Magic: the Gathering

Review

Review dos jogos eletrônicos sobre Magic: the Gathering - 2009 a 2022

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No artigo de hoje, vamos continuar nossa viagem pela segunda parte da história dos jogos eletrônicos envolvendo Magic: the Gathering até os dias atuais.

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revised by Tabata Marques

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Se você perdeu o começo desta história, pode conferir neste linklink outside website os jogos de eletrônicos de Magic: the Gathering de 1997 a 2008.

Magic: The Gathering: Duels of the Planeswalkers - Series

Começamos nossa segunda metade com a série Duels of the Planeswalkers em 2009.

Logo após o sucesso do primeiro título que rendeu ótimas críticas e vendas, a Wizards of the Coast decidiu criar nos anos seguintes mais 4 títulos, um em cada ano. Com a mesma aparência, atratividade e facilidade de jogo, recebendo boas críticas ao longo de cada lançamento, porém cada um deles foi algo separado, ou seja, de um ano para o outro você tinha um novo jogo independente de tudo que havia sido construído até ali, sendo obrigado a reiniciar sua campanha.

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Se você perguntar para quem teve a experiência de jogá-los, dependendo da interação com o jogo, alguns vão lembrar que eles foram muito bons, outros dirão que atenderam a necessidade de passatempo, mas no geral o gosto parece um pouco amargo de ter se esforçado tanto, mas ter seu progresso reiniciado a cada nova versão e ter simplesmente acabado na versão de 2015 com uma versão pobre de conteúdo, apesar de os 4 primeiros títulos terem recebido excelente recepção.

Magic: The Gathering: Duels of the Planeswalkers - A Origem

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O lançamento que pode ser marcado como um sucesso de vendas foi o primeiro Magic: The Gathering: Duels of the Planeswalkers, disponibilizado em 2009 para Xbox 360 e em 2010 para Playstation 3 e Windows.

Em apenas 5 semanas de lançamento na primeira plataforma, o jogo chegou a ser baixado mais de 440 mil vezes e 170 mil jogos foram vendidos neste tempo, garantindo o título entre os dez mais jogados na história da Xbox Live e o título mais bem classificado nas primeiras duas semanas de lançamento. Já em 2011, mais de meio milhão de unidades foram vendidas só no Xbox Marketplace!

Imagem do Campo de Batalha
Imagem do Campo de Batalha

Com uma interface linda, o jogo é atrativo para qualquer público, pois é fácil e acessível. Mesmo se você nunca viu Magic na vida, você com certeza ficará horas na frente da tela em batalhas e mais batalhas. Não há muito o que falar depois de tantos adjetivos — talvez entregar o básico no meio eletrônico, e fazer isso bem feito, tenha sido o que possibilitou esse sucesso.

Modos de Jogo

O tutorial é rico em explicações para qualquer iniciante e a interface é bem fácil de usar.

O jogo inclui um Modo de Campanha para duelar com vários oponentes Versus IA por novos baralhos e cartas. Também há o Modo de Desafio, onde o jogador deve encontrar a combinação certa de jogadas em um único turno para derrotar o oponente.

Há um modo de jogo Único e Cooperativo contra o Computador (incluindo "Gigante de Duas Cabeças", um formato variante onde os dois jogadores compartilham seu total de pontos de vida e jogam juntos para derrotar os oponentes).

Os jogadores podem jogar também em Jogos Competitivos Casuais ou Rankeados no Xbox Live contra até três oponentes.

Na versão para PC, os jogadores podem competir uns contra os outros, mas o segundo jogador é obrigado a usar um gamepad em vez do teclado ou mouse. Simplificando bastante a jogabilidade para ser mais acessível, não há construção de decks, os jogadores só têm acesso a um número limitado de decks pré-construídos, no entanto, à medida que você avança nos desafios, você desbloqueia novos baralhos e cartas que podem ser substituídas em certos decks para melhorá-los.

A utilização de mana (ao virar terrenos) de forma automática trouxe para este jogo um ponto positivo, como comentei, sempre tentando facilitar e deixar mais amigável para quem nunca viu ou só quer se divertir com o card game e, assim como o Magic Arena, as ações têm um cronômetro para marcar tempo.

