Modern Horizons 3: Top 10 Melhores Comandantes + Decklists

Modern Horizons 1 e 2 são conhecidas como duas das coleções mais poderosas que o Magic já viu. Sendo focadas para o formato homônimo, ambas trouxeram diversas novidades para os formatos que as podiam utilizar e mudaram totalmente como eles eram jogados. Modern Horizons 3 também possui seus cards de valor para formatos construídos de 75 cards, mas está de parabéns também no nosso Commander, onde ela trouxe novidades tanto nas 99 cartas dos decks quanto para a zona de comando!

Neste artigo, discutiremos as novas opções de comandantes que esta coleção nos trouxe, o que elas podem proporcionar para jogadores e a confecção de baralhos, refletindo a essência dos personagens, novos e antigos, presentes em Modern Horizons 3.

Como sempre, neste tipo de resenha, iremos desconsiderar reprints e falaremos apenas das criaturas lendárias contidas na coleção principal e não das vindas nos decks de Commander adicionais, criadas diretamente para o uso no EDH.

Temos em Rosheen, Roaring Prophet um bom comandante focado em mágicas grandes, utilizando X em seus custos. A gigante é tudo o que esperamos de um comandante com um tema tão específico: ela nos dá a habilidade de filtrar e adicionar um card condizente com suas habilidades para nossa mão e, de quebra, dá jeitos de conjurar este card mais facilmente.

Rosheen pode gerar toneladas de mana quando sua mão está bem feitinha e dentro do tema, te permitindo conjurar seus mais poderosos cards com X no custo e abrindo um sorriso de orelha a orelha em jogadores que apreciam mágicas grandes e de alto impacto.

E claro, se você conseguir desvirá-la com cards como Magewright’s Stone, ela ganha mais valor ainda.

Ultimamente, comandantes Mono White tem encontrado um lugar confortável no Commander. Uma vez que a própria Wizards reconheceu suas fraquezas de design e se comprometeu a melhorar a cor, é de se esperar que decks com essa identidade recebessem uma melhora.

Dito isso, conforto nem sempre é uma coisa boa, e no caso dos Mono White, seus principais comandantes recentes vêm mexendo com algum jeito de duplicar e desencadear novamente algumas habilidades de entrada no campo. Preston, the Vanisher, cria tokens que são cópias de criaturas que entraram no campo de batalha, Delney, Streetwise Lookout copia habilidades desencadeadas de criaturas pequenas e Elesh Norn, Mother of Machines só é ridícula de forte.

Já Phelia, Exuberant Shepherd garante essa recursão na forma de um Flickerwisp para permanentes não-terreno sempre que ela ataca.

Phelia, Exuberant Shepherd é um pouco mais do que os olhos podem ver. A princípio parece apenas um jeito de fazer nossas permanentes entrarem e saírem do campo, mas em camadas maiores de estratégia, ele pode ser utilizado para remover algum recurso importante de um oponente, como um Rhystic Study, por exemplo.

Na parte do artigo dedicada a Phelia, Exuberant Shepherd, eu citei o como ela vinha de uma linha de design focada em recursão de efeitos desencadeados. Pearl-Ear, Imperial Advisor trabalha com o outra das filosofias da cor, trabalhando com auras.

Quando analisamos de perto, percebemos que essa raposa é uma versão mais poderosa e agressiva de Danitha Capashen, Paragon, capaz de focar em diminuir o custo de suas auras poderosas, como Eldrazi Conscription, e te dando card draw, corrigindo assim uma das maiores falhas do branco como cor.

Dos Planeswalkers de duas faces dessa coleção, esse foi o que mais me encantou. Grist, Voracious Larva por si só é uma singela criaturinha 1/2 com toque mortífero. Contudo, com a volta de qualquer criatura do cemitério para campo, como um simples Reassembling Skeleton, Grist, Voracious Larva pode se transformar em um Planeswalker!

Com a forma de Planeswalker, seu plano de jogo será o de encher os cemitérios e, se possível, achar um jeito de proliferar e ganhar marcadores de lealdade rápido, como Carth, the Lion, por exemplo. Assim, seu comandante poderá ativar sua última habilidade, a de criar cópias de todas as suas criaturas no cemitério na forma de fichas de inseto 1/1, mas que mantém suas habilidades, que provavelmente terão sido escolhidas a dedo para este deck.

Devido às limitações causadas pela ausência de uma cor, é incomum colocarmos uma criatura incolor como uma boa comandante neste tipo de artigo. Mas Ulamog, the Defiler é uma clara exceção, sendo relevante mesmo com esta restrição.

Utilizando de uma habilidade fortíssima de entrada no campo de batalha, capaz de exilar metade do deck de um jogador, somada a um custo bem alto de salvaguarda, o Eldrazi tem plenas condições de polarizar o jogo totalmente contra ele com sua mera entrada. Além disso, essa já grande criatura pode crescer muito mais, graças a sua capacidade de ganhar marcadores de acordo com o maior custo dentre os cards que estão no exílio. E o melhor; ela ganha Aniquilador X, sendo X o número de marcadores nela.

Esse comandante fica perfeito em conjunto a uma Lightning Greaves ou equipamento parecido, capaz de dar ímpeto a ele, permitindo que o Eldrazi entre, exile metade de um deck e ataque um oponente em seguida, botando seu Aniquilador para funcionar.

Mais uma carta bem poderosa, mas limitada a ser um comandante de uma cor só, é Six, um dos Ents do Planeswalker Wrenn. Sua principal habilidade é dar a palavra-chave “Retrace” para as permanentes no seu cemitério, desde que seja seu turno. Com isso, toda permanente pode ser conjurada do seu cemitério pagando seus custos de mana e descartando um card de terreno de sua mão.

Outro ponto positivo do comandante é que ele mesmo lhe dá meios de resgatar terrenos do cemitério e aumentar o número de permanentes nele, através de sua capacidade de triturar três cards do seu deck sempre que ele ataca.

Poucas vezes eu vi um comandante com tanto potencial. The Necrobloom é um comandante nas cores branco, preto e verde, com o tema de terrenos. Ele não só dá para terrenos em seu cemitério Dredge 2, lhe ajudando a recuperar terrenos, como Marsh Flats e Terramorphic Expanse, como também enche seu cemitério com opções que podem facilmente ser usadas em outros efeitos que são abundantes nesse conjunto de cores.

Seu outro efeito é um Landfall muito semelhante a Field of the Dead, carta banida no Modern devido a sua grande capacidade de gerar fichas com drops de terrenos. Por incrível que pareça, mesmo com esse efeito combinando muito bem com o dredge para terrenos, o próprio dredge continua sendo o efeito principal desse carinha no Commander, graças a sua ótima combinação de cores.

Esse aqui só está com a medalha de bronze devido a sua limitação de cores. De acordo com a color pie, a ideia é que verde tem as maiores e melhores criaturas, mas ainda assim, é uma cor só - inibindo um pouco da variedade da estratégia.

Eladamri, Korvecdal é capaz de utilizar o topo do deck como uma extensão de sua mão, lhe permitindo jogar cards de criatura de lá. Além disso, ele tem uma habilidade semelhante a um Elvish Piper, mas que também funciona em criaturas que se encontram no topo do baralho.

Única coisa que faltou foi a adição da cor preta, não só para poder agregar os inúmeros elfos que usam essa cor, como também permitir a inclusão de Umori, the Collector como companion, lhe permitindo montar um deck apenas com terrenos e criaturas.

Sua habilidade é daquelas que fica mais forte a cada frase que passa, se tornando uma criatura capaz de copiar as suas auras e equipamentos, sempre que uma criatura a qual elas estão anexadas ataca. Duplicar os marcadores presentes em criaturas também é uma consequência das habilidades desencadeadas por Arna Kennerüd, Skycaptain, mas poder duplicar suas permanentes está em uma escala de poder totalmente diferente.

Duplicar os encantamentos do tipo aura é, sim, interessante, principalmente em casos como Ethereal Armor e All that Glitters, mas, infelizmente, auras saem de campo com as criaturas as quais elas estão anexadas, enquanto equipamentos não, os tornando mais valorosos nessa estratégia.

Lembrando que uma aura com a mecânica Bestow - criaturas encantamento que se comportam como auras anexadas à permanentes e podem voltar a ser criaturas quando a permanente encantada deixa o camp - quando copiada é apenas uma aura e não voltará a ser uma criatura.

Por fim, é uma criatura com ótimas cores e com acesso a boas auras e equipamentos, além de diversas criaturas imbloqueáveis. Tem um custo de Ward absurdo de forte e, claro, voar e lifelink sempre ajudam.

Estamos falando aqui do comandante mais forte dessa coleção, que me dá alguns flashbacks da era de ouro dos decks Simic, que tivemos há cerca de cinco anos. Se assemelhando um pouco a Uro, Titan of Nature’s Wrath, Nadu, Winged Wisdom mostra o melhor dessa combinação de cores, lhe permitindo a possibilidade de aumentar o seu número de terrenos ou de comprar cards para você.

Isso funciona com a habilidade do pássaro de dar para todas as suas criaturas um efeito que pode ser desencadeado apenas duas vezes por turno; Sempre que esta criatura é alvo de uma mágica ou habilidade, revele o card do topo de seu deck. Se for um terreno, vai para o campo, se não for, você o coloca em sua mão.

A princípio, o limite de duas vezes por turno parece um pouco desestimulante. Isso é consertado quando vemos que é um limite de duas vezes por turno para cada criatura com essa habilidade, lhe permitindo agregar bastante valor com uma board larga e com os feitiços certos. Também podemos pontuar que os alvos que os oponentes dão em Nadu, Winged Wisdom também contam para alvos de inimigos, mitigando a perda em casos negativos.

Olhando para essas criaturas lendárias e outros cards lançados nesta coleção é possível entender o porquê alguns a chamam de Commander Horizons.

A coleção agregou muito ao formato e trouxe muitas opções divertidas a serem jogadas e experimentadas. Pode ser que esses cards joguem ou não em formatos de 75 cards, mas no nosso comandinho já sabemos que eles irão brilhar.

Até o próximo!