Magic: the Gathering

Opinion

Pioneer: o que esperar da Banlist de 4 de dezembro

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No artigo de hoje, avaliamos quais são os principais cards com probabilidade de serem banidas do Pioneer na próxima atualização, em 4 de dezembro, quais podem ser desbanidas, e seu impacto no Metagame!

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revised by Tabata Marques

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O aviso foi dado: em 4 de dezembro, uma atualização da lista de banidas e restritas trará mudanças para os formatos Pioneer e Modern.

A comunidade de ambos os formatos já está em alvoroço com as especulações feitas com base na última transmissão ao vivo feita no programa WeeklyMTG, onde o apresentador Blake Rasmussen e seus convidados discutiram a filosofia por trás das intervenções feitas pela Wizards of the Coast no ambiente competitivo.

Neste artigo, portanto, avaliamos quais cards no Pioneer podem levar o martelo na próxima segunda-feira!

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Pioneer: O que será banido?

O Pioneer esteve em um estado peculiar nas últimas duas semanas. Uma interação com a nova mecânica de Lost Caverns of Ixalanlink outside website, Descobrir, criou uma estratégia capaz de fechar combos com apenas um card.

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O Four-Color Discover, ou Geoform, como ficou conhecido, usa de Geological Appraiser e concessões de deckbuilding para manipular o resultado da habilidade de Descobrir 3, sempre buscando Glasspool Mimic para copiar Geological Appraiser ou Eldritch Evolution para buscar Trumpeting Carnosaur.

No fim, todas as cópias dessas criaturas estarão em jogo, e Eldritch Evolution pode buscar Doomskar Titan para garantir dano letal imediato. O combo é rápido, eficiente, joga bem contra os demais arquétipos não-interativos, e obriga interação demais para ser respondido - ele, sozinho, cria um padrão de jogo desagradável e força o Metagame a se adaptar demais contra ele, enquanto ele precisa se adaptar somente às partidas ruins.

Dado o tom da entrevista no WeeklyMTG, está bem claro que pelo menos um card será banido do Pioneer:

Geological Appraiser banido será o suficiente?

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Geological Appraiser é a peça que garante o combo-kill mais rápido, capaz de ser feito tão cedo quanto no terceiro turno. Ao lado de Trumpeting Carnosaur, ele garante também maior consistência na hora de executar o combo e pune qualquer estratégia que não consiga jogar por baixo ou interagir ativamente.

Seu banimento é o mais lógico se o plano é de retirar o Geoform do formato. Sem ele, o deck não funciona com Eldritch Evolution, se torna mais lento, e não garante um combo-kill tão fácil, além de forçar outras concessões de deckbuilding para estabelecer um plano de jogo eficiente.

Mas será o suficiente?

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Quintorius Kand é outro card que permite um combo similar com a mecânica de Descobrir, onde Spark Double pode copiá-lo e ativar a mesma habilidade para encontrar outro Spark Double e repetir o processo, com cada cast desencadeando a habilidade passiva de Quintorius e causando uma quantia arbitrária de dano no processo.

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A versão com Quintorius teve a pior conversão de winrate desta última semana. Afinal, seu combo é mais lento e requer mais peças mortas para funcionar, além de abrir mais espaço para respostas. Sua deckbuilding é mais próxima de um Goodstuff Domain do que de um combo all-in, mas é com ele que os jogadores tentarão realizar uma vitória rápida na ausência de Geological Appraiser.

Logo, é seguro manter o Quintorius no Pioneer? Talvez, mas minha intuição diz que os riscos não compensam os benefícios. Se a comunidade encontrar a build certa para fazer o combo com Discover funcionar com ele e sem Geological Appraiser, teremos um período de quatro meses onde um combo de uma carta só pode definir o Metagame e criar um estado de anti-jogo no Pioneer por tempo demais.

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Os riscos não parecem compensar os benefícios. Logo, Quintorius Kand ou Trumpeting Carnosaur deveriam ser banidos junto de Geological Appraiser.

Karn, the Great Creator ou Nykthos, Shrine to Nyx?