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Novas Expansões

Ainda em 2009 foi lançado um conteúdo adicional para o jogo, Duel the Dragon, que adicionou 3 novos decks, mais 6 campanhas incluindo um novo chefe e vários novos desafios.

Em 2010 saiu a segunda expansão, habilitando 3 novas cartas para cada deck existente, decks novos e a capacidade de usar "Eons of Evil" do famoso rival Nicol Bolas. Esta segunda expansão também foi importante para correção de várias falhas.

Ao final de 2010 saiu a terceira e última expansão do jogo. Ela disponibilizou mais 3 cartas para cada deck, assim como a anterior, novos desafios e novos níveis para o modo Gigante de Duas Cabeças. Disponibilizou também mais 3 decks, incluindo "Master of Shadows" usado por Sorin Markov na campanha da última expansão e "Root of the Firemind", o primeiro deck vermelho/azul do jogo.

Adiante falaremos da “franquia” e sequência que este jogo abriu no mundo de Magic: The Gathering.

Gráficos da Batalha
Gráficos da Batalha

Curiosidade: Este jogo para videogame fez tanto sucesso que a Wizards of The Coast criou 5 decks impressos inspirados nele e que foram feitos para se jogar o jogo físico ainda em 2010, talvez o começo da ideia para atrair novos jogadores que poderiam fazer o caminho do meio eletrônico para o jogo físico.

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Fonte: Site WotClink outside website

DotP 2012

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Apesar do nome, este jogo foi lançado ainda em 2011, criado para ser a continuação de Magic: The Gathering: Duels of the Planeswalkers, porém um novo jogo independente sem ligação com o anterior, assim como todos os 5 jogos desta série foram.

Teve uma expansão chamada Ascend into Darkness no mesmo ano com a inclusão de alguns decks e cartas novas antes do lançamento do jogo seguinte. Ele é exatamente o jogo anterior, mas parecendo uma expansão, com pouca ou quase nenhuma modificação na mesa de jogo e efeitos. O jogo é o clássico com 60 cartas, 20 pontos de vida e combates 1x1.

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Ao todo existem três Campanhas: uma Campanha Inicial, uma Campanha de Desafio e uma Campanha com o novo modo Archenemy, talvez a maior novidade entre jogos. Cada uma das três campanhas tem onze missões. Quebra-cabeças, cenários em que o jogador assume o controle de um lado de uma partida que já foi disputada e precisa alcançar a vitória estão de volta e ao contrário do primeiro, onde os quebra-cabeças eram um modo autônomo, os quebra-cabeças em DotP 2012 são integrados à campanha como missões secundárias desbloqueáveis. Não podemos esquecer de mencionar que há o modo Multiplayer disponível para DotP 2012, assim como em todos os DtoP.

Apesar de continuar com a boa reputação, a maioria dos críticos esperava mais comparado com seu antecessor, mas conseguiu agradar bastante já que algumas funcionalidades foram corrigidas, como a possibilidade de remover cartas indesejadas do baralho ser algo nativo, diferente do DotP original.

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DotP 2013

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DotP 2013 foi lançado em 2012 para Steam, Xbox Live Arcade, Playstation Network e Ipad e é o terceiro jogo da série.

A jogabilidade, fluidez e jogo continuam boas como o mesmo dos anteriores, porém, este recebeu o título de jogo número um em vendas em junho deste ano na PSN, talvez pela quantidade de novidades que conseguiu entregar.

Começando com o mais atrativo e que faz dar vontade de jogar só por conta disso, é a inclusão dos Planechases no lugar do Archenemy.

Um plano clássico, Shiv
Um plano clássico, Shiv

Planechase é um modo de jogo que também existe no jogo físico, sendo um formato mais casual, com 2 ou mais jogadores que se enfrentam no estilo tradicional de mesão cada um por si, mas com a adição de um deck extra compartilhado por todos: O deck de planos.

