As prévias de Spider-Man estão a todo vapor, e honestamente, elas estão um pouco rápidas demais. Diferente de outras expansões de Magic, essa temporada teve um período reduzido de uma semana ao invés de duas, o que significa que há mais cards sendo revelados por dia ao ponto de dificultar avaliar e falar de cards individuais em um período relevante.
Cards como Spider-Woman, Stunning Savior, Peter Parker’s Camera, Scarlet Spider, Ben Reilly e Electro, Assaulting Battery possuem potencial para os formatos competitivos de Magic, e talvez ainda dê tempo de abordar mais alguns deles antes de iniciarmos nossos reviews completos da expansão — no entanto, precisamos tomar escolhas na editoria, e dentre as novidades da primeira colaboração entre Magic e Marvel, um card definitivamente se encaixa no padrão de “potencial staple para o Standard e Pioneer”: Spider-Sense.

Spider-Sense mescla Envelop com Dispel com parte de Consign to Memory, uma staple do Modern e do Legacy, em um mesmo slot. O custo alternativo de Web-Slinging torna também interativo com efeitos de ETB, ou até de salvar uma das suas criaturas de uma troca desfavorável durante um ataque e/ou de proteger até duas criaturas de remoções pontuais no mesmo turno.
Em formatos como Modern e Legacy, Consign to Memory se transformou em staple e chegou até ao ponto de justificar splashes de em algumas listas. Enquanto parte disso deve-se, sim, à amplitude de decks de Eldrazi no Modern e arquétipos com cards incolores no Legacy, a habilidade de anular triggers também importa para diversas partidas e pode tirar jogadores de situações problemáticas de diversos tipos: de resolver uma Thassa’s Oracle e impedir um trigger de Storm, até lidar com possíveis micro-interações com Ocelot Pride e Guide of Souls.
Diferente dos outros formatos, o Standard e o Pioneer não possuem muitos efeitos de Stifle, com o mais popular deles sendo Tishana’s Tidebinder que vê uma quantidade relevante de jogo no formato. Apesar de mais restrito em anular habilidades, a flexibilidade de Spider-Sense em também funcionar contra Instantâneas e Feitiços e por um custo mais baixo faz diferença nesses cenários e até nos formatos eternos onde Stifle e Consign to Memory também se aplicam.
Spider-Sense no Standard

No atual Metagame do Standard, a principal pergunta que devemos responder para qualquer card novo é “como este card interage e/ou funciona contra Izzet Cauldron?”, e a maioria das novas prévias não apresentam nada muito promissor nessa categoria ou na possibilidade de reforçar outros arquétipos ao ponto de mudar o status quo do formato.
Contra Cauldron, há uma dúzia de funções para Spider-Sense, como anular cards como Winternight Stories ou alguma interação barata com o bônus de usar, no mesmo slot, um card que lida com os triggers de Proft’s Eidetic Memory ou Fear of Missing Out. Por ser uma habilidade ativada, não podemos anular diretamente Agatha’s Soul Cauldron com este card.

Além dessa partida, existem outras circunstâncias onde Spider-Sense também importa: além das remoções tradicionais de decks como Dimir Midrange ou Azorius Control, ele também lida com fontes de vantagem em cartas como Consult the Star Charts e Stock Up com o mesmo slot em que resolvemos o trigger de Beza, the Bounding Spring ou qualquer um dos cards do ciclo de Overlords. Ele também protege de sweepers, inclusive os com efeitos de ETB como Pinnacle Starcage.
Por , o custo da nova mágica é bem decente por conta própria, mas podemos considerar as implicações do Web-Slinging: a nova habilidade funciona como um custo alternativo que podemos pagar ao devolver uma criatura virada para a mão do seu dono. Geralmente, isso vai envolver criaturas com que atacamos naquele ciclo de turno, mas também com efeitos como Station ou Crew/Saddle, que nos permitem virar criaturas independentemente delas atacaram.

As melhores opções no formato hoje são, obviamente, as criaturas que possuem triggers de ETB e LTB que podemos reaproveitar. Alguns dos principais nesse eixo são Quantum Riddler, Tishana’s Tidebinder e Spyglass Siren, mas também existem situações frequentes onde Beza, the Bounding Spring se torna o clock de decks Control e devolvê-lo para anular um pump ou um Stock Up / Consult the Star Charts para gerar mais valor nos turnos seguintes é uma interação muito relevante.
Outra opção que pode ocorrer, mas que talvez seja menos provável, é a de usar a habilidade de Floodpits Drowner para colocar uma criatura de volta no deck do oponente em resposta a uma mágica ou trigger, e antes da resolução, usar o Web-Slinging para voltar Drowner para a mão do seu dono — como a habilidade dele considera apenas a criatura com marcador de paralisia como alvo, ela ainda resolve mesmo que Drowner não exista mais em jogo.
Pawpatch Recruit e a possibilidade de reutilizar o Offspring dele e até uma Spyglass Siren, que pode gerar algum valor quando devolvido para a mão, também podem ser considerados como alvo importante para Spider-Sense.
Spider-Sense no Pioneer
Com a pool de cartas expandida do Pioneer, Spider-Sense cresce em ambos potencial e usabilidade.

A nova mágica anula Treasure Cruise e os triggers de Arclight Phoenix ou Cori-Steel Cutter com o mesmo slot. Ele protege sua criatura de um Fatal Push enquanto também evita que Greasefang, Okiba Boss ganhe o jogo. Responde a ambos Collected Company e ao trigger de Righteous Valkyrie ou Skyclave Apparition, e evita o dano letal proveniente de ambos Monstrous Rage e Sunspine Lynx.
Este tipo de flexibilidade tende a destacar um card no Pioneer, e o maior problema de Spider-Sense no formato hoje, entretanto, é o fato dele não ser proativo o suficiente. Hoje, o Metagame é ditado por duas frentes distintas, ambas parcialmente provocadas pela ascensão do Mono Red Aggro: uma tenta ignorar o que o oponente faz e jogar mais rápido — Mono Red, Greasefang, Selesnya Angels, Hammer Time, Lotus Combo, Creativity, Golgari Food — e a outra tenta encaixar as respostas certas para cada partida — Rakdos Demons, Mono Black, Azorius Control, Spirits, Ninjas — e Spider-Sense se encaixa melhor em arquétipos da segunda categoria.

Opções óbvias de lares para o novo card incluem principalmente Spirits, onde podemos reutilizar ETBs de Rattlechains ou Skyclave Apparition e até utilizar dessa interação com algum card com Flash e Mausoleum Wanderer para aumentar o poder dele durante um ataque, ou também no Dimir Ninjas, que já possui como tema central reutilizar ETBs baratos como Faerie Miscreant e Mockingbird para gerar valor.
Apesar das interações possíveis com o card, não imagino Spider-Sense como um four-of imediato no Pioneer, mas competindo por slots flexíveis nesses arquétipos. Enquanto ele tem algumas vantagens, ele também sofre de um valor de mana mais pesado para conjurar pelo custo alternativo do que Spell Pierce, que também possui um escopo maior de albos quando falamos de arquétipos como Azorius Control, Golgari Food ou até Rakdos Midrange.
Nos Sideboards, a mágica também compete com Spell Pierce ou Tishana’s Tidebinder por slots. Cada um possui qualidades individuais em partidas específicas, mas nenhum deles se destaca em todos os jogos, requerendo, portanto, que cada jogador escolha bem suas respostas — e nesse caso, uma ou duas cópias de Spider-Sense parecem garantidas no Sideboard destes arquétipos e, talvez, até em decks como Izzet Phoenix, que não se beneficiam tanto do Web-Slinging.
Concluindo
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