Outra fala notória da transmissão foi referente ao fato de jogadores terem acesso ao seu Sideboard ainda no Game 1, e como isso cria situações pouco divertidas no Pioneer. Hoje, o único card amplamente jogado que dá acesso ao Sideboard é Karn, the Great Creator.

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Karn é utilizado principalmente no Mono Green Devotion, deck que estava em alta até o lançamento de Wilds of Eldrainelink outside website, que alavancou o Izzet Phoenix de volta ao topo do formato. Hoje, ele ainda é um dos principais competidores do Metagame, mas não produz os mesmos resultados que fazia no começo do ano.

O planeswalker é uma das principais condições de vitória do Devotion, onde serve tanto para encontrar respostas necessárias para a partida, como Pithing Needle contra Planeswalkers e Parhelion II, ou Damping Sphere contra Lotus Field e Geoform, como também para encontrar uma bomba capaz de garantir absurdos de valor na partida, como Cityscape Leveler e Skysovereign, Consul Flagship.

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Karn também garante um "combo infinito" com Pestilent Cauldron, onde Restorative Burst garante recursão e vida suficientes para travar a partida. Duas cópias do Planeswalker e uma quantia arbitrária de mana são suficientes para encerrar o jogo porque o oponente nunca voltará dele.

E se o problema não estiver em Karn, the Great Creator?

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O Mono Green Devotion é o Big Mana mais eficiente do formato. Ele é composto de uma base extremamente consistente, capaz de jogar o jogo longo, passar por cima de vários decks, e ainda estabelecer jogadas mais explosivas com Storm the Festival e o próprio Karn, the Great Creator - o primeiro card banido do Pioneer além das Fetch Lands, Leyline of Abundance, foi banido justamente por causa desse deck.

Então como o problema pode estar no Planeswalker e no fácil acesso ao Sideboard, e não na quantia abusiva de mana que Nykthos, Shrine to Nyx produz?

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Nykthos, Shrine to Nyx teve o potencial de se tornar problemático desde a primeira semana do Pioneer, e protagonizou também a base de outros arquétipos opressivos no histórico do formato, como Mono White Devotion, cuja presença levou ao banimento de Walking Ballista por conta do seu combo infinito com Heliod, Sun-Crowned.

Mana em excesso foi sempre um problema em Magic, e o Mono Green Devotion não só requer poucas concessões para funcionar, como também inviabiliza toda e qualquer estratégia de ramp possível no cenário competitivo ao fazer o que eles fazem com muito mais facilidade.

Karn é, sim, um card perigoso, no limiar do opressivo, mas o problema não está nele, e sim no potencial de usá-lo para buscar qualquer coisa do Sideboard e conjurar esta mesma coisa neste turno, seja de uma Pithing Needle até um Portal to Phyrexia. A combinação de three-drops verdes com Magic Symbol GMagic Symbol GMagic Symbol G no custo, Nykthos e Kiora, Behemoth Beckoner é o que torna desse arquétipo tão agressivo para a saúde do formato.

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Logo, Karn, the Great Creator não deveria ser banido, mas sim Nykthos, Shrine to Nyx.

Pioneer: O que será desbanido?

A conversa sobre os banimentos logo chegou ao assunto de desbanimentos, onde alguns jogadores acreditam que a intervenção de 4 de dezembro também removerá algum card da lista de banidas e restritas.

Qual card nela possui alguma chance de ser desbanida? Vamos por partes.

Fetch Lands são Problemáticas

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O banimento das Fetch Lands são o principal cerne que diferencia o Pioneer do Modern. Com Triomas e a falta de acesso a cards como Blood Moon, seu desbanimento seria um pesadelo para o ambiente competitivo.

Cards Poderosos Demais para serem Desbanidos

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É seguro afirmar que qualquer um dos cards acima possuem chances nulas de serem desbanidas. Todos definem formatos por conta própria, distorcem o Metagame, e o power creep ainda não chegou no ponto onde eles são aceitáveis.