O deck de planos deve ser embaralhado e ficar virado para baixo na mesa, sendo revelada uma carta por vez: o plano ativo. Basicamente este deck é composto por cartas com efeitos estáticos ou desencadeados referentes a cada plano que podem modificar muito a dinâmica de jogo.

Um plano sempre fica ativo, e continua assim até que alguém resolva trocá-lo, ou melhor dizendo, transplanar. Para trocar de plano, cada jogador, em Sorcery Speed, pode rolar o dado de planos (1 vez gratuito no seu turno e depois pagando 2 de mana por rolagem cumulativamente). Caso acerte o ícone de transplanação, a carta do plano sai de jogo e entra um novo plano, revelado do deck.

Além disso, o dado possui o símbolo de caos, e caso este seja acertado durante a rolagem, uma ação é desencadeada grandiosamente, desde destruir tudo no campo, até trocar a ordem dos turnos, o que muda drasticamente a estratégia de jogo. Este formato é muito divertido e por conta disso foi bem aceito, já que a plataforma continuou de fácil acessibilidade e muito bonita também.

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No Modo História você enfrenta direto outros planinautas controlados pela IA até chegar na batalha final contra Nicol Bolas. Além deste modo há novas partidas chamadas de Encontros, que te desafiam a enfrentar cenários de partidas com decks não oficiais, com uma única estratégia; por exemplo, seu oponente a cada turno irá colocar uma ficha de criatura em jogo. Mas acredite, alguns são bem difíceis de lidar mesmo sabendo o que acontecerá todo turno.

A personalização de deck sempre foi um ponto de discórdia para os críticos da série. Existem 10 baralhos para desbloquear jogando a campanha e você desbloqueia 30 cartas extras por baralho. Cada partida que você vence nos modos Padrões desbloqueia uma única carta para o baralho que você está usando, sendo possível também pagar 99 centavos para desbloquear todas as cartas em um baralho. Você ainda está preso com 24 terrenos por deck, o que é demais para alguns decks e você ainda não pode criar um baralho personalizado do zero.

Naturalmente, o jogo continua oferecendo modos Multiplayer para tudo que faz sentido. Você pode jogar Duelos, Free-for-All e Planechase online, com opções de matchmaking ou hospedagem de um jogo personalizado, porém, agora sem o famoso gigante de duas cabeças.

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Desta vez o jogo contribuiu para o Marketing mais do que os outros 2 anteriores, apresentando anúncios no jogo relacionados ao lançamento das cartas da vida real. Também permitiu que jogadores veteranos de Magic: the Gathering jogassem com as novas cartas antes de serem realmente lançadas.

Além disso, um código era fornecido com cada compra do jogo, permitindo que os compradores resgatassem um dos três (dependendo da plataforma) boosters de 6 cartas em lojas WPN. Os pacotes apresentaram um card com design alternativo que era específico para a plataforma em que o videogame foi comprado e cinco outros cards (não exclusivos).

Booster promocional do DotP 2013
Booster promocional do DotP 2013

E por último, mas que vale mencionar, é que como esta versão foi disponibilizada em Ipad, a recepção (apesar de ainda pequena) foi muito positiva em ter a experiência do jogo com a tela touch. Foi algo bom para o futuro do jogo, ganhando pontos extras e conseguindo mostrar que ainda havia possibilidade de evolução.

DotP 2014

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Com o sucesso de seus antecessores, DotP 2014 foi lançado em 2013 em mais plataformas que os anteriores: PC, Xbox 360, Playstation 3, Ipad e pela primeira vez em dispositivos Android, trazendo o jogo para smartphones. Com a mesma estrutura e jogabilidade, mas agora com um novo recurso de jogos Selados e, com isso, a novidade de abrir boosters. Neste novo modo de jogo, cada jogador abre 3 boosters e deve montar o deck com as cartas que vem neles.

As críticas foram bem positivas, acima dos 80% em diversos locais, principalmente por conta de algo que já era a muito tempo desejado e esperado pelos jogadores: com a abertura de boosters, a opção de editar e personalizar o deck da forma que desejar se tornou possível.

