo dos decks Control contam expressivamente.

Tal como Mutavault, Faceless Haven adiciona mais um ângulo de ataque para os decks monocoloridos sob a condição de que você precisa ter dois elementos: A sua manabase precisa ser composta por lands nevadas, e os requerimentos de mana do seu deck não podem ser tão altos á ponto da mana incolor produzida por múltiplas cópias deste terreno atrasarem seu plano de jogo, e em troca você recebe uma criatura 4/3 que interage com seja lá qualquer função tribal que possa existir na sua lista, e consegue escapar da maioria significativa de sweepers.

Ad

E mesmo em decks com altíssimos requerimentos de mana, como o Mono-Green Aggro, que possui cards como Old-Growth Troll, mas ainda procura utilizar pelo menos três cópias do aterreno para compor seu alto número de ameaças.

Portanto, dada a sua representatividade em como construir decks agressivos no Standard atualmente e sua influência direta na ausência de bons decks agressivos de duas cores, considero Faceless Haven o segundo card mais impactante para o Standard em 2021.

1 — Goldspan Dragon

Loading icon

O card que encabeça o meu Top 10 é a criatura que tem se mostrado relevante desde seu lançamento em ambas as temporadas: Goldspan Dragon

O dragão de Kaldheim faz parte de um poderoso e recorrente ciclo de criaturas vermelhas por cinco manas com Haste e um efeito adicional, e os efeitos desta criatura em particular são extremamente poderosos: A capacidade de não apenas gerar mana extra através dos tokens criados por ele, mas também dobrar a quantidade de mana fez com que o card tivesse infinitas interações ao decorrer da sua estadia no Standard, tornando-o uma staple de muitos arquétipos de ambas as temporadas.

Por exemplo, nós vimos listas utilizando Goldspan Dragon com criaturas com Mutate e Unsubstantiate para criar o Jeskai Mutate, vimos o card ser utilizado em diversas variantes de decks de Adventures, incluindo decks que tentavam realizar combo-kill com o card em conjunto com Unleash Fury.

Também vimos o arquétipo ser uma peça essencial de decks como o Gruul Magda, onde era rapidamente acelerado para ser utilizado ocasionalmente no turno 3, ou em ocasionais decks de Jund e Rakdos e, especialmente, no Izzet Dragons, e até mesmo encontra-se presente no maindeck ou sideboard de decks mais voltados para o controle, como o Izzet Epiphany.

Dado o quanto ele foi e ainda é amplamente utilizado, e acredito ser muito difícil que novas inclusões tornem de Goldspan Dragon uma criatura menos relevante na atual temporada de Standard, o considero o card mais importante de 2021 para o formato!

Conclusão

Esta foi minha análise dos dez card mais impactantes de 2021 para o Standard.

Acredito que, dado que é o formato que mais muda com cada novo lançamento, e Kamigawa: Neon Dynasty já demonstrou ter alguns cards que podem demonstrar algum impacto no Metagame após o seu lançamento, como o novo Planeswalker Kaito Shizuki que, apesar de não parecer se encaixar em nenhum arquétipo utilizado atualmente, possui muitos elementos que o tornam uma engine poderosa.

Ao final desse ano, posso afirmar que fico feliz de ver um Standard menos caótico do que o visto em 2020, mesmo que a predominância dos decks de Epiphany em eventos de alto nível, e a possibilidade de estarmos um formato de três decks, sejam pontos que precisamos avaliar e considerar cuidadosamente se são parte da natureza do formato, ou se realmente existe um grande desequilíbrio no Metagame.

Mas, com o lançamento de Alchemy e o rebalanceamento de cards, creio que teremos menos interferências diretas no Standard do que tivemos nos últimos anos, já que o Magic Arena não mais se concentra integralmente em um formato rotativo como plataforma competitiva, o que pode ser saudável até certo ponto, mas muito prejudicial em outras ocasiões.

Ad

O tempo dirá o que podemos aguardar do futuro do Standard, para melhor e para pior.

Obrigado pela leitura!