Magic: the Gathering

Interview

Entrevista com Beicodegeia sobre o Pauper e sua trajetória!

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Desvendando os Segredos do Pauper Master, Beicodegeia! Mergulhe no mundo do Pauper enquanto nos sentamos com o lendário Beicogeia para discutir suas estratégias, insights e estratégias. Descubra os segredos por trás do seu sucesso nesta entrevista!

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übersetzt von Tabata Marques

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rezensiert von Tabata Marques

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Introdução

Tive o prazer de conversar com o lendário grinder do Magic Online no formato Pauper, Carlos Roger (Beicodegeia).

Vamos nos aprofundar em seu processo de testes e em como ele decide escolher os decks para jogar nos Challenges. Além disso, veremos suas conquistas recentes ao vencer quatro Challenges consecutivos, além de sete de onze Challenges!

Conquistas nos Challenges

Como mencionado anteriormente, Beicodegeia venceu 7 dos últimos 11 Challenge quando este artigo foi escrito. O primeiro Challenge foi no dia 17 de setembro e o último, no dia 22 de outubro.

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Beicogeia venceu quatro Challenges consecutivos e depois venceu três dos sete seguintes. Olhando os registros tivemos o seguinte nos últimos 11 Challenges:

1º: 8-2 (17 de setembro)

2º: 7-2 (23 de setembro)

3º: 8-1 (24 de setembro)

4º: 8-1 (30 de setembro)

5º: 4-2 (1º de outubro)

6º: Não joguei (7 de outubro)

7: 8-1 (8 de outubro)

8: 3-3 (14 de outubro)

9: 3-3 (15 de outubro)

10: 8-1 (21 de outubro)

11: 9-1 (22 de outubro)

Assim, no geral, nos 11 Challenges, ele venceu 66 partidas e perdeu 17 partidas, dando-lhes uma taxa de vitórias de 79,5%. Essa taxa de vitória é incrível!

Um piloto incrível de vários decks. Vou mostrar os três decks que ele pilotou até a vitória. Além disso, ele ainda tirou um dia como mostram os registros acima!

Vejamos os decks com os quais Becodegeia venceu.

Decklists com as quais ele ganhou

Mono Blue Terror

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Sticker Goblin

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Dimir Fae

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Como você pode ver, todos os decks têm estilos de jogo diferentes e prós e contras de cada um!

Finalmente, a Beicodegeia colocou as Fadas de volta no mapa! Vamos mergulhar na entrevista e ver realmente como ele testa e tem essas conquistas incríveis. Confira!

Entrevista com Beicodegeia

Como se pronuncia seu nome no MTGO?

R: Na linguagem 'formal', também é a pronúncia correta. Então, se você estivesse fazendo um teste ou algo assim, você definitivamente iria com Bay. Mas os brasileiros em geral tendem a pronunciar palavras que terminam com "so" como "su" porque é mais fácil para a língua -

algo como 'bay su di jeia' seria muito bom.

Quando você começou a jogar Magic?

R: Comecei a jogar Magic em 2005/2006, quando estava entrando no ensino médio. Descobri o jogo através de amigos.

COmo/quando foi a transição para o Pauper como formato principal?

R: Bom, a princípio o formato que mais me interessou foi o antigo Extended (T4), mas aqui na cidade era mais fácil ter campeonatos no formato Pauper, pela facilidade de montagem dos decks. Alternei no início jogando Pauper com decks emprestados e montei aos poucos, ampliando os decks.

Quando comecei no Magic Online jogava exclusivamente no Modern, mas com o passar do tempo resolvi me aventurar nas ligas Pauper. Eventualmente, concentrei-me apenas nelas para poder melhorar o máximo possível e obter melhores resultados.

Como você decide o que registrar em um Challenge? Qual é o seu processo de teste?

A: Bem, há alguns anos decidi jogar alguns Pauper Challenges porque eles tinham EV melhores em comparação com outros formatos e escolhi os decks que eu estava mais familiarizado em jogar. No início nunca tive bons resultados, mas me mantive bastante mediano, jogando com o que era confortável para mim.