Boosters chegam ao jogo
Boosters chegam ao jogo

A História principal deixa de ser em torno do grande vilão Nicol Bolas e passa a ser em torno de Chandra Nalaar, com sua missão de rastrear um inimigo Planeswalker. Este foi também o primeiro título a começar a ter cards animados, nada tão grande como o Magic Arena atual, algo mais parecido com as cartas promocionais que tem um fundo 3D, como se fosse holográfico, mas já um começo em inovação.

O jogo conta com 10 novos decks, 15 novos encontros, 10 novos desafios de quebra-cabeça e multiplayer ad-hoc no lançamento, com uma funcionalidade multijogador online que chegou após seu lançamento em forma de atualização.

O tutorial foi bastante melhorado para esta versão e em uma entrevista a E3 de 2013, Adam Dixon explicou o quão era importante o jogo para a lacuna de adaptação de jogadores entre o meio eletrônico e físico.

Mas assim como os outros títulos, todo o progresso do jogo anterior era esquecido. Este é um novo jogo. Em resumo, parece que deram uma atenção grande para este título, se adaptando à evolução tecnológica colocando o jogo na palma da mão com os smartphones Android, o que foi bem reconhecido na época e continuou sendo um título de sucesso!

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DotP 2015

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O último jogo da série chegou às lojas em 2014 para todas as plataformas do anterior, menos Playstation. Assim temos o desfecho da série que começou em 2009.

DotP 2015 traz a história principal em torno de Garruk Wildspeaker, um planinauta e mestre de animais que foi amaldiçoado por Liliana Vess, outra planinauta que o atormentou, fazendo-o de escravo amaldiçoado. A missão single-player basicamente é construir um deck poderoso o suficiente para derrotá-lo.

Há também, claro, uma opção multiplayer, e apesar de todos os outros 4 títulos da série terem chegado até aqui como sucesso e trazendo novidades a cada lançamento, este jogo foi muito diferente e as críticas não foram tão boas. Com poucos modos extras, um menu pobre e algumas falhas básicas, o jogo não tem praticamente nada e a média em diversos sites de avaliação mal chegou a 5.

Na revista PC Gamer, Tom Senior avaliou o jogo como 30 de 100: "Na melhor das hipóteses, é uma experiência frustrante e com menos recursos do que seus antecessores. Na pior das hipóteses, Magic 2015 é um redesenho cínico que quer sugar mais dinheiro dos jogadores. Como tal, não posso recomendar Magic 2015 a ninguém."

Já na IGN, um conhecido site de jogos, comentou: "MTG: Duels of the Planeswalkers 2015 finalmente adiciona personalização, mas arruína com micro transações e jogabilidade suja" e que "é uma pena que a versão de 2015 deste jogo outrora orgulhoso se sente melhor definido pelo que lhe falta.", em seguida entregando uma nota 4.5 de 10.

Nota do Autor

Bom, eu gostaria de chegar agora no final desta série de Duels of the Planeswalkers falando que a série foi um sucesso e a maioria saiu contente em terem jogado os 5 jogos, mas infelizmente, Duels of the Planeswalkers foi algo muito importante para o jogo e teve seus dias de glória, mas agora depois de um tempo, e com o lançamento do Arena, pareceu apenas marketing para atrair novos jogadores para o jogo físico — sendo desperdiçados todos os recursos e principalmente tempo de começar e terminar ciclos sem poder continuar com algo que deveria ter uma continuação.

Muitos de nós, quando começam no Magic, jogam uma edição e não a largam para entrar em outra — as cartas e edições se complementam.

Os jogos em separado são legais e podem ser encontrados até hoje para baixar em diversas das plataformas. Às vezes dá vontade de jogar um Planechase tarde da noite, por exemplo, ou quero apenas jogar uma partida no metrô a caminho do trabalho e estes jogos cumprem isso, porém, como muitas coisas são medidas pela expectativa, a série foi ótima e cumpriu seu papel, mas terminou com um final triste.

Magic Duels Origins

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Passado o enjoo do final de DotP, o jogo seguinte, também chamado de Magic Duels Origins, chega às lojas um ano após o último jogo, em julho de 2015 junto do lançamento da coleção física Magic Origins.

