Magic: the Gathering

Meinung

Análise do Metagame Legacy - Final de 2024!

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Depois do banimento muito esperado pelos jogadores de Grief, tivemos tempo de avaliar como o Metagame iria absorver as mudanças. Elas foram absorvidas pelos olhos esbugalhados e a língua comprida de Psychic Frog! Vamos analisar a situação do Meta Legacy nesse setembro/outubro de 2024!

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rezensiert von Tabata Marques

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Apresentação

Saudações, amigos do Legacy! Após avaliar Duskmourn, é hora de olhar como anda o Metagame do formato agora que tivemos tempo de assimilar o banimento de Grief.

Embora existisse um sentimento de que o Scaminator deixaria de existir com a ausência da poderosa Criatura Preta (e, de fato, a parte “Scam” foi eliminada), o que aconteceu é que o deck apenas se transformou no Frognator e seguiu na liderança do formato. Além disso, o Psychic Frog também carrega vários outros arquétipos nas costas, e decks como Dimir Tempo tomaram mais espaço.

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É bem verdade que o formato está um pouco mais equilibrado do que no período pré-banimento, onde tivemos semanas com mais de 40% de Scaminator em alguns torneios online, mas a tendência é que o Metagame comece a orbitar em volta do terrível Sapo de MH3 e coisas como Pyroblast no main deck sejam vistas como corriqueiras.

Mas vamos ao que interessa - ranquear os arquétipos!

(P.s.: essa é uma análise subjetiva, mas sempre balizada por informações de sites de Metagame, por isso vou colocar uma estimativa do porcentual de presença de cada arquétipo, baseada na informação coletada)

Tier 1

Reanimator (Frognator) – 17%

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É um sinal de como o formato estava problemático quando o deck no topo dos tiers tem uma das suas principais cartas banidas e continua liderando as estatísticas.

Embora tenha perdido a opção de Grief + Reanimate no turno 1, o deck ainda combina um plano forte de agressão com o Psychic Frog e o suporte de Wasteland, mas pode também mudar a marcha e colocar um monstrão em jogo já no turno 2, seja via Entomb, seja via a habilidade de Troll of Khazad-dûm – o Troll ainda tem o bônus de tornar o deck ser resiliente contra efeitos de Blood Moon.

Eldrazi Aggro – 10,75%

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Modern Horizons 3link outside website trouxe do esquecimento a ameaça incolor dos Eldrazi. Com adições de Kozilek’s Command, Devourer of Destiny, Glaring Fleshraker, Sowing Mycospawn, It That Heralds the End, Nulldrifter e Wastescape Battlemage, o deck abandonou boa parte da sua casca obsoleta de antes e tem mostrado números expressivos, capaz de pressionar desde o primeiro turno, mas sem perder opções de desestabilizar o jogo do oponente.

A tendência, porém, é ganhar menos cartas nas próximas expansões, o que pode afetar o seu status ao longo dos próximos meses.

Tier 2

Dimir Tempo – 6,75%

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O segundo deck mais forte do formato a fazer uso do Psychic Frog, o Dimir Tempo abre mão dos efeitos de Reanimação e abraça muito dos princípios que fizeram o bom e velho Delver ser sempre um dos decks mais influentes do Legacy – aqui estão Wasteland, Daze e Murktide Regent, com Nethergoyf assumindo a função do Inseto Azul como drop de turno 1.

Painter – 5,75%

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Abrindo a segunda prateleira do Meta, temos o mais bem colocado dos decks puramente de combo… ou não. Apesar do que o objetivo principal ainda seja triturar todo o deck do oponente de uma só vez, o deck ainda tem planos alternativos de jogo bem eficientes como a combinação de Urza’s Saga com Lavaspur Boots, ou simplesmente pressionar o oponente com Broadside Bombardiers e Phyrexian Dragon Engine.

Ter acesso a um grande número de Pyroblasts e Red Elemental Blasts no main deck ajuda muito em um formato onde a principal criatura é Psychic Frog.

UW/Jeskai/Bant/4c/5c Control – 4,75%

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Controle está morto! Vida longa ao Control! Com listas tão diferentes, os únicos elementos em comum são Brainstorm, Ponder, Force of Will e Swords to Plowshares.

