Os melhores comandantes de Jumpstart Foundations + Listas

Além de Foundations, recebemos recentemente outra coleção de Magic: the Gathering, Jumpstart Foundations. Na forma de boosters que podem ser combinados para fazer Decks, as coleções de Jumpstart sempre foram populares tanto pelo seu conceito quanto pelos cards exclusivos que vinham nelas e fazer uma a cada ano realmente soa uma boa ideia. Nessa coleção, iremos ter cards de criaturas lendárias, velhas e novas, com arte de anime em cada pack.

No artigo de hoje, iremos falar sobre possíveis comandantes de Jumpstart Foundations e decks inspirados neles.

E aqui nós temos uma tartaruga ninja. Taeko, the Patient Avalanche é um comandante claramente focado em decks de criaturas com o tipo Ninja, dando mais opções além de Satoru Umezawa e Yuriko, the Tiger’s Shadow. Sempre que uma criatura sua sair do campo de batalha sem morrer, ou seja, ser exilada ou voltada para a mão, seu controlador faz scry 1 e dá um marcador +1/+1 para Taeko. Isso incentiva estratégias que reutilizam criaturas ou geram tokens descartáveis.

Além disso, durante o ataque, Taeko pode tornar outra criatura atacante impossível de ser bloqueada ao pagar . Isso é perfeito para habilitar dano direto e, obviamente, ativar habilidades de Ninjutsu.

Se formos por uma abordagem mais criativa, podemos usar cards como Ghostly Flicker para fazer criaturas saírem e entrarem em campo, de modo a desencadear efeitos além dos de Taeko, the Patient Avalanche. Talvez utilizando até mesmo a velha engine do Pauper, com cards como Archaeomancer, Cloud of Faeries, Peregrine Drake, combinados com Mulldrifter e Gray Merchant of Asphodel.

O foco de Taeko em interações como blink, bounce e sinergias com ninjas permite criar decks bem diferentes dos outros comandantes para esse tipo de criatura, enquanto sua habilidade de ataque viabiliza bem o caminho do Ninjutsu ou finalizar algum oponente com dano de comandante através de um Taeko bem crescidinho.

Em General Kreat, the Boltbringer temos uma comandante que mistura bem as capacidades de criação repetida de Goblins com a habilidade de Impact Tremors de dar dano com a entrada de criaturas. Inclusive, com esse encantamento sendo indicado a se usar nos decks dela como forma de redundância de efeito.

Sendo ideal para um decks de Goblins e outros tipos de estratégias de enxame, você irá querer utilizar ao máximo sua segunda habilidade, capaz de esgotar a vida dos oponentes como consequência da entrada de suas criaturinhas, que se tornam um grande motor para seu deck.

É vulnerável a remoções em massa, especialmente que limpam tokens? Bastante. É dependente da entrada de criaturas para manutenção do dano contínuo? Também. Mas, acima de tudo, é um deck extremamente divertido e que aquece o coração de qualquer amante de vermelho no Commander.

Shroofus Sproutsire é um comandante que é a essência dos decks de fungos e saprófitas em questão de crescimento exponencial. O plano básico com Shroofus é inundar o campo com tokens de Saprófitas e usar sua habilidade para multiplicar esses tokens ao atacar. O dano de combate cria tokens adicionais, e você pode continuar ampliando seus números exponencialmente.

À primeira vista, parece engraçado estarmos falando de um 1/1 com Trample aqui, mas apesar do corpo pequeno, Trample significa que qualquer marcador ou melhoria que você der ao Shroofus pode se traduzir em tokens adicionais ao passar dano de combate. E isso não só se aplica do dano que Shroofus dá, como também o de todas as suas saprófitas. Sempre que uma Saprófita seu causar dano de combate a um jogador, você cria uma quantidade equivalente de tokens 1/1 de Saprófita, o que consegue ir se traduzindo em crescimentos de progressão geométrica conforme os turnos passam.

Podemos usar cards como Tendershoot Dryad e Sporecrown Thallid também, para aumentar ainda mais o poder de suas saprófitas. Além disso, por estarmos no verde, não somos tão vulneráveis a remoções globais, devido a cards como Heroic Intervention, Asceticism e Wrap in Vigor.

Rev, Tithe Extractor é uma comandante que encoraja uma abordagem agressiva e oportunista. Seus ataques geram recursos enquanto ela sabota os planos dos oponentes, colhendo os cards do topo de seus decks como um imposto. Esses cards podem ser jogados pagando seu custo original e é por isso que a comandante gera fichas de tesouro quando seus ataques conectam. Estruturando bem o seu turno, e assumindo que esteja em um mesão de quatro jogadores, você consegue exilar 3 cards de seus oponentes e gerar 3 fichas de tesouro, desde que você cause dano a oponentes diferentes.