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Como o nome já remete, ele nos traz a origem de cinco dos mais famosos planinautas, um de cada cor: Chandra Nalaar, Jace Beleren, Gideon Jura, Nissa Revane e Liliana Vess.

A jogabilidade segue a do jogo de cartas convencional, com baralhos de 60 cartas e 20 pontos de vida. Inclui o modo história e já possui construção de baralhos de forma livre e a capacidade de construir uma biblioteca de cartas usando recompensas no jogo (talvez o que todos esperavam em DotP).

Nova função de coleção
Nova função de coleção

Além disso, o jogo trouxe a novidade de usar cartas de planinautas para a plataforma eletrônica, algo que não tínhamos antes apesar de termos propagandas das cartas no jogo online.

Possui modo de batalhas single player contra IA e modo online com outros jogadores. Além disso, algo que também agradou a muitos, foi a volta da opção de jogar o modo Gigante de duas cabeças.

Assim como a maioria dos títulos da série DotP, Magic Duels foi oferecido para usuários nas plataformas Playstation 4, PC, Xbox One e IOS, mas diferente da série anterior que teria novos jogos anuais, Magic Origins prometia ser algo um pouco maior, contínuo, com lançamentos de novas edições a cada ano em forma de atualizações, mas não foi bem isso que aconteceu.

Foram disponibilizados os conjuntos Batalha de Zendikar, Juramento da Sentinela, Shadows Over Innistrad, Eldritch Moon, Kaladesh, Aether Revolt e Amonkhet, além da edição inicial Magic Origins, mas veremos logo mais o que aconteceu.

Para conseguir novas cartas você poderia, além de comprar booster com as moedas no jogo (gold), comprar com dinheiro real para criar uma verdadeira coleção digital — mas diferente do que todos esperavam, os dias do jogo já estavam contados.

Não se engane, este é Magic Duels e não DotP ou Arena
Não se engane, este é Magic Duels e não DotP ou Arena

Em relação às críticas, a média dos locais que avaliaram está entre 6 e 7. O jogo não funcionou bem para PC no Windows 7 (agora não sabemos se era problema do jogo ou dos bugs do sistema), com diversos bugs relatados, entre eles o cenário ficar todo preto e cartas com a imagem cortada eram os piores.

O jogo também não era multiplataforma, o que fazia com que, se você fosse jogar em dois lugares diferentes, teria que fazer duas contas e coleções independentes, além de ter uma restrição significativa de poder usar apenas 2 cartas raras por deck, limitando a real experiência total do card game.

Se esses pontos já não fossem suficientemente ruins para o jogo, ele foi encerrado de forma súbita em 2019, deixando a ver navios muitos jogadores que investiram tempo e dinheiro na esperança de ser algo duradouro como prometido.

No final, o jogo foi uma cópia dos anteriores: tentou inovar, mas acabou com os mesmos erros de Duel of the Planeswalkers e pior, deixando muitos usuários com um pé atrás de ser um padrão de novos jogos eletrônicos de Magic: The Gathering: ser lindo, com ótima jogabilidade, com uma expectativa longa de duração, mas que morre na praia.

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Magic: The Gathering — Puzzle Quest

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No mesmo ano de Origens, 2015, foi lançado este jogo mobile bem interessante no estilo quebra-cabeça com referência ao universo de Magic, desenvolvido pela D3 publisher. Disponíveis para iOS e Android, o jogo lembra Candy Crush, onde você deve combinar gemas da mesma cor em um tabuleiro para gerar mana e fazer mágicas, cartas de suporte ou criaturas para derrotar seu oponente. É bem diferente do jogo de cartas convencional, pois tem muita interferência de sorte na combinação das gemas e pode ser um pouco complexo de se jogar à medida que você avança.

Você deve montar um baralho de 10 cartas que são as mesmas do jogo físico, porém com ajuste no custo e certos efeitos para equilibrar com a plataforma. Cada jogador começa com 3 cartas na mão e os pontos de vida que o planinauta possui — cada planinauta possui uma quantidade de vida diferente.

