Magic: the Gathering

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Opiniões e especulações sobre Ragavan, o macaco do momento!

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Alguns membros da equipe da CR se reuniram para falar de suas opiniões sobre Ragavan, a nova carta que está dando o que falar.

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rezensiert von Tabata Marques

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Hoje planejamos um artigo um pouco diferente: nossa equipe se reuniu para especular e pensar sobre a nova carta que está causando diversas sensações e teorias:

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Ragavan faz referência a uma ficha gerada por Kari Zev, Skyship Raider, gerando também um sentimento… engraçado, eu diria. Mas, além disso, o preço da carta está subindo muito, gerando conversas e teorias sobre o assunto. A coleção mal foi lançada na edição física e o valor já está nas alturas!

Nossos membros discorreram um pouco sobre isso, além de também pensar na carta inserida dentro de alguns formatos. Conheça melhor nossa equipe, se divirta com o artigo e aproveite para pensar e criar teorias nos comentários também!

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Leon Diniz

Leon é programador da Cards Realm. Ele é professor de alguma matéria que eu não lembro, além de informática. Tem um senso de humor adorável e um cabelo estiloso. De vez em quando, ele derruba o servidor da Cards Realm acidentalmente, mas o conserta com grande velocidade!

O preço de uma carta sempre está ligado ao valor de venda das Boosters Boxes das edições em que uma carta se encontra. Acredito que todos podemos nos lembrar das fetchlands de Kahns of Tarkir. Os terrenos custavam 50-70 reais enquanto a booster box custava 350 reais. Enquanto a coleção se manteve no t2, o preço das fetchlands continuava 50-70 reais. O motivo do preço se manter é por que, caso a demanda por fetchlands aumentasse, bastava abrir novas boosters boxes, que podiam ser encomendadas à vontade. Quando a coleção rotacionasse, os lojistas não mais podiam pedir boosters boxes à vontade, e atualmente a box vale mais de 1.000 reais e as fetchlands dispararam de preço.

Esse exemplo nos mostra que os preços das cartas depende de demanda e oferta e são regulados pelos preços das boxes. Quanto mais uma carta é importante que outras dentro de uma edição, mais ela "absorve" o preço da box.

Vou dar outro exemplo, este é com Voice of Resurgence. Esta carta chegou a jogar bastante no cenário competitivo, mas, antes do primeiro reprint, só podia ser encontrada na coleção Dragon's Maze. Sim, a fatídica coleção em que, acredito eu, só esta carta via jogo. Chegou ao absurdo da coleção ser vendida a 300 reais enquanto esta carta custava, sozinha, 225. Vale a pena comprar a box para tentar tirar essa mítica? Difícil pergunta, já que só valeria a pena se a mítica estivesse presente na box.

Quero chegar na seguinte conclusão: o macaco custa 400 reais por que a booster box de Modern Horizons 2 custa 1500 reais. O macaco representa quase 25% do valor da box, algo totalmente plausível, já vimos várias cartas custarem 80-150 reais em coleções que custam 400-500 reais, como Ugin entre outras míticas. O macaco não é uma Voice of Resurgence, que absorve todo o preço da box. Simplesmente o fato dele ser a melhor carta da edição é o suficiente para o preço disparar para 400 reais. Isso é devido ao preço da box de Modern Horizons 2 e é a nova realidade do Magic.

Diogo Leal

O Diogo também é programador da Cards Realm (arruma as coisas que o Leon explode). Ele é muito sério, mas se conversar um pouco com ele, vê que tem um bom coração.

Não vejo o macaquinho jogando em muitos decks e acredito que esse hype dele vai cair bastante. Ele tem um corpo muito fraco (2/1) e não possui haste, o que atrapalha ele ser usado no turno 1, e a falta de flying ou menace para não ser defendido por qualquer criatura também atrapalha a habilidade dele, tornando necessário alguma forma de gerar evasão ou limpar o campo para tornar possível sua passagem.

Se ele ao invés de: "Whenever Ragavan, Nimble Pilferer deals combat damage to a player"

fosse:

"Whenever Ragavan, Nimble Pilferer attacks" e fosse na cor azul, ela seria uma carta perfeita, na minha opinião, porque vejo essa carta jogando em decks control, caso fosse dessa cor. Mas acredito que a carta vá encontrar a sua casa em decks tempo.

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Raphael Martinez

Martinez é um dos nossos garotos propaganda. Raphael Martinez é professor de matemática, além de narrador de eventos da Cards Realm. Também tem um cabelo maravilhoso. Aqui vai a opinião dele:

Ragavan, Nimble Pilferer em minha visão é o novo Dreadhorde Arcanist. Dentro de seu anúncio de banimento do dia 15 de fevereiro, a Wizards of the Coast alegou que com a saída de Oko, Thief of Crowns do Legacy os delver decks seriam dominantes no formato, então eles decidiram pelo banimento também do Dreadhorde Arcanist.

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Três meses depois deste banimento a WOTC lança Ragavan, Nimble Pilferer. Ele tem uma estratégia muito similar ao Dreadhorde Arcanist, promovendo um card advantage muito forte nos primeiros turnos do jogo, tanto pelo tesouro quanto por roubar cartas do grimório do oponente.

Algumas pessoas podem alegar que comprar cartas do topo do grimório do oponente poderia ser irrelevante na maior parte das matchs. Ao se analisar o top 10 das cartas mais jogadas no Legacy, todas são cartas que o decks que possuem Delver of Secrets, seja UR ou Temur, conseguiriam utilizar com qualidade (como Ponder, Preordain, Brainstorm, Thoughtseize, etc...). Por isso, ou há uma contradição dentro da política de banimentos do formato Legacy, ou o destino final do Ragavan, Nimble Pilferer deve ser o mesmo do Deadhorde Arcanista cedo ou tarde.

Humberto Romeu

Humberto é escritor e tradutor aqui na CR. Escreve também analisando formatos e eventos; também faz parte do "Amigos do Meta", nosso twitchcast que acompanha o metagame e suas nuances. Vamos ver o que ele tem a dizer sobre o macaquinho?

Ragavan não é uma carta fácil de avaliar porque ela apresenta ângulos menos convencionais do que se espera de uma carta vermelha.

Por um lado, a carta que inclusive já foi chamada de “próximo Deathrite Shaman” pelo Todd Anderson, apresenta um potencial absurdamente alto para os formatos onde ele é permitido porque gera mana E card advantage todo turno, desde que ele tenha espaço para causar dano ao oponente.

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Isso significa que Ravagan não é o tipo de criatura que você usa e vai para a Race com ele. Ao invés disso, você vai o utilizar e manter a mesa limpa com remoções e counterspells ou utilizá-lo (com Dash, vale constar) numa mesa que já está limpa e em cima disso obter tanto card advantage que o oponente dificilmente conseguirá voltar para o jogo.

Num formato tão eficiente em mana como é o caso do Legacy, Ragavan pode facilmente dominar o jogo se não for respondido, anulado ou se a mesa não for estabelecida pelo oponente, com este terceiro ponto sendo bem menos comum no Legacy do que em outros formatos, além do fato de, por ser um formato onde cores costumam se misturar com frequência, as chances de você pegar um card do oponente que você realmente pode jogar não são pequenas.

Meu único problema com o card é que ele está disputando espaço com outros cards muito eficientes e que, diferente de um Dreadhorde Arcanist (ao qual o card é comumente comparado), Ravagan é um péssimo top deck quando você está atrás no jogo.

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Já no Modern, acredito que Ragavan possui menos espaço para brilhar porque o formato é muito menos eficiente em termos de mana (pelo menos até o momento) quando se trata de decks que podem usá-lo da “maneira correta” e compete com cards como Monastery Swiftspear e a recém-lançada Dragon’s Rage Channeler.

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É claro que eu poderia vê-lo jogando em listas como Death’s Shadow, já que o Jund Shadow, por exemplo, utiliza Hexdrinker ou Knight of the Ebon Legion, que são essencialmente drops 1 mais fracos e menos eficientes que Ragavan, mas o fato dele ser um top deck pior (afinal, não possui uma habilidade de mana sink) num formato onde criaturas são mais prevalentes e spells são mais caras, me torna meio cético com relação à viabilidade do card.

No final das contas, acredito que Ragavan possui grande potencial, mas está disputando com cards muito poderosos nos respectivos decks onde ele pode pertencer e o tempo dirá se ele realmente é tudo isso que especulam dele ou não.

Antonio Faillace

Antonio é juiz "nível 2", escreve artigos para a CR e faz participações especiais em narrações, sempre trazendo fatos interessantes sobre interações e regras. Tem paixão inexplicável por combos esquisitos e decks diferentes, mas a gente aceita.

Ragavan, Nimble Pilferer é uma carta que mistura várias habilidades incríveis num pacote voltado a decks agressivos. Se alguém tem dúvida do "power creep" promovido nas últimas edições, basta comparar o Ragavan com o saudoso Isamaru - chega a ser injusto com o doguinho.

Duas lembranças de regras pra galera: o texto do Ragavan diz que você conjura a carta exilada, ou seja, terrenos exilados não poderão ser jogados. E cartas que tem Suspend não podem ser "suspensas", já que Suspend é uma habilidade que só funciona quando a carta está na mão.

Eduardo Silveira

Eduardo começou a escrever artigos de Commander para a CR recentemente, é Artista Visual e Mediador de Arte, e gosta de construir decks alternativos.

Entre tantas palavras para descrever Ragavan, Afanador Ágil, a que melhor o descreve é valor. Sua presença gera vantagem em cartas, ramp, mina as possibilidades do oponente e tudo por uma mana vermelha. Em um formato de multijogadores isso é ainda mais efetivo, já que as possibilidades de ataques livres são ainda maiores.

Dentro de uma observação mais atenta as interações com o topo do deck são devastadoras, pegando oponentes desprevenidos abusando da habilidade de investida, além das inúmeras sinergias possíveis para seu tipo e habilidades. Na cena mais competitiva é certa a presença dele em qualquer deck com acesso ao vermelho.