A habilidade de dar Deathtouch permite que criaturas pequenas derrubem ameaças grandes, forçando decisões difíceis em combate, o que serve como uma espécie de evasão em alguns casos.

Podemos usar cards como Revel in Riches ou Marionette Master como diferentes finalizadores, seja com uma condição extra de vitória ou com dano gerado pela criatura ao longo dos turnos enquanto você sacrifica seus tesouros.

Hurska Sweet-Tooth equilibra ganho de vida, ataque e crescimento explosivo de criaturas, tornando-o ideal para um estilo de jogo mais midrange, além de ter bastante sinergias naturais entre ganho de vida e buffs, permitindo flexibilidade entre jogo defensivo e ofensivo, com sua habilidade de gerar fichas de comida a cada ataque lhe proporcionando um fluxo constante de recursos.

A habilidade de Hurska de transformar ganho de vida em uma forma de crescimento para qualquer uma de suas criaturas é a principal das forças do deck.

Rosie Cotton of South Lane, Trail of Crumbs, Rhox Faithmender e Lathiel, the Bounteous Dawn são ótimas opções de como construir este deck, com Feed the Clan, Momentous Fall e Beacon of Immortality ótimas maneiras de ganhar grandes quantidades de vida de uma vez. Até mesmo um Swords to Plowshares em uma de suas criaturas pode ser uma ótima maneira de fechar alguma conta e acabar com algum oponente.

Esse card é uma versão lendária e com algumas novidades de Ajani’s Pridemate. Nela, temos sinergias naturais entre ganho de vida e crescimento, criando uma comandante que escala bem ao longo do jogo, com seu crescimento individual se tornando suporte para todas as outras criaturas atacantes de sua board.

Qala, Ajani’s Pridemate combina estratégias de ganho de vida com evasão em algumas criaturas, como Voice of the Blessed, lhe permitindo gerar um alto dano de combate enquanto recupera vida de forma crescente. Até mesmo pequenos exércitos de Tokens se tornam muito mais ameaçadores com ela.

Ela me parece uma versão bem mais agressiva do que o já citado Hurska Sweet-Tooth, mas sem se prejudicar tanto por perder sua cor, uma vez que hoje em dia a cor branca lida melhor com draw.

Em suma, é um deck bem simples de pilotar e até de ensinar Commander para alguém, mas se for bem montado é uma óbvia dor de cabeça e um baralho incrível.

Evereth, Viceroy of Plunder é uma comandante incrível para decks de sacrifício, afinal, ela tem embutida em suas habilidades um sac outlet, que permite que você sacrifique criaturas ou artefatos para ganhar marcadores. Tem um estilo de jogo bem oportunista, sendo uma comandante que cresce constantemente e pode gerar bastante dano em todos os seus oponentes quando morre, perfeita para finalizar jogos.

A abordagem de aristocratas que temos aqui é bem evidente e tentar montar isso sem o auxílio da cor branca para cards como Teysa Karlov, por exemplo, se torna bem interessante, pois exclui diversas cartas muito óbvias para o tema.

A única coisa que eu não gostei muito foi a ativação da habilidade desta comandante apenas em velocidade de feitiço, diferente de um Viscera Seer da vida, mas do contrário ela seria um verdadeiro monstro. Ela bate bastante, consegue curar bastante vida quando está com seu lifelink ligado após sacrificar tesouros, e muitas vezes pode ser sua única criatura na mesa sem medo nenhum, é só dar evasão para ela e partir pro Voltron!

Dionus, Elvish Archdruid é um comandante que me dá bastante medo de encontrar em mesas por aí. Sua habilidade de conceder aos elfos a capacidade de se desvirarem ao serem virados pela primeira vez no turno, enquanto recebem marcadores +1/+1, cria um motor de produtividade bem acelerado, transformando ações simples em crescimento exponencial. Nas mãos dele, um simples Llanowar Elves pode gerar duas manas e ainda crescer com isso. Agora, imagine o que uma Priest of Titania pode fazer.

O mesmo vale para combate, pois, com esse comandante, elfos ganham uma pseudo-vigilância formidável. Podem atacar e ativar uma habilidade no mesmo turno, ou guardar essa vantagem para o outro, para bloquear e virar, dando uma crescidinha para sobreviver ao combate.

Dionus, Elvish Archdruid é um comandante extremamente competente para os decks de elfo e pode trazer uma abordagem midrange bem nova para esses decks.

No fim, Jumpstart Foundations é uma baita coleção tanto para sua finalidade original, jogar selado, quanto para Commander. São muitas lendas novas e as antigas receberam artes incríveis atualizadas. Nem todo mundo pode curtir as artes de anime, mas para quem curte elas ficaram ótimas.