As cartas possuem uma sequência e sempre que você combina gemas, ao atingir a mana necessária para a primeira carta da sequência, ela é usada, e a mana excedente vai para a carta seguinte na sua mão. Caso seja uma criatura ela entra em campo, caso seja uma mágica ela é usada, e caso seja um suporte ele entra em campo.

Diferente do jogo de cartas, você não tem as etapas sequenciadas e não pode bloquear com qualquer criatura ou fazer mágicas na segunda etapa principal, o dano de ataque é direto a não ser que a criatura tenha alguma habilidade que a obrigue a bloquear como defensor, ou alcance. Neste caso a criatura irá bloquear de forma automática na ordem que estiverem os atacantes (também não escolhido).

Ganha quem zerar os pontos de vida do oponente primeiro. Como a mana é gerada combinando gemas ou com algum efeito, os terrenos fazem parte das cartas de suporte, e costumam ficar no tabuleiro. Elas servem para realizar ativações de efeitos a cada ação ou momento. As cartas de terreno, por exemplo, transformam gemas ou geram mana extra a cada turno.

Algo que também interfere bastante nas partidas são as habilidades dos planinautas. Kiora, por exemplo, consegue gerar mana, tutorar uma criatura ou criar diversas fichas de polvo.

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Algo bem bacana é que Magic Puzzle Quest retorna a falar de história do universo de Magic de forma bem ampla. Todos os planinautas tem uma grande parte de texto falando sobre cada um.

Os objetivos e modos de Desafio/História exploram os planos e o universo do Card Game de forma bem ampla. Já a economia do jogo roda em torno de 3 “moedas”: Runa de Mana, Cristais de Mana e Joias de Mana, cada uma delas responsável por uma parte específica do jogo.

As runas são as moedas padrão usadas para aumentar o nível do seu planinauta que chega até o nível 60. Com maior nível, aumentam também suas habilidades. Planinautas recebem mais pontos de vida a cada nível e possuem mais bônus por combinar certas cores. A runas são recebidas ao completar objetivos, batalhas rápidas e também no modo história.

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Os Cristais são algo mais premium, utilizados para comprar novos planinautas e também boosters com novas cartas. Você consegue novos Cristais nas recompensas diárias e objetivos secundários no modo história. Outro lugar para consegui-los é na loja do jogo. Como em todos os jogos do estilo, ele é grátis para jogar, mas, sabe como é, caso queira dar uma avançadinha, basta pagar alguns dólares por cristais.

Por último, as Joias são utilizadas para uma única coisa: comprar pacotes Elite, que custam de 150 a 400 joias dependendo da edição e da raridade, e normalmente você recebe uma carta mítica ou rara tendo a chance de ser uma masterpiece neles.

Apesar de ser diferente do jogo de cartas, ele vem recebendo atualização a cada nova edição do jogo físico desde seu lançamento, e com isso pressupomos que há pessoas suficientemente jogando para manter.

O game em si é divertido, mas às vezes frustra quando o oponente possui um deck/planeswalker muito mais forte, ou simplesmente combina gemas muito bem (seja por sorte dele ou azar seu). Entre as críticas, o jogo funciona bem, é bonito e equilibrado, um pouco diferente do jogo de cartas, mas a proposta não é ser um simulador dele, então faz bem o que promete e diverte.

Para jogá-lo basta acessar a loja de apps do seu smartphone e baixá-lo.

Magic: The Gathering Arena

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Estamos chegando quase ao final da nossa lista de jogos, e agora chegou a hora do Arena, a vitrine dos tempos atuais e o jogo eletrônico de Magic mais falado (bem ou mal) da atualidade.

Tendo seu início em 2017 com um beta fechado, o Arena já nasceu precisando quebrar um enorme tabu de não ser só mais um DotP com outro nome depois da WotC ter lançado diversos títulos e descontinuado.

Lançado oficialmente para Windows em 2019, Mac em 2020 e recentemente disponibilizado para iOS e Android em 2021 e com a funcionalidade multiplataformas, ou seja, jogar com a mesma conta no celular ou no PC, o jogo inegavelmente é lindo e fácil de ser entendido por novos jogadores.

Com uma carinha idêntica aos simuladores anteriores, o jogo tenta sanar todos os problemas, como criar uma coleção abrindo boosters, ser free-to-play e poder modificar o deck a vontade sem possuir limitações no deck.

Construção de baralho sem restrição
Construção de baralho sem restrição

Magic Arena atrai muito os mais jovens e novos jogadores, chamando atenção para o universo do card game. O foco do jogo é simular as partidas de mesa, 1x1, e por isso contém diversos formatos de jogo multiplayer, onde você pode jogar contra um outro oponente humano online, ou contra a IA, em diversos formatos e desafios.

Modos de Jogo no Arena

Há um tutorial simples que explica bem as regras de Magic: the Gathering no Arena. Além do tutorial, há diversos modos de jogo na plataforma:

- Standard: formato idêntico ao Standard da vida real, onde as coleções permitidas rotacionam.

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- Alchemy: é o novo modo de jogo no MTG Arena baseado no formato Standard que incorpora cartas feitas para o digital. Estas cartas serão constantemente rebalanceadas para criar uma experiência rápida e em constante evolução para nossos jogadores. Os decks serão do tamanho do formato Standard.

- Histórico: Histórico é o formato mais aberto de Magic: The Gathering Arena, cheio de estratégias únicas, sinergias insanas e quase todos os cards disponíveis no MTG Arena. Histórico nunca rotaciona e é curado como um formato com prioridade para o digital.

- Brawl: Este formato tem um "Comandante". Brawl tem um pouco de Padrão, e um pouco de Commander, e é um desafio para a criação de decks.

- Booster Draft: Os jogadores abrem boosters e se revezam para escolher os cards do booster. Depois, preparam um deck de 40 cards.

- Deck Selado: Cada jogador abre seis boosters e compete com um deck de 40 cards tirados desses boosters.

*Além desses formatos, existem outros que vem e vão dentro da plataforma, como o Pauper T2, Momir e afins. É importante sempre estar atento aos novos eventos, e em todos eles há algum tutorial explicando as regras.

A construção do deck é livre, você monta uma verdadeira coleção e a cada vitória ou objetivo completo, você recebe moedas de ouro que podem ser trocadas por determinados itens, como boosters.

Moedas do Arena

Há outra moeda no jogo, os Cristais, que são uma “moeda” mais premium, sendo recompensa em eventos específicos ou comprados por dinheiro real. Você pode comprar praticamente tudo no jogo com Cristais, desde avatares, skins para cartas e pets, menos cartas single.

E este último ponto é uma das principais crítica dos jogadores. Além da limitação de opção de troca de cartas (que não existe no jogo), ausência de modo espectador e não possuir o formato mais jogado de Magic (Commander), o jogo peca por ser pesado e bugar/travar algumas vezes durante o uso, mas que tem melhorado um pouco em relação a seu início.

Interface do jogo
Interface do jogo

Refletindo sobre a plataforma

É difícil falar o que Magic Arena foi projetado para ser. Em muitos lugares, afirmam que foi criado para ser a forma mais moderna de jogar Magic, em outros, que deveria ser um jogo à parte sem identificação e ligação com o jogo físico como o Magic Online é. Ele seria uma forma online exclusiva de entretenimento. Esta indefinição se dá, pois, quando olhamos para trás, várias dúvidas ficam sem resposta, como: Porque não há um modo espectador se até o Mundial do jogo já foi transmitido (de forma paliativa) na plataforma?

Devemos lembrar que Magic: The Gathering é um Trading Card Game, e logo tem a (importante) parte relacionada ao encontro, a socialização, a troca de cartas da coleção que não lhe interessam por outras — mas Magic Arena não proporciona esta experiência.

A única forma que você tem de interagir durante as partidas é através de simples palavras padronizadas, como “Oi”, “Sua vez”, “Boa!”, enquanto fora das partidas, a interação se resume a um chat simples.

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Com a entrada de mais formatos que existem apenas no meio eletrônico, como edições especiais e o formato Alchemy, onde nerfs de cartas e ajustes podem ser realizados sem problema, cada vez mais Magic Arena deixa de ser um verdadeiro simulador do jogo e passa a ser realmente um jogo à parte com um propósito de divulgar e estimular novos jogadores. Assim como Magic Puzzle Quest, Magic Arena acaba sendo um bom passatempo a parte - porém, possuindo mais semelhanças com o card game.

Magic: Legends

Para fechar nossa lista de jogos eletrônicos, temos Magic: Legends, o jogo natimorto de nossa lista, pois durou apenas alguns meses desde sua versão beta lançada em março de 2021, até a divulgação de cancelamento em junho do mesmo ano antes do lançamento oficial e desligamento total dos servidores em Outubro de 2021.

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Não temos muito o que falar dele, apenas o registro de quem conseguiu se inscrever para os testes. O jogo prometia ser um jogo de RPG de ação simultânea, lembrando bem títulos como Diablo.

Em Magic: Legends, jogador principal deveria escolher um planinauta que pode conjurar criaturas e feitiços do universo de Magic: The Gathering. À medida que você avança e evolui no jogo, seu personagem ganha mais mágicas e criaturas para o repertório (baralho).

Como o jogo foi descontinuado, não sabemos o que ele seria, só que possuía ainda em beta gráficos lindos e uma jogabilidade atraente com referências interessantes ao universo de cartas, mas com críticos problemas de desempenho (porém devemos lembrar que estava em beta).

Sobre seu cancelamento, Stephen Ricossa, Diretor do jogo disse que o jogo “errou o alvo” e que as empresas que o criaram e estavam desenvolvendo não pretendiam voltar a ele sem entrar em mais detalhes.

Vídeo de Magic: Legends:

Conclusão

Chegando ao final das nossas duas partes, temos uma visão ampla de toda a história eletrônica do nosso card game nos últimos 25 anos, desde seu primeiro título lá em Shandalar até hoje.

Uma importante questão que deve ser mencionada foi a evolução da tecnologia e seu impacto. Como vimos na primeira parte, antes os jogos eletrônicos, em sua grande maioria (e isso serve para outros jogos em geral também), sofreram uma radical mudança com a expansão da Internet. Os jogos antes focados na experiência de uma pessoa jogando sozinha contra IA, tiveram que se adaptar a um mundo conectado em rede, onde cada vez mais as pessoas buscam se socializar. Não por acaso o formato Commander é o mais jogado — somos seres sociais.

Outro ponto que deve chamar a atenção é que sempre devemos alinhar nossas expectativas à realidade, pois podem acabar influenciando muito o que esperamos de um jogo, ainda mais quando falamos em algo baseado em Magic: The Gathering, que deverá fazer seus 30 anos de vida no ano que vem.

Magic tem se desenvolvido, se adaptado a sociedade em todo este tempo e vemos diversas mudanças relevantes ao longo destas 3 décadas. Diversos pontos positivos, já outros nem tanto, mas algo que deve ser levado em conta é o que iremos esperar de cada jogo/plataforma. Se você quer ter a experiência de jogo como o físico, MTGO seria o mais próximo, mesmo sendo "feio" e tendo uma plataforma analógica, você tem uma economia saudável para uma coleção online, mas pode não carregar no bolso pelo celular.

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Agora se você não se interessa por formatos antigos, quer algo mais bonito, atual e simplesmente jogar partidas rápidas de Magic sem se importar muito com coleção, Magic Arena está aí, com suas restrições, mas funciona bem, além de ser muito belo e rodar multiplataforma no smartphones.

E, se seu objetivo é só achar um game arcade para passar o tempo, com referência ao jogo e conhecer um pouco mais da história de cada planinauta e dos planos, Magic Puzzle Quest é muito divertido e funciona bem no celular.

O importante é sempre buscar o que nos agrada e supre nossas expectativas/necessidades. Além do mais, quem disse que só pode ser um ou outro? Teste, experimente, e é claro, se não te agrada, questione e reclame, a melhoria deve fazer parte do processo e ser sempre contínua!

Espero que tenham gostado destes dois artigos, da história por trás dos jogos atuais que temos e caso tenham algum comentário ou sugestão, deixe nos comentários. Até a próxima!