Hoje em dia utilizo um processo que tende ser analisar o meta das ligas durante a semana (jogo cerca de 25 a 35 jogos por dia). Faço uma análise antes de iniciar o Challenge, sobre os jogadores que estão inscritos e quais possíveis decks eles podem estar jogando, guiado pelos últimos decks que usaram nos Challenge. Ajustoassim o deck que irei jogar, bem como os ajustes na lista para se adequar ao provável metagame presente.

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Outro fator que me ajuda bastante é testar a lista e discutir com outros excelentes jogadores como Barff, Carvs, Brivenix, Outzeroo entre outros. Normalmente não escolho decks de tiers mais baixos, a menos que tenham um desempenho excepcionalmente bom nos testes durante as ligas da semana.

Você tem uma equipe de testes para ajudá-lo a praticar, em geral?

R: De alguma forma acabei respondendo essa pergunta um pouco antes, mas alguns grinders brasileiros se ajudam muito: carvs, brivenix, outzeroo, Barff, reptilium, luffydochapeudepalha. Acabamos trocando ideias sobre decklists, metagame e outros insights sobre o jogo. Também recebo muitas ideias da equipe do Asa Branca.

Como você decide como está o metagame num Challenge para prever o que será bom? Ou seja, escolhendo na época um deck sumido, como o Dimir Faeries.

R: Jogando as Ligas da semana e pegando uma amostra dos últimos Challenge e seguindo uma certa lógica. Ajusto uma lista que acho boa para jogar o Challenge.

Com Dimir Faeries, foi um esforço conjunto entre Carvs que criou a lista, e eu e Barff que a ajustamos para vencer os 3 decks mais fortes do formato naquele momento (Mono Blue Terror, Sticker Red Kuldotha e UW Glitters). Testamos o deck ao longo da semana e ele se saiu muito bem nessas 3 partidas. Spellstutter Sprite foi incrível nas 3 partidas, Snuff Out foi um absurdo contra UW Glitters e Mono Blue Terror, e mesmo contra Kudotha Sticker ele se saiu bem porque tirou a explosão do _____ Goblin , matando-o com a habilidade na pilha. A perda de vida é uma desvantagem ainda menor, porque as listas mais recentes tem menos burn do que as listas Kuldotha tradicionais.

Pouco antes do Challenge fiz alguns ajustes no sideboard para melhorar ainda mais a partida contra o vermelho. Adicionar 6 Hydroblasts/Blue Elemental Blasts, é uma estratégia que já havia testado antes no Mono Blue Terror, que já havia vencido 3 Challenges antes e havia funcionado no meta infestado de decks vermelhos.

Para minha surpresa também consegui ter resultados positivos contra outros decks do formato, como Caw Gates e Golgari Gardens, conseguindo assim sucesso em 2 Challenges e trazendo Dimir Faeries de volta ao meta.

Você joga Magic exclusivamente online e/ou também eventos IRL?

R: Atualmente só jogo online no Magic Online. Pouco antes da pandemia, vendi todas as minhas cartas em papel que tinha e comprei apenas alguns decks de Pauper. Em breve voltarei a disputar alguns torneios pela equipe aqui no Brasil, em dezembro. Vou jogar um regional em João Pessoa, que está sendo organizado pela Asa Branca, e espero disputar outros torneios com a bandeira do time.

Você se prepara de maneira diferente? Como você encontra o metagame no papel em comparação com o online?

R: Para este evento regional do qual participarei, teremos reuniões com a equipe para discutir listas e estratégias que melhor se adequam ao Metagame em IRL, que é bem diferente do online.

O que você acha do formato? Você acha que cartas precisam ser banidas?

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R: Acho que essa questão do banimento é um assunto muito delicado, porque abre um precedente para que coisas ruins aconteçam com o formato. Entendo que as pessoas não estejam satisfeitas com o formato e queiram algo que abale e mude tudo, ou que volte a ser como era anos atrás (um formato mais lento e cheio de decks diferentes, mas com apenas uns 3 dominantes (Boros, U/X Fae, Tron)).

Porém, o Magic evolui, os formatos ficam mais rápidos, os cards ficam mais degenerados. Dito isto, estou feliz com o atual Pauper. Temos decisões a tomar, e seja no decorrer do jogo ou na construção do deck, ainda há espaço para inovação.