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Ainda assim, seja lá qual for o seu método de chegar à vitória – Forth, Eorlingas!, Tamiyo, Inquisitive Student, Jace, the Mind Sculptor, Uro, Titan of Nature’s Wrath, Phlage, Titan of Fire’s Fury ou até mesmo Psychic Frog – as listas que buscam vencer a batalha de atrito e sair por cima no final tem mostrado uma resiliência que não se via há um bom tempo no Legacy.

Grixis Delver – 4,25%

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Embora o espírito do Delver siga com mais força no Dimir Tempo, o deck que seria o seu herdeiro de fato vive um momento mais conturbado, mas ainda é bom o suficiente para permanecer na parte de cima do formato.

Red Prison – 4,25%

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Um formato que tem Eldrazi no tier 1 é um convite para que Blood Moon deixe a sua marca. Ainda é um deck que está encontrando a sua lista ideal: temos listas com Chalice of the Void, listas com Vexing Bauble, com Caves of Chaos Adventurer, Goblin Rabblemaster e uma salada de tudo isso junto e misturado. Uma carta que ganhou destaque e conquistou seu lugar no deck foi Pyrogoyf.

Nadu Midrange – 4%

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Nadu, Winged Wisdom conseguiu ser banido no Modern por ser uma carta feita para Commander. E aí conseguiu ser banida no Commander. O formato que ainda restou para o passarinho quebrado causar estrago é o Legacy. E aqui, ele tem causado o terror em dois arquétipos.

O primeiro é nesse aqui, onde ele é uma verdadeira máquina de valor, criando mesas que são praticamente imbatíveis após ele e qualquer outra criatura ser alvo numa infinidade de vezes pela habilidade de Nomads en-Kor.

Doomsday – 4%

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Ao contrário do Painter, Doomsday é exclusivamente um deck de combo e, naturalmente, viu com bons olhos a saída de Grief do formato. Isso não muda o fato de ser um dos decks mais difíceis de ser pilotado e a presença elevada de Pyroblasts não torna a sua vida mais fácil.

O que é interessante, é que muito jogadores tem optado por usar a lista híbrida que foi postada, com acesso a Psychic Frog.

Cephalid Breakfast – 3,5%

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Outro deck de combo que ganhou espaço no novo formato sem Grief – estão percebendo um padrão? Esse aqui é o outro deck a fazer uso do Nadu, Winged Wisdom, onde ele é o plano reserva quando o Cephalid Illusionist não está lá para triturar o seu deck de uma só vez.

Forge Combo – 3%

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Ironicamente, a chegada de Glaring Fleshraker não serviu apenas para turbinar os Eldrazi, mas também adicionou uma combinação de motor com kill condition ao deck de Mystic Forge, The One Ring e Paradox Engine: mágicas incolores criam Tokens que geram mais mana e causam 1 de dano ao oponente. Isso tudo em um deck que é feito só de mágicas incolores.

A existência de Null Rod ainda é um fator que evita que esse deck saia de controle.

Tier 3

Death & Taxes – 2,5%

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Thalia, Guardian of Thraben e amigos seguem ainda como uma presença relevante no formato, e seus vários efeitos de disrupção se alinham bem com a ascensão de vários decks de combo.

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Gruul / Boros Initiative – 2,25%

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Um dos meus arquétipos preferidos, Boros Initiative foi um dos decks que mais foi suprimido pela presença de Grief no formato: ter sua criatura de Initiative descartada e reanimada no turno 1 era basicamente uma derrota instantânea.

Desde o banimento, o arquétipo ainda não recuperou seu status.

Nesse momento, a versão Gruul começou a ganhar mais destaque e tem colocado mais resultados. Como a maior parte dos sites de metagame acaba por agrupar os dois arquétipos juntos, fica difícil separar a informação, mas o conjunto das duas versões é suficiente para ainda manter o deck nesse tier.

Stiflenought – 2,25%

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O sonho de fazer um 12/12 por 1 mana ainda atrai uma quantidade significativa de jogadores, mas o deck perdeu um pouco de espaço já que alguns de seus melhores adversários caíram de tier e uma variedade de Pyroblasts tem circulado no formato.

Cloudpost Ramp – 2%

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Um arquétipo que sempre foi mantido na linha pela existência de Wasteland, os decks de Cloudpost foram muito beneficiados com a chegada de MH3: Disruptor Flute é uma versão melhorada da Pithing Needle que o deck usava antes, Sowing Mycospawn é excelente no deck, Vexing Bauble é ótima para frear outros decks e Kozilek’s Command pode ser invocada por 1 milhão de manas.