Peças de Combos

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Não faz sentido banir uma peça de combo para desbanir outra. Todos os cards acima oprimiram o Metagame de alguma maneira com seus respectivos decks de combo.

Kethis, the Hidden Hand é a única exceção. Ele poderia ser aceitável se não estivéssemos falando de uma atualização de banidas cujo objetivo parece o de reduzir estados de jogos não-interativos no Pioneer.

Desbanimentos Arriscados

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Teferi, Time Raveler e Wilderness Reclamation são dois cards que forçam o oponente a jogar em torno do seu controlador o tempo inteiro. A experiência de jogo de nenhum dos dois é realmente agradável e cria situações parecidas com as que vemos com os decks de Combo.

Izzet Phoenix já é o melhor deck do formato. Expressive Iteration apenas solidificaria essa posição e o colocaria ainda mais a frente no cenário competitivo. O card foi banido pela predominância desse arquétipo, e não faria sentido o trazer de volta no Metagame atual.

Não imagino nada de bom vindo do desbanimento de Smuggler's Copter, apesar desta ser a aposta da maioria dos jogadores. Quando desbanido, o veículo alavancou estratégias agressivas com recursão que já não existem mais no ambiente competitivo, como o Mono Black Aggro.

Hoje, além de alimentar os Aggros e tipais, o Cóptero também seria utilizado no Greasefang, em Midranges e outros arquétipos. Ele não seria quebrado, mas estaria presente em listas demais e seria eficiente em estratégias demais para manter o ambiente saudável.

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Nexus of Fate é um caso estranho. Ele é um card que leva a estados de anti-jogo, mas seu custo de mana é elevado e, sem Wilderness Reclamation, é difícil de tirar vantagem dele sem antes estabelecer uma mesa limpa. O Pioneer atual é um formato com diversos decks rápidos e capazes de se apresar de arquétipos de Ramp que busquem conjurar Nexus of Fate cedo. Talvez, isso o tornasse um desbanimento viável, não fosse o proveito que as listas de Lotus Field poderiam fazer dele.

Desbanimentos possíveis, sob certas condições

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Tanto Veil of Summer quanto Leyline of Abundance poderiam ser desbanidos sob uma condição: o banimento de Nykthos, Shrine to Nyx.

Leyline of Abundance é bem menos ofensiva quando não consegue alimentar dois pontos de devoção de graça. Dobrar ou triplicar a mana gerada por dorks pode trazer algumas complicações, mas a redução do número de cards na mão e a possibilidade de interagir com esses dorks para "negar" estes turnos explosivos o tornam bem mais palpável do que em um universo com Nykthos.

Veil of Summer, por outro lado, é muito mais perigoso. O principal argumento para seu desbanimento é que, na ausência do Mono Green, o Rakdos Midrange estaria com o caminho livre e sem o seu predador natural. Logo, ele poderia se tornar uma força predominante no Metagame, e ter meios de combater seus cards sem perda de recursos poderiam dar um empurrão para os decks verdes permanecerem no formato, e para outros arquétipos terem meios de interagir com os midranges pretos.

Veredito

A minha previsão para o anúncio da próxima segunda-feira é das seguintes alterações:

Banidos

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Desbanidos

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Outra opção é de não haver desbanimentos e Karn, the Great Creator pagar pelos pecados de Nykthos, Shrine to Nyx. Além disso, o futuro de Quintorius Kand ou Trumpeting Carnosaur é incerto, visto que Undercity Informer e Balustrade Spy foram banidos juntos no passado.

Leyline of Abundance parece o desbanimento mais seguro na ausência de Nykthos. Por mais que a comunidade queira Smuggler's Copter de volta, a sua presença não parece trazer nada de benéfico ou saudável para o Metagame.

Veil of Summer é outra opção, só que seu potencial de estrago é bem maior do que o de uma Leyline, e sua capacidade de adentrar em arquétipos problemáticos no futuro o tornam mais arriscado.

Saberemos o que nos aguarda em 4 de dezembro, e faremos uma análise do impacto da atualização da banlist nos formatos afetados.

Obrigado pela leitura!