Em pouco tempo fomos abençoados com novos e poderosos decks: Azorius Glitters, Mono Blue Serpents, Kuldotha Variants, Golgari Gardens e Caw Gate - e isso é algo que não acontece tão facilmente em um formato como o Pauper.

Os Challenges são a melhor maneira de competir em Magic competitivo?

R: Acho que os Challenges são atualmente o melhor cenário para jogar competitivamente no Pauper, os Torneios Online de Magic estão cheios de excelentes jogadores com os quais você pode aprender muito apenas jogando contra eles. Embora não tenhamos GP's Challenges Pauper, Qualifiers e PTQ's são a melhor forma de jogar o formato de forma extremamente competitiva.

Tipo favorito de conteúdo de Magic?

R: Costumo acompanhar discussões no Discord, assistir canais de Magic no YouTube (embora não haja muitos sobre o Pauper especificamente) e me manter atualizado com listas em sites.

Você joga outros formatos além do Pauper?

R: Atualmente jogo apenas Pauper, mas já joguei Modern, Standard e Legacy.

Carta Favorita no Pauper?

R: Okiba Gang-Shinobi!

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Carta favorito de todos os tempos?

R: Meloku, o Espelho Nublado.

Deck Pauper favorito de todos os tempos?

R: Dimir Faeries.

Era favorita do Pauper?

R: Eu realmente não tenho uma época favorita no Pauper, mas a era atual do Pauper é definitivamente uma das minhas favoritas.

Carta mais desvalorizada do Pauper?

R: Excluir.

Qual oponente você sempre se preocupa em enfrentar no MTGO e por quê?

R: Existem alguns adversários que quando você joga são partidas muito difíceis, como o saidin, cicciogire, gn42 entre outros.

Porém, eu realmente procuro jogar 100% focado nos Challenges quando estou contra o Mogged. Ele é um monstro com todos os arquétipos e quase nunca comete erros.

Você acha que sua conquista algum dia será superada?

R: Ainda não acredito em como consegui chegar a tantas finais em tão pouco tempo - é realmente muito difícil. Dito isso, acho que a chance de isso acontecer novamente é muito pequena, mas há jogadores que também têm potencial para conseguir isso.

Erro mais comum que você vê seus oponentes cometendo?

R: Em relação ao Magic Online, trata-se de dar F6 (pular o turno), muitos oponentes pressionam rapidamente f6 em turnos normais e quando compram algo para responder, removem essa função, para poder jogar de acordo.

Eu mesmo faço isso às vezes, é como assistir pessoalmente a uma peça. Semelhante a quando eu lanço uma mágica e o oponente pensa mais que o normal; você pode assumir o que ele pode ou não ter em mãos. Com o tempo, você saberá se é um blefe ou não.

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Quanto ao jogo normal, trata-se de manter mãos ruins contra determinados decks (mãos 1-land, mãos sem pressão jogando com decks Aggro, mãos sem respostas para o early game jogando Midrange/Control).

Melhor conselho para jogadores que desejam melhorar?

Treinamento. Concentre-se em um deck e jogue-o várias vezes contra o maior número possível de decks. Você começará inevitavelmente a notar padrões e jogadas que se repetem, quais cartas são boas nas partidas, o que responder e o que não responder.

Por fim, ajuda assistir ao jogo de outros jogadores, pois você terá uma perspectiva diferente.

Se você dissesse sua melhor qualidade de Magic, qual seria?

R: Adaptabilidade.

Algum último comentário que você gostaria de compartilhar?

R: Gostaria de agradecer ao espaço e agradecer à comunidade Pauper, que sempre foi muito receptiva a todos que aderiram.

Conclusão

Como você pode ver, Beicodegeia é um jogador incrível, com uma habilidade imensa! Mas uma coisa que realmente brilha aqui é a consistência, e a prática realmente compensa. Cada jogo que ele joga, ele aprende. Esse feito provavelmente nunca será superado.

Espero que você tenha gostado dessas perguntas. Foi uma oportunidade fantástica poder falar com ele!

Até a próxima!