Lands – 1,75%

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Nada de novo para se ver aqui: é um deck que gosta de estragar o dia de decks agressivos apenas para ter o dia estragado por decks de Combo. Embora não tivesse problema contra Grief (Vai descartar o quê? Terrenos?), o ganho de presença dos decks que sofriam para a carta banida e um crescimento do número de Blood Moon no formato tem causado dor de cabeça.

Cradle Control – 1,75%

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Esse deck, que vinha em ascendente antes do banimento, não gostou nada de ver decks de combo subirem de prateleira, já que tem dificuldade em lidar com eles.

Tier 4

Sneak & Show – 1,5%

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Por falar em deck sofrendo com Descartes e Reanimação, a vida do Sneak & Show ficou um pouco mais fácil pós-banimento, mas só um pouco.

O deck ainda não quer ver a cara do Reanimator pela frente, o que é complicado quando o deck ocupa algo em torno de 15 a 20% do formato.

Storm – 1,5%

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Se era difícil descrever como eram construídos os UW(x) Control, o que está agregado aqui sob a égide de Storm é uma verdadeira salada: temos o ANT, o TES, o Necrostorm, o Red Storm… No final, o que conta é o objetivo é atingir uma contagem de letal de mágicas para que Tendrils of Agony ou Grapeshot acabem com os Pontos de Vida do oponente.

Depths – 1,5%

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Outrora um dos arquétipos mais influentes e confiáveis do formato, o deck de Marit Lage, seja a versão Naya, seja a versão Golgari, já viu dias melhores.

Sultai Control – 1,5%

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A maioria das listas sob esse arquétipo são o bom e velho Sultai Beans, gerando valor com Up the Beanstalk com Murktide Regent, Force of Will e Murderous Cut. Outras listas buscam gerar valor de atrito através de Uro, Titan of Nature’s Wrath.

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O que você vai encontrar em todas é Psychic Frog, Fatal Push e o trio Azul - Brainstorm, Ponder e Force of Will.

Monoblack – 1%

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Um dos decks mais budgets do formato, infelizmente sua estratégia dependia muito de Grief e o deck ainda não se adaptou muito bem.

Oops, All Spells! – 0,75%

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O combo mais All-In do formato ganhou ferramentas novas com os Terrenos/Mágicas (MDFC) de MH3, que permitem ao deck ter uma massa crítica de terrenos sem comprometer a estratégia do deck. Um brinquedo novo é Jack-o’ Lantern.

Maverick – 0,75%

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Eternamente o mais justo dos decks em um formato injusto.

Elfos – 0,75%

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Alguns jogadores simplesmente decidiram que não vão se importar mais com Orcish Bowmasters e que vão usar seus elfos assim mesmo.

Dredge – 0,5%

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Não está morto o que pode jazer eternamente… Vai sempre ter alguém disposto a brincar com o jogo diferente que o Dredge faz.

8-Cast – 0,5%

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Quanto mais alto, maior a queda. 8-Cast já foi um dos maiores arquétipos, tanto em presença quanto em índice de vitórias, mas agora é apenas uma sombra do que já foi.

Conclusão

Dessa vez cobrimos 27 arquétipos, respondendo por cerca de 90,75% do formato. O banimento de Grief realmente teve impacto, mas não o impacto o suficiente para tirar o Reanimator do topo do Meta. O problema atual tem nome, pernas e língua bem comprida: Psychic Frog é uma criatura absolutamente dominante no formato, praticamente invulnerável a remoção baseada em dano e começando a gerar um movimento que geralmente não indica saúde para o formato: inclusão de Blasts (Pyroblast / Red Elemental Blast) no main deck.

Não sei quando será a próxima vez que a Wizards tomará alguma atitude, mas acho bem difícil que o Sapo escape do Martelo do Banimento quando ele vier.

No geral, o Meta não está em uma situação ruim, tem bastante variedade, mas o domínio do Frognator está em níveis que não costumamos ver no Legacy – o da versão com Grief chegou a valores que eu realmente não me lembro de ter visto nesse formato.

Ufa, vou terminar por aqui, espero que tenham gostado, um abraço anfíbio e